quarta-feira, 30 de março de 2011

Os principais erros dos estudantes brasileiros no exterior

Pisar em terras estrangeiras para aprender uma nova língua é a meta de centenas de brasileiros que procuram cursos no exterior. Para quem tem um prazo de tempo curto para o aprendizado ou nunca estudou fora do país, alguns cuidados podem evitar que o objetivo da viagem não seja cumprido.
Hs3

Veja quais são os principais erros dos viajantes brasileiros, apontados por especialistas:

1. Andar somente com brasileiros

Existem bilhões de pessoas do outro lado do oceano Atlântico, inclusive mais brasileiros. “Um erro muito comum do estudante no exterior é se aproximar de brasileiros, porque é natural procurar pela comunicação mais fácil e familiar”, explica Bárbara Lopes, consultora da Sprachcaffe International no Brasil.

Quem não tem fluência no novo idioma perderá a oportunidade de praticar com estrangeiros, enquanto aqueles que falam pouco não evoluirão muito na empreitada. “Fuja de brasileiros. Mesmo quem tem o conhecimento básico da nova língua precisa praticar da forma que for possível, é a tentativa de falar que torna o aprendizado em outro país mais potente”, aconselha Bárbara.

2. Não respeitar a diferença

O país de destino pode ser muito diferente da realidade a que o estudante está acostumado. O desafio é se ajustar à nova realidade e tirar proveito da experiência. Para Ana Beatriz Faulhaber, diretora da CP4, nem todo viajante entende que o respeito à outra cultura é parte do aprendizado em um curso no exterior.

“Assim como o viajante brasileiro não pode perder a oportunidade de conversar em outro idioma com os estrangeiros, ele precisa observar, entender e respeitar o diferente”, diz Ana Beatriz.

Isso significa, segundo a consultora, que o viajante deve pesquisar sobre os costumes do local para evitar gafes, principalmente relacionadas às roupas, eventos sociais e alimentação. Prezar pela pontualidade é bem visto pela maioria dos países e também pode evitar transtornos.

3. Não ler os manuais

Muita gente se perde entre os panfletos e kit de informação para estudantes. Pode parecer uma dica simples, mas nem todo mundo lê os manuais de instrução com a atenção necessária.

“Até mesmo por parte dos manuais estarem em outra língua, algumas pessoas deixam para ler depois ou têm preguiça de ler até o fim”, diz Ana Beatriz. O risco pode incluir desde perder excursões ou aulas até problemas maiores com a acomodação e documentos. “Nem tudo dá para resolver com o jeitinho brasileiro”, fala a consultora.

4. Ficar isolado no dia a dia

Assim como existem as pessoas que, diante do choque cultural, procuram apenas brasileiros para amizade, há também aqueles que se isolam por se sentirem sozinhos ou terem dificuldade em sem comunicar na outra língua.

“É normal sentir dificuldades no início por estar fora da zona de conforto, mas evitar a convivência com outras pessoas só torna o aprendizado mais difícil”, aconselha Bárbara.

5. Priorizar o turismo e não as aulas

Algumas pessoas aproveitam as férias para fazer um curso no exterior e se sentem frustradas com a falta de horários para fazer turismo. “Por isso é importante refletir sobre o objetivo da viagem ainda na fase de preparação para o curso, para depois não se arrepender de ter escolhido um intensivo, por exemplo”, sugere Bárbara.

A viagem também deve ser um momento de descontração e a maioria das escolas oferecem festas ou passeios aos fins de semana ou após as aulas. Segundo Bárbara, “dependerá do perfil do aluno analisar o que é bom para ele naquele momento e não perder a oportunidade de aprendizado”.

6. Exagerar na bagagem

Fazer as malas pode ser uma tarefa difícil para quem vai viajar pela primeira vez ao país de destino. O viajante deve estar atento ao clima da região e tentar levar uma quantidade pequena de roupas.

“O impulso inicial é colocar todas as roupas na bagagem, para estar preparado para qualquer tipo de ocasião”, alerta Ana Beatriz. Mais importante do que levar grande quantidade de roupas, é saber organizar de forma que seja possível fazer combinações e não pagar excesso de bagagem.

Em alguns momentos da viagem, poderá ser necessário carregar a bagagem sozinho e uma mala leve é a melhor opção. “Dá para evitar o desfile de roupas, até mesmo para deixar espaço para trazer de volta as possíveis compras feitas no exterior”, aconselha Ana Beatriz

Fonte: Exame.

Robô do Google Responde suas Perguntas via GTalk

O Google lançou um serviço de perguntas e respostas que funciona por meio da ferramenta de mensagens instantâneas da companhia. Chamada de Google Talk Guru (veja exemplos de uso em http://guru.googlelabs.com/), a novidade concede respostas automáticas a partir de perguntas predeterminadas.
Google-guru

Se o usuário quiser saber como anda o clima de sua cidade, por exemplo, basta digitar o comando "weather" e o nome do local. O Guru, então responde com a temperatura, a velocidade do vento, a porcentagem de umidade e a previsão para os próximos dias.

Tudo isso é feito de forma automatizada, é um robô que responde às questões. E são oito opções de pergunta: Sport scores, Weather, Calculate, Currency, Definition, Translation, Web result e Help.

Para usar o serviço, o usuário precisa ser cliente do Gtalk e adicionar o endereço guru@googlelabs.com aos contatos. A partir daí, basta fazer uma das perguntas.

Dica do AdNews.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Ações que estariam caras demais

A Exame publicou uma matéria onde lista as ações de empresas brasileiras que, segundo ela, estariam com preços de seus múltiplos muito altos quando comparado aos seus concorrentes internacionais. As ações que precisam ser avaliadas com cautela seriam:
Size_590_nyse

  1. Natura;
  2. Gol;
  3. Vivo;
  4. JBS;
  5. Itaú Unibanco;
  6. Hering;
  7. Alpargatas;
  8. CSN;
  9. BM&F Bovespa;
  10. CPFL;
 Apesar de não concordar com algumas da lista, vale a pena ler a matéria completa em Exame.com.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Smart Grids: redes elétricas inteligentes onde o consumidor gera sua própria energia e vende-a no mercado

Imagine-se em 2020. Você chega em casa, depois do trabalho, e vai direto para a cozinha conferir, em um medidor digital, se o consumo de energia elétrica está dentro da meta diária que você mesmo traçou. A luz verde indica que sim. O aparelho também revela que, naquele momento, o preço do quilowatt-hora está no pico.
Size_590_smart-grids

Você, então, manda sua filha desligar a prancha de cabelo e seu filho sair do videogame. A boa notícia é que você gerou tanta energia elétrica a partir do sol — graças ao painel fotovoltaico instalado no telhado — que neste mês sua conta de luz vai ficar ainda mais barata. É possível que, no próximo verão, você gere mais energia do que consome e, assim, venda o excedente. Você vai, então, dormir feliz — não sem antes programar o aparelho de ar-condicionado e a lavadora de roupas para ligar durante a madrugada, quando o preço da energia é menor.

Toda essa inovação começa a fazer parte do planejamento do sistema elétrico brasileiro — e se baseia em um conceito batizado de smart grids (redes inteligentes, em inglês). “Nos próximos dez anos, nossa rede elétrica vai sair da pré-história”, diz André Pepitone, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

“Será uma revolução comparável ao surgimento do celular na telefonia.”
A tecnologia dará ao consumidor o poder de decidir como e quando consumir energia — e até gerá-la, a partir do vento, da luz solar ou de gás natural. As empresas que operam o sistema, por sua vez, serão capazes de identificar problemas em tempo real, sem ter de esperar o chamado do cliente.

