terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

As 20 empresas mais promissoras de aplicativos na nuvem

Em várias empresas, o debate para a adoção de aplicativos na nuvem acontece desse jeito:
- "Nós precisamos implementar um sistema de CRM. Quanto tempo demora?", diz o gerente de vendas.
- "Você pode me perguntar isso daqui a um ano? Estamos com vários projetos atrasados", responde o gerente de TI.
- ""Uhn, OK".

Após essa conversa, o gerente de vendas sai da sala e contrata o serviço de CRM da Salesforce.com, adotando cloud computing para fugir do departamento de TI. Mas isso está mudando. Agora, gerentes de TI estão entendendo os benefícios possíveis dos aplicativos de produtividade na nuvem - sejam os baixos gastos com infraestrutura, a maior flexibilidade ou o fato de eliminar desperdício de tempo para implementar e instalar atualizações de software. Aproveitando que a quantidade de fornecedores de software sob demanda não para de crescer, listamos os 20 principais deles.

- Birst
O foco da Birst está em oferecer ferramentas de business intelligence na nuvem para o mercado de médias empresas ou departamentos de grandes empresas que não têm os recursos ou a experiência necessária para implementar sistemas tradicionais. As empresas usam Birst para extrair dados de variadas fontes, construir data warehouses e relatórios. A função Live Access, presente na última versão do programa, permite que os clientes da Birst acessem dados em data warehouses pré-existentes. E com os serviços de Advanced ETL é possível lidar com complexas transformações de dados.

- Callidus Software
O gerente de vendas de antigamente "motivava" seus vendedores com presentinhos, como um conjunto de facas de churrasco, blocos de papel ou a demissão, se não melhorassem o desempenho. Hoje, felizmente, os profissionais do setor possuem melhores ferramentas para isso. A Callidus, com o seu aplicativo de gestão de desempenho de vendas e gestão de incentivos, busca fazer pela gestão de compensa o que a Saleforce.com fez pelo CRM. O programa ajuda as empresas a pagarem incentivos aos funcionários, distribuidores, e - claro - os canais, para garantir que estes incentivos estejam dentro da estratégia corporativa.

- FinancialForce.com
A FinancialForce.com, conhecida antigamente como Coda, é outro fornecedor de aplicativos em cloud-computing que segue o modelo da Salesforce.com. Na verdade, a Salesforce possui uma participação minoritária na empresa e os aplicativos sob demanda para contabilidade são contruídos sobre a plataforma Force da Salesforce.com. Após o lançamento, no ano passado, da versão Winter 10, a empresa garantiu aos clientes uma melhor gestão de débito, a capacidade de colocar dados que não são financeiros dentro do aplicativo e uma nova maneira de navegar entre os complexos processos financeiros.

- Google
Se existe alguma dúvida que cloud computing - e o Google Apps em particular - estão prontos para o mercado, ela foi dissipada no ano passado quando o governo da cidade de Los Angeles contratou e-mail do Google e os seus aplicativos em um contrato estimado em US$ 7,25 milhões. A cidade escolheu o Google Apps em vez da Microsoft, que também competia na concorrência. E ainda tem mais: no início de 2009, o Google começou a oferecer a sua solução hosted Apps Premier Edition via parceiros de negócios pela primeira vez.

- IBM 
Muitos especialistas apontam a divisão Lótus da IBM como mais uma vítima da Microsoft. Mas a Lotus tem tido algum sucesso com a sua oferta LotusLive, coleção de aplicativos sob demanda de colaboração e comunicação que funciona como alternativa a aplicativos que precisam ser instaladas, como o Microsoft Office, ou ferramentas pessoais de cloud computing, como o Google Apps.

- InContact
A InContact oferece aplicativos software-as-a-service de call center e de otimização de agentes que são usados por mais de 650 clientes. Fundada em 1997 como UCN, uma revendedora de serviços de telecomunicações, a companhia evoluiu através de aquisições. A linha de produtos da InContact conta também com ferramentas interativas de resposta de voz, software para distribuição automática de ligações, integração de telefonia com computação e até ferramentas para gestão de mão de obra no call center.

- Intacct
Durante a recessão, diversos SMBs descobriram que não possuem a visão completa das suas finanças. Eles cresceram e não é possível mais fazer o controle financeiro com planilhas ou com softwares gratuitos. Mesmo assim, essas empresas ainda não conseguem comprar um grande sistema de ERP. É nesse espaço que aparece a Intacct com ofertas de gestão financeira sob demanda e software de contabilidade para empresas de 25 a 1 mil funcionários. Competindo com a Microsoft, NetSuite e Sage, a empresa levantou US$ 29 milhões em capital de risco em 2007, lançou um programa de canal em 2008 e, hoje, tem mais de 2,5 mil clientes.

