quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Qual é o ciclo de vida de uma startup?

Existem algumas fases bem características na evolução de uma startup. Apesar de algumas pularem uma ou outra fase sem comprometerem seu sucesso, existe uma certa ordem nos passos a serem percorridos.

Assim como uma pequena empresa tem grandes chances de morrer nos seus primeiros cinco anos, startups têm uma chance ainda maior de morrer nos cinco primeiros meses. Com toda essa incerteza, cumprir cada fase da forma correta é crucial para acelerar seu sucesso - ou ao menos um sinal para desistir da ideia o mais rápido possível, evitando gastar muito tempo e recursos com algo que não daria certo.

A evolução no tempo

Imagine uma reta do tempo. Quanto mais à esquerda, menor a evolução e valor de uma startup. Quanto mais ela avança para a direita, maiores são as chances do projeto.

A figura abaixo mostra as cinco fases iniciais do ciclo de definição do produto. Nela, os empreendedores trabalham para conseguir definir a primeira oferta do produto a ser colocado no mercado, e cumprem os seguintes passos:



  • Ideia: a detecção da oportunidade, seja através de uma inovação ou de uma oferta ainda não trabalhada pelo mercado.
  • Modelo de negócio: o processo ou fórmula pelo qual a startup cria, entrega e captura valor.
  • Elevator pitch: um discurso curto que condensa claramente o que a startup pretende oferecer, e por que o produto é viável.
  • Mockup: uma maquete bem simples que traduz visualmente a aparência do produto, ajudando a entendê-lo um pouco melhor.
  • Protótipo: uma simulação de como o produto ou serviço irá funcionar quando estiver nas mãos do cliente.
A figura seguinte mostra o ciclo de definição de mercado, com as fases posteriores à criação do produto. Muitas startups morrem antes mesmo de chegarem a esse ciclo, e justamente por isso é tão importante que o empreendedor tenha realizado o ciclo anterior da forma correta:


  • Minimum Viable Product (MVP): o produto mínimo viável - representa o produto mais simples pelo qual o cliente aceita pagar.
  • Receita: nessa fase trabalha-se para incrementar o produto já pronto e aumentar a receita.
  • Break-even: é o ponto onde as receitas se estabilizam e a startup deixa de dar prejuízo.
  • Product-market fit: quando a startup encontra o mercado que demanda o produto em uma taxa até maior do que a startup consegue atender.
  • Saída: nessa fase, o empreendedor vende sua startup parcialmente ou totalmente para uma grande empresa, ou abre seu capital na bolsa.
Ao completar esses dois grandes ciclos, uma startup morre para se tornar uma grande empresa - ou uma parte da grande empresa que a comprou. A partir do próximo artigo, falaremos de cada fase com detalhes.

Autor: Yuri Gitahy é fundador da Aceleradora, que apoia startups com gestão e capital semente. Iniciou sua carreira na IBM, deu aulas pela Sun Microsystems, participou da criação da Internet brasileira na RNP, ajudou a implantar e lançar o BOL, foi gerente no UOL, sócio-diretor da Vetta e fundador da Krenak, uma consultoria de gestão de TI para grandes empresas. Desde 2007, atua também como conselheiro em startups de tecnologia.

Contribuintes devem ficar atentos às novas regras de validação da NF-e

A partir de 1º de janeiro do próximo ano, os estabelecimentos do Mato Grosso que recolhem o ICMS e são obrigados a emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) deverão observar as disposições que constam na versão 4.0.1 do Manual de Integração do Contribuinte. De acordo com a Secretaria de Fazenda, o serviço para testes e adequação já está disponível.