Quando uma árvore cair sobre a fiação da rua, o fluxo de eletricidade interrompido será remanejado a distância pela distribuidora para outras linhas antes que técnicos cheguem ao local. “As smart grids permitirão que o fornecimento de energia seja mais eficiente, moderno, seguro e sustentável”, diz o consultor Eduardo Bernini, sócio da Tempo Giusto Consultoria e ex-presidente da AES Eletropaulo.

As novas redes demandarão investimentos de, pelo menos, 15 bilhões de reais — basicamente aplicados na substituição, em todo o país, dos decrépitos medidores analógicos pelos modelos digitais, na instalação de sensores na rede e na modernização dos centros de controle das concessionárias. “As redes inteligentes vão solucionar boa parte dos problemas de energia elétrica nas cidades”, diz Guilherme Mendonça, diretor de automação da Siemens do Brasil.

Até lá, as cidades brasileiras conviverão com redes que demonstram operar no limite, incapazes de sustentar o aumento do consumo de energia — estimado em 5% ao ano até 2020. Os problemas se tornaram recorrentes principalmente nas linhas de transmissão que trazem energia das hidrelétricas.

Em fevereiro, a pane numa subestação sobrecarregada da estatal CTEEP deixou sem luz 2,5 milhões de clientes na Grande São Paulo. Dias antes, uma falha da estatal Chesf já havia deixado 14 milhões de consumidores na Região Nordeste às escuras. A indústria local estimou perdas de 100 milhões de reais com o apagão.

No episódio mais ruidoso, a falha em uma linha de Furnas deixou 18 estados sem luz em 2009. A duração dos cortes de luz aumentou nos últimos dez anos. Em 2000, cada brasileiro passava, em média, 17 horas às escuras. Em 2010, foram 20 horas por ano. “Na geração, não faltará energia para o país crescer”, diz Nelson Hubner, presidente da Aneel. “Na distribuição, a qualidade não acompanhou, e estamos cobrando melhorias das empresas.”

Em todo o mundo, as smart grids são impulsionadas por razões diversas — inclusive a preocupação em produzir energia mais limpa. Na Alemanha, para reduzir a dependência do gás vindo da Rússia, o governo financia a compra de geradores eólicos. Nos Estados Unidos, as empresas querem cortar gastos com pessoal — já que, com a nova tecnologia, parte dos reparos pode ser feita a distância.

No Brasil, a concessionária fluminense Light aposta na nova rede para detectar em tempo real as tentativas de furto de energia — mal que drena 15% da energia fornecida. “Queremos também reduzir o consumo no horário de pico e aumentar a confiança do sistema”, diz Pepitone, da Aneel.

A agência estima que a rede inteligente permitiria ao país diminuir em até 10% o consumo de energia. Assim como lá fora, a expectativa é que o consumidor brasileiro sinta-se incentivado a produzir a própria energia. “Esse é um caminho para aliviar o sistema e reduzir a incidência de problemas”, diz Adriano Pires, sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura.

Além de investimentos, a instalação das redes inteligentes requer a revisão da lei atual. Será necessário permitir que o preço do quilowatt-hora para o consumidor residencial varie ao longo do dia, de acordo com a demanda e com a oferta de energia. “Ao optar pela energia mais barata, o cliente ajudará o país a consumir menos”, afirma Jerson Kelman, presidente da Light. Outra mudança em estudo permitirá que a energia produzida em casa, com geradores eólicos, solares ou gás natural, seja vendida pelo cidadão.

A Cemig e sua controlada Light iniciarão testes com medidores digitais neste semestre, com 3 000 clientes da cidade mineira de Sete Lagoas e de uma das 16 favelas pacificadas no Rio de Janeiro. O investimento no projeto é de 65 milhões de reais. As mudanças estão a caminho. Mas, até a idade da luz moderna, o país ainda enfrentará muitos anos nas trevas.

Fonte: artigo de Samantha Lima para a Exame.

quinta-feira, 17 de março de 2011

PepsiCo lança garrafa vegetal

A PepsiCo anunciou na terça-feira uma garrafa plástica inteiramente feita com materiais vegetais renováveis e 100% recicláveis. Ela é composta por uma gramínea, a Panicum virgatum, encontrada em grandes planícies, folhas de milho e cascas de coníferas "Futuramente, o grupo quer (...) incluir cascas de laranja, maçã, batata, aveia e outros produtos agrícolas derivados de atividades agroalimentares", diz comunicado da empresa.
Pepsico

A produção propriamente dita só ocorrerá em 2012. A PepsiCo garante que as novas garrafas terão os mesmos aspectos em termos de consistência, aspecto e proteção das plásticas clássicas.

Há quase um ano atrás, no dia 25 de maço de 2010, a Coca-Cola, concorrente, lançou a PlantBottle, uma garrafa PET que diminui em 25% o CO2  emitido durante a fabricação. O produto tem etanol, proveniente da cana, 30% à base de planta. O recipiente é como uma pet convencional em relação às suas propriedades químicas, cor, peso e aparência, além de ser também 100% reciclável.

As informações são da Exame e do Ciclo Vivo.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Conheça os riscos de manter uma empresa inativa

Uma pessoa jurídica é considerada inativa a partir do mês em que não realizar qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais. O pagamento de tributo relativo aos anos-calendário anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigação acessória não descaracterizam a pessoa jurídica como inativa no ano-calendário.
Empresainativa

O erro mais comum são essas empresas não entregarem as chamadas obrigações acessórias. As empresas inativas estão “dispensadas” da entrega mensal da DCTF, do DACON e da GFIP, desde que se mantenham nessa situação (inativa) durante todo o ano-calendário. Por outro lado, não estão dispensadas da entrega da DIPJ-Inativa. Para se ter uma idéia, segue abaixo as principais multas que uma empresa de prestação de serviços está sujeita no município de São Paulo caso deixe de apresentar suas obrigações fiscais:
1 - DCTF mensal (Declaração de Créditos e Débitos de Tributos Federais) – prazo de entrega é até o 15º dia útil do segundo mês seguinte ao de referência (as empresas inativas estão dispensadas).
a – Multa pela não entrega ou entrega após o prazo é de 2% ao mês, ou fração de mês, sobre o total dos impostos e contribuições informados na DCTF, ainda que integralmente pagos, limitada a 20%;
b – O valor da multa é de no mínimo de R$ 500,00. No caso de pessoa jurídica inativa, a multa mínima é de R$ 200,00.
2 - DACON Mensal (Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais PIS/Cofins) – o prazo de entrega é até o 5º dia útil do segundo mês seguinte ao de referência (as empresas inativas estão dispensadas).
a – A falta de entrega ou entrega após o prazo implica em multa de 2% ao mês, ou fração de mês, sobre o total dos impostos e contribuições informados na DCTF, ainda que integralmente pagos, limitada a 20%;
b – A multa mínima é de R$ 500,00. Em se tratando de pessoa jurídica inativa, a multa mínima é de R$ 200,00.
3 - DIPJ anual (Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica) – O prazo de entrega é até 30 de junho do ano seguinte.
a – A multa para quem não entrega ou perde o prazo de entrega é de 2% ao mês, ou fração de mês, sobre o total imposto de renda da pessoa jurídica informado na DIPJ 2010, ainda que integralmente pago, limitada a 20%.
b – A multa mínima é de R$ 500,00. Para pessoa jurídica inativa ou do Simples Nacional, a multa mínima é de R$ 200,00.
4 - GFIP mensal (Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social) – O prazo de entrega é até o dia 7 do mês seguinte (estão dispensadas as empresas inativas e as sem movimento).
a – A multa no caso de falta de entrega ou entrega após o prazo é de 2% ao mês, ou fração de mês, sobre o montante das contribuições informadas, ainda que integralmente pagas, limitada a 20%;
b – A multa mínima chega a R$ 500,00 ou a R$ 200,00 caso não haja informações a declarar.
5 - DES (Declaração Eletrônica de Serviços), vale para o município de São Paulo – O prazo de entrega é o último dia do segundo mês seguinte ao mês de incidência.
a – A multa chega a R$ 67,07, por declaração, aos que a apresentarem a DES fora do prazo estabelecido em regulamento;
b – O valor da multa é de R$ 134,16, por declaração, aos que deixarem de apresentá-la.