- LiveOps
A LiveOps, competindo no mesmo mercado que a InContact, leva o conceito de cloud computing a outro patamar. Sim, oferece uma plataforma de contact center sob demanda que os clientes podem usar nos seus departamentos de serviço ao usuário. Mas a solução vai além ao fornecer uma rede de 20 mil agentes independentes em suas casas que usam o sistema - tornando possível para que uma empresa coloque na nuvem não só o software de call center, mas toda a operação de serviços ao clientes.

- MyDials
Outro fornecedor no competitivo mercado de Business Intelligence vendido através do modelo de software como serviço, a MyDials busca dar aos seus usuários dashboards para a gestão do desempenho operacional que apresentam indicadores de performance (KPIs, na sigla em inglês) e outras métricas visuais. Com uma forte presença em manufatura, o fornecedor está trabalhando com canais que são capazes de desenvolver fortes KPIs para os seus clientes. O MyDials 3.0 oferece previsão de cenários futuros, assim como capacidade de se conectar a aplicativos de gestão de ERP, CRM e supply chain.

- NetSuite
Os sistemas de ERP eram criados por grandes empresas (como Oracle e SAP) para grandes empresas. Desde a sua fundação, em 1998, a NetSuite tem sido forte em entregar ERP, CRM e aplicativos para comércio eletrônico integrados e sob demanda para os clientes médios e pequenos, entregando boa parte da capacidade de automação que apenas os grandes tinham acesso. A NetSuite também está apostando nos ISVs, que têm produtos para aumentar e extender as aplicativos NetSuite dentro do ecosistema batizado de SuiteCloud.

- Oracle 
Tom Siebel criou praticamente sozinho a indústria de CRM quando fundou a Siebel Systems, em 1993. A empresa passou a oferecer a versão em SaaS em 2003 e, logo depois, a Oracle fechou a compra deles em 2006, por US$ 5,8 bilhões. A Oracle oferece hoje tanto o Oracle CRM On Demand, a versão SaaS do produto da Siebel, quando o Oracle Siebel CRM, aplicativo tradicional. Empresas podem ter as duas ferramentas e combiná-las usando a arquitetura Oracle Application Integration e o Oracle Fusion Middleware.

- PivotLink

O setor de business intelligence pode ser a nova onda quando se pensa em cloud computing. A PivotLink, com 15 mil assinantes e mais de 2 milhões de relatórios analíticos por mês, está gerando muita atenção. A companhia levantou US$ 10 milhões em 2009 de um fundo de capital de risco e, em abril daquele ano, lançou o PivotLink Gadget, que permite que desenvolvedores adicionem funções de BI dentro do Google Apps.

- QlikTech
O software QlikView da QlikTech pode ser instalado da maneira tradicional, na nuvem ou em um dispositivo móvel. Fundado em Lund, Suécia, em 1993, a companhia tornou-se global em 2004 e hoje tem mais de 12 mil clientes. O QlikView utiliza uma estratégia que chama de associativa para a análise de dados, permitindo que o software acesse e analise dados em tempo real. Em junho, a companhia lançou o QlikView 9 com melhor ferramentas para visualização e buscas, relatórios em PDF e capacidade de suportar grandes conjuntos de dados.

- Salesforce.com
O que a Salesforce.com fez foi popularizar o conceito de cloud computing, transformando uma ideia vaga de arquitetura de TI em uma prática cotidiana de computação. Além disso, a empresa fornece aplicativos de CRM em SaaS que, para várias empresas, foi a entrada no mundo da nuvem. A Salesforce trabalha para aumentar a sua posição de líder em SaaS/cloud computing com a plataforma Force.com e as ferramentes de infraestrutura para desenvolver e rodar aplicativos na nuvem. Ainda assim, as vendas do CRM sob demanda e aplicativos de serviços aos clientes seguem sendo responsáveis pela maior parte do faturamento da Salesforce.

- SAS Institute

A empresa privada, avaliada em US$ 2 bilhões, é líder em business intelligence e software analítico, fornecendo ferramentas que vão dos relatórios básicos até análises complexas de dados. O SAS está aumentando as suas ofertas de aplicativos analíticos hospedados, com versões sob demanda do software para gestão de campanha de marketing e desenvolvimento de medicamentos. Esperando crescimento no nicho de cloud computing, o SAS está investindo US$ 70 milhões em um novo datacenter para gerenciar os grandes volumes de dados gerados pelos aplicativos em SaaS ou hospedadas.

- SugarCRM
A SugarCRM está caminhando para crescer no mundo de cloud computing. Em maio de 2009, lançou o Sugar Express, versão sob demanda de baixo custo (US$ 10 por usuário por mês) do seu aplicativo de CRM para pequenas empresas, escritórios domésticos e pequenas filiais. Em setembro, a SugarCRM passou a liberar a Sugar Community Edition para desenvolvedores dentro da nuvem Elastic Compute Cloud da Amazon. Com isso, a empresa permite que ISVs e desenvolvedores que trabalham com SugarCRM consigam usar a nuvem para realizar tarefas de desenvolvimento, testes e simular instalações.