Para as empresas que já procederam às devidas atualizações em suas aplicações, também já está disponível, em ambiente de produção, o serviço para emissão da nova versão. O emissor, que está disponível para testes no endereço http://www.emissornfehom.fazenda.sp.gov.br/v2/, ganhou novas funcionalidade em relação à versão anterior:
  1. Atualização dos schemas até o pacote PL006g; 
  2. Não permissão de importação de NF-e que já conste como autorizada no software; 
  3. Duplicação de registro (NF-e) já existente, facilitando a criação de NF-e similar; 
  4. Permissão de pré-visualização do Documento Auxiliar da NF-e (DANFE) após a NF-e ser validada; 
  5. Impressão de duplicatas no DANFE no campo “Informações Complementares”; 
  6. Impressão das NF-e referenciadas e dos processos referenciados no campo “Informações Complementares do DANFE”; 
  7. Inclusão das observações do Fisco; 
  8. O botão “Consultar Situação na Sefaz” será habilitado também para notas canceladas; 
  9. Informação do regime de tributação no item da NF-e; 
  10. Permissão de exportação, importação e gerenciamento de inutilizações; 
  11. Permissão para que o usuário nomeie os arquivos XMLs no momento da exportação; 
  12. Apresentação dos dados dos protocolos e respectivas datas de autorização, cancelamento e inutilização no relatório gerencial. 
A Secretaria de Fazenda recomenda aos contribuintes começar desde já a se adequar à nova versão, antes do início da obrigatoriedade, para efetuar as adaptações necessárias. Os arquivos gerados e transmitidos pelos contribuintes para obtenção da autorização de emissão da NF-e que não estiverem em conformidade com a nova versão serão rejeitados, o que poderá comprometer as atividades da empresa.

As regras estabelecidas para a nova versão estão aprovadas e divulgadas na página da Secretaria de Fazenda na internet (www.sefaz.mt.gov.br/nfe).

Fonte: TI Inside

GVT planeja ter velocidade média de 20 Mbps na banda larga em 2012

A GVT está anunciando uma política agressiva de ampliação da velocidade média de sua base de banda larga. Segundo o presidente da empresa, Amos Genish, em palestra na Futurecom, que acontece esta semana em São Paulo, a velocidade média da base, que era de 1,6 Mbps em 2008, já está em 8,4 Mbps este ano e chegará a 11,3 Mbps em 2011 e 19,7 Mbps em 2012. No próximo ano, o carro chefe da empresa será o pacote de 15 Mbps, cujo preço será reduzido a R$ 79,90 na semana que vem. Em 2012, o principal produto será a conexão de 35 Mbps. Na próxima semana, a GVT fará o upgrade gratuito das conexões de todos os seus assinantes com pacotes abaixo de 5 Mbps para este patamar, com preço de R$ 49,90.

O preço por Mbps nos pacotes da GVT, segundo Genish, caiu de R$ 49,90 em 2008 para R$ 6,99 este ano e chegará a cerca de R$ 5 em 2011. "Não queremos ter nada abaixo de 5 Mbps. Isso é dial up". Genish destacou a parceria da GVT nos conteúdos das empresas do grupo Vivendi, como Universal Music e futuramente videogames. Mas o próximo produto, segundo Genish, será o de TV paga, a ser lançado em meados do ano que vem. 



"O mercado está fechado por uma lei estúpida, mas que é a lei. Por isso vamos lançar um produto híbrido, com DTH e IPTV", diz Genish. A GVT pretende iniciar os serviços já com video sob demanda, conteúdos "over the top" (conteúdos de Internet na tela da TV), DVR (gravador digital) e serviços de catch-up TV de 30 dias (possibilidade de recuperar conteúdos). "Isso chega no meio de 2011 e queremos quebrar o paradigma no segmento de TV paga para tornar menos chata, com coisas além dos canais tradicionais", disse. "Quero ser o melhor operador no Brasil. Não o maior, prazer que deixo a meus colegas", provocou Genish. O projeto de TV por assinatura da GVT prevê investimentos de R$ 200 milhões em 2011 e o Capex total para o ano deverá ser de R$ 1,8 bilhão. Em 2010, o Capex ficará em R$ 1,5 bilhão, mais que o dobro de 2009, segundo Genish.

Ele destacou a presença da GVT em mais de cem cidades e disse que em 2011 entrará em São Paulo e Rio de Janeiro. "O fator de nosso sucesso é a alta taxa de uso de banda larga a mais de 10 Mbps", disse Genish. "Fomos comprados por R$ 8 bilhões, o que foi mais do que a Oi pagou pela BrT". A GVT chegou a R$ 2,3 bilhões anuais em receitas, R$ 945 milhões em EBITDA e margem de 41,5%. O destaque é o nível de investimento, que foi de cerca de R$ 1,5 bilhão este ano e será mais do que isso em 2011, segundo o executivo. Lembrando que a média de investimentos das incumbents está em menos de 10%.

"Custa cerca de R$ 1,5 mil por linha para fazer a rede. Por isso precisamos investir", diz Genish. Ele destaca que a operadora optou por manter todo o atendimento ao cliente em um call center próprio e a maior parte das instalações também é feita por equipes próprias. "Temos alguns parceiros para instalação, pois sem isso não conseguiríamos entrar em novos mercados. Mas ainda assim temos supervisão própria".

