quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Clichês que as startups usam

 1. “Tenho projeções conservadoras”

Por mais que você tente impressionar usando essas palavras, o investidor vai entender que você não acredita no seu negócio ou que está falando isso apenas para que não seja questionado sobre os seus números. “No fim da conversa, você perderá uma oportunidade de ouvir um importante feedback de alguém que está olhando seu negócio de fora”, avalia Cassio Spina, fundador da Anjos do Brasil e autor do livro “Investidor-Anjo – Guia Prático para Empreendedores e Investidores”.

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2. “Só preciso de 1% do mercado”

Não use isso como argumento para atrair a atenção do investidor. “Ele vai entender que seu negócio será irrelevante, pois os 99% restantes estarão nas mãos de seus concorrentes”, conta Spina. Lembre-se de que percentual baixo não significa nada. “Se você pegar 2% de 100 bilhões, por exemplo, é muito. Prepare-se para explicar como chegou a esse número esotérico”, diz Fernando Campos, investidor-anjo e gestor da Devise.

3. “Os riscos são baixos”

Ou você tem a chamada “miopia empresarial”, pois negócios iniciantes sempre têm riscos muito maiores do que qualquer outro investimento, ou está tentando omitir potenciais riscos para valorizar sua marca. “Nesse caso, há a perda de confiança imediata no empreendedor. Por isso, cuidado”, alerta Spina.

4. “Não há concorrência”

Saiba que não existem empresas ou produtos sem concorrentes. “Por mais que o seu negócio seja inovador, a oferta sempre estará substituindo uma necessidade que já é atendida de alguma forma e, mesmo não tendo um concorrente direto, certamente terá concorrentes indiretos”, salienta Spina. Procure, então, descobrir e demonstrar quais são as suas vantagens competitivas sobre eles.

5. “O Facebook fez isso e deu certo“

Para os investidores, isso equivale a dirigir olhando apenas o retrovisor. “Não só você está ignorando todas as circunstâncias em que as empresas de sucesso se encontravam como não tem condições de saber exatamente o que foi feito por elas para atingirem os bons resultados”, diz Campos. 

Além disso, usar marcas de empresas conhecidas para comprovar que o seu modelo terá sucesso é uma roubada. "Isso não só é uma bela distorção da verdade, afinal você ainda não é nada disso, como também parece indicar que de originalidade você não tem nada”, ressalta Campos.

6. “Só falo com um contrato de confidencialidade“

Não caia na armadilha de falar isso para um investidor. “Esse é um grande erro, pois essa postura fará com que o investidor nem queira escutar o que você tem para falar”, diz Riva. Lembre-se, também, de que patente não é garantia de nada. “Não só patentes em sites são raras e frágeis, como também a maioria das startups não tem recursos para comprar uma briga contra outra empresa. Foque em outros diferenciais e não se apoie somente em patentes como barreira a concorrentes”, lembra Campos

7. “Nossa projeção é duplicar até 2015”

Os especialistas sugerem que as projeções sejam evitadas neste momento. “É querer dar uma previsão que não existe”, diz Riva. Mostre ao investidor o que você sabe não o que você acha que pode fazer. O melhor é apresentar o seu plano para chegar a sua meta, já que os investidores veem na sua estratégia muito mais do que apenas bonitas projeções.

Fonte: Exame PME

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