sexta-feira, 23 de abril de 2010

Como Funciona o Leilão com Ações de Pré-Abertura e Fechamento do Pregão

O tutorial abaixo explica como funcionam os leilões executados na pré-abertura do pregão (das 9:45 até as 10:00) e após o fechamento (18:00 as 18:15). Há tempos estava querendo escrever um post sobre o assunto, porém como a matéria do InfoMoney é muito mais detalhada (e com uma série de informações que eu desconhecia), resolvi postá-la por aqui.


SÃO PAULO – Investir no mercado de ações exige o conhecimento de alguns termos e operações, que nem sempre, ou na maioria das vezes, não são lá muito comuns para os investidores. Esse pode ser o caso dos leilões de pré-abertura e de encerramento, momentos que podem ser considerados, no mínimo, decisivos em um dia de negociação de uma bolsa de valores.
O leilão de pré-abertura é assim chamado por corresponder ao período de 15 minutos que antecede a abertura do pregão. Seu horário sofre alterações ao longo do ano por conta do horário de verão tanto no Brasil quanto nos EUA, buscando sempre manter o horário de abertura da Bovespa atrelado ao de Wall Street.

Esse é um período no qual o sistema da bolsa apenas aceita o registro de ofertas de compra e ofertas de venda, mas não registra o negócio, de fato. “Ele [o sistema] não fecha as ofertas de compra com as ofertas de venda, nem as ofertas de venda com as ofertas de compra, ainda que elas se cruzem em termos de preço. O negócio não se efetiva durante esses 15 minutos, somente na abertura do pregão”, explica o Diretor de Operações da BM&F Bovespa, André Demarco.

É importante ressaltar que ter uma oferta de compra ou venda aceita pelo sistema de negociação da bolsa durante o leilão de pré-abertura não significa, invariavelmente, que no momento da abertura do pregão o investidor conseguirá fechar um negócio, pois “para isso ainda é preciso que as ofertas de compra e de venda se casem”, explica Demarco.

Voltar atrás?

Apesar das ofertas de compra e venda ainda precisarem se cruzar, ou seja, que alguém queira vender pelo mesmo preço que alguém quer comprar, para que o negócio de fato ocorra na abertura do pregão, Demarco explica que não há como cancelar essa oferta. “A bolsa tem regras de negociação aplicadas a esta fase de pré-abertura, dentre elas a mais importante é, se você tem uma oferta que está participando do leilão, não há como cancelar a oferta”, enfatiza o diretor da bolsa.
 
Segundo ele, o período também é importante por significar um intervalo que o investidor tem para “esperar que alguém queira comprar mais caro, ou vender mais barato” um papel que é de seu interesse.

Preço de abertura

Demarco ainda explica que o leilão de pré-abertura é um momento fundamental para a definição do potencial preço de abertura de um ativo e que também é uma ferramenta democrática para quem decide negociar ao preço de abertura. “O leilão de pré-abertura serve para que as pessoas que queiram negociar ao preço de abertura, que é um preço importante em um dia de negociação, tenham condições de fazê-lo de forma equilibrada, transparente e equânime”, avalia.
 
Neste sentido, o leilão de pré-abertura tem como uma de suas funções básicas contribuir para o equilíbrio do preço de abertura de uma determinada ação. Além disso, “o leilão de abertura evita certa desorganização no processo de formação de preço, que é um princípio da própria bolsa, de forma que o produto do próprio leilão seja todo em um único preço, que é o preço de abertura”, esclarece Demarco.

Não há qualquer tipo de distinção, e qualquer investidor pode participar do preço de abertura, desde que, para isso, tenha registrado sua oferta de compra ou venda durante o leilão de pré-abertura.

Home broker

Outro aspecto importante a ser notado quando falamos em leilões de pré-abertura são as ordens realizadas antes do início do pregão e que se tornaram cada vez mais comuns com a utilização do sistema Home Broker. Esta é uma ferramenta de negociação online, criada pela Bolsa, e que permite ao investidor enviar ordens de compra e venda de ações, diretamente para o sistema de Negociação da BMF&Bovespa, pela internet, a qualquer hora do dia, inclusive fora do horário de funcionamento da Bolsa.
 
Quando isso acontece, mesmo que a ordem de compra ou venda tenha sido enviada pelo investidor antes da abertura dos negócios, ela fica armazenada no sistema da corretora e no início do leilão de pré-abertura, o sistema da Bolsa permite que esta ordem se transforme em um registro de oferta.