Rede veloz

"Acreditamos muito no connected home", diz Genish. "Os aparelhos estão conectados e vamos oferecer um home-gateway para serviços, inclusive TV paga". Segundo ele, o primeiro passo para ser competitivo neste ambiente é oferecer banda larga com velocidade e inteligência. "Temos a rede mais preparada, com mais fibra e menos cobre. A partir de agora, estamos construindo uma rede com um last mile de cobre de 200 metros a partir do armário, o que permite 70 Mbps no VDSL2. Além do FTTH para casos específicos", detalhou Genish.

Fonte: TI Inside

domingo, 24 de outubro de 2010

Qual é a Diferença entre HDMI e DVI? Qual é o Melhor?

Você está confuso com a quantidade de cabos de vídeo disponíveis hoje em dia?Vamos dar uma olhada nos mais importantes cabos de vídeo de hoje, HDMI e DVI, e ver qual é a diferença entre os dois.


Uma década atrás, era muito mais fácil de descobrir como ter seu televisor ligado aos seus dispositivos, especialmente porque a maioria das pessoas só tinha um videocassete. Nossas telas eram menores, a qualidade era pior, mas o mundo era mais simples. Hoje, dificilmente você pode andar em uma loja de eletrônicos sem ser pressionado a gastar várias centenas de dólares apenas em cabos HDMI para conectar seus dispositivos à sua TV. Se houve alguma vez um momento confuso para escolher cabos e conectores, é agora. Vamos tentar ajudá-lo a percorrer essa bagunça e ver o que é realmente importante sobre os dois formatos mais comuns cabos de vídeo digital: HDMI e DVI.


Por que cabos, aliás?


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Todos nós adoraríamos poder conectar nossos aparelhos de vídeo e áudio através do ar. Embora tenham ocorridos alguns progressos nesta área, francamente, não é uma solução viável para a maioria hoje. Por enquanto estamos presos a fios. Em geral, todos eles funcionam da mesma forma: o conector contém pinos que entram em portas de saída do seu dispositivo de vídeo/áudio (uma placa de vídeo ou vídeo-game) e liga a outro periférico por um cabo (TV ou monitor).


Por que não cabos VGA ou Vídeo Composto?


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Cabos de vídeo tradicionais, incluindo vídeo composto e VGA, transmitem sinais de vídeo analógico. Enquanto isso funciona muito bem para telas CRT, não é preferível para os monitores LCD/LED mais recentes. Enquanto muitos monitores de computador e TVs LCD/LED atuais ainda aceitam entradas VGA, eles geralmente trabalham melhor com DVI ou HDMI.


Algumas placas de vídeo e dispositivos de reprodução de vídeo, incluindo a nova Apple TV, nem mesmo incluem saídas VGA ou vídeo composto. E esta será uma tendência crescente de agora em diante. Mesmo se o seu computador atual e monitor funcionam bem com cabos VGA, você ainda deverá querer saber qual é o melhor cabo digital para futuras aquisições de equipamentos de vídeo.


Quais são as Diferenças entre os Cabos Digitais?


Os dois principais conectores digitais usados em computadores e sistemas de entretenimento de hoje são o HDMI e o DVI. O DisplayPort é outro conector que está sendo incluído em alguns computadores mais novos (é o padrão usado nos micros da Apple). Além disso, os três possuem modelos mini e micro para cada um. Confuso? Veja como saber qual é qual:


DVI


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O DVI é o conector de vídeo digital mais comum encontrado em desktops e monitores LCD. É o mais parecido com conectores VGA, com um máximo de 24 pinos e suporte para gravação analógica, bem como o vídeo digital. DVI pode transmitir vídeo HD em resoluções até 1920 × 1200, ou com conectores dual-link DVI, até 2560 × 1600 pixels. Alguns cabos DVI as portas podem incluir menos pinos se foram concebidos para dispositivos de baixa resolução.


Por isso, você precisa prestar atenção para esse detalhe. Se a sua porta contém todos os pinos, no entanto, pode usar a resolução máxima sem nenhum problema. O maior problema com DVI é que ele não suporta  criptografia HDCP. Portanto, se seu hardware inclui apenas portas DVI, você não será capaz de reproduzir Blu-rays Full-HD.


