terça-feira, 26 de janeiro de 2010

As 25 Bolsas de Valores do Brasil

A matéria abaixo foi publicada no InfoMoney e é bem interessante em termos de "curiosidades" sobre o mercado financeiro. Com a previsão da entrada no Brasil ainda em 2010 de uma grande concorrente para a BM&F Bovespa, é interessante saber que existem atualmente 25 bolsas de valores no país em pleno funcionamento. Como a grande maioria dos investidores não profissionais desconhecem a existência dessas outras bolsas , acredito que o texto escrito pela colunista Giulia Santos Camillo, da InfoMoney, é bem interesante:

Sendo a única bolsa no Brasil a realizar atividades de negociação de ações a partir da integração das bolsas de valores brasileiras a partir de 2000, a BM&F Bovespa já é velha conhecida dos investidores – até mesmo dos mais leigos. 

O que pode passar despercebido, no entanto, é que existem diversas outras bolsas no Brasil, algumas com mais de um século de existência. É o caso, por exemplo, da Bolsa de Valores da Bahia, cujo embrião foi a aprovação do regimento dos corretores e a criação da Junta dos Corretores, em 27 de julho de 1851. 

“A casa foi criada nos mesmos moldes da Bolsa do Rio de Janeiro”, informa a instituição. Atualmente, após a fusão com as bolsas de estados vizinhos, a instituição passou a se chamar Bolsa de Valores Bahia Sergipe Alagoas. A própria bolsa fluminense, que muitos acreditam extinta, ainda existe. 

As bolsas da Bolsa

De longe a mais importante bolsa do Brasil, a BM&F Bovespa também possui em suas mãos outras instituições atuantes no mercado. Além da BVRJ (Bolsa de Valores do Rio de Janeiro), também faz parte de suas posses a Bolsa Brasileira de Mercadorias. 

BVRJ

Primeira bolsa a ser fundada no Brasil, a BVRJ foi o maior mercado brasileiro até sua quebra, em 1989. Foi nessa época que a liquidez foi transferida mais rapidamente para a bolsa paulista, culminando com a integração das bolsas em 2000. Ainda assim, a instituição não perdeu completamente sua importância, conforme explica a BM&F Bovespa: 

“praticamente todos os grandes momentos econômicos do país transitaram pela Bolsa do Rio, desde o Encilhamento – primeira grande febre especulativa (...) – até os leilões de privatização das grandes empresas estatais que marcaram a guinada da economia brasileira em direção à retirada de grandes setores do controle do Estado, isto a partir da adoção do Programa Nacional de Desestatização, em 1991”. 

Deixando os áureos tempos em que seu IBV (Índice da Bolsa de Valores) serviu de exemplo para o desenvolvimento da metodologia do Ibovespa e as polêmicas de privatizações de empresas como Usiminas, CSN e Vale, os títulos patrimoniais da BVRJ e os direitos de administração foram adquiridos pela BM&F em 2002. Dessa forma, a bolsa parou de atuar e seu espaço é utilizado de forma pontual. 

BBM

Outra empresa que faz parte da BM&F Bovespa é a Bolsa Brasileira de Mercadorias, na qual a instituição detém uma participação de 50,12% - ou 203 títulos patrimoniais. Os outros 202 títulos pertencem a corretoras. 

“Concebida para ser a bolsa do agronegócio brasileiro”, como ela mesma descreve, a BBM tem como objetivo “desenvolver e prover o funcionamento de sistemas para negociação de mercadorias, bens, serviços e títulos, nas modalidades a vista, a prazo e a termo, viabilizando a formação de grande mercado nacional para commodities agropecuárias”. 

Com centros na maioria das regiões brasileiras, a BBM atua na negociação de produtos e títulos agropecuários, como CDA (Certificado de Depósito Agropecuário), WA (Warrant Agropecuário), CDCA (Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), através de leilões contratados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e pelo Banco do Brasil. 

Remanescentes

Após a integração dos mercados até hoje, foram poucas as bolsas regionais que sobreviveram. Além da BVRJ e da BVBSA (Bolsa de Valores Bahia Sergipe Alagoas), a Bovmesb (Bolsa de Valores Minas – Espírito Santo - Brasília) mantém suas operações, englobando também os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. 

Contudo, o papel dessas instituições tornou-se apenas secundário após a fusão operacional e a concentração das negociações dos valores mobiliários na BM&F Bovespa. “Com essa reestruturação, as bolsas regionais passaram a dar ênfase às atividades de difusão do mercado e prestação de serviços a investidores e empresas de sua jurisdição, bem como informações sobre o mercado acionário à imprensa e ao público em geral”, explica a BVBSA. 

Nova bolsa?

Em meados de 2009, houve rumores sobre a possibilidade de entrada de uma concorrente à BM&F Bovespa no mercado nacional ainda em 2010, o que poderia revitalizar o mercado de negociação de ações do País, concentrado na bolsa paulista desde 2000. 

Em resposta às especulações, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) esclareceu que “pela regulamentação atual, já se pode analisar a instalação de novas bolsas para concorrer com a bolsa existente, ou ainda, outros mercados de balcão para concorrer com os existentes”. 

Bolsas de mercadorias: ainda relevantes

Se a situação das bolsas de valores que ainda existem no Brasil mingua visivelmente desde a integração do mercado, o mesmo não pode ser dito das bolsas de mercadorias, onde são negociados títulos agropecuários e realizados leilões de commodities agrícolas da Conab e do Banco do Brasil. 

Ao todo, são dezenas de Bolsas de Cereais e Mercadorias regionais, que permaneceram em atividade mesmo com o crescimento da BM&F e as consecutivas aquisições de players regionais promovidas pela instituição. Ou, como colocado pela Bolsa de Cereais e Mercadorias de Londrina: “o sistema de Bolsas de Mercadorias do Brasil é composto de 25 Bolsas cobrindo todo o território nacional, interligadas pelos sistemas de leilão”. 

Para citar algumas das mais conhecidas, além da bolsa de Londrina, há a Bolsa de Cereais e Mercadorias de Maringá, São Paulo, Mato Grosso e Brasília. Também entram na categoria a Bolsa de Hortifrutigranjeiros, Cereais e Produtos Agropecuários de Pernambuco e a Bolsa de Gêneros Alimentícios do Rio de Janeiro. 

Nesses mercados, os leilões da Conab e do Banco do Brasil são os principais eventos, abrangendo não apenas a venda de estoque regulador do Governo Federal, como também contratos de opção, contratação de frete, trocas simultâneas e até mesmo a compra e venda de álcool para a Petrobras.

Posted via email from Ramon E. Ritter

Ano de 2010 deve ser aquecido para abertura de capital

O volume atípico de trabalho para esta época do ano obrigou o executivo Paulo Sergio Dortas a criar uma rotina incomum para quem está de férias. Durante as manhãs e em boa parte das tardes, passeios de barco pelo belo litoral baiano. Ao cair da noite, horas sentado em frente do computador. Dortas é sócio da consultoria Ernst & Young na área de abertura de capital de empresas, operação conhecida pela sigla em inglês IPO.

"O ano está começando aquecido", afirma. "O Brasil certamente continuará a ser um dos principais mercados para IPOs em 2010." No ano passado, o País realizou o maior IPO do mundo - o do banco Santander, que levantou US$ 7,5 bilhões - e ocupou a terceira posição do ranking global desse tipo de operação, atrás apenas de China e Estados Unidos.