“Ordens que tenham sido programadas antes das 9h45 também são registradas como ofertas durante o leilão de pré-abertura, de modo que possam influenciar na definição do potencial preço de abertura”, explica Demarco.

De olho no globo

Os leilões de pré-abertura também assumem maior visibilidade diante da interação cada vez mais presente entre os mercados globais. Indicadores econômicos e o próprio noticiário internacional, além do desempenho de outras bolsas, mais notadamente a asiática e a europeia, que abrem antes da abertura da Bovespa, são acompanhados de perto e podem influenciar a antecipação do posicionamento de alguns investidores.
 
Via home broker, o investidor pode registrar suas ordens no momento em que julgar mais apropriado e tê-las convertidas em registros de ofertas no início do leilão de pré-abertura, como lembra Demarco.

Quem participa?

Não há qualquer espécie de restrição quanto a quais papéis podem ou não ser negociados em um leilão de pré-abertura, contudo, o Diretor de Operações da BM&F Bovespa explica que “os que geram negócio de abertura são os de maior liquidez”.
 
No que diz respeito aos participantes, ao mesmo tempo em que a incorporação de notícias vindas da Ásia e Europa pode influenciar no registro de ordens antes da abertura e que, por sua vez, serão convertidas em registros de ofertas no leilão de pré-abertura, a expectativa sobre os mercados norte-americanos também diminui a participação de investidores mais conservadores nesta operação.

“Tem um número grande de participantes do mercado, que às vezes esperam o mercado norte-americano abrir, que tem um gap de horário, o mercado de Nova York, por exemplo, pra depois sim começar a se posicionar em relação ao mercado brasileiro”, explica Demarco.

Leilão de fechamento

Já o leilão de encerramento, ou call de fechamento, como alguns preferem chamar, é relativamente mais simples e difere do leilão de pré-abertura em dois aspectos básicos: tempo de duração e quais papéis participam.
 
O leilão de fechamento acontece durante os cinco minutos que antecedem o término do pregão, ou seja, na maior parte do ano, das 16h55 às 17h00. Outra característica essencial é que “só fazem parte do call de fechamento os ativos que façam parte de alguma das carteiras de índice da Bovespa, mas não necessariamente do Ibovespa”, &explica o Diretor de Operações da BM&F Bovespa.

Particularidades

Assim como a regra que não permite o cancelamento do registro de uma oferta no leilão de pré-abertura, esta também é uma autorregulação da bolsa, no entanto, esta norma considera exceções no caso de oscilação atípica um papel em determinado pregão.
 
Nestes casos, existe uma outra regra que diz que ainda que a empresa não tenha suas ações listadas em algum índice, ou seja, ela por definição não faça parte do call de fechamento, a Bovespa pode decidir que em um determinado pregão as ações daquela companhia façam parte do call de fechamento, por conta do seu desempenho durante o pregão.

Para entender o princípio adotado pela bolsa para abrir tal exceção é preciso conhecer antes a principal finalidade do leilão de encerramento, que é definir o preço de fechamento do ativo em um determinado dia.

Posto isso, torna-se fácil compreender que uma ação que tenha alcançado maior liquidez em um dia terá uma maior disputa pelo seu preço de fechamento naquele pregão, e para que isto ocorra de forma transparente, a bolsa determina que todos poderão participar do preço de fechamento daquele ativo por meio das ofertas registradas durante o call de encerramento.

Demarco ressalta que quando a bolsa decide abrir uma exceção deste caráter, ela tem de avisar o mercado no mínimo 30 minutos antes do fechamento do pregão.

Representatividade

Dentre todas as particularidades desta operação, um dado no mínimo interessante chama atenção. Demarco explica que nesse intervalo de apenas 5 minutos, a bolsa chega a negociar de 5% a 10% do volume negociado durante todo o pregão. Logo pensamos, qual fator poderia motivar a ocorrência desse expressivo volume de negociações em tão curto intervalo de tempo?
 
A explicação pode ser encontrada nas ordens de compra e venda que já haviam sido feitas ao longo de todo aquele dia. Segundo o Diretor de Operações da bolsa, existe uma ordem muito comum, não só no Brasil, mas também nos mercados estrangeiros, na qual o investidor opta por negociar ao preço de fechamento, ou, até mesmo, a um percentual do volume total de negócios registrados com aquele papel no dia. 
 
Quando ele assume essa posição, o preço de fechamento ainda não foi definido, tampouco o volume total, de tal forma que, participando do leilão de encerramento, ele terá oportunidade de interferir, mesmo que minimamente, nestes dois fatores determinantes para o seu negócio.

Bom ou ruim?