Além das multas acima, há inúmeras outras penalidades específicas para determinados tipos de operações. É importante reforçar que as empresas do Simples Nacional estão dispensadas da entrega mensal da DCTF e do DACON.

Em síntese, a lei tem efeito contra todos. Aquele que não cumprir as exigências da legislação tributária estará sujeito às penalidades acima. O alerta que se faz é no sentido de que o empresário mantenha suas obrigações fiscais em dia para não ter surpresas desagradáveis, isto é, para não ficar compelido a pagar as pesadas multas previstas na legislação.

Fonte: Welinton Mota, diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil
http://www.confirp.com.br/

terça-feira, 15 de março de 2011

Telebrás começa a transferir papéis para acionistas

A partir do próximo dia 23/3, a Telebrás começará a transferir aos seus acionistas os valores correspondentes à venda das frações resultantes do agrupamento de ações, realizado no início deste ano. Serão repassados 13,5 milhões de reais, resultantes da comercialização, pela BM&Bovespa, de 554.891 ações ordinárias e 484.810 preferenciais, já agrupadas, que não foram ajustadas por seus respectivos proprietários.

Os acionistas que não optaram pelo ajuste de suas posições devem procurar as agências do Banco Bradesco para receber o montante correspondente. Já os valores relativos às ações custodiadas na Central Depositária da Bovespa serão repassados por essa instituição aos acionistas por meio dos seus Agentes de Custódia.

Img

A decisão de agrupar 10 mil ações em uma das respectivas espécies foi tomada na Assembleia Geral de Acionistas da Telebrás, realizada em 3/12 do ano passado, com o objetivo de ajustar o valor unitário da cotação a patamares mais adequados para comercialização.

O agrupamento também visa reduzir custos operacionais, aumentar a eficiência dos sistemas de registros, além de alinhar o valor das ações aos parâmetros negociados em bolsas de valores brasileiras. Os acionistas tiveram entre 8/12 de 2010 e 21/1 deste ano para reajustar suas respectivas posições.

Com essa iniciativa, o número total de ações da Telebrás foi reduzido de mais de um trilhão para 109,6 milhões. Destas, 88,6 milhões são ordinárias e 21 milhões  preferenciais, tendo a União um total de 72,67% delas.

Fonte: Computerworld

segunda-feira, 14 de março de 2011

A nova geração não quer saber da sua empresa

Segundo um novo relatório da Forrester Research, apenas 6% dos jovens entre 12-17 anos de idade querem ser "amigos" de marcas no Facebook. A preocupação das marcas é que metade desse perfil demográfico usa o site da rede social. Pior ainda: quase metade dos inquiridos não acha que marcas devam ter uma presença nos meios de comunicação social abertos.
Facebook

Entretanto, para compensar, há uma boa notícia: o valor dos jovens a a favor de ser "amigo" das marcas dobra na faixa dos 18 a 24 anos, sendo 12% a favor das empresas. Isso ainda é bastante baixo, mas é um bom sinal nesse momento em que tem havido um aumento do poder de compra dos jovens, tal como a sua afinidade para se comunicar com as marcas. De fato, como informado recentemente em um estudo, o principal motivo para interagir com marcas na web é receber descontos.

A importância da faixa etária de 12 a 17 anos é que, apesar de não quererem ser "amigos" das marcas, 74% deles usam as redes sociais para falar sobre os produtos e fazer recomendações. Então, é importante ouvir e responder quando for o caso.

A Forrester entrevistou 4.681 americanos com idades entre 12-17 na Web em setembro do ano passado.

Fonte:Website Magazine

sexta-feira, 11 de março de 2011

2011: O Ano da Consolidação do SPED?

No que depender do governo federal, o Brasil entrará em 2011 na era fiscal digital. O ano começa com novas exigências para ampliação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), estrada que está sendo construída no País para modernizar a forma de cumprimento das obrigações acessórias, substituindo toda a documentação fiscal em papel pelo formato eletrônico.

Sped

Com esse objetivo, foram estabelecidas novas obrigatoriedades. Na área de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), entra em vigor a segunda geração desse modelo, que promete maior integração com as outras bases de dados e vai cobrar das empresas uma melhor gestão das informações fiscais.

Além da segunda geração das notas fiscais, o governo inicia a entrega em formato digital das informações de Pis-Cofins, uma nova fase do Sped. O primeiro grupo para atender à exigência, em 2011, abriga as companhias tributadas pelo lucro real. No início de 2012, a regra passa a valer para todos os contribuintes.

Neste especial, a Computerworld elenca os principais desafios que as empresas enfrentarão com os novos requisitos e obrigatoriedades do Sped. E mostra que, passadas as fases de implementação, é necessário elaborar estratégias para tirar vantagem das informações geradas.

Depois de massificar o uso da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), tendo obrigado praticamente todos os segmentos da economia brasileira a adotarem esse formato em substituição à documentação em papel, o fisco preparou novas regras para 2011. Vem aí a NF-e de Segunda Geração (2G), indispensável ao aprimoramento da gestão dos sistemas fiscais.

“Vamos entrar em 2011 na era fiscal digital com o lançamento da NF-e de Segunda Geração, mais aperfeiçoada e orientada a eventos”, informa o coordenador técnico do Programa Nacional da NF-e, Álvaro Antônio da Silva Bahia. Segundo ele, a fase de correria das empresas em busca de soluções, preocupadas em apenas atender à norma, já passou. Agora, o foco será a melhoria dos sistemas de emissão dos arquivos e gerenciamento dos dados, que devem ser armazenados corretamente pelo prazo exigido pela legislação brasileira, que é de cinco anos e mais o exercício corrente.

O primeiro ciclo da NF-e foi concluído em dezembro do ano passado, quando quase todas as empresas, que operam legalmente no mercado, conseguiram se enquadrar nas novas regras. De acordo com as estimativas de Bahia, que também é coordenador técnico do Encontro Nacional de Coordenadores Tributários Estaduais (Encat), 95% das companhias alcançaram o cronograma de obrigatoriedade em 2010.

Pelas estatísticas do Portal da Nota Fiscal Eletrônica, havia no início deste mês de fevereiro mais de 480 mil empresas de todos os portes, emitindo a NF-e. O total de notas autorizadas pelas Secretarias Estaduais de Fazenda (Sefaz) ultrapassa 2 bilhões.

Histórico

A NF-e começou a ser exigida ao primeiro grupo de contribuintes de pessoa jurídica em 01/04/2008. Entre os segmentos da economia mapeados pelo fisco federal para aderir ao formato eletrônico, restaram para 2011 apenas os órgãos públicos, as empresas de telecom, as gráficas e as editoras de jornais, revistas e livros. Essas empresas deveriam ter substituído as notas fiscais em papel pelo modelo digital em 2010, mas tiveram as datas prorrogadas para este ano.

Diferente do que acontece no Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), a emissão da NF-e é exigida por empresas grandes e pequenas, independentemente do seu faturamento. A regra é válida para a cadeia inteira dos segmentos de mercado. Por envolver todos os contribuintes, a exigência mudou a rotina das companhias, principalmente as menores, que não usam sistemas de gestão empresarial (ERP), nem mesmo contam com departamentos de TI para orientá-las nos projetos.