O desempenho pode ser explicado pelas virtudes do Brasil e pela paradeira lá fora, fruto, claro, da crise econômica global. No total, o País teve seis operações, que levantaram US$ 13,2 bilhões. São números bem mais modestos que os de 2007, quando os IPOs bateram todos os recordes aqui, com 68 operações e volume financeiro de US$ 37,4 bilhões.

Sem projeção

Para este ano, nenhum executivo se arrisca a fazer projeções. Mas é certo que a quantidade de operações superará de longe a meia dúzia do ano passado. Em termos de volume financeiro, é difícil estimar, porque 2009 teve duas transações de um porte pouco usual: além de Santander, a da Visanet, que obteve US$ 4,3 bilhões.

Até agora, cinco empresas deram entrada com a documentação necessária para um IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM): BR Properties, que atua no setor imobiliário, Multiplus, subsidiária da TAM no segmento de fidelização de clientes, Aliansce Shopping Centers, Renova Energia, que atua no segmento de energia renovável, e a International Meal Company (IMC), dona de marcas como Viena, Frango Assado e Brunella. "Mas vem mais por aí", avisa Dortas.

Quem vai debutar no mercado em 2010 será a Aliansce, que apresentou há dez dias os detalhes da operação. O período de reserva para investidores termina na próxima quarta-feira. Estima-se que o negócio possa movimentar pouco mais de R$ 1 bilhão. A Multiplus também está com o processo em fase adiantada, e pretende iniciar a negociação de seus papéis na Bovespa no dia 5 de fevereiro.

Fonte: Exame

Posted via email from Ramon E. Ritter

"Economia brasileira é mais sustentável que a da China", diz Mark Mobius

O megainvestidor norte-americano Mark Mobius afirmou nesta segunda-feira (25/01) que a economia do Brasil é "mais sustentável" do que a da China, porque o país tem uma pauta de exportações de matérias-primas variada, que abrange desde metais a produtos agrícolas. Segundo Mobius, essa característica torna a economia brasileira mais resiliente.

Ao falar sobre o mercado de ações no Brasil, ele afirmou que o Ibovespa, índice das ações mais negociadas na bolsa, não está excessivamente valorizado ao contrário do que sugerem muitos analistas. Segundo informações da Bloomberg, as empresas do Ibovespa são negociadas em média a um valor equivalente a 13,2 vezes seus lucros, enquanto o índice de ações da bolsa de Xangai vem registrando uma valorização que é 17,9 vezes maior que os lucros.

"A economia do Brasil é mais sustentável porque eles não têm que importar nada. A China tem que importar petróleo, ferro e alimentos", disse Mobius, que administra em seu fundo de investimentos cerca de 35 bilhões de dólares em ativos de países emergentes. "O Brasil está em uma situação na qual ele possui recursos tremendos, não apenas minerais mas também agrícolas", enfatizou.

Mercados de ações em diversos países despencaram na semana passada depois do anúncio do crescimento econômico chinês, que ficou acima do esperado. Como o índice de inflação do país também mostrou elevação, os investidores ficaram preocupados com a possibilidade do país aumentar o custo de seus empréstimos.No Brasil, o Ibovespa, que caiu forte na semana passada, permanece em um patamar de pontos 72% acima do observado no mesmo período em 2009. De acordo com dados compilados pela Bloomberg, o índice preço-lucro do Ibovespa é o mais baixo dentre os principais mercados da América Latina, tornando-o uma excelente aposta para os investidores.

Fonte: Exame

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Bradesco expande biometria para reforçar segurança em caixas eletrônicos

Em 2010, empresa investirá 250 milhões reais nessa tecnologia, que substitui as senhas convencionais em transações bancárias nos terminais.

O Bradesco decidiu expandir o uso da biometria nos seus caixas eletrônicos para reforçar a segurança durante as transações. A instituição financeira estima que até o final de 2011 aproximadamente 70% dos seus ATMs estejam equipados com leitores que reconhecem os correntistas pelas veias da palma da mão. Para atingir essa meta, o Bradesco investirá este ano 250 milhões reais na compra de mais oito mil terminais equipados com o sistema PalmSecure, desenvolvido  pela fabricante japonesa Fujitsu. A tecnologia  permite que os correntistas sejam identificados e autentiquem transações bancárias por meio da característica vascular da mão, capturada pelo sensor infravermelho do dispositivo.

Atualmente, segundo o vice-presidente de TI do Bradesco, Laércio Albino César, esse sistema está presente em 40% dos caixas eletrônicos do banco espalhados pelo Brasil. Ou seja, 12.500 dos 30.650 dos ATMs instalados em agências estão equipados com leitores da tecnologia de biometria adotada pelo banco. Albino prevê chegar ao final de 2011 com uma base de 20 mil terminais eletrônicos equipados com o dispositivo PalmSecure. Com a disseminação da tecnologia, o Bradesco espera poder substituir as senhas convencionais durante as operações nos terminais de autoatendimento.

“Pensamos em eliminar as senhas porque constatamos que o reconhecimento biométrico é seguro. Em mais de dois anos, não registramos nenhum caso de fraude”, garante Albino.

Adesão dos clientes

O Bradesco iniciou os testes dos terminais eletrônicos com leitura biométrica da palma da mão em maio de 2006. Depois da experiência, na sede do banco, na Cidade de Deus em Osasco, a instituição estendeu a tecnologia para outras regiões. Entretanto, para ser reconhecido biometricamente durante as transações nos ATMs, o correntista precisa fazer um cadastro em sua agência. De acordo com Albino, 1,5 milhão dos 22 milhões de clientes do Bradesco já aderiram ao sistema de autenticação. A expectativa do banco é de que até final de 2011 esse número aumente para 5 milhões.

Segundo Albino, boa parte dos clientes que se cadastraram para usar a biometria nos ATMs são aposentados que se sentem mais à vontade com a tecnologia por não precisarem mais decorar as senhas de letras, solicitada nas operações pelos terminais. Além de ser mais segura que o uso de senha convencional, o executivo do Bradesco destaca que a biometria reduz o tempo gasto para realização das transações nos terminais, o que contribui para diminuir o tamanho das filas.

Interesse da Alemanha pelo modelo

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) discute há algum tempo com seus associados o uso da biometria nos serviços bancários para aumentar a segurança. Entretanto, a instituição avalia outros métodos, além do adotado pelo Bradesco. Porém, ainda não há um consenso no setor sobre qual a tecnologia mais adequada. No caso do Bradesco, Albino afirma que não há planos de implantação de outras tecnologias de biometria. “O Bradesco já definiu a leitura da palma da mão como a mais correta e casou com ela. Fizemos grandes investimentos nesse sistema, que já era adotado no Japão. Consideramos esse sistema o mais adequado”, diz o executivo.

O vice-presidente de TI do Bradesco afirma que uma demonstração de que o banco está no caminho certo é o fato de a Alemanha estar interessada em conhecer a experiência do banco brasileiro. Um especialista da instituição fará uma exposição sobre projeto do Bradesco naquele país para a associação de bancos local, que poderá vir a adotar o modelo. 