Assim como qualquer outra operação no mercado de ações, participar do call de fechamento exige uma prévia análise de quais podem ser os riscos e benefícios. Demarco explica qual é o principal ponto a ser observado: “quem negocia ao preço de fechamento não terá mais a possibilidade de zerar a operação”, de tal modo que, participar pode ser favorável ou não, dependendo de qual foi o preço de fechamento do ativo naquela data.

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Perspectivas para a Petrobrás

O artigo abaixo é fornecido pela corretora Planner para seus clientes. Como acredito que a Petrobrás possui um potencial muito bom de valorização e ainda está muito atrás das demais blue-chips (vide artigo da InfoMoney), estarei nos próximos dias postando no blog material qe julgo relevante para os que, como eu, estão pensando em apostar da petrolífera.


A companhia comunicou ontem (após fechamento do mercado) que a perfuração de mais um poço na área de Tupi confirma o potencial de óleo leve (cerca de 250 API) nos reservatórios do pré-sal daquela área, em águas ultra-profundas da Bacia de Santos. O novo poço, informalmente conhecido como Tupi OW, está localizado em lâmina d’água de 2.131 metros, a 12,5 km a nordeste do poço descobridor chamado de Tupi. O Consórcio, formado pela Petrobras (65% - Operadora), BG Group (25%) e Galp Energia (10%), para a exploração do bloco BM-S-11, onde fica a área de Tupi, dará continuidade às atividades e investimentos previstos no Plano de Avaliação aprovado pela ANP que prevê a perfuração de outros poços até a declaração de comercialidade, prevista para dezembro de 2010.


A conjunção das informações obtidas neste poço com aquelas obtidas nos demais poços já perfurados reforçam as estimativas do potencial de 5 a 8 bilhões de barris de óleo leve e gás natural recuperável nos reservatórios do pré-sal da área de Tupi. Ou seja, mais do mesmo. Mantemos nossa visão positiva para suas ações com vistas o longo prazo. No curto há que se definir a questão da cessão onerosa com a valoração dos 5 bilhões de barris e subseqüente capitalização da companhia. Nesse particular, de acordo com as declarações ontem do líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR), dos quatro (4) projetos que estão no Senado que tratam da regulamentação da exploração de petróleo na camada pré-sal, provavelmente o da capitalização da Petrobras deve ser votado antes das eleições de outubro.


Segundo ele, a medida viabilizaria, para este ano, investimentos de pelo menos R$ 88,5 bilhões. Ele afirmou ontem (07/04) que os demais projetos: instituição do regime de partilha, criação da Petro-sal e instituição do Fundo Social, ainda estão sendo negociados com a oposição.




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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Classes C, D e E detêm 82% das contas em bancos

Do total de pessoas que têm conta bancária, apenas 18% pertencem às classes A e B. Esse número é mais um comprovante do recente aumento de renda e de compra da emergente classe C, que representa 59% do total de contas, e também mostra uma onda de bancarização nas classes D e E, 22% do total. Os dados são da última pesquisa Datamaioria (Data Folha/Data Popular), que demonstra maior acesso geral a serviços bancários, que antes ficavam mais restritos ao topo da pirâmide social.

Além do acesso a serviços financeiros, a pesquisa apurou a divisão social em relação à posse de cartão de débito ou crédito. O quadro é parecido com o acesso a contas bancárias: de cada cem usuários de cartão, 18 pertencem às classes A e B, 60 são da classe C e 22 vêm das classes D e E.

Mesmo que haja maior acesso ao crédito nas classes emergentes, não será simples para os bancos conquistar essa fatia de clientes, possuidores de um jeito próprio de organizar as finanças, como explica Renato Meirelles, sócio diretor do Data Popular e especialista no comportamento do consumidor de baixa renda. "A maioria dos consumidores de baixa renda quer que alguém ensine a comprar de forma inteligente, e não ouvir que não podem comprar. Essa lógica é um desafio para os bancos", afirma.

Um dado que atesta a necessidade de mudar a estratégia para emprestar dinheiro para classes mais baixas é que 80% das pessoas das classes C, D e E não se sentem confortáveis em pedir empréstimos a uma instituição financeira. De acordo com Meirelles, esse público prefere pagar tudo à vista para não se endividar, mas, ao mesmo tempo, não deixariam de ter um gasto que entendem como um investimento.

"A percepção dos emergentes sobre as instituições financeiras é de um relacionamento distante, que se baseia numa linguagem de difícil entendimento", afirma Meirelles. Além do distanciamento da linguagem, ele ressalta que as campanhas que abordam o uso consciente do crédito acabam transformando um empréstimo em concorrente das compras, e não numa ferramenta para facilitar o consumo.