“Percebemos que na fase inicial, as empresas estiveram mais preocupadas em preparar seus sistemas para atender à obrigatoriedade e não colheram os benefícios da NF-e”, avalia Bahia. A 2G, que começa neste ano exige que as companhias fiquem mais atentas ao uso de suas ferramentas de gestão fiscal.

Nova fase

A segunda fase terá início em abril próximo, quando todas as organizações precisam migrar para a versão 2.0 do software emissor de NF-e, que envia os arquivos para validação pela Secretaria de Fazenda Estadual (Sefaz). Até o dia 01/04, todos devem estar com o programa instalado para gerar os documentos em novo formulário. A versão antiga (1.10) sairá do ar em 31/03. Os contribuintes que usam aplicativos próprios ou soluções de mercado devem se antecipar e não deixar a mudança para a última hora. O coordenador técnico do programa nacional da NF-e avisa que não haverá mais prorrogação da data, que inicialmente era 01/10/10 e foi transferida para este ano.

A NF-e 2.0 traz novo layout para facilitar o preenchimento dos dados e aumenta a qualidade das informações. Houve a inclusão de arquivos XML e de novas regras para disciplinar o ambiente de autorização da Sefaz e validação. As novas funcionalidades prometem reduzir o tempo de resposta do fisco. Os que utilizam o programa emissor gratuito do fisco já podem usar a versão atualizada, que está no ar há dois meses.

O software grátis do governo é mais voltado para as pequenas e médias empresas, que não têm condições de contratar uma solução de mercado. O aplicativo é indicado para emissão de pequenos volumes, com capacidade para gerar entre 400 a 500 NF-e por dia. A solução não oferece serviço de armazenamento dos arquivos, deixando essa responsabilidade para o contribuinte.

Cronograma para 2011

A NF-e de 2G contempla também outras novidades previstas para o segundo semestre de 2011. Essa nova fase adotará um modelo de informações estruturado, que permitirá o acompanhamento de todo o ciclo de vida do documento fiscal.

O ponto de partida para a implementação dessa infraestrutura é a incorporação da Carta de Correção Eletrônica (CCE), com testes previstos para junho e a entrada em operação no mês de julho. Além de permitir que as empresas corrijam erros da NF-e com mais facilidade e rapidez, Bahia afirma que a CCE passará a ser anexada aos documentos fiscais.

Essa base de informações será útil, principalmente, em casos de mercadorias roubadas, que terão suas NF-e com CCE e anexado o boletim de ocorrência registrado na delegacia de polícia. O controle impedirá que as empresas comprem produtos irregulares. A CEE vai se integrar com Conhecimento de Transporte (CT-e), que deverá se tornar obrigatório neste ano para documentar a prestação de serviço de transporte de cargas realizadas no Brasil pelos meios rodoviário, aéreo, ferroviário e outros.

Faz parte do projeto da NF-e de 2G o lançamento, no segundo semestre, do Cadastro Nacional de Emissores, com informações de todas as companhias que estão gerando o documento eletrônico, bem como a data em que foram enquadradas na obrigatoriedade. Essa base de dados ficará disponível para consulta.

Na agenda de 2011, estão ajustes na Sefaz Virtual de Contingência, para oferecer 100% de disponibilidade, quando o contribuinte for transferido para esse ambiente. Geralmente, a empresa é direcionada para esse serviço, quando não consegue emitir da NF-e pelo sistema convencional da Sefaz e precisa do documento fiscal com urgência para não impedir o seu processo de negócios.

Para 2012, a NF-e de 2G permitirá o cancelamento mais rápido das notas. Hoje, o prazo é de sete dias. O novo formato vai encurtar esse tempo para 24 horas. Somente poderão ser anuladas NF-e autorizadas pelo Fisco e que as mercadorias ainda não saíram.

Dificuldade das empresas

A nova estrutura para a NF-e de 2G, com maior integração entre as bases de dados, aumenta os desafios das empresas que precisam ficar mais atentas ao gerenciamento e à qualidade das informações transmitidas ao Fisco.

Marco Zanini, presidente da NFe do Brasil, que provê soluções fiscais pelo modelo de software como serviço (SaaS), constata que a inteligência fiscal está madura no País e chama a atenção das companhias para os erros de informação, que podem gerar multas. Ele acredita que passada a primeira fase de obrigatoriedade, o Fisco vai intensificar as fiscalizações.

O executivo observa que muitas pequenas e médias desconhecem a legislação e acham que basta mandar os arquivos para o Fisco para estar em conformidade com as regras da NF-e. Elas não se preocuparam com o armazenamento dos dados, que precisam ser guardados por seis anos. Zanini diz que inúmeras ficaram vulneráveis a riscos fiscais e podem ser penalizadas com multas.

Outras organizações até têm os dados armazenados, mas sem nenhum controle. “Os arquivos estão guardados em várias máquinas. Alguns vão ter dificuldade para buscar as informações das NF-e, emitidas em caso de uma fiscalização”, diz o diretor geral da Invoiceware, Alberto Freitas, outra companhia especializada em soluções fiscais por SaaS.

Freitas constatou situações mais críticas em que funcionários carregam os arquivos das NF-e em pendrives no bolso. Com a entrada na 2G, o executivo acredita que as organizações ficarão mais atentas.

Para o diretor da Central de Custódia de Documentos Eletrônicos (CCDE), Flávio Richieri, mesmo grandes corporações ainda têm dúvidas sobre as normas da NF-e. O executivo cita que algumas acham que o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) substitui a NF-e e deixam de cobrar os arquivos eletrônicos para fazer a conferência antecipada e o armazenamento.

Desafios para entrar na nova era fiscal

As companhias precisam fazer várias mudanças internamente para avançar para a NF-e de 2G, com adaptações não apenas da área TI, mas em outros departamentos, como fiscal, comercial, cobrança e logística. Veja a seguir os desafios que terão de ser vencidos em 2011. O coordenador do programa nacional da NF-e, Álvaro Antônio da Silva Bahia, considera que as exigências trazem oportunidades para os negócios.

Fiscal: As informações prestadas pela NF-e, declarações complementares e Escrita Fiscal Digital devem ser precisas e consistentes. O fisco tem mecanismos para cruzar eletronicamente todas as operações de entradas e vendas da empresa. É possível validar todas as transações e o efetivo cumprimento das obrigações previstas na extensa legislação nacional, além de cada unidade federada. O técnico considera que a automação da recepção e a escrituração das NF-e recebidas são ainda mais benéficas para a redução de custos e melhora da qualidade das informações prestadas ao fisco.

Comercial: É fundamental o perfeito saneamento do cadastro de clientes e fornecedores.  Aquisições de mercadorias sem a validação da autenticidade do arquivo XML NF-e, via webservice ou pelo programa visualizador/validador gratuito do governo, pode causar sérios problemas, uma vez que a empresa pode receber produtos acompanhados de NF-e falsas. Atenção especial também deve ser dada às NF-e de fornecedores, emitidas em contingência sem o posterior envio do arquivo XML para o fisco no prazo de até 30 dias, após a data de processamento do documento. Depois desse prazo, o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe), mesmo emitido em Formulário de Segurança, torna-se inválido se estiver associado a uma NF-e constante na base de dados do fisco, conforme previsto na legislação.

Logística:A inclusão dos campos “número do pedido” e “número do item do pedido” na versão 2.0 do arquivo XML da NF-e permitirá às empresas muitos ganhos nos seus processos de recebimento de mercadorias e logística, segundo Bahia. As companhias devem procurar, o quanto antes, seus fornecedores e clientes para discutir o alinhamento do processo já existente ou iniciar a discussão de um modelo de integração B2B.