Fonte: IDG Now

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

2010: O Que Esperar

A Planner Corretora disponibilizou para todos os seus clientes o completíssimo boletim abaixo com as perspectivas dela para o ano de 2010:
 
O cenário nacional para 2010 está dado. Ao longo de 2009 as pesquisas indicavam forte crescimento do PIB, uma  taxa  de  inflação  dentro  da  meta,  o  câmbio  sem  grandes  sustos  e  a  volta,  nada  absurda,  do  aperto monetário - alta da taxa Selic - visando conter o descolamento da  inflação em 2011. A grande maioria espera bons números, com muitos indicadores de atividade já tendo voltado para níveis pré-crise.
 
E, dado esse cenário de grandes e boas expectativas, o Índice Bovespa já precificou em 2009 boa parte disso. Pelo contrário, ao assistirmos a recuperação de outras economias, embora de maneira moderada, poderemos ter  uma  concorrência  de  alocação  de  portfólio,  na  busca  de  oportunidades  ainda  atrasadas,  em  especial  a americana.
 
Mas,  o  que  devemos  esperar  então  ?  No  Brasil,  os  lucros  das  empresas  devem  mostrar  evoluções consideráveis nos próximos  trimestres a ponto de  termos confirmadas nossas expectativas de 85.000 pontos para dezembro de 2010 e  justificar múltiplos permanentemente atrativos. Por outro  lado, o  início da  retirada dos  programas  de  estímulos  fiscais  e monetários  implementados  por  diversos  países,  esperados  para  o  2º trimestre de 2010 (2T10) e a possibilidade da  inflação evoluir com baixo crescimento econômico são motivos de grande apreensão, devendo “jogar” contra as bolsas.
 
A questão política e as contas públicas em âmbito nacional parecem guardar as maiores atenções. Se por um lado a sucessão presidencial parece menos problemática, já que tanto Dilma como Serra tem plenas condições de governabilidade, o atual lado fiscal chama a atenção pela rápida deterioração.

O  governo  deu  continuidade  a  uma  série  de medidas  de  desonerações  fiscais  e  promoveu  uma  política de reajuste  de  salários.  Promoveu  ainda  uma  expansão  significativa  da  dívida  pública  /  PIB,  através  de concessões de crédito da União a instituições financeiras oficiais, dando continuidade às medidas “anticíclicas” mesmo com a retomada da economia estando evidente. Ou seja, acendeu a luz amarela já que a persistência prejudicará não só o crescimento econômico sem inflação nos próximos anos, como a sustentabilidade fiscal.
 
Inflação
 

Os preços ao consumidor e no atacado terão uma trajetória mais próxima em 2010. Os preços no atacado vão subir, mas não se esperam grandes reajustes na  indústria. Apesar do ciclo de ajustes nos estoques  já  terem acabado, há ainda capacidade ociosa que não será ocupada de forma tão rápida a ponto de exercer pressão nos preços.
 
Taxa de Juros

 
O Banco Central (BC)  terá que definir um momento para elevar a  taxa de  juros Selic, a ponto de retorná-la a um nível considerado neutro e que minimize apreensões sobre desvios da  inflação das metas de 2011. Esse momento esperamos para o 2º semestre de 2010 (2S10), já que ainda há boa capacidade ociosa por parte das indústrias, que compensará a pressão do segmento de serviços.
 
Em ano eleitoral os  juros  devem  começar a embutir  o posicionamento dos  candidatos  à presidente para as políticas monetária, cambial e  fiscal, eventuais  transições no BC, as estratégias de  retirada  dos estímulos às economias e o comportamento do déficit das  transações correntes e orçamentário. Há  temores, contudo, de que dado o processo eleitoral a necessidade de aperto monetário seja postergado, com dose mais reforçada apenas em 2011. Acreditamos que o BC  tem se mostrado muito eficiente, oportuno e  independente em suas decisões, de maneira que não esperamos tal comportamento.
 
Taxa de Câmbio
 
A  valorização  do  real  é  uma  preocupação  constante,  dada  a  atratividade  do  Brasil  perante  o  capital estrangeiro. Os grandes investimentos a serem realizados no país e a continuidade da taxa de juros em níveis ainda altos em relação ao resto do mundo, contribuem para a migração de recursos para o país. A questão do IOF  de  2%  na  entrada  de  novos  recursos  estrangeiros,  tanto  em  renda  variável  como  em  renda  fixa,  não intimida capitais de longo prazo.

Apesar  dessa  expectativa,  não  esperamos movimentos  de  grandes  valorizações  do  real,  exceto  quanto  ao desenrolar das campanhas eleitorais dos candidatos à presidente da república, seus programas de governo e discursos.  Por  conta  disso,  esperamos  maior  volatilidade,  com  conseqüente  reflexo  nos  mercados.  De qualquer forma a economia está bem e isso, por si só, já traz pressão de valorização no real.

Estados Unidos
 
Uma economia que tem no consumo o grande propulsor de sua atividade, não terá forte impulso enquanto não começar a gerar emprego. E o que temos visto é a taxa de desemprego atingir 10% e os seguros-desemprego continuarem  a  ser  solicitados  em  níveis  desconfortáveis.  Apesar  da  Confiança  do  Consumidor  ter  se recuperado – de 25,3% em  fevereiro/09 para 52,9% em dezembro/09 pelo  Índice Conference Board – ainda continua extremamente baixo.
 
Europa
 
Os países conhecidos como PIGS – Portugal,  Itália, Grécia e Espanha – encontram-se diante de uma crise sem precedentes, ameaçam o padrão de moeda única, o euro, e arrastar outros países no mesmo sentido. A dívida pública da Grécia deve chegar a 125% do PIB em 2010, a Itália já atingiu mais de 100% e a Espanha caminha nesse sentido.
 
A Alemanha parece ser a salvação. Apesar de “locomotiva” da região tem suas limitações e deve pensar bem em resgatar outras economias para o bem de todos ou infelizmente colaborar para retardar a implantação das lições básicas de economia e dar um  sinal perigoso de irresponsabilidade compensada – moral hazard. Ou seja, não devemos esperar grandes sinalizações da região.

China

 
Continuará minimizando  os  efeitos  da  crise  no mundo,  sendo  a  principal  responsável  pela  recuperação  da atividade econômica  internacional. Os dados mais recentes sobre a economia chinesa  reforçaram o otimismo percebendo-se, principalmente na produção  industrial, sinais de expansão sustentada, sem expressivo apoio do pacote de estímulo de US$ 585 bilhões do final de 2008.
 
O governo chinês está ciente de que o crescimento pode assumir um ritmo capaz de acentuar as distorções causadas pelo excesso de capital no mercado interno e de capital  vindo do exterior, em consequência do estímulo econômico  do  governo  e  das  baixas  taxas  de  rendimento pelo mundo.  As  grandes  preocupações estão na perspectiva do surgimento de bolhas em setores alavancados pelo pacote, como o imobiliário, com o direcionamento do crédito para setores com excesso de produção, e de pressão inflacionária. Mesmo assim, o governo  chinês  anunciou  que  pretende  direcionar  o  fluxo  programado  para  2010  do  pacote  de  estímulo principalmente para a expansão do consumo doméstico e a recuperação do ritmo das exportações.
 
Perspectivas Setoriais
 
Nossa  expectativa  é  de  um  Índice Bovespa  em  85.000  pontos  para  dezembro  de  2010. O movimento mais modesto está baseado na antecipação, em 2009, da recuperação econômica esperada para 2010. O mercado pagou uma recuperação que está se sustentando. Logo, uma performance mais robusta estará condicionada aos lucros das empresas e cenário tranquilo para expectativas de alta da taxa Selic e Fed Funds. 
 