Conversores


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Você pode conectar uma porta DVI a uma HDMI em um novo monitor com um pequeno conversor digital.  No entanto, uma vez que DVI não suporta áudio, você precisará usar um cabo separado para áudio ao usá-lo. O conversor DVI-HDMI da foto acima permite usar cabos HDMI em equipamentos que só possuem portas DVI. Você também pode conectar um monitor antigo, que só possui uma porta VGA, com uma porta DVI facilmente através de um conversor DVI-VGA se a sua saída de vídeo só suporta sinal analógico.


HDMI


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O cabo HDMI é o padrão nas HD-TV's mais recentes, nos players de Blu-ray, na Apple TV, nos novos computadores e placas de vídeo, além de uma infinidade de outros dispositivos de vídeo. Cabos HDMI são tão fáceis de conectar quanto os USB: basta inserir e usar. Os cabos HDMI podem transmitir vídeo e áudio digital simultaneamente pelo mesmo cabo e suportam resoluções até 1920 × 1200,  com 8 canais de áudio. Eles também oferecem suporte a criptografia HDCP. Para todos os efeitos, um único cabo HDMI é tudo que você precisa para conectar seu computador ou outro dispositivo de vídeo no seu monitor ou TV, e é quase o padrão digital absoluto.


DisplayPort


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O DisplayPort é outro conector de vídeo que está sendo incluído nos aparelhos mais recentes, principalmente da Apple. Foi concebido como o sucessor do DVI e VGA nos computadores, mas não tem tido uma adoção tão grande quanto o DVI e o HDMI. No entanto, ele está sendo incluído em todos os Macs novos e muitos computadores Dell, HP e Lenovo. É muito parecido com o HDMI, onde o vídeo HD e o áudio passam pelo mesmo cabo. Permite resolução de até 1920 × 1080 e 8 canais de áudio.


O DisplayPort suporta HDCP, sendo possível usá-lo para a reprodução de conteúdo protegido HD em Blu-rays. Você também pode ligá-lo a uma porta HDMI ou DVI com um conversor, já que o sinal digital é compatível. O problema é que pouquíssimos monitores e TVs incluem portas DisplayPort, então você precisa ter um conversor, se você deseja se conectar seu notebook a uma tela maior.


Eu Preciso Realmente de Cabos Caríssimos?


Os cabos são muitas vezes uma das maiores trapaças das lojas de eletrônicos hoje em dia. Você já deve ter notado vários modelos de cabos HDMI junto as TVs, com preços completamente diferentes. Você precisa de um cabo caríssimo para ter a melhor experiência em HD?


Não. Na época das fitas VHS e TV analógica, um cabo de maior qualidade com certeza poderia significar a diferença entre uma imagem uma clara e uma difusa. Mas com vídeo e áudio digital, um cabo é um cabo. Seu cabo vai ser apenas a transferência de bits, como a Ethernet ou cabos de computador. E um cabo HDMI de R$ 49,90 irá atendê-lo tão bem quanto um cabo Monster de R$ 500,00. Ambos não terão qualquer perda de sinal. Por isso, basta procurar o cabo mais barato, ligar o seu equipamento, e desfrutar.


Então, Qual dos 3 Tipos de Cabo Digital é o Melhor?


Na minha opinião, é o HDMI, por ser o conector padrão na maioria dos aparelhos e telas, ter compatibilidade com conteúdo HD (incluindo o HDCP protegido do Blu-ray) e poder transportar áudio e vídeo em um único cabo.


Agora, se você já tem um equipamento que usa DVI e VGA, e isso funciona bem para você, não precisa se apressar para trocá-los. Você pode obter uma melhor qualidade se utilizar cabos digitais se seus dispositivos o suportam, mas se você não tem um monitor ou TV grande, pode ser difícil notar a diferença. As empresas de tecnologia prosperam ao fazer as pessoas sentirem que precisam atualizar-se constantemente, mas muitas vezes, se não está estragado, a melhor política a seguir é não trocar.


Bom, se você for comprar uma TV nova, um monitor de computador, uma placa de vídeo ou outro dispositivo de vídeo, você saberá que está procurando.Verifique se suportam HDMI e será capaz de usá-los com uma vasta leva de equipamento de vídeo pelos próximos anos. E não ceda às táticas de vendas que tentam convencê-lo a comprar um cabo HDMI R$ 500,0. Um barato será geralmente tudo que você precisa e assim você pode economizar seu dinheiro para comprar mais conteúdo HD para passar através desse cabo brilhante.