Cobrança: Os usuários da NF-e têm à disposição um webservice para validação online da situação cadastral dos seus clientes na Sefaz (habilitação da Inscrição Estadual). O serviço que funciona interligado ao uso do número da duplicata no arquivo XML da NF-e permitirá uma melhor integração da área de cobrança da empresas com instituições financeiras, abrindo novas oportunidades de relacionamentos e negócios.

Mash processa NF-e por meio do SaaS

Uma alternativa que tem sido buscada pelas pequenas e médias empresas (PMES) para processar a NF-e é a de software como serviço (SaaS). Esse foi o caminho trilhado pela Mash, uma das marcas mais conhecidas de moda masculina para ficar em dia com o fisco. Apesar de ter um departamento de TI, a confecção tomou a decisão de buscar um provedor no mercado para cuidar da NF-e, e então não se preocupar com o armazenamento dos dados. O gerente de tecnologia da Mash, José de Moraes Carvalho Neto, explica que a empresa fez uma análise de custos e constatou que não justificaria investir em servidor para rodar essa aplicação dentro de casa.

“Teríamos de montar uma estrutura para manter essa aplicação estável. Era preciso também fazer backup dos arquivos que necessitam ser guardados de acordo com a legislação brasileira. Não é meu core business”, diz o executivo. Hoje, a Mash faz cópias de no máximo duas semanas de seus bancos de dados e a NF-e iria exigir armazenamento por muitos anos. Diante desse cenário, a Mash foi buscar no mercado um parceiro de SaaS, mas queria um provedor que desse a opção de a empresa manter sua certificação digital hospedada em casa. “Não é seguro deixar a certificação digital nas mãos de terceiros. É como entregar uma carta em branco assinada”, considera Carvalho Neto, que contratou a Invoiceware para emitir a NF-e já na versão 2.0, que terá de ser adotada por todas as companhias a partir de 01/04.

A Mash começou o projeto em 01/10, quando as organizações do seu segmento entraram na obrigatoriedade. Até então, a empresa emitia as notas em papel. Hoje, ela processa cerca de 3,5 mil NF-e por mês, referentes à venda de seus produtos para clientes atacadistas, grandes magazines e franquias da marca. Com a mudança, Carvalho Neto avalia que a Mash teve um ganho de produtividade de 40%. Além disso, o executivo diz que a confecção não precisará mais de espaço físico para guardar os documentos em papel e também contratar mais faturista. No processo antigo, seriam necessárias mais duas pessoas para emitir as notas. Hoje, uma funcionária consegue gerenciar o trabalho.

Calendário do Sped e NF-e para 2011

01/03: Empresas de telefonia, TV a cabo e provedores de internet terão de emitir a NF-e;

01/04: Todos que emitem a NF-e precisam migrar para a versão 2.0; Exigência da NF-e nas vendas para órgãos públicos e nas operações internas praticadas pelos Estados do AC, AL, BA, CE, ES, GO, MS, MG, PB, PE, PI, RN, RO, SC, SE, TO e DF.

01/07: As demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real; Exigência da NF-e para empresas que atuam na área de edição de jornais, revistas e livros;Carta de Correção Eletrônica.

Novidades para o segundo semestre
• Nota Fiscal de 2a geração
• Cadastro Nacional Emissor
• Obrigatoriedade do Conhecimento de Transporte
• Entrada em operação da Sefaz Virtual de Contingência

Fonte: artigo de Edileuza Soares para a Computerworld

quinta-feira, 10 de março de 2011

Aumenta a procura por guaritas blindadas

A preocupação com a segurança aumenta a cada dia, pois são frequentes as notícias sobre assaltos e arrastões em condomínios – divulgadas tanto pelo boca a boca quanto pelos jornais. Novas tecnologias e produtos são necessários para conter os criminosos, que se atualizam constantemente para burlar a segurança de residenciais.
Guarita-blindada

Uma das tendências deste mercado é a blindagem de guaritas nos condomínios. Trata-se de um revestimento protege de tiros quem estiver no interior do local. Desta forma, é o suficiente para um porteiro ou zelador chamar a polícia, ou segurança armada, quando percebe uma movimentação suspeita ou é ameaçado.

“A cada notícia de assalto, arrastão ou violência que sai na imprensa, aumentam os contatos procurando por orçamentos. Por exemplo, houve um boom de pedidos após o episódio dos ataques do PCC”, afirma Edson Carlos Moraes, diretor comercial da Seg Lock, empresa de São Paulo.

Moraes alerta que, além de blindada, a guarita deve estar bem posicionada e ser funcional. “Há casos em que orientamos os síndicos a mudarem o local da guarita, além de equipá-la com câmeras, botão de alarme, banheiro e janelas para visibilidade total do porteiro”.

Orçamento

Existem diversos modelos, tamanhos e níveis de proteção para guaritas. Os valores desembolsados podem variar de R$ 5 mil até R$ 60 mil. Porém, segundo Cristiano Vargas, diretor comercial da Vault Blindagem Arquitetônica, a média de custos tem ficado entre R$ 15 e R$ 25 mil.

Calculando-se que, normalmente, um condomínio possui mais de 50 unidades e somando com parcelamento oferecido pelas as empresas, o valor desembolsado fica acessível.

“Trata-se de um ramo que tem crescido muito. Aqui na empresa, o setor teve crescimento de 100%, desde 2006”, diz Vargas. “A principal demanda é de São Paulo, mas temos também trabalhado em Curitiba, Goiânia e Rio de Janeiro. Uma curiosidade: na cidade maravilhosa, a procura maior é por outra vertente – a blindagem de janelas de prédios, para proteção de balas perdidas”.

Condomínios novos

A maioria das adaptações tem sido feitas em condomínios com mais de cinco anos. Isso porque muitas construtoras já constroem guaritas blindadas junto com o condomínio. Além de oferecer segurança, usam como ferramenta de marketing para vender as unidades.

Ainda assim, somente a instalação da blindagem não é garantia de segurança. “A maioria dos assaltos e arrastões ocorrem por falhas humanas. Bandidos se passando por funcionários de empresas prestadoras de serviços ou até mesmo grávidas pedindo água podem render o porteiro. Por isso, é necessária a participação de todos, funcionários, administradores e moradores, para haver uma boa segurança”, diz Moraes.

Além disso, oferecer todas as condições para que os vigilantes desempenhem o trabalho da melhor maneira possível é essencial. “Os condomínios devem tratar a segurança como um todo. Boa escolha dos profissionais, proteção, equipamentos e conduta preventiva”, completa Vargas.

Para os moradores que procuram uma segurança mais completa, ambas as fontes afirmaram que a procura pela blindagem de portas de entrada dos apartamentos ou casas em condomínios tem aumentado. O custo unitário varia de R$ 13 a R$ 15 mil.

Fonte: LicitaMais

quarta-feira, 9 de março de 2011

Como declarar a posse e a venda de imóveis no IR 2011

A compra, a venda e a simples manutenção de qualquer imóvel não deve passar incólume aos olhos da Receita Federal. A não ser que se qualifique como isento, o contribuinte deve informar todos os imóveis que possui na entrega da declaração do Imposto de Renda 2011. Confira, a seguir, dicas para não se enrolar com as informações e acabar na malha fina:

Como declarar um imóvel financiado ou não

Casa, apartamento, terreno, galpão. A Receita disponibiliza diferentes códigos para cada tipo de imóvel, e selecioná-los adequadamente deve ser o primeiro passo do contribuinte. No caso de imóveis financiados, será preciso informar todos os valores das parcelas que foram pagas até 31 de dezembro de 2010, e não o valor total do bem. No campo “Discriminação”, também devem ser relacionadas as condições de aquisição do imóvel: se já está quitado, se foi comprado de uma construtora, financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação, ou por uma outra linha de crédito.