Em um ano de forte crescimento do PIB, acreditamos que em maior ou menor medida haverá um crescimento generalizado dos setores. Temos como expectativas mais  favoráveis os setores  ligados a  infra-estrutura, em especial  aeroportos,  rodovias,  portos,  por  esperarmos  eventos  como Copa  do Mundo  (2014)  e Olimpíadas (2016)  e  entendermos  que  demandarão  fortes  investimentos  que  não  podem  demorar  a  serem  iniciados. Vemos ainda crescimento em setores como siderurgia, bancos, petróleo, comércio varejista e construção civil. Nossos destaques nesses setores são:
 
- OGX ON (OGXL3): R$ 20,70
A empresa tem muito por crescer e suas recentes descobertas proporcionam alternativa à Petrobras, dado as crescentes dúvidas de seu processo de capitalização.  Já apareceu na prévia do Índice Bovespa para janeiro e com o desdobramento que será realizado suas ações ganharão mais liquidez.
 
- LLX ON (LLXL3): R$ 10,70
O  projeto  super  porto  do  Açu  é  um  complexo  industrial  acoplado  ao  porto,  onde  já  estão  definidas  duas siderúrgicas e uma cimenteira. É um projeto muito  interessante, com as  indústrias  já dando vazão para suas exportações ou agilizando processos de importações de matérias-primas.
 
- OHL Brasil ON (OHLB3): R$ 41,42
Com os eventos esportivos a serem realizados no Brasil – Copa do Mundo e Olimpíadas – a malha rodoviária será fundamental, assim como com o crescimento forte esperado para economia nacional, o transporte pesado será destaque de recuperação. Este cenário beneficia mais a OHL. 
 
- Triunfo Participações ON (TPIS3): R$ 9,00
Seus negócios estão voltados para infra-estrutura, com destaque para o  início das atividades de sua usina de energia elétrica, em conjunto com as atividades já iniciadas de portos e administração de rodovia.
 
- Pão de Açucar PNA (PCAR5): R$ 66,50
Muito  a  absorver  sinergias  da  aquisição  do  Ponto  Frio  e  expertise  da  Casas  Bahia,  destacando-se  seu empenho em ganhar musculatura no atendimento a classe baixa onde acreditamos tem muito para crescer.
 
- Banco Panamericano PN (BPNM4): R$ 13,00
A  associação  com  a CEF  lhe  permitirá maior  competitividade  em  seu  nicho  de mercado  –  financiamento  à veículos – permitindo-lhe crescer sem penalizações de margens operacionais. 
 
- Gerdau PN (GGBR4): R$ 33,50
Tanto  no  mercado  interno,  como  mercado  americano,  a  empresa  estará  se  beneficiando.  O  mercado americano demonstra  recuperações comedidas e o setor de construção civil no Brasil está com o programa Minha Casa Minha Vida trazendo muito boas expectativas.
 
- Gol PN (GOLL4): R$ 30,00
A partir do 2º  semestre, as estatísticas de ocupação das aeronaves e  recuperação de  rentabilidade  ficaram mais  evidentes. A  rápida  recuperação  econômica,  o menor  receio  de  desemprego  e  crescimento  da  renda, além do forte período sazonal incrementaram o movimento, trazendo a percepção de que o setor voltará a ter forte recuperação de ocupação e resultado.
 
- Cyrela ON (CYRE3): R$ 29,00
Expectativa de crescimento no volume de  lançamentos de vendas contratadas, assim como maior volume de entregas de empreendimentos. Está  fortemente posicionada no segmento econômico, através da controlada Living, a qual responde hoje por 33% dos negócios do Cyrela, com a expectativa de atingir 50% em 2012.

- EZTec ON (EZTC3): R$ 11,50
Destaque  entre  as  small  caps  do  setor,  com  lançamentos  direcionados  tanto  na  classe média/média alta como também no segmento comercial. A empresa possui  lançamentos  já programados em 2010 em ambos segmentos  de  negócios, os quais deverão impulsionar fortemente os resultados da empresa. Além  disso,  a empresa  mantém  uma  posição  de  caixa  líquido  positivo  que  dá  conforto  para  execução  desses empreendimentos.
 
Alimentos
 
O complexo de  carnes deverá  reagir de maneira distinta, dependendo do  tipo de carne. A oriunda  de bovinos  deverá  se  recuperar  internamente  com mais  rapidez  do  que  a  carne  de  aves,  já  que  os  principais entraves, como doenças,  já  foram quase que  totalmente superados  (a certificação de  fazendas criadoras de gado está em ritmo bastante acelerado) o que permite aumentar as exportações.
 
As exportações deverão  ter como empecilho o  fator câmbio que  inibe uma atuação mais agressiva por parte das principais  empresas exportadoras, que deverão  aproveitar o aumento  da massa  salarial  para  direcionar qualquer excedente ao mercado  interno. Já a carne oriunda de aves deverá sofrer um pouco mais, com um cenário de recuperação de preços mais plausível para o início do 2º semestre de 2010 (2S10). As exportações também  são  penalizadas  pelo  fator  câmbio  e  por  uma  demanda  internacional  enfraquecida  por  razões macroeconômicas.
 
Apesar do setor de carne branca ainda não ter recuperado sua lucratividade histórica, acreditamos que a partir do 2S10, a BR Foods (BRFS3) deverá conseguir recompor suas margens de lucratividade, bem como a união com  a  Sadia  poderá  ser  melhor  rentabilizada,  com  ganhos  de  sinergia  que  ainda  não  foram  possíveis demonstrar. 
 
As  notícias  sobre  o  preço  da  arroba  do  boi  para  2010  são  de  estabilidade  permitindo  que  tanto  Minerva (BEEF3),  como  Marfrig  (MRFG3)  e  JBS  Friboi  (JBSS3)  possam  recompor  suas  margens.  Marfrig  e  JBS passam  por  momentos  de  reestruturação  e  deverão  demorar  um  pouco  mais  para  conseguirem  obter  as sinergias que esperam das aquisições ou  fusões  realizadas em 2009. Neste caso, a Minerva nos parece ser uma opção um pouco mais interessante para o médio prazo.
 
Agrícola
 
Competitividade do agronegócio nacional proporciona dinâmica  favorável em 2010. O Brasil é um dos maiores produtor / exportador de produtos agrícolas e possui um dos menores custos de produção do mundo. Em  2009  o  setor  passou  por momentos  bastante  difíceis  sensibilizado  por  um  aperto  do  lado  da  oferta  do crédito,  retração  da  demanda  internacional,  menores  investimentos  em  produtividade  agrícola,  preços de commodities agrícolas em queda e piora na condição financeira do agricultor.
 
Passado o pior da crise acreditamos que em 2010 a retomada da demanda será gradual. Pelo lado da oferta, esperamos aumento nas principais commodities agrícolas. E mesmo com a expansão da oferta, os preços devem  apresentar  alta moderada. No  geral,  a  competitividade  do  agronegócio  brasileiro  proporcionará  uma dinâmica favorável para o setor em 2010. Como fator que pode impulsionar o setor citamos a recuperação da renda em 2010 na casa dos 6% frente forte queda de mais de 10% em 2009.
 