- Taleo

Quando a economia se recuperar, as empresas vão passar a contratar novamente e precisar investir em gestão de desempenho. Taleo oferece aplicativo sob demanda para atrair, contratar e reter os principais talentos dentro da empresa. A companhia conta com 4,2 mil clientes, incluindo 3,5 mil SMBs. Recentemente, lancou o Taleo 10 com a nova interface Web 2.0, novas funções para desenvolvimento de staff, além de acesso por dispositivos móveis a redes sociais como LinkedIn e Facebook.

- Xactly
A Xactly compete com Callidus ao fornecer aplicativos sob demanda que ajudam os gerentes de vendas a manter o controle sobre o desempenho dos vendedores e as suas metas, além de cuidar da gestão de incentivos com comissões e até dos territórios que cada vendedor deve trabalhar. Tudo isso pode ser muito parecido com as ferramentas da Salesforce.com, mas a Xactly e a Salesforce trabalham bem em conjunto: o Xactly Business Solutions destinado para o SMB é construído sobre a plataforma Force da Salesforce.

- Zlago
A mudança para o cloud pode ser interessante para pequenas empresas com poucos recursos para investir em TI. A Zlago atua nesse setor ao oferecer para o SMB pacotes de aplicativos hospedados, incluindo desktop, e-mail, backup, segurança, armazenamento de dados e outros aplicativos corporativos. A Zlago está trabalhando com diversos canais para que eles coloquem as suas próprias marcas no serviço fornecido pela empresa. Se você quer ver como os canais trabalham com a nuvem, é bom ficar atento à Zlago.

- Zoho
Fundada em 1996, a Zoho offerece 21 aplicativos em cloud que vão do processador de texto e planilhas até CRM e gestão de projetos. Uma das razões por trás do sucesso da Zoho é que a empresa não obriga que seus usuários mudem para as suas ferramentas. Ela integrou o seu software de gestão de projetos com o Google Apps e oferece plug-ins para usar seus produtos com Microsoft Office e SharePoint. Esse é o tipo de estratégia que torna a vida dos parceiros mais fácil e a nuvem mais acessível aos clientes.

Fonte: IT Web

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Oito dicas para quem trabalha em casa

casa

A editora da revista Inc., Leigh Buchanan, trabalha de casa há três anos. Não é só alegria; ela confessa que às vezes se sente sozinha, e que briga muito para ter disciplina e não atrapalhar o trabalho com afazeres domésticos. Mas, de modo geral, tem sido uma experiência interessante. Abaixo, trazemos oito dicas que ela oferece àqueles que forem se aventurar a trabalhar de casa.

“Trabalho de casa há três anos, sem nada pra olhar além da paisagem de montanhas, e sem nada pra ouvir além de esquilos pulando no quintal.” Às vezes fica bem solitário. Sinto falta das conversas aleatórias nos corredores, que fazem surgir ideias inesperadas ou ajudam a formar parcerias. Mas, em geral, trabalhar de casa tem sido uma experiência satisfatória. Consegui me manter produtiva, e a redução no estresse de não ter que atravessar a cidade provavelmente aumentou um ano em minha vida. Para aqueles que vão embarcar nessa experiência de trabalho a distância, ofereço oito dicas para se dar bem.”

1- A linguagem é importante. Nunca diga ‘trabalho em casa’. Diga ‘meu escritório é em casa’, ou ‘trabalho para o escritório a partir de casa’. Além de soar mais profissional, você não entra para a lista de amigos e parentes como aquela-pessoa-que-pode-pegar-meu-filho-na-escola ou outros compromissos.

2- Algumas pessoas gostam de se vestir para o trabalho, mesmo que eles nunca ponham o pé pra fora de casa. Outras gostam de andar pela casa de pijamas. É uma escolha pessoal. Mas se você preferir a última, pelo menos troque de roupa uma vez de dia e de noite. Casual, sim. Sujo, não.

3- Fale com alguém do trabalho pelo menos uma vez por dia. Longos momentos de silêncio são angustiantes. Após três dias, eu fico me sentindo uma criança num acampamento: preocupada de que na minha ausência, eles terão mudado de casa sem me dizer. Melhor falar com gerentes, que sabem da situação geral.

4. Fofocar, navegar na internet e comprar uma coisinha durante o almoço são maneiras saudáveis de desanuviar a cabeça do ambiente barulhento, do café ruim e da cadeira desconfortável comuns ao trabalho. Apesar de em casa haver mais silêncio e conforto, não dá pra trabalhar oito horas sem parar. Então faça coisas úteis como pausa: lave roupa, varra o chão, faça um exercício (somente se você não gostar de se exercitar; se for divertido, você vai se distrair).

5- Se você tem filhos, explique a eles que quando sua porta estiver fechada, eles não devem incomodá-lo. Se eles não obedecerem, diga que se eles interromperem seu trabalho você vai perder os seus prazos, vai ser demitida, a família vai viver na rua e você vai vender seus brinquedos para comprar comida.