Msdn

Se o imóvel já foi declarado em anos anteriores, o contribuinte precisará apenas repetir as informações na declaração do IR 2011, inclusive o preço. Isso acontece porque as oscilações de mercado não são consideradas pela Receita. Portanto, o valor do imóvel só será corrigido em caso de reformas e melhorias e nunca por qualquer índice de preço, a despeito de eventuais valorizações – expressivas ou não – que ocorrerem ao longo do tempo.

Quem declara pela primeira vez um imóvel

Quem tinha um imóvel de menos de 300.000 reais ou era isento de entregar a declaração do IR por todos os outros critérios, mas mudou de condição em 2010 e vai informar o imóvel pela primeira vez na declaração deste ano, deve ficar atento. Bens adquiridos a partir de 1996 devem ser declarados sempre pelo seu custo de aquisição.

A lógica vale também para quem era dependente e vai declarar por conta própria este ano. É o caso, por exemplo, de um filho universitário que tinha um imóvel, passou a receber um salário e, por isso, optou por fazer a declaração por conta própria ao invés de incluir a nova renda tributável no nome dos pais. Essa pessoa terá que copiar o último valor do imóvel que era informado na declaração em que aparecia como dependente, lançando-o na seção “Declaração de Bens e Direitos”. Será preciso repetir os mesmos valores nas colunas de 2009 e 2010. Da outra ponta da cadeia, o bem não deve ser incluído na “Declaração de Bens e Direitos” do antigo responsável. Para registrar esta mudança à Receita, o pai que já não tem o filho como dependente precisará apenas deixar em branco as colunas dos anos de 2009 e 2010 referentes ao imóvel anteriormente declarado.

Reformas e melhorias no imóvel

Esta é a única situação em que o valor do imóvel declarado pode sofrer alteração. Contudo, é preciso comprovar tudo que foi gasto com as obras. Vem daí a importância de guardar todos os recebos com materiais e fornecedores. Os dados e valores devem ser preenchidos no campo “Discriminação”, junto com as demais informações sobre o imóvel, como localização e preço. A coluna de 2009 deve mostrar o valor do imóvel antes das reformas, e a coluna de 2010 já deve apontar o acréscimo ganho com as benfeitorias. Acrescer na declaração o valor de um imóvel com reformas é uma forma de pagar menos IR sobre o ganho de capital obtido com a venda de um imóvel no futuro (veja abaixo).

Como declarar o ganho com a venda de um imóvel

O ganho de capital com a venda de imóveis não precisa ser declarado em três situações: se o valor da transação for inferior a 440.000 reais; se o dinheiro recebido pelo imóvel for totalmente reinvestido na compra de outro imóvel residencial dentro de um prazo de seis meses; se o imóvel vendido se enquadrar na legislação que permitia a amortização anual de 5% do seu valor até 1988. No último caso, entende-se que o imóvel já foi totalmente depreciado.

Em qualquer outra situação, o contribuinte deve baixar o Programa de Apuração dos Ganhos de Capital (GCap2010), informar o valor real de venda que consta no contrato previamente firmado e responder às demais questões. O próprio programa irá apurar se há alguma isenção ou redutor do ganho de capital, fazendo as possíveis deduções sobre o valor do imposto devido. Não esquecer de declarar o dinheiro com reformas para elevar o valor do imóvel ajuda a reduzir o ganho de capital sobre o qual é calculado o IR. Depois de chegar ao valor a ser pago, o contribuinte deve importar esses dados para a declaração do IR 2011.

Julio Perez, conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, lembra que qualquer comissão paga à imobiliária ou profissional autonômo pela negociação do imóvel é considerada uma despesa dedutível e beneficia o contribuinte no cálculo do imposto devido. "Esse é um redutor direto do valor da venda, mas é preciso que os detalhes estajam bem documentados em nota fiscal", reforça.

Imóveis em nome do casal

Como são considerados frutos do trabalho e da colaboração dos dois, imóveis que forem adquiridos em nome de um casal devem pertencer a ambos, em iguais partes. Por isso, precisam ser declarados na proporção de 50% para cada um. A exceção fica para os casais que estipularem uma divisão diferente por contrato escrito. Se o imóvel estiver no nome de apenas um dos cônjuges, apesar de ser um bem comum, ele poderá ser relacionado em qualquer uma das declarações se os contribuintes optarem pela entrega de formulários individualmente.

Doações

Quem recebe um imóvel de doação deve declará-lo na coluna "Discriminação da Declaração de Bens e Direitos", indicando o nome e número do CPF do doador. É necessário apontar o valor do imóvel na coluna referente ao ano de 2010. Em seguida, o contribuinte deve lançar o valor correspondente a esta doação em "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis". Por sua vez, quem doa o imóvel deve informar o nome e o número do CPF de quem o recebeu na coluna "Discriminação da Declaração de Bens e Direitos". A coluna com o valor no ano de 2010 deve ser deixada em branco.

Envie suas dúvidas

Para ajudar o contribuinte a organizar a papelada e pagar menos impostos, a EXAME.com responde os internautas em uma série de matérias no Guia de Imposto de Renda. Se você tem dúvidas sobre a entrega da declaração, envie suas perguntas para o e-mail seudinheiro_exame@abril.com.br. As questões servirão para pautar a equipe de EXAME.com na cobertura do IR 2011. As melhores perguntas serão respondidas em profundidade em reportagens que serão publicadas ao longo das próximas semanas.

Fonte: Exame

segunda-feira, 7 de março de 2011

Monopólio da BM&F Bovespa ameaçado

Para quem investe em bolsa, os primeiros dois meses do ano não foram lá muito bons: até fevereiro, o Índice Bovespa teve uma queda acumulada de 2,8%. Se foi medío­cre para o investidor, o primeiro bimestre de 2011 foi repleto de más notícias para o presidente da bolsa, o executivo paulista Edemir Pinto. Em fevereiro, a bolsa eletrônica americana Bats Global Markets anunciou sua intenção de se instalar no Brasil, na maior ameaça já surgida até hoje ao monopólio da BM&F Bovespa.
Size_590_bovespa

Além disso, houve neste início de ano uma reversão do humor dos mercados internacionais. Os investidores estrangeiros começaram a abandonar a Bovespa e a migrar para as bolsas de países desenvolvidos. No total, 1 bilhão de reais zarpou do território nacional em busca de investimentos melhores. Para tornar o cenário atual ainda mais complicado, a Deutsche Börse e a bolsa de Nova York anunciaram a fusão de suas operações, criando um gigante com valor de mercado de 20 bilhões de dólares.

A dúvida é: como as outras grandes bolsas do mundo, entre elas a BM&F Bovespa, reagirão? Diante desse combinado de más notícias, nem o anúncio de que o faturamento da BM&F Bovespa subiu 25% no ano passado foi suficiente para acalmar os investidores. As ações da bolsa brasileira caíram 13,7% nos primeiros dois meses de 2011, cinco vezes mais do que o Ibovespa.

De todas essas notícias, aquela que tem mais potencial para gerar pro­blemas para Edemir Pinto é a criação de uma nova bolsa no Brasil. Na prática, a BM&F Bovespa, empresa resultante da fusão entre a bolsa de mercadorias e futuros (BM&F) e a bolsa de valores (Bovespa), em 2008, detém o monopólio no mercado brasileiro. E, como todo monopólio, este também é ex­tremamente lucrativo: a bolsa brasileira é a quarta mais rentável do mundo.