A rentabilidade do produtor rural deve aumentar em 2010, impulsionada por menores custos de produção que deve mais do que compensar a alta moderada do lado dos preços. Assim sendo, a recuperação da demanda mundial aliado a uma maior oferta interna, deve propiciar uma elevação do quantum exportado para a maioria dos produtos, gerando um acréscimo de 13% no superávit na balança comercial do agronegócio, para US$ 56 bilhões (Tendências Consultoria). No geral, teremos renda e rentabilidade melhores para 2010.
 
Destaque para a diversificada pauta de exportações brasileira; a  importante participação do setor agrícola no equilíbrio  das  contas  externas;  as  fontes  de  financiamento  governamentais  a  custo  e  prazos  adequados; perspectiva de melhora de volumes e de preços em 2010 que trarão importante superávit da balança comercial do  agronegócio.  Atentar  para  a  dinâmica  do  câmbio  e  a  perspectiva  de  um  real  ainda  valorizado;  a  forte dependência do clima e de oferta de crédito a custo competitivo; e a alavancagem do produtor rural.
 
No setor destacamos a SLC Agrícola (SLCE3) um dos maiores produtores brasileiros de algodão, soja e milho, e que deve apresentar um melhor exercício em 2010 com aumento de produção e  recuperação de margens pela  redução de custos,  retomada do  ritmo de expansão de áreas, e manutenção da eficiência operacional. Dentre sua estratégia de expansão está a aquisição e o arrendo de novas fazendas, a expansão da produção via arrendamento e a ampliação do cultivo da segunda safra de algodão e milho no mesmo ano-safra.
 
Aviação Comercial

 
Acreditamos que 2010 será marcado pela retomada do crescimento na demanda de dois dígitos (entre 10%  e  12%)  ante  2009. Destacamos  principais  direcionadores  deste  crescimento  que  esperamos:  (i)  o crescimento  do  PIB  previsto  para  o  ano;  (ii) a  expansão  da  renda  da  população  brasileira,  em  especial  da classe  média,  (iii)  investimentos  em  geradores  de  taxa  de  ocupação  por  parte  das  empresas  aéreas (parcelamento em 36x e 48x; expansão dos programa de milhagem através dos cartões de crédito e bônus em milhas.
 
A  estabilidade  dos  preços  de  petróleo  deve  permanecer  durante  o  ano,  o  que  nos  guia  para  uma expectativa para este ano  de  custos menos  pressionados.  Já  o  câmbio  deverá  trazer  algumas  surpresas  ao longo  do  caminho  por  conta  de  2010  ser  um  ano  de eleição  presidencial,  contudo,  as  atuais  premissas  e condição macroeconômica brasileira aponta para um caminho de ligeira apreciação por conta da forte entrada de capitais no Brasil. 
 
A infra-estrutura deverá  ser amplamente analisada em relação a preparação para os eventos futuros (Copa do Mundo e Jogos Olímpicos), visto que o setor apresenta gargalos na infra-estrutura dos principais aeroportos, o que  acaba  inibindo  novos  investimentos.  A  concessão  de  aeroportos  e  terminais  à  iniciativa  privada  e  a tramitação  do  projeto  de  lei  para  capitalização  de  companhias  aéreas  com  capital  estrangeiro  serão importantes investimentos  que  o  Brasil  poderá realizar  para  fazer frente  ao  forte  crescimento  do  turismo previsto para os próximos anos. Com ênfase no crescimento doméstico, acreditamos que a GOL  (GOLL4) e TAM (TAMM4) deverão capturar o crescimento previsto, mesmo com os atuais gargalos do setor. 
 
Já o sub-setor de material de  transporte aeronáutico que aborda  também o segmento executivo e de defesa, captou plenamente os efeitos da crise econômico-financeira mundial em 2009 e não deverá apresentar sinais de  forte recuperação em 2010. Por conta do  longo ciclo de produção, os efeitos na redução de demanda são mais  prolongados  na  comparação  com  outros  setores,  acreditamos  que  a  demanda  por  novas  aeronaves comerciais continue bastante baixa em relação aos níveis pré-crise mundial e dramática para o segmento de jatos executivos. O mercado internacional continuará bastante deprimido por conta das perdas estimadas para o consolidado mundial das companhias aéreas em 2010. Acreditamos que a Embraer (EMBR3) não seja neste momento uma boa opção de investimento a luz deste cenário mundial.
 
Concessão de Rodovias
 
A recuperação da atividade econômica brasileira em 2009 mostrou o quanto defensivo o setor pode ser em momentos turbulentos. A  fraca base do  fluxo de veículos pesados deverá  justificar as maiores  taxas de crescimento  em  relação  aos  veículos  leves,  que  seguem  na  esteira  do  crescimento  da  renda  da  população brasileira  e  as  melhores  condições  de  financiamento  de  veículos  passeio nos  últimos  anos.  Por conta da previsão de indicadores de inflação  (IPCA e  IGP-M) em níveis controlados para 2010, esperamos um menor crescimento  orgânico das  receitas  de  arrecadação  de  pedágio  através  de menores  reajustes  tarifários  ante 2009, mas compensados por um menor crescimento nos custos. 
 
O ano de 2010 também deverá ser marcado pela continuidade de novas oportunidades de investimentos em múltiplos projetos, mais atrativos devido ao menor nível da taxa de juros básica da economia brasileira. Esperamos novas rodadas de leilões e licitações de projetos com significativos investimentos, dentre eles  destacamos  por  ordem  de  importância para o setor:  (i)  Trem  de  Alta  Velocidade  -  TAV;  (ii)  Expresso Aeroporto de São Paulo - Cumbica / Congonhas; (iii) trecho sul e leste do Rodoanel; (iv) projetos metrôs / trens nas cidades de Curitiba, Brasília e Porto Alegre; (v) concessões a serem licitadas no Estado de Minas Gerais; (vi)  negócios  correlatos  como  aquisições  no  mercado  secundário,  estacionamentos, inspeção veicular e logística. Com estes direcionadores e oportunidades, esperamos uma perfomance atrativa de valorização para as ações da CCR Rodovias (CCRO3), OHL Brasil (OHLB3) e Triunfo Participações (TPIS3).
 
Consumo
 
A  indústria de bebidas continuará a sua  trajetória ascendente de consumo, principalmente o setor de cerveja  favorecido pelo  fator clima. Outros segmentos que se destacam são o de água mineral, mercado que  nos  últimos  anos  tem  crescido,  e  de  bebidas  energéticas.  A  indústria  de  água  de  coco  está  se transformando, com a entrada de empresas de porte mundial, que vêem neste mercado uma oportunidade de crescimento  em  virtude  de  ser  considerada  uma  bebida  saudável.  O  segmento  de  refrigerantes  poderá encolher proporcionalmente ao crescimento de bebidas energéticas, água mineral e água de coco, porém, sem deixar  de  crescer,  pois  seu  consumo  tanto  por  adultos  que  preferem  evitar  bebida  alcoólica,  mesmo  em situações  sociais,  como  por  não  adultos,  não  deverá  arrefecer. A Ambev  (AMBV4)  neste  contexto  continua sendo uma boa oportunidde de investimento, reforçada ainda pelo efeito Copa do Mundo, que historicamente é um catalisador do setor.
 