6- Galinhas adorariam trabalhar das 4h às 13h; as corujas, das 15h à meia-noite. Mas lembre-se de que alguns compromissos, ligações e conferências podem ser fora de seu horário de preferência. É tentador criar uma rotina adaptada ao seu organismo; mas é melhor se basear nos horários em que o mundo exige que você esteja disponível.

7- Em casa, temos três telefones: uma para a família, um para as crianças e um para as ligações de trabalho. Tenha um aparelho somente para o trabalho, assim você não corre o risco de alguém atender desavisadamente (‘Ei, mãe, é um tal de Steve Jobs, posso dormir na casa do Lucas?’), e você pode atender no modo profissional (‘Aqui é Leigh Buchanan’) e pessoal (‘Que foi?’).

8- Tenha uma cafeteira boa. A minha é uma Saeco Incanto Sirius, que faz um espresso fenomenal, mesmo tendo esse nome que parece saído de um livro do Harry Potter.


Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios

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Eles chegaram ao topo e prometem mudar o mundo

É um fato inédito: uma empresa brasileira no ranking de inovação do Fórum Econômico Mundial — ao lado do Twitter!

Por Elisa Corrêa

Leo Drumond e Marcelo Corrêa
OS SÓCIOS DA CARE, UMA DAS EMPRESAS mais inovadoras do mundo: Frank de Luca, Johann Hoffaman e Wilson Pierazoli Filho

Anote este nome: Care Electric. A empresa conseguiu a façanha de se tornar a primeira no Brasil a fazer parte do ranking “Technology Pioneers”, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial com as startups mais inovadoras do mundo e divulgado no dia 3 de dezembro do ano passado. Com o projeto de um sistema de turbinas que gera energia elétrica a partir do fluxo natural das águas de um rio, a Care conquistou a quarta posição na categoria Energia e Tecnologias Ambientais. “Mandamos uma animação para explicar o funcionamento da turbina ao comitê do Fórum porque ela ainda não é produzida comercialmente, e comprovamos todas as suas funções com um protótipo”, conta o engenheiro mecânico Wilson Pierazoli Filho, 50 anos, um dos três sócios da empresa, que conta com mais dois funcionários e está incubada no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), desde 2007.

A geração de energia com baixo impacto ambiental fez com que a Care conquistasse um lugar de prestígio, ao lado do Twitter e de mais 24 empresas visionárias. As turbinas, suspensas por uma estrutura de aço, são colocadas em pontos estratégicos do rio e usam o movimento natural da água para gerar energia. A tecnologia permite que cardumes de peixes passem livremente pela estrutura, não interferindo no equilíbrio do rio. Em comparação com uma hidrelétrica tradicional, a instalação do sistema dispensa a construção de barragens, a inundação de terras, a desapropriação da população ribeirinha e o desvio do curso do rio.

Outra vantagem é a rapidez. Fabricadas em aço, as partes da estrutura podem ser produzidas em série, como em uma indústria de automóveis. “Depois de feita a análise do rio, leva de oito a 12 meses para as turbinas já estarem funcionando, enquanto uma grande hidrelétrica demora, em média, entre quatro e cinco anos para ficar pronta”, diz o administrador Frank de Luca, 78 anos, americano naturalizado brasileiro. O custo de operação deve ser menor, já que as turbinas são automatizadas, controladas por sensores e câmeras e supervisionadas via internet.

“O projeto da Care também é uma inovação, porque pode ter um grande impacto social ao levar eletricidade a lugares com pouco ou nenhum acesso, reduzindo a poluição causada pelo uso de óleo diesel para alimentar geradores”, afirma Rodrigo Lara, diretor do Technology Pioneers. Para o cientista austríaco Johann Hoffaman, 61 anos, radicado no Brasil desde 1987 e autor da ideia que já tem patentes no Brasil e na Europa, a questão social é a mais relevante. “Ao fazer a energia chegar às áreas remotas, será possível que as pessoas permaneçam e trabalhem onde vivem, sem precisar ir para cidades maiores. Isso pode gerar um desenvolvimento local.”

Os sócios da Care agora esperam produzir comercialmente a primeira turbina. “Hoje somos detentores da ideia e da patente, mas não somos uma empresa geradora de energia. Vamos permitir o uso da tecnologia e supervisionar a construção, que deverá ser feita por outras empresas”, diz De Luca. Depois da nomeação pelo Fórum, ele garante que a Care já foi procurada por várias empresas brasileiras e europeias interessadas no projeto. “O Brasil pode fazer diferente, temos condições de criar tecnologias que evitem os desastres ambientais causados pelo desenvolvimento em outros países”, afirma Hoffaman.