Em fevereiro, a americana Bats e a empresa brasileira de gestão de ativos Claritas anunciaram que também pretendem ganhar um pedaço desse dinheiro. “Vamos oferecer a melhor tecnologia e os menores preços do mercado”, diz Ken Conklin, responsável pelo desenvolvimento de negócios da Bats no mundo. Segundo EXAME apurou, os dois sócios estão negociando em sigilo uma parceria com a Cetip, que opera o maior mercado organizado de renda fixa e derivativos de balcão da América Latina.

Competição

O anúncio da chegada de um concorrente foi recebido com alegria contida pelos principais clientes da bolsa, as corretoras. O motivo, claro, é financeiro. Não é de hoje que as corretoras reclamam dos preços cobrados pela BM&F Bovespa — as taxas por transação são cerca de cinco vezes mais caras que em bolsas europeias.

As corretoras também têm de pagar uma taxa para cadastrar os clientes, outra para estar integradas ao sistema de negociações e outra para fornecer as informações das cotações em tempo real aos investidores. Em alguns casos, essa estrutura representa até 50% das despesas das corretoras. Já para as pessoas físicas os custos fixos são dois: a custódia de 6,90 reais ao mês e 0,03% sobre o valor de cada negociação e liquidação dos papéis. “Essas taxas inviabilizam o surgimento de mais corretoras no país e inibem a entrada na bolsa de novos investidores da classe C, que poderiam impulsionar o volume de operações”, afirma o analista Henrique Caldeira, do Barclays. Segundo um estudo do banco inglês, o surgimento de um novo concorrente pode diminuir em até 20% a margem de lucro da BM&F Bovespa.

A possível chegada de um concorrente estrangeiro é mais um sinal de que o mercado de bolsas é, hoje, global. Mas não é, nem de longe, o sinal mais poderoso. Uma onda de fusões em fevereiro deixou isso bem claro. Numa mesma leva, a Deutsche Börse e a bolsa de Nova York anunciaram a criação do maior grupo do mundo no setor. Dias depois, a britânica LSE comprou a canadense TMX. E a bolsa de Singapura revelou que se unirá à americana Nasdaq.

Cedo ou tarde, a onda de consolidação baterá às portas da BM&F Bovespa. Atualmente, a bolsa brasileira tem participação de 5% no grupo CME, controlador da bolsa de Chicago. “Essa relação deverá aumentar gradualmente nos próximos anos até que a bolsa brasileira se funda com o CME”, afirma Bernardo Mariano, da consultoria americana ER Desk. Outra possibilidade é que a BM&F Bovespa assuma o papel de consolidadora no mercado latino-americano. O difícil vai ser ficar parado assistindo à criação de gigantes mundo afora.

Há um velho lugar-comum segundo o qual o mercado reage exageradamente a tudo — tanto às notícias positivas quanto às negativas. Isso se aplica à BM&F Bovespa de hoje. Embora os riscos da entrada de um novo concorrente sejam reais, eles precisam ser colocados em seu devido contexto. Por décadas, a Bolsa de Valores de São Paulo teve concorrentes, como a bolsa do Rio de Janeiro. E não foi à toa que o mercado acabou se concentrando.

Não havia liquidez que justificasse a existência de rivais. Isso mudou? Edemir Pinto acha que não. “Minha preocupação com a concorrência é zero, porque o mercado brasileiro não tem liquidez suficiente para abrigar dois concorrentes”, diz. Por via das dúvidas, ele já está tratando de defender seu espaço contra eventuais ataques. Um dos planos é permitir que o investidor estrangeiro pessoa física compre ações de empresas brasileiras em sua moeda local.

O outro projeto é disponibilizar contratos futuros de petróleo por meio da parceria com a bolsa de Chicago. Em fevereiro, a BM&F Bovespa anunciou uma aliança com a bolsa de Xangai para listar empresas brasileiras no pregão chinês, e vice-versa. “Essas estratégias são importantes para a empresa se diferenciar da concorrência”, diz Herbie Skete, da consultoria inglesa Mondo Visione. Tudo isso, em suma, para dar àqueles que investem em bolsa um motivo para voltar a investir na bolsa.

Fonte: Exame

Empresas em SP preferem estagiários que falam inglês

Os universitários que falam língua estrangeira e estão conectados em novas tecnologias têm mais chances de conseguir estágio nas empresas do estado de São Paulo, segundo levantamento recente do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). Entre 119 empresas consultadas, 91% dos estagiários têm acesso à internet e mais da metade (62%) fala outra língua além do português.
Size_590_jovem_ouvindo_ipod

O estudo analisou o perfil de 3 mil estagiários das companhias que concorreram ao prêmio As 50 Melhores Empresas Para Estagiar, do CIEE, em parceria com Ibope Inteligência e Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP). Entre os entrevistados, a maioria é do sexo feminino (58%) e possui computador (87%).

Além dos computadores do tipo desktop, o CIEE apontou que 44% dos estagiários possui laptop e que 33% também pode se conectar à internet através de celular com tecnologia 3G. Enquanto mais da metade (53%) têm um aparelho de MP3 para ouvir música, cerca de 18% possui um iPod, aparelho da Apple.

O conhecimento de idiomas é requisito para ser estagiário na maior parte das empresas: 56% opta por estudar inglês, seguido pelo espanhol (20%) e outras línguas (8%). A maior parte dos estagiários é formada de universitários (81%), mas há espaço para os que ainda cursam o ensino médio (14%) ou fazem curso técnico (5%).

Segundo o estudo, o perfil do estagiário ainda inclui estudo em instituições particulares (73%) e moradia com os pais (74%). Com relação à idade, 46% dos estudantes tem entre 21 e 25 anos e 39% corresponde à faixa etária dos 16 a 20 anos. O levantamento mostra que, no entanto, que há espaço também para estagiários entre 26 e 30 anos (9%) e com mais de 30 anos (5%).

Fonte: Exame

sábado, 5 de março de 2011

Caixa é condenada a pagar R$ 1,5 milhão por software criado por escriturário

Para as empresas que utilizam não querem pagar salário de programador para seus funcionários, ou então simplesmente mantém registro na carteira com função diferente da efetivamente exercida, é bom rever seus procedimentos:

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou a Caixa Econômica Federal (CEF) a pagar 30% do valor mais R$ 1,5 milhão por cópias de software desenvolvidos por um escriturário que não fora contratado para desempenhar a função de programador. A decisão foi tomada na semana passada pela 7ª Turma do TST, depois de a CEF ter recorrido de decisões da Vara do Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (Bahia). O nome do funcionário não foi revelado.

A sentença confirmou decisão do TRT da Bahia, que dizia que a Caixa não cometeu um "simples desvio de função", mas se apropriou da "criação e invenção de programas de informática que trouxe benefícios para a ré, sem que ela, em contrapartida, tivesse remunerado o reclamante por tais criações". A sentença exige que o banco estatal pague separadamente os serviços prestados pelo escriturário, já que isso não fazia parte de suas obrigações.

Ip-img-programador-analista

Quando recorreu ao TST, a Caixa alegou que o escriturário não havia comprovado quais programas ele efetivamente havia criado, mas a decisão da 7ª Turma foi de que o "ônus da prova é da ré", neste caso. A CEF foi condenada com base na Lei de Direito Autoral e na Lei de Software.

Fonte: TI Inside

terça-feira, 1 de março de 2011

Spamina lança solução de Cloud E-mail Archiving

Para ampliar a gama de produtos de segurança de e-mails, a Spamina, fabricante de soluções de segurança para correio eletrônico, lança ao mercado o Cloud E-mail Archiving. A solução ajuda as organizações a simplificarem o armazenamento e a administração dos e-mails. Com essa alternativa, os administradores de sistemas podem capturar, armazenar e recuperar e-mails de entrada, de saída e internos, mantendo um registro das comunicações críticas para os negócios da companhia.