Fonte:How-To-Geek

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Após a NF-e, vem aí o Cupom Fiscal Eletrônico (CF-e)

O uso do Cupom Fiscal Eletrônico (CF-e) foi liberado para seis Estados. A partir de 1º de janeiro do próximo ano, as Secretarias de Fazenda de Alagoas, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Sergipe poderão instituir o dispositivos para os estabelecimentos comerciais. A novidade foi autorizada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O CF-e substituirá o Cupom em Papel, emitido através do equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF). Para tanto será preciso regulamentação pelos Estados. Além disso, o CF-e, que ainda está em fase de desenvolvimento, depende de especificações técnicas necessárias para fabricação e utilização, as quais serão definidas por normas a serem publicadas. 



Embora o uso nos seis Estados tenha sido liberado a partir de janeiro, a sua efetiva adoção pelos comerciantes pode ser feita em outra data posterior. Documento fiscal de existência apenas digital, o CF-e terá que ser emitido pelos contribuintes varejistas do ICMS. No Estado de São Paulo, por exemplo, são obrigados a emitir o Cupom Fiscal em papel os que apresentam faturamento superior a R$ 120 mil por ano. 

A avaliação é de que o CF-e permitirá o aprimoramento da Nota Fiscal Paulista (NFP). Atualmente, uma vez emitida, o estabelecimento comercial tem até o dia 19 do mês seguinte para transmitir ao Fisco estadual as informações referentes às compras feitas pelos consumidores. Com a CF-e, as informações são enviadas automaticamente no momento da impressão, o que dificultaria qualquer tentativa de sonegação. Por enquanto, os consumidores continuarão recebendo o modelo atual em papel, mas dessa vez constando impresso o número da autenticação de que os dados foram previamente transmitidos ao Fisco estadual.

Fonte: TI Inside

Dzyon lança módulo "em nuvem" para clientes do escritório de contabilidade

A Dzyon, especializada em software de gestão e soluções para emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), anuncia o software Dzyon Contábil, destinado aos escritórios de contabilidade – uma faixa do mercado que a empresa começa a olhar mais atentamente devido a importância que assume no contexto atual. Com tantas obrigações acessórias a cumprir e em meio à crescente migração dos procedimentos fiscais e tributários para ambientes eletrônicos, as empresas mais do que nunca contam com o apoio dos escritórios de contabilidade para atender plenamente todas as exigências do Fisco.

A Dzyon avalia que os escritórios de contabilidade precisam estar devidamente aparelhados para acompanhar as mudanças legais e tecnológicas em curso, razão pela qual buscam ferramentas que possibilitem mais dinamismo, agilidade e qualidade na geração das informações gerenciais para os seus clientes. Segundo a empresa, o Dzyon Contábil é um software totalmente integrado e padronização, que automatiza os procedimentos contábeis a partir das notas fiscais ou de qualquer outro documento e faz a escrituração e a apuração dos impostos. As suas funcionalidades incluem um módulo completo para gestão de folha de pagamento e patrimônio.



Com bases nessas informações são gerados relatórios gerenciais, demonstrativos de resultado e análises verticais (inclusive com rentabilidade por unidade de negócio) que, de acordo com a Dzyon, criam uma diferencial no serviço prestado pelo escritório de contabilidade. Outra vantagem é que o usuário não precisa desembolsar grandes somas em recursos para aquisição do Dzyon Contábil. A empresa está comercializando o software na forma de locação, a partir de R$ 500,00 por mês.

Além de todos esses benefícios, a Dzyon oferece também o portal ContabilSoft (www.contabilsoft.com.br), através do qual os clientes do escritório de contabilidade podem acessar os seus dados (balancete, guias de recolhimento etc.) via internet e em tempo real.

Fonte: TI Inside

NFe do Brasil lança sistema de gestão "em nuvem" para pequenas e médias empresas

A NFe do Brasil, do grupo TBA, formatou uma oferta para atender a faixa das pequenas e médias empresas. Trata-se do lançamento da Solução para Administração Compacta, comercializado como serviço, em que o cliente paga um valor mensal (o equivalente a R$ 400,00 por mês), e voltado para o conceito de cloud computing. A novidade, que já está disponível no mercado, suporta a emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e gera automaticamente boletos de cobrança. Na avaliação de Marco Zanini, presidente da NFe do Brasil, a oferta aumenta a competitividade das pequenas e médias empresas, as quais “precisam de ferramentas com tecnologia de ponta que as auxiliem no campo administrativo”. 