Em relação ao mercado de tabaco, os crescimentos observados em anos anteriores não deverão voltar a  se  repetir. Muitos  governos  estão  editando  leis  que  proíbem  ou mesmo  inibem  o  hábito  de  fumar. Estas medidas  têm desmotivado muitos apreciadores de  tabaco a continuarem a usufruir deste prazer,  tornando-os ex-fumantes. Estas medidas forçam o mercado a se restringir mas, apesar de tudo, Souza Cruz (CRUZ3) ainda continuará sendo uma ótima distribuidora de dividendos.
 
O setor de cosméticos deverá se beneficiar bastante com o aumento da renda das classes C, D e E e tem se mostrado resiliente em termos de consumo mesmo em épocas de desaceleração econômica. Isto, porém,  não  necessariamente  é  válido a todas as empresas deste setor, mas aquelas com maior suporte administrativo têm conseguido mostrar bons resultados.
 
O crescimento do consumo de  linha mais popular  também beneficiará os produtos mais caros e com melhor qualidade, muitas vezes alvo da cobiça feminina e que não são consumidos por não se encaixarem no orçamento doméstico.  A  Natura  (NATU3)  tem  conseguido  mostrar  desempenho  acima  da  média  em  um mercado altamente competitivo e que muitas vezes sofre com a informalidade. 
 
Construção Civil

 
O  setor  imobiliário  experimentou,  em  pouco  mais  de  um  ano,  três  situações  distintas  de comportamento de mercado. Primeiro,  desde  o  ano  de  2007  até meados  de  2008,  o  que  se  via  era  uma euforia exagerada, baseada na expectativa que  todas as premissas otimistas pudessem se  realizar até com certa  facilidade. Em  seguida,  com  resultado  do  agravamento  da  crise  internacional  no  2S09,  com  reflexos inevitáveis  no  Brasil,  o  setor  sofreu  uma  freada  drástica  no  ritmo  de  lançamentos  e  de  vendas  nos  seus principais  segmentos  de  atuação. O  crédito  ficou  mais  caro  e  limitado  junto  aos  bancos  e  as  empresas passaram a  rever projetos de  lançamentos de  forma mais criteriosa, principalmente quanto à expectativa de demanda. Com isso a desaceleração no ritmo de lançamentos foi muito evidente no 1S09.
 
Em  terceiro plano,  teve  inicio, a partir do 2º  trimestre de 2009  (2T09) uma  retomada das vendas, e em  ritmo mais lento a de lançamentos, momento em que as empresas procuraram realizar estoques. O 4T09 deverá ser o mais  forte  do  ano,  sinalizando  que  este  ritmo  poderá  ser mantido  em  2010.  Os  dados  de  novembro  já mostraram  forte  crescimento  nas  liberações  de  recursos,  registrando  um  recorde  de  R$  3,6  bilhões  e sinalizando que poderá atingir R$ 32 bilhões no ano, podendo atingir até R$ 50 bilhões em 2010, somente com recursos  da  poupança. Existe  ainda  a  parcela  relacionada  aos  recursos  do  FGTS  que  segundo  a ABECIP, poderão atingir R$ 23 bilhões em 2010. Se confirmarem os números para 2010, a  relação crédito  imobiliário sobre o PIB deverá ficar na faixa de 4%. 
 
Esta estimativa está fundamentada numa retomada forte nos lançamentos residenciais, que terão como alvo o Programa  do  governo,  “Minha Casa Minha  Vida”,  que  vem  atraindo  grande  parte  das  incorporadoras,  com promessa de volumes extraordinários de unidades a lançar. O Programa tem por trás, o incentivo via subsídios importantes  para  a  classe  de  baixa  renda  e  também  benefícios  fiscais  às  incorporadoras. Contudo,  não  se deve  imaginar  que  o  “Minha Casa Minha Vida”  irá  sustentar  os  negócios  e  rentabilidade  do  setor  no  longo prazo.  Embora  o  plano  de  redução  do  déficit  habitacional  brasileiro  seja  uma meta  a  ser  perseguida  pelo governo federal, ainda existem entraves que necessitam ser resolvidos para acelerar a eficiência da cadeia de processos até efetiva execução de um volume maciço de obras prometidas.

Diante  deste  cenário  positivo,  acreditamos  que  as  empresas  listadas  em  bolsa,  deverão  continuar apresentando  desempenho  positivo,  considerando  que  atualmente  já  não  existe  corrida  para  aquisição  de terrenos,  o  que  consome  bastante  capital  e  também  existe  expectativa  de  maior  volume  de  entregas  de imóveis em 2010, o que deverá contribuir para recompor o caixa das empresas. Contudo, procuramos sempre destacar a característica do setor de grande consumidor de caixa, o que mantém o setor sempre exposto a eventuais mudanças de cenário macroeconômico.
 
Acreditamos que dentre as empresas listadas em bolsa, as maiores e mais líquidas  - Cyrela (CYRE3), Gafisa (GFSA3), Rossi (RSID3) e PDG Realty (PDGR3) - deverão se beneficiar mais do atual cenário, considerando que  já  têm constituido extensos bancos de  terrenos e atuam em segmentos diversos de classe de  renda. A MRV  (MVRE3) com  foco na baixa  renda,  também deverá  capturar  fortemente os benefícios do programa de incentivos à  casa  própria  para baixa  renda. Destaque entre as  small  caps do  setor, a EZ Tec  (EZTC3)  tem lançamentos direcionados tanto na classe média / média alta como também no segmento comercial e mantém uma posição de caixa líquido positivo que dá conforto para execução dos empreendimentos.
 
Material de Construção
 

O  setor  de  materiais  de  construção  tem  previsão  de  encerrar  2009  com  queda  de  8%  a  10%  na produção de  insumos. Esta estimativa é decorrente de  restrição do crédito ao consumidor e dos estoques acumulados  nas  lojas,  o  que  em  grande  parte  é  explicado  pela  desaceleração  ocorrida  na  construção  civil como  um  todo,  notadamente  no  1S09. Cabe  destacar  que  o  setor  possui  uma  grande  diversidade  de  itens produzidos  e,  portanto,  pode  eventualmente  registrar  comportamento  distinto  entre  seus  sub-setores.  Para 2010 a estimativa é de um  crescimento de 15% no  faturamento do  setor,  reflexo não  só da menor base de referência  - queda em 2009  - mas  também pela motivação decorrente  da  prorrogação do  IPI  reduzido para materiais de construção a vigorar até junho de 2010. 
 
Para os próximos anos, a expectativa é de  forte crescimento na atividade do setor. Tal estimativa baseia-se não  somente  no  curso  normal  da  expansão  prevista  para  o  setor  da  construção  civil,  impulsionada  pelos incentivos  do  governo  para  a  aceleração  do  atendimento  à  demanda  por  imóveis,  pela  baixa  renda,  mas também  dos  eventos Copa  do Mundo  em  2014  e  Jogos Olímpicos  em  2016. Dentre  os  vários  sub-setores, acreditamos  que  as  indústrias  de  cimento  e  de  aços  longos,  por  exemplo,  devem  ser mais  beneficiadas  ao longo  dos  próximos  anos,  considerando  que  além  dos  segmentos  residencial  e  comercial,  haverá  grande consumo por parte dos setores de infraestrutura. 
 