Entre as principais características do Cloud E-mail Archiving estão a interface de usuário profissional acessível que, juntamente com um backend portátil, permite uma rápida configuração para uso com qualquer servidor de e-mail padrão; a facilidade de busca por múltiplas categorias, gráficos e ferramentas para administração do arquivo; a procura e recuperação rápida de qualquer e-mail; e a verificação da integridade das mensagens armazenadas no arquivo e suporte multiusuário, que permite o acesso de mais de um administrador ao arquivo.

Com o objetivo de aumentar a sua presença no mercado corporativo, a Spamina aproveita o momento para lançar a nova versão 3.3.1-1 do Cloud E-mail Firewall. Nesta atualização da solução destacam-se recursos como a ampliação do campo de atuação do mecanismo de regras e a reengenharia do notificador.

O mecanismo de regras foi ampliado para permitir a administração do fluxo de mensagens enviadas pelos usuários do sistema, controlando os e-mails enviados pelos usuários e aplicando as políticas definidas pela empresa. Tanto para o filtro dos e-mails recebidos quanto dos enviados, o processo pode aplicar ações em função dos valores presentes no campo “CC” e do número de destinatários dos correios eletrônicos.

Paralelamente, a nova versão foi desenvolvida para garantir a compatibilidade com as plataformas de PCs Windows, Mac e Linux, com processadores de 32 e 64 bits. Além disso, a nova funcionalidade permite conexões a proxys com autenticação, oferece a possibilidade de fazer conexões com o servidor por meio do protocolo HTTPS e inicia múltiplas sessões com contas distintas de forma simultânea.

Qual é a Situação Atual do DDA (Débito Direto Autorizado)?

Em outubro de 2009, o serviço de Débito Direto Autorizado (DDA) chegou ao mercado com a meta de substituir os tradicionais boletos bancários por cobranças eletrônicas. Idealizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e operado pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP),  ele já contabiliza 5 milhões de clientes cadastrados, o que representa uma movimentação de 230 milhões de boletos eletrônicos. A expectativa é saltar para 10 milhões em 12 meses.


Apesar desse avanço em números, o serviço ainda não é perceptível para o cidadão porque a adesão ainda não atingiu de forma efetiva escolas, condomínios, planos de saúde entre outros cedentes mais próximos do consumidor. O quadro ficará mais equilibrado com a entrada das concessionárias de serviços de água e luz, por exemplo, que ainda não podem utilizar o sistema por questões técnicas, que estão sendo estudadas pela Febraban.

No saldo atual, dos 5 milhões de cadastros, mais de 90% são de pessoa física, de acordo com Walter Tadeu de Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban. “A aceitação das pessoas é notória. Agora estamos trabalhando para trazer os cedentes”, diz.

Mas o que é preciso para atrair esses personagens tão importantes ao elenco do DDA? O executivo explica que é preciso haver inicialmente uma negociação entre cedentes e bancos (32 em operação no DDA). “E nessa seara, a Febraban não participa. Apenas orientamos tecnicamente para que ela evolua e se efetive”, acrescenta e solicita: “Os sacados (pessoas físicas) devem ajudar nesse processo, pressionando seus cobradores.”

Márcia Ogawa, sócia da consultoria Deloitte no segmento financeiro, acredita que se os bancos acenassem com taxas mais atraentes e serviços diferenciados iria incentivar a adesão. Não acha que os sacados conseguirão mobilizar os cedentes.  “É, sem dúvida, um projeto arrojado, robusto e único no mundo. No entanto, requer ajustes e acordos que construam um círculo virtuoso”, afirma Márcia.

Segundo a executiva, na cadeia do DDA todos podem ganhar em praticidade, economia de custo e de tempo. “Mas é preciso mexer em processos. O modelo de cobrança é outro. De ambos os lados”, ressalta e acrescenta que no caso do cedente, ainda há o agravante de, por vezes, ter de administrar dois processos distintos, porque depende da adesão dos clientes.  “Parte em DDA e outra em boleto tradicional.”

A Escola Móbile, localizada na capital paulista, aderiu ao DDA no mesmo mês do seu lançamento. Comunicou aos pais dos alunos e conquistou até então mais da metade de adesão. Lida, portanto, com a inovação e o legado. “Antes de emitir os boletos, tenho de realizar uma pesquisa para verificar quem é cadastrado. O gerenciamento é mais complexo”, relata Daniel Bresser, vice-presidente geral da Móbile, que diz ser preciso ter um sistema interno para facilitar o processo.

Bresser destaca que a motivação maior de ter aderido ao serviço foi em razão de a escola estar fortemente engajada em movimentos em prol da saúde do planeta. “Contribuir para a redução da emissão de boletos em papel é muito importante para nós.”

E é fato a colaboração do DDA à causa. De acordo com balanço divulgado pela Febraban, após um ano em operação do serviço, a emissão de boletos sofreu redução de 10%. Revela ainda que com menos boletos foram economizados 46 milhões de quilowatt/hora, 1 bilhão de litros de água, além de deixar de emitir alguns milhões de quilos de dióxido de carbono.
A Móbile não ingressou no DDA vislumbrando economia em taxas bancárias, segundo Bresser.

Ainda bem, porque a conta ficou mais alta. “Passamos a pagar taxas maiores. E como tivemos de migrar do modelo sem registro para o com registro, agora temos de pagar antecipadamente as taxas. Para isso, é preciso adequar o fluxo de caixa”, diz o diretor da escola.

Faria explica os tipos de cobrança sem e com registro. Escolas, condomínios etc estão na primeira categoria e, portanto, os bancos só reconhecem a cobrança quando recebem o pagamento. Para estar no DDA, é necessária a transferência para a modalidade com registro.

Em relação às negociações entre bancos e cedentes, Faria diz que nas reuniões do Comitê Gestor da Febraban, solicitações para que os bancos revejam suas posições nos acordos com os cedentes são uma constante. “Apenas recomendamos. Mas acredito que muito poderá ser ajustado.”

Na estimativa de atingir 10 milhões de cadastros, está incluída, segundo o executivo da Febraban, a entrada de cedentes. Tudo vai depender da evolução das negociações, especialmente se penderem para a filosofia “círculo virtuoso”.

Como funciona

Para ingressar no serviço Débito Direto Autorizado (DDA), o cliente, pessoa física ou jurídica, deverá se cadastrar como “sacado eletrônico” nos bancos em que possui conta e assinar um termo de uso dispensando o envio das faturas em papel. Já as instituições financeiras devem informar à Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) sobre a sua carteira de cobranças.

Tão logo o cadastro é efetivado, será possível visualizar eletronicamente todos os boletos registrados pelas empresas cedentes. Quando o credor gera um boleto de cobrança para um determinado CPF ou CNPJ cadastrado como “sacado eletrônico”, a cobrança aparecerá ao pagador quando ele acessar o banco no caixa eletrônico ou pela internet.

O DDA não tem nada a ver com débito automático. Ele é a apresentação eletrônica do boleto e o débito automático é o pagamento das contas de concessionárias de serviços de água, luz, telefone e gás, previamente contratado e debitado na conta do correntista na data do vencimento.

Benefícios: entre os principais estão redução do uso de papel, praticidade de pagamento, eliminação de extravios de boletos, redução de filas nas agências bancárias, maior segurança na entrega da cobrança e modernização do Sistema de Pagamento Brasileiro.

Fonte: Solange Calvo, da Computerworld