O estudo ainda colhe outros dados que provam que as classes emergentes usam sim o crédito, mas por não se sentirem confortáveis com instituições financeiras, emprestam dinheiro por outros meios. Por exemplo, 27% da população da classe C e 45% da D fizeram alguma compra fiada nos últimos seis meses; outra saída encontrada é emprestar o cartão de crédito para compras de familiares ou amigos, solução utilizada por 22% da população da classe C e 25% da D. Esses dados são positivos para as instituições de crédito, mas também indicam que deve haver uma mudança de estratégia por parte delas.

Fonte: PEGN

Mitel Networks anuncia joint-venture com EBX

   Divulgação
Terence Matthews, o Bill Gates canadense: parceria com Eike Batista, de olho nas oportunidades no mercado de telecomunicações brasileiro

"Timing é essencial. Estou aqui porque tudo está para mudar". Foi assim que o empresário britânico Terence Matthews, presidente do conselho da Mitel Networks, explicou o motivo de estar abrindo uma nova empresa de sistemas de telecomunicações no Brasil em conjunto com a EBX, holding controladora das empresas do bilionário brasileiro Eike Batista.

A nova empresa irá incorporar os clientes atendidos hoje pela Mitel no Brasil. Desde 2007, a empresa opera no país fornecendo serviços de voz, dados e vídeos baseados em redes digitais (IP) para empresas, universidades e governos. A companhia estima a sua participação de mercado em 5%. Mas Matthews aposta na expansão da rede de internet banda larga para fazer sua empresa crescer.

"Há dez anos seria suicídio entrar aqui para fazer isso, mas o custo do serviço por usuário caiu de US$ 1 mil para US$ 9 nesse período. Agora vai avançar muito rápido", disse o executivo ao ser questionado sobre a carência do país por infraestrutura local de transmissão de dados.

Matthews também diz não ter medo de disputar mercado com companhias já estabelecidas no país. Segundo ele, cada vez mais as telecomunicações estão sendo transferidas para a internet. "Três em cada quatro CEOs estão virtualizando seus sistemas", afirmou. "É um mercado completamente novo. Se não há mudança, é difícil entrar. Mas nunca vi uma época com tantas oportunidades."

Fábrica e pesquisa

Negociado desde agosto, o acordo prevê a fabricação local de equipamentos por meio de parcerias com outras indústrias para abastecer o país e a América Latina, região hoje gerenciada a partir de Ottawa, no Canadá, onde fica a sede da Mitel. A produção começará no quarto trimestre deste ano.

Também será criado um centro de pesquisa local. A Mitel fará a transferência de conhecimento e tecnologia e a EBX, que já atua nos segmentos de mineração, imóveis, energia, fontes renováveis e entretenimento por meio de dez empresas, ajudará a entender melhor o mercado brasileiro e a fazer pontes com clientes locais. Espera-se que a nova empreitada gere 1 mil empregos diretos e indiretos.

Poucos detalhes do negócio foram divulgados porque a Mitel está em período de silêncio devido à sua abertura de capital na bolsa Nasdaq, nos Estados Unidos. Novas informações foram prometidas para o fim de abril.

O que se sabe até o momento é que a sede da nova empresa será no Rio de Janeiro, onde ficam as outras empresas de Eike Batista. Mas o centro de pesquisa não será instalado na cidade. O nome da nova companhia já está definido, mas não foi divulgado porque seu registro ainda está em curso. "Só posso garantir que terminará com xis", disse Matthews, ao brincar com a superstição de Batista de incluir a letra no nome de todas as suas companhias.

Bill Gates canadense

Pouco conhecido no Brasil, Matthews é um dos principais empresários do Canadá e foi apresentado aos jornalistas presentes na coletiva de imprensa como o Bill Gates canadense. No entanto, o empresário nasceu no Reino Unido, onde começou sua carreira na indústria de telecomunicações como aprendiz do que viria a ser a British Telecom.

Mudou-se para o Canadá, onde fundou a Mitel com Michael Cowpland, em 1973, com um empréstimo de US$ 4mil. Hoje a Mitel fatura US$ 1 bilhão por ano, emprega 3,5 mil pessoas e tem fábricas próprias em cinco países (China, Índia, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá). Aos 66 anos, Matthews é um empreendedor serial: já abriu mais de 89 empresas.