As duas empresas listadas em bolsa que atuam no segmento de materiais de construção são Duratex (DTEX3) e Eternit (ETER3). Embora os produtos de ambas as empresas atendam somente parte do universo do setor de materiais de construção, acreditamos que estas empresas continuarão refletindo os benefícios da demanda crescente do setor.  A Duratex, com forte atuação no segmento de madeiras e de louças sanitárias, atendendo as diversas classes de consumidores. A Eternit, por sua vez, atende o segmento de caixas d´água, telhas de fibrocimento, louças sanitárias, etc.   
 
Energia Elétrica

 
O consumo de energia elétrica deverá crescer 9,4% em 2010 sobre 2009, de acordo com a Empresa de Pesquisa  Energética  -  EPE,  acompanhando  a  evolução  de  6%  da  economia  nacional.  Para  o  período entre 2010 e 2018, o consumo total de eletricidade deve crescer a uma taxa anual de 5,2%, chegando a 681,7 mil GWh em 2018, e acarretando uma elasticidade-renda (razão entre o aumento do consumo de eletricidade e o crescimento da atividade econômica) de 1,04 para o período.
 
A EPE destaca que influenciam os resultados as ações de eficiência energética e a autoprodução de energia, que se caracteriza pela geração própria de eletricidade a partir de instalações localizadas junto às unidades de consumo. Para se  ter uma  ideia, o crescimento da autoprodução  já alcança 8,4% ao ano, devendo chegar a 74,4 mil GWh em 2018. Já as ações de eficiência energética deverão acarretar a economia no período de 3% do consumo de eletricidade, o que corresponde a 21 mil GWh, ou 2,4 mil MW médios em 2018. 
 
Este número significa evitar a instalação de uma hidrelétrica de 4.500 MW (1,5 vez a capacidade da usina de Jirau, no Rio Madeira). Por sua vez, em termos de emissões, seria como evitar que uma termelétrica a carvão emitisse anualmente 27 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), volume que supera a emissão total do sistema elétrico brasileiro em 2008, que foi de cerca de 22 milhões de toneladas de CO2.
 
As projeções da EPE tomam por base a recuperação das indústrias no pós-crise, as políticas de expansão de infraestrutura do governo em andamento e o progresso da renda do trabalhador. Tais fatores puxam para cima o consumo residencial, e, principalmente, o comercial.
 
Acreditamos que dentre as empresas do setor negociadas na Bovespa – na sua maioria de perfil defensivo e grandes  geradoras  de  caixa  –  as  que  podem  ter  um  desempenho melhor  em  termos  de  valorização  serão aquelas  que  guardem  alguma  expectativa  fora  das  questões  normais  do  setor. Ou  seja,  algum  fato  ligado particularmente  à  empresa  como  Eletrobras  (ELET3)  e  os  dividendos  acumulados  das  ações  ordinárias; relevantes ganhos de perda de energia na Light (LIGT3); aquisições da Equatorial (EQTL3) na região nordeste e confirmação da troca de governo no Paraná e reflexo positivo na Copel (CPLE6).
 
Fertilizantes
 
Cenário é de gradativa melhora de preços e volumes para 2010. Segundo a ANDA - Associação Nacional para Difusão de Adubos, as vendas do setor devem atingir 22,2 milhões de toneladas em 2009, 1% abaixo das 22,43 milhões  de  toneladas  de  2008. O  faturamento,  contudo,  deve  somar R$  19,2  bilhões,  com  queda  de 23,8%. Em dólares, a retração deverá ser de 31,1%, para US$ 9,78 bilhões. 
 
Para  2010,  a  recuperação  do  segmento  poderá  ser  via  desvalorização  do  dólar.  Porém,  dado  que  o comportamento  do  câmbio  é  de  difícil  mensuração  uma  forma  é  olhar  para  as  commodities  agrícolas, notadamente soja, milho e cana-de-açúcar, que respondem por 67% da demanda por fertilizantes no Brasil. A perspectiva  para  estas  culturas  é  positiva.  Soja  e  cana-de-açúcar  permanecem  em  alta  e  o milho  pode  se recuperar com uma menor oferta dos EUA. Do  lado dos produtores, porém, um real valorizado é um  fator de risco e pode ensejar uma redução dos gastos com insumos.
 
A  recuperação  de  volumes e de  preços deve  ser gradativa em 2010. Em  termos de  volumes espera-se um retorno da sazonalidade histórica, com o 1S10  respondendo por cerca de 1/3 das vendas. Da mesma  forma, em função de maior estabilidade do mercado, com os estoques ajustados a demanda, aliado a uma conjuntura mais  favorável,  além  de  ser  um  ano  de  eleições  onde  geralmente  a  oferta  de  crédito  para  a  agricultura acontece, o crescimento de vendas devem ser da ordem de 4%. Atentar para a dinâmica setorial.
 
O  desempenho  das  vendas  tem  forte  correlação  com  a  política  agrícola  do  governo  e  com  a  condição financeira do produtor  rural, que por sua  vez depende do volume colhido, dos preços vigentes na época da comercialização e da  relação de  troca grãos  /  fertilizantes, ou seja, a quantidade de produto necessária para adquirir uma tonelada de adubo. 
 
Outro  ponto  importante  e  que  deverá  ser  conhecido  ainda  no  1S10,  é  o  Marco  regulatório  do  setor  de Fertilizantes. De acordo com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a proposta para o segmento dos nitrogenados  já  está  definida, mas  há  questões  em  aberto  nos  casos  do  potássio  e

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Geração Futuro: Aplicando em Fundos de Ações

Para os que não dispoem de tempo para aplicar diretamente na Bolsa de Valores, uma boa opção pode ser os Fundos de Ações.

Um dos meus preferidos é a Geração Futuro, especializado em empresas small caps. Além da facilidade de aplicar (pode-se fazê-lo pagando um boleto emitido no próprio site com o valor que se deseja investir), o valor mínimo inicial e das operações seguintes é bem baixo: apenas R$ 100,00.

Em um ano onde o Ibovespa teve sua maior alta desde 2003, figurando-se como o maior retorno do mundo em dólar, a Geração Futuro teve entre seus fundos os mais valorizados do país. Abaixo o texto publicado pelo banco falando sobre o Geração Programada FIA.

Retorno do Geração Programado FIA em 2009 superou a alta do Ibovespa, considerada a maior valorização entre todos os índices de ações do mundo em 2009 – A alta de 82,7% do Ibovespa em 2009, quando medida em dólares, representa uma valorização equivalente a 145% no mesmo período (por conta da queda da cotação da moeda americana, que passou de R$2,34 ao final de ‘08 para R$1,74 em 31/12/09). Mais importante é visualizar, conforme demonstramos no gráfico abaixo, que o retorno do Geração Programado FIA, também quando medido em dólares, mostrou-se superior ao Ibovespa e aos principais indicadores dos mercados acionários do mundo, notadamente dos países emergentes, cujas altas foram destaque em 2009.

Geração Programado FIA acumula alta de 84% desde início, superando Ibovespa e CDI – O bom desempenho do Geração Programado FIA em 2009 ampliou a vantagem do desempenho histórico do Fundo em relação ao Ibovespa (gráfico abaixo) – a carteira do Fundo acumula alta de 84% desde sua criação, em maio de 2006, ante valorização de 64% do Ibovespa e um retorno bruto positivo de 50% do CDI, referência das aplicações de renda fixa.


Guararapes, Randon, Branco do Brasil, Fibria, Gerdau, Usiminas e Taurus superaram o retorno do Ibovespa em 2009.

Desempenho de sete das dez participações foi superior ao do Ibovespa em 2009 – A valorização de 85,9% do Geração Programado FIA em 2009 foi uma conseqüência direta do bom desempenho em bolsa da maioria das empresas que participaram da carteira do Fundo no período. Nada menos que 7 das 10 companhias que compõem a carteira do Fundo (gráfico abaixo) superaram a alta de 82,7% do Ibovespa em 2009: Guararapes (+320%), Randon (+161%), Banco do Brasil (+117%), Fibria (+98%), Gerdau (+96%), Usiminas (+93%) e Taurus (+91%). Vale (+82%) manteve-se praticamente alinhada ao Ibovespa, enquanto Petrobras (+66%) e Weg (+52%) não superaram o indicador em 2009 – nos dois últimos casos, houve diminuição da participação destasempresas no portfólio do Fundo ao longo do ano.

Principais alterações do Geração Programado FIA: entrada de BB e saída de Plascar – O principal destaque de 2009 foi a entrada das ações do Banco do Brasil no portfólio do Geração Programado FIA, colaborando com excelente desempenho e se tornando a maior participação individual entre as 10 empresas que compõem o Fundo. Por outro lado, foram alienadas todas as ações da Plascar, e reduzido uma boa parcela do investimento em Weg.

Expectativa de valorização próxima a 30% em 2010, em linha com recuperação de lucros – Nossas estimativas, considerando um cenário positivo, que considera forte crescimento do Brasil e dos principais países emergentes nos próximos anos, bem como uma gradual recuperação das economias maduras, apontam crescimento superior a 30% nos lucros das companhias investidas em2010 e em 2011. Neste sentido, nossa expectativa é que o portfólio do Geração Programado FIA apresente valorização próxima a 30% em 2010, em linha com a esperada expansão dos resultados das companhias que compõem a carteira do Fundo, e com a confirmação do cenário favorável para a renda variável no Brasil, o qual favorecerá o aumento dos investimentos em ações pelos brasileiros e contribuirá para manter positivo o fluxo de recursos de estrangeiros para o mercado acionário local – em 2009 os investidores estrangeiros trouxeram US$20,5 bilhões em termos líquidos para a Bovespa, volume inferior aos US$24,6 bilhões retirados em 2008, notadamente no segundo semestre daquele ano, período mais agudo da crise financeira mundial.

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ações Recomendadas pelas Corretoras para Janeiro

Para os que não ganharam na Mega Sena da Virada e procuram outra forma de ficar ricos, disponibilizo abaixo as ações recomendadas por 11 corretoras para o mês de janeiro. A única que foi consenso entre todos os analistas foi a Vale (como sempre). Já a Petrobrás teve recomendações discrepantes, com algumas sugerindo vender os papéis da petrolífera e outras apostando nela, mostrandoque nem todos acreditam nela.

Outro ponto importante a considerar é que, apesar dos papéis serem uma recomendação apenas para o mês de janeiro, o preço-alvo e a rentabilidade (potencial de alta) é o estimado para dezembro de 2010. Isso por que ninguém tem coragem (ou irresponsabilidade) para estimar os preços para o final do mês. :)

Para os que gostam de seguir recomendações das corretoras, vale a pena entrar no site de cada uma delas e ver como estão os acertos de suas previsões, já que algumas historicamente erram bastante. E para os que desconfiam das previsões das corretoras, existe sempre a alternativa de fazer o mapa astral de cada ação (antes de começar a rir, leia essa matéria da InfoMoney) ou ligar para a Mãe Diná e pedir os conselhos dela (se bobear, o percentual de acertos podem até ser maiores do que o dos especialistas).

Alpes (Win Trade)
Empresa AçãoPreço-alvo
Preço atual*Potencial alta (%)
PetrobrasPETR4 53,0036,69 44,45
Vale VALE552,50 42,2024,41
Lojas AmericanasLAME4 19,5015,53 25,56
Usiminas USIM565,00 49,3931,61
TAMTAMM4 55,0038,2143,94
 
Ágora
EmpresaAção Preço-alvo
Preço atual* Potencial alta (%)
PetrobrasPETR4 45,0036,6922,65
BM&FBovespaBVMF3 13,9812,25 14,12
Gerdau GGBR443,22 29,1448,32
ValeVALE3 68,1949,5037,76
DaycovalDAYC4 14,159,78 44,68
Tractebel TBLE331,67 21,5347,10
Lojas AmericanasLAME4 19,1415,53 23,25
Energias do Brasil ENBR3Não Informa 33,55 
Itaú UnibancoITUB4 46,7438,69 20,81
Ambev AMBV4207,00 174,5018,62
 
Ativa
EmpresaAçãoPreço-alvo
Preço atual*Potencial alta (%)
ValeVALE5 Não Informa42,2  
MPX MPXE3 Não Informa22,5 
Itaú UnibancoITUB4 Não Informa38,69  
Iochp Maxion MYPK3 Não Informa25,45 
BR MallsBRML3 Não Informa20,90  
 
Brascan
Empresa AçãoPreço-alvo
Preço atual*Potencial alta (%)
ValeVALE5 46,2842,20 9,67
Usiminas USIM562,30 49,3926,14
Brasil TelecomBRTO4 28,5816,75 70,63
Marfrig MRFG326,25 19,1237,29
CPFLCPFE3 40,2835,3114,08
CemigCMIG4 36,8531,60 16,61
AmBev AMBV4175,00 174,500,29
RossiRSID3 21,7015,3041,83
MRVMRVE3 18,6014,10 31,91
Marcopolo POMO48,74 6,7529,48
 
Citi Corretora
EmpresaAção Preço-alvo
Preço atual* Potencial alta (%)
Itaú Unibanco ITUB4 54,7538,69 41,51
Telemar TMAR5 70,0062,21 12,52
Tractebel TBLE3 27,8221,53 29,22
Gerdau GGBR4 32,0029,14 9,81
Tim Participações TCSL4 6,005,12 17,19
Vale VALE5 48,7542,2 15,52
Cosan CSAN3 29,0025,6 13,28
Localiza RENT3 22,0019,32 13,87
 
Geração Futuro
EmpresaAção Preço-alvo
Preço atual* Potencial alta (%)
Usiminas USIM5Não Informa 49,39  
Banco do Brasil BBAS3Não Informa 27,9  
Petrobras PETR4Não Informa 36,69  
Taurus FJTA4Não Informa 6,34  
Gerdau GGBR4Não Informa 29,14  
VCP VCPA3Não Informa 24,3  
Vale VALE5Não Informa 42,2  
Randon RAPT4Não Informa 15,58  
Guararapes GUAR3Não Informa 49,11  
HSBC
Empresa AçãoPreço-alvo
Preço atual*Potencial alta (%)
Itaú UnibancoITUB4 -38,69  
ALL ALLL11Não informa 16,30 
OGXOGXP3 Não informa17,10  
Tractebel TBLE3Não informa 21,53 
Lojas AmericanasLAME4 Não informa15,53  
Ambev AMBV4Não informa 174,50 
PetrobrasPETR3 Não informa41,65  
Vale VALE3Não informa 42,20 
GerdauGGBR4 Não informa29,14  
 
Link
Empresa AçãoPreço-alvo
Preço atual*Potencial alta (%)
ItaúsaITSA4 14,20 11,8519,83
AES TietêGETI3 24,40 17,2041,86
BM&Fbovespa

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