Todos os dados e documentos dos clientes ficam armazenados com segurança em um datacenter contratado pela NFe do Brasil. Essa base pode ser acessada a qualquer hora e de qualquer equipamentos com conexão web. A solução contém 15 diferentes módulos que gerenciam atividades de todas as áreas: cadastros, clientes, fornecedores, vendedores, transportadora, estoque, produtos, vendas, nota fiscal eletrônica, financeiro, receitas, despesas, bancos, orçamentos e também auxilia na formação de preços de produtos. 



O usuário tem em um único ambiente uma visão completa dos seus negócios a um custo muito baixo. “Não é raro empresas pequenas adotar um software para cada área, que não conversam entre si, o que prejudica o controle e a visão geral dos negócios para a tomada de decisões”, ressalta Zanini. O módulo de vendas, por exemplo, realiza o cálculo de orçamento automaticamente, de forma que o usuário fica sabendo qual contribuição de impostos e a margem de lucro de cada transação, o que lhe permite avaliar se a atividade é positiva ou não para a companhia. Uma vez realizada a transação de venda de um produto, o sistema de gestão permite a emissão da NF-e e a geração do boleto de cobrança. Tudo isto no ambiente online. 

“Isso garante muita agilidade e otimização dos trabalhos, uma vez que elimina a necessidade de digitar os dados referentes à venda em dois sistemas distintos”, ressalta Zanini. O executivo lembra, ainda, que a solução de gestão é eficaz também para que a própria companhia organize seus processos. “Neste sistema, a atividade seguinte só é realizada se a anterior tiver sido realizada corretamente. Isso elimina erros, integra as áreas e coloca todas as atividades administrativas da empresa em ordem”. 

A solução gestão compacta mantém o controle de todo produto que entra e sai da empresa, evitando desperdícios de compras ou produtos estocados por muito tempo. Outro fator importante é o calculo automático de comissões de vendedores que no sistema é mantido em controle com o valor válido para cada venda.

Fonte: TI Inside

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O professor favorito de Bill Gates

Sempre admirei pessoas empenhadas em ajudar os outros. E como acredito na máxima de que "é mais importante ensinar a pescar do que dar o peixe", vejo com bons olhos iniciativas que proporcionem melhorias no ensino de crianças e adolescentes.

O artigo abaixo foi publicando na revista Pequenas Empresas Grandes Negócios e conta como o indiano Salman Khan tem ajudado gratuitamente os estudantes no aprendizado de matérias áridas como matemática, física e biologia.
Robyn Twomey/Corbis Outline
Salman Khan, fundador de uma escola virtual frequentada por 200 mil estudantes

Durante o Festival de Ideias de Aspen, nos Estados Unidos, diante de duas mil pessoas, Gates deu a Salman Khan, 33 anos, o apoio que qualquer empresário adoraria receber. Depois de refletir sobre o que ele chamou de "inacreditável má alocação" de recursos que deveriam ir para a educação, Gates elogiou as "incríveis" aulas de 10 a 15 minutos da ONG Khan Academy (khanacademy.org), um vasto tesouro digital de mini palestras grátis, que "tenho usado com meus filhos". Rory, de 11 anos, continuou Gates, é fã dos vídeos de álgebra e biologia da escola virtual de "Sal".

Com admiração e surpresa, a segunda pessoa mais rica do mundo comentou ainda que o professor "era um corretor de investimentos que ganhava muito dinheiro". Hoje, disse Gates, "eu diria que avançamos cerca de 160 pontos de QI da categoria fundo de investimentos para a categoria 'ensinar muitas pessoas de maneira alavancada'. Foi um bom dia aquele em que sua mulher concordou que ele deixasse o emprego". Khan nem sequer estava lá - ele soube do elogio de Gates por meio de um vídeo no YouTube. "Foi realmente bacana", comentou o rapaz, um articulado mestre em administração de empresas por Harvard e ex-administrador de fundo de investimentos.