Em todas elas, aplicou uma filosofia que agora pretende reproduzir no Brasil. Prefere, por exemplo, trabalhar com recém-formados porque "eles não têm mulher ou filhos e podem trabalham duro, não fazem questão de ganhar muito". Para compensar, seus funcionários ganham ações da empresa. Também aposta no foco em pesquisa de novas tecnologias e sempre busca o apoio de uma grande companhia. "Aprendi a fazer empresas com pouco dinheiro", diz Matthews. "De todas as minhas companhias, apenas cinco falharam. Posso ser novo no Brasil, mas sei o que estou fazendo."

Fonte: Época Negócios

Eike admite que EBX pode ser a próxima a abrir capital

Dario Zalis
Eike: mais um IPO pela frente

O empresário Eike Batista admitiu hoje que a holding EBX pode ser a próxima empresa do grupo a abrir capital. Ao ser questionado por jornalistas sobre o assunto, ele foi reticente quanto ao prazo para a operação ocorrer. "Olhamos sempre para as oportunidades e estamos prontos para fazer isso. Mas não temos pressa, pois neste momento estamos executando outros projetos", afirmou Eike, em apresentação de suas empresas a investidores estrangeiros durante o seminário "Invest in Rio", em Nova York.

Questionado se a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) poderia ocorrer ainda este ano, Eike desconversou sorrindo: "quem sabe?". A última empresa de Eike a abrir o capital foi a OSX Brasil, em uma operação que ficou aquém da expectativa do mercado de movimentar quase R$ 10 bilhões.

De acordo com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o giro financeiro do IPO foi de R$ 2,82 bilhões. Ainda assim, a oferta foi a sétima maior de uma empresa na Bolsa brasileira, sendo que a OGX Petróleo, também de Eike, consta em terceiro lugar, a MPX Energia, em nono e a MMX Mineração, em 12º.

Durante apresentação para empresários, Eike voltou a falar da importância da aproximação da China e Brasil em investimentos no setor de petróleo. "A vinda do presidente da China ao Brasil em abril é um sinal de que os chineses estão entendendo a necessidade de ir para outros complexos industriais e de que eles percebem a importância do Brasil. Aliás, essa combinação de China e Brasil e extraordinária", disse. O presidente da China, Hu Jintao, deve estar no Brasil em meados de abril, no dia 17 ou 18, para visitar o Porto de Açu, no Estado do Rio de Janeiro, onde será construída a siderúrgica da chinesa Wuhan em parceria com a EBX.

Porto de Açu
Eike Batista disse que os investimentos totais a serem feitos em uma das duas siderúrgicas do grupo em Porto do Açu será de US$ 5 bilhões até 2014. Tais investimentos partirão da EBX e da usina de aço chinesa Wuhan, que detém 70% da siderúrgica. A unidade será construída no complexo industrial do Açu e deve produzir 5 milhões de toneladas de aço por ano até 2014.

Segundo Eike, o complexo deve atrair de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões em investimentos totais até 2017. O empresário ressaltou que o País precisa avançar mais em infraestrutura e que o Porto do Açu representa um avanço para resolver os gargalos que atrapalham o crescimento. "O Brasil vai crescer no mínimo 5% nos próximos 10 anos e tem condições de crescer como a China desembaraçar os gargalos em infraestrutura", afirmou. Eike disse que o País está no caminho certo e elogiou a política monetária, ressaltando, no entanto, que os juros deverão voltar a subir enquanto os gargalos não forem diminuídos.

Eike Batista evitou fazer comentários sobre a distribuição de royalties do petróleo no País, a capitalização da Petrobras e afirmou que pretende continuar fora do cenário eleitoral. "Não tomo posição de nenhum partido e não subo em palanque", disse.

Fonte: Época Negócios

Análise Técnica do Bovespa para 01/04/2010

Leandro Cardoso Santos, da Futura Investimentos, revela suas percepções para o principal índice de ações da bolsa paulista para este pregão. Confira:

Ibovespa

Em tendência primária de alta, o Ibovespa segue em um canal de congestão entre 68.000 pontos e 70.500 pontos desde novembro do ano passado, fase de acumulação importante para o mercado. Caso ultrapasse a banda superior da formação, Santos vislumbra o teste imediato nos 71.000 pontos, com principal objetivo em 74.000 pontos, topo histórico do índice.

Do outro lado, a perda da banda inferior da congestão representaria a retomada dos vendidos ao mercado, vislumbrando os 64.430 pontos, afirma o trader da Futura Investimentos.

Resistências: 70.500 pontos; 71.000 pontos; 74.000 pontos.
Suportes: 68.000 pontos; 64.430 pontos; 61.340 pontos.

Fonte: InfoMoney