CONQUISTA INÉDITA

Entenda o que é o ranking Technology Pioneers e como é o processo de seleção

Para levar o Brasil pela primeira vez à lista das startups mais inovadoras do mundo, a Care Electric passou por um rigoroso processo de seleção. Foram mais de 300 empresas inscritas, analisadas por 58 peritos em tecnologia. Entres as 26 classificadas, 18 são americanas — as outras são do Brasil, da Alemanha, da Índia, de Israel, de Luxemburgo e do Reino Unido. O ranking Technology Pioneers é elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, que convidou todas as vencedoras a participar do seu encontro anual, que acontece entre os dias 27 e 31 deste mês em Davos, na Suíça.
As empresas que fazem parte do ranking costumam ter vida longa. Das 446 empresas selecionadas desde a criação do Technology Pioneers, em 2000, 370 continuam ativas. Destas, 292 operam de forma independente e 78 foram adquiridas por grandes empresas. Entre as escolhidas no passado estão Google, Mozilla, Pay Pal e Recycle Bank.

As escolhidas de 2010

Biotecnologia e Saúde
Aura Biosciences – EUA
Corventis – EUA
MicroCHIPS – EUA
Pacific Biosciences – EUA
Proteon Therapeutics – EUA

Energia e Tecnologias Ambientais
BioFuelBox – EUA
Bloom Energy – EUA
Boston-Power – EUA
Care Electric Energia – Brasil
Epuramat – Luxemburgo
ESolar – EUA
Lehigh Technologies – EUA
Metabolix – EUA
Serious Materials – EUA
10º VNL – Índia

Novas Mídias e Tecnologia da Informação
Amiando – Alemanha
Amobee Inc. – EUA/Israel
CollabNet – EUA
Dilithium Networks – EUA
Innovid – EUA/Israel
Obopay – EUA/Índia
Playfish – Inglaterra
Ring Central – EUA
StreamBase – EUA
10º Twitter – EUA
11º Ushahidi – África do Sul/Quênia

Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios

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Como evitar problemas com as horas extras

A partir de agosto, as empresas serão obrigadas a emitir comprovantes da entrada e saída dos funcionários. Saiba como se adaptar e se proteger contra processos trabalhistas

por Cibele Gandolpho

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Uma nova legislação vai mudar a forma como as empresas brasileiras controlam o horário de trabalho dos seus funcionários. Pela portaria nº 1.510 do Ministério do Trabalho, a partir de agosto os equipamentos que registram a chegada e a saída dos empregados terão que incluir uma impressora para emitir comprovantes — que devem ser arquivados por cinco anos. Com a medida o governo pretende diminuir as adulterações em ações trabalhistas. O Brasil é campeão nesse tipo de disputa judicial, com 2,7 milhões de processos por ano, segundo o Tribunal Superior do Trabalho.

De acordo com estatísticas do TST, o número de processos cresce a cada ano. Enquanto em 1990 era de 1,7 milhão, em 2008 chegou a 2,7 milhões. “Entre as ações mais comuns no Brasil estão as que pedem horas extras”, afirma Renata do Carmo Ferreira, da ADCon Advogados. Com a exigência de recibos dos horários trabalhados, as empresas vão precisar ter um bom controle na área de recursos humanos para evitar mais problemas na Justiça. “Quando o novo sistema entrar em operação, não será mais possível manipular a jornada do trabalhador. As empresas que ainda não têm um acordo de compensação de horas no sindicato da categoria deverão fazê-lo”, diz Eduardo Maximo Patrício, do escritório GMP Advogados.

Há muitas dúvidas em relação aos detalhes da portaria nº 1510. Fabricantes de equipamentos de cartões de ponto e desenvolvedores de softwares alegam que não conseguem criar os novos aparelhos enquanto a legislação não for regulamentada. “A portaria diz que o equipamento deverá dispor de ‘mecanismo impressor em bobina de papel, integrado e de uso exclusivo do equipamento, que permita impressões com durabilidade mínima de cinco anos’. O problema é que, no Brasil, nenhum fabricante possui esse tipo de aparelho”, afirma Raul Gottlieb, diretor da Associação das Empresas Brasileiras de Registro Eletrônico de Ponto (Abrep).

Segundo Gottlieb, os fabricantes estão parados. “Quando a portaria saiu, em agosto de 2009, os clientes pararam de comprar máquinas porque precisariam trocá-las em menos de um ano”, diz. “Estamos segurando as pontas com as manutenções dos equipamentos já instalados”, afirma Simenilda Monteiro, uma das sócias da System Tek, que desenvolve softwares de ponto eletrônico.

Quem estava prestes a modernizar o sistema de ponto foi surpreendido com a portaria. É o caso da cooperativa Comigo, de Goiás, que tem 1.600 funcionários. “Não vale a pena modernizar o sistema agora e depois jogar tudo fora. Abortamos o projeto até que novos equipamentos estejam à venda. Não há nada ainda nos moldes da portaria do governo”, explica Ângelo Tomaz Landim, supervisor industrial da Comigo. Josemar Alvarez, dono da empresa de embalagens plásticas Manae, decidiu não esperar. Com um sistema de cartão antigo, ele colecionava diversos processos trabalhistas, principalmente por hora extra. “Não tenho como aguardar. Compramos equipamentos novos, mais modernos, e passamos a pagar as horas extras no salário ou, quando o excesso é muito grande, na forma de banco de horas. Em agosto será preciso mudar tudo de novo”, diz.

JORNADA SOB CONTROLE | O Brasil é o país com maior número de processos trabalhistas. Veja quais são as medidas que você pode tomar para minimizar o risco de ações por horas extras
Revista PEGN

PARA NÃO TER RECLAMAÇÕES
Medidas que minimizam processos trabalhistas relacionados a horas extras
>>> Registre todos os funcionários e deixe claro o horário definido entre as partes

>>> Para autônomos, o contrato deve ser firmado por escrito

>>> No caso de estagiários, faça o contrato com a entidade de ensino e não ultrapasse o limite de horas semanais

>>> Nunca deixe de pagar as horas extras ou de compensar o volume em um banco de horas

>>> Mantenha documentos e comprovantes de pagamento de salários, horas extras, férias, INSS e FGTS

>>> Pague todas as verbas trabalhistas em rescisão contratual, inclusive as horas extras

OS DEZ MANDAMENTOS DO BANCO DE HORAS
Saiba como fazer o sistema funcionar de acordo com a lei
I) O sistema de banco de horas deve ser firmado em uma convenção coletiva, com a presença de um representante do sindicato da categoria

II) Feito o acordo, ele deve ser redigido e arquivado para evitar ações trabalhistas em relação a pagamento de horas extras

III) O sistema deve respeitar o limite de 10 horas trabalhadas por dia e 44 horas por semana. Qualquer tempo adicional a esse limite deve ser pago no salário seguinte

IV) O banco de horas tem validade máxima de um ano e pode ser renovado

V) Em caso de demissão ou rescisão de contrato, as horas a que o trabalhador tiver direito também devem ser pagas como extras, calculadas sobre o valor do salário mais recente

VI) Os empregados sob regime de tempo parcial não podem prestar horas extras

VII) No acordo coletivo deve constar, obrigatoriamente, o valor da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% superior à hora normal

VIII) Empresas com funcionários que fazem trabalho insalubre ou perigoso só podem implementar o banco de horas com autorização da Delegacia Regional de Trabalho ou de outra autoridade competente

IX) Descanso semanal remunerado e férias não podem compensar o banco de horas

X) Para menores de idade, salvo negociação coletiva, é proibida a aplicação de banco de horas

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Visa coloca chip para pagamento em cartão de memória MicroSD

A tecnologia permite realizar os pagamentos por aproximação e ainda armazenar arquivos do usuário, que podem ser músicas, fotos ou vídeos


Visa: cartão possui chip que permite realizar pagamentos por aproximação

A cena de uma pessoa fazendo compras numa máquina de refrigerante e pagando com celular é velha, mas a tecnologia ainda está longe da realidade na maior parte do mundo. No Brasil, por exemplo, existem apenas algumas iniciativas experimentais.

Para tentar facilitar a adoção e popularizar a aplicação, a Visa está apresentando na World Mobile Congress 2010, que acontece em Barcelona, na Espanha, um cartão MicroSD que transforma qualquer aparelho celular em um “pagador de contas”.

Isso é possível, porque o cartão possui um chip com uma antena NFC (Near Field Communication), o padrão usado para realizar os pagamentos por aproximação, como é feito com os aparelhos móveis.

Hoje, para fazer pagamentos pelo celular, é necessário ter um telefone que traga uma antena NFC embutida. No entanto, são escassos os aparelhos que carregam essa funcionalidade. Com o cartão MicroSD, não será preciso ter um modelo de telefone móvel específico. A única necessidade será a entrada para o cartão MicroSD, que boa parte dos aparelhos com recursos multimídia já possuem, e a aplicação instalada no celular.

“Com mais aparelhos aptos a usar o serviço, poderemos acelerar a adoção dos pagamentos com celulares”, disse Jürgen Wassmann, diretor da Visa para novos produtos na América Latina e Caribe, em entrevista à Época NEGÓCIOS.

Na tecnologia apresentada pela Visa, o MicroSD não é exclusivo para as operações de pagamento. Ele compartilha a memória do cartão. Numa parte segura fica a antena NFC e numa outra ficam os arquivos do usuário, que podem ser músicas, fotos ou vídeos.

Além da tecnologia de pagamento, a aplicação carrega uma espécie de carteira virtual. O usuário pode ter cadastrado mais de um cartão, de bancos diferentes, em seu celular. Na hora de pagar, ele escolhe qual deles quer usar. Além disso, é possível débitos ou créditos. Toda aplicação é customizável. O banco pode definir o modelo de uso de cada um de seus usuários. É possível, por exemplo, determinar que toda compra com valor menor do que R$ 30 seja feita com débito e acima desse valor, com crédito. Nos dois casos será necessário digitar uma senha que autoriza a operação.

“Temos que garantir a segurança da transação”, afirma o diretor da Visa. Nas demonstrações feitas durante a feira, o usuário aproxima o celular de um POS (Point of Sale) e uma aplicação com tecnologia Java solicita a autorização. Digitada a senha, o pagamento é confirmado e o recibo é impresso. A cobrança do cliente é feita, não na conta de celular, mas na fatura de cartão de crédito, como acontece com os cartões de plástico.

Apesar da facilidade, ainda não é possível prever quando a aplicação estará realmente nas ruas. “Tudo depende de muitas negociações, que envolvem bancos, operadoras, estabelecimentos, fabricantes de celular e produtoras de chips”, diz Wassmann.

Além de pagamentos, a Visa afirma que outras aplicações poderão ser desenvolvidas com o NFC. Uma delas é a oferta de descontos a partir de um pôster promocional. O usuário aproxima o celular ao cartaz e ganha uma “garantia de desconto”. Depois é só ir até a loja e fazer a compra. Outra possibilidade é a reserva de ingressos para o cinema em banners de propaganda. “As utilidades podem ser muitas. A criatividade é o limite”.

Fonte: Época

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Pesquisadores burlam sistema de cartão de pagamento com chip

Professores da Universidade de Cambridge demonstraram, na TV inglesa, como efetuar pagamento via cartões com chip usando qualquer número como senha.

Centenas de milhões de cartões de pagamento europeus têm uma falha que poderia permitir a criminosos usar um cartão roubado digitando qualquer senha aleatória para completar uma transação, afirmam pesquisadores da Universidade de Cambridge. A descoberta, que será apresentada no Simpósio de Privacidade e Segurança na Califórnia do IEEE em maio, colabora para o aumento da desconfiança em relação aos cartões que utilizam chip e senha. Esses cartões contém um microchip que verifica se a senha é correta antes de completar uma transação.

Os bancos europeus afirmam que o sistema é mais seguro que o dos EUA, que não usam cartões com chip. Até agora, o sistema europeu têm impedido alguns tipos de clonagem de cartão. Mas os pesquisadores de Cambridge descobriram que uma falha no complexo protocolo EMV permite um ataque intermediário. Ele engana o terminal de ponto de venda, fazendo-o crer que recebeu a senha correta, não importa o que o usuário tenha digitado.

O cartão pensa que a transação foi autorizada por uma assinatura eletrônica. Em alguns casos, os terminais de ponto de venda podem ter problemas ao se conectar de novo com o banco emissor do cartão, mas permitirão a transação se ela for confirmada por uma assinatura.

Alto nível

O ataque exige um conhecimento de alto nível do sistema de chip e senha, bem como algum hardware externo, conforme demonstrado pelos pesquisadores na TV inglesa na quinta-feira (11/2). Apesar disso, "esta falha realmente salta aos olhos", disse o professor de engenharia de segurança Ross Anderson.

No programa da BBC, um colega de Anderson, Saar Drimer, fez uma demonstração do ataque na própria lanchonete da Universidade de Cambridge. Ele carregava uma mochila com um laptop e uma placa FPGA. Um cartão falso, ligado ao cartão roubado, é inserido no terminal de venda. Para a demonstração, os pesquisadores usaram um cartão de crédito do HSBC, um da loja de departamentos John Lewis, e cartões de débito do Barclays e do Cooperative Bank. Drimer é visto inserindo o cartão falso no terminal de venda. A transação é autorizada mesmo se Drimer entrar uma senha incorreta, como "0000".

O setor bancário foi informado há cerca de dois meses sobre a falha. O HSBC e o Barclays disseram que a associação bancária U.K. Payments é quem iria se posicionar a respeito do caso. "Nós nunca dissemos que o sistema de chip e senha é completamente infalível", disse um porta-voz na sexta-feira (12/2). "Nós realmente acreditamos que [o ataque] não é realmente plausível num ambiente do dia-a-dia. Eles criaram um ambiente artificial para cometer esta fraude."

Problemas técnicos

Faz algum tempo que os pesquisadores de Cambridge têm sido altamente críticos com o sistema de chip e senha. Eles encontraram vários problemas técnicos com a especificação e costumam criticar a falta de transparência em seu desenvolvimento. Eles argumentam que isso se torna um problema à medida que os bancos tendem a julgar os clientes como responsáveis por perdas de transações nos quais a senha é utilizada, mesmo se o cliente alegar que ninguém a conhecia, dizem.

"Até agora, os bancos têm se recusado a reembolsar as vítimas porque eles assumem que um cartão não pode ser usado sem a senha correta", de acordo com um artigo chamado "Chip e senha são quebrados". "Este estudo mostra que sua alegação é falsa." Cerca de 730 milhões de cartões com chip e senha são usados em todo o mundo. A maioria dos países europeus usa os cartões, que têm sido introduzidos no Canadá. Sua adoção por bancos nos EUA ainda está em discussão. No Brasil, eles têm sido utilizado por alguns bancos, como o Itaú.

Além de Drimer e Anderson, a pesquisa foi feita por Steven J. Murdoch e Mike Bond. Mais informações podem ser obtidas no blog Light Blue Touchpaper.

Fonte: ComputerWorld

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O que esperar do Mercado de Ações

O texto abaixo foi divulgado pela Planner Corretora para todos os seus clientes. Num período de turbulência como o atual, é sempre interessante ver o que os analistas esperam do mercado de ações.
 
"De outubro a dezembro de 2009, os  indicadores de atividade divulgados pelos EUA e alguns países da Zona do Euro postergaram o processo de  realização de  lucros na Bovespa, pois era nítida a perda de  “fôlego” do movimento de alta do Índice Bovespa até o encerramento do ano. No desenrolar de janeiro de 2010, apesar da alta  inicial,  a  possibilidade  de  retração  na  disponibilidade  de  crédito  na China  e maior  regulamentação  dos bancos americanos  foi o pretexto para o  início dessa realização,  intensificada pelos problemas de  liquidez de Grécia, Portugal, Espanha e Itália na Zona do Euro. Ou seja, faltavam notíciam “de peso“ como justificativa.
 
A questão que envolve China e EUA - crédito e bancos, respectivamente - é salutar pois realmente necessitam de  maior  regulamentação.  Os  chineses  estavam  tomando  crédito,  dentre  outras,  para  atuar  no  mercado financeiro  e  já  era  preocupação  do  governo  chinês  esse  crescimento  desordenado  do  crédito.  Os  bancos americanos, depois da ajuda dos recursos do Tarp e a tímida recuperação econômica, passaram a dar lucro e a  negociar  a  devolução  desses  recursos.  Logo,  a  questão  “distribuição  de  resultados”  voltou  a  ser  foco  de atenções e críticas não faltaram, inclusive ainda pela própria exposição do sistema.
 
O que mais preocupa no momento, já que podemos ter abortada a precária recuperação econômica mundial, é justamente o agravamento das condições orçamentárias e  fiscais de países da Zona do Euro, a alimentação da possibilidade de contágio dos demais países e principalmente a “sobrevivência” do padrão euro alardeada por alguns economistas  internacionais. A União Europeia  rejeita a ajuda do FMI e garante que a solução de seus problemas será doméstica. Enquanto isso, a bela valorização do Ibovespa em 2009 vai sendo consumida diante de nossos bons fundamentos, apenas por questões de aumento da aversão ao risco.
 
Em 11/2 a cúpula da UE se  reúne para dar uma  resposta à nova crise e  já se  insinua que poderá haver um novo pacote. Em 07/2, a reunião de ministros de Finanças do G-7, no Canadá, manteve o suspense sobre a capacidade dos governos de criar um plano de resgate das economias mais endividadas da Europa. Por mais que essas dívidas estejam  corroendo a  confiança dos mercados, os governos europeus deixaram  claro que não vão retirar ainda os incentivos econômicos.
 
O  fim  do  apoio  poderia  jogar  a  economia mundial  de  volta  à  recessão. O  problema  é  que  esses mesmos governos enfrentam um grande dilema: precisam continuar gastando para evitar a recessão, mas estão com as contas em um estado crítico. O problema é ainda mais grave porque na crise os países (ricos) do G-7 (EUA, Japão, Alemanha, Inglaterra, França, Itália e Canadá), acumularam juntos, uma dívida de US$ 30 trilhões, mais da metade do PIB mundial. Ministros europeus usaram o G-7 para  tentar passar o recado de que a situação está sob controle.
 
O temor dos mercados é que, apesar dos planos de redução de gastos, os gregos e outros países não tenham como financiar sua dívida. Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos EUA, disse que a UE promete acertar a situação "com cuidado", o que provocou a expectativa de que um plano esteja sendo preparado em Bruxelas. Como  afirmou  Roubini:  nunca  esteve  tão  pessimista  em  relação  aos  países  da  zona  do  euro  diante  de problemas  fiscais  e  de  baixa  competitividade  nas  zonas  periféricas  da  região.  Para  Roubini,  a  Espanha representa  um  risco muito maior  para  a  unidade  da Europa  do  que  a Grécia,  pois  trata-se  da  quarta maior economia da eurozona, com problemas fiscais e alto desemprego. Segundo ele, se a Grécia afundar, será um problema para a zona do euro, se a Espanha afundar será um desastre.
 
De qualquer forma, os mercados estarão expressando preocupações e continuarão agregando volatilidade aos negócios, o que certamente  levará o  Ibovespa a  testar novas mínimas se o noticiário não  trouxer essas  tão esperadas medidas  de  equilíbrio  às  contas  de  Portugal  e  Espanha.  Nosso  conforto  será  a  divulgação  dos balanços do 4º trimestre de 2009, onde são esperadas recuperações dos resultados e margens operacionais, que mostrarão que o Brasil, com essas realizações, ficou mais barato.
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Fonte: Planner Corretora

Posted via email from Ramon E. Ritter