Em uma casa de campo simples, junto à estrada principal do Vale do Silício, em um closet reformado, cheio de prateleiras e equipamentos de vídeo que valem algumas centenas de dólares, sobre o tapetinho vermelho de seu bebê, fica o epicentro do terremoto educacional que cativou Gates e outros. É ali que Khan produz aulas on-line de matemática, ciência e uma série de outros assuntos que o transformaram em uma sensação na web.

A Khan Academy, da qual Khan é o único professor, aparece no YouTube e em outros lugares e é sem dúvida o site educacional mais popular da internet. A lista de Khan de 1.630 aulas ou "tutoriais" (na última contagem) hoje é vista em média 70 mil vezes por dia - quase o dobro do número de alunos de Harvard e Stanford somados. Desde que ele começou suas aulas, no final de 2006, a academia recebeu 18 milhões de visitas únicas em todo o mundo, incluindo os filhos de Gates. A maioria dos visitantes era dos Estados Unidos, seguidos de Canadá, Inglaterra, Austrália e Índia.

Khan diz atingir cerca de 200 mil estudantes. "Não existe motivo para que não sejam 20 milhões." Suas aulas simples, em tom de conversa - o rosto de Khan nunca aparece e os espectadores só veem os esquemas e diagramas simples, passo a passo, em um quadro-negro eletrônico -, são mais que um exemplo de mídia viral distribuída para o universo por baixo custo. A Academia Khan encerra a promessa de uma escola virtual: uma transformação educacional que despreza as salas de aula, os campus e a infraestrutura administrativa, e até os professores de grife.

O aprendizado a distância e os cursos por correspondência existem desde a invenção dos correios. E há muitas escolas particulares e comerciais; a Universidade de Phoenix, no Arizona, tem meio milhão de alunos matriculados, a maioria deles on-line. Outras operações particulares, como a Teaching Co., são especializadas em reunir "grandes cursos" de professores conhecidos nacionalmente: o de "Teoria dos jogos na vida, nos negócios e mais", de um astro acadêmico, custa US$ 254,95 em DVD.

O que é notável na Academia Khan, além de sua publicidade boca a boca e de seu rápido crescimento, é que ela é grátis e valoriza a concisão. Lembra-se de seu professor de macroeconomia que resmungava durante 50 minutos em um grande auditório, capaz de entediar os mortos? Esse não é Khan. Ele raramente faz gracinhas - se você quiser diversão, verifique Darth Vader tentando ensinar geometria euclidiana no YouTube ("O teorema de Pitágoras é o seu destino!"). Mas, em menos de 15 minutos, Khan é capaz de chegar à essência do assunto que ele já vasculhou.

Os críticos on-line questionam se é apenas um amador que está transformando o aprendizado em McNuggets pedagógicos. Mas enquanto você obviamente não aprende cálculo em uma aula - o assunto é dividido em 191 partes, que não incluem outras 32 de pré-cálculo -, os componentes de Khan parecem atingir o ponto perfeito em extensão e conteúdo. Ele cobre um leque surpreendente. Lá estão os temas básicos da matemática - aritmética, geometria, álgebra, trigonometria, cálculo e estatística - e as ofertas científicas de praxe, como biologia, química e física. Mas Khan também dá aulas de Economia de uma Fábrica de Bolinhos, Guerras Napoleônicas e o Instigador Cerebral da Abdução Alienígena.

Khan encontra vários céticos sobre o trabalho que vem fazendo no setor de educação. Eles não duvidam de que ele seja bem intencionado e esteja ajudando estudantes, mas questionam o impacto mais amplo de qualquer curso que não teste o desempenho ou permita a discussão cara a cara entre aluno e professor. "É um sólido recurso suplementar, especialmente para alunos motivados", diz Jeffrey Leeds, presidente da Leeds Equity Partners, a maior empresa americana de capital privado especializada em educação com fins comerciais. "Mas não é uma academia - a iniciativa dele está mais para biblioteca", observa. Mas Khan não pretende nada menos que "dezenas de milhares" de tutoriais oferecendo o que chama de "a primeira escola virtual de classe internacional gratuita, onde qualquer um pode aprender qualquer coisa."

Como muitas epifanias empresariais, a de Khan ocorreu por acaso. Nascido e criado em Nova Orleans - filho de imigrantes da Índia e do atual Bangladesh -, Khan foi durante muito tempo um astro acadêmico. Além do mestrado em administração por Harvard, ele tem três diplomas do MIT: um de matemática e um diploma e mestrado em engenharia elétrica e ciência da computação. Também foi presidente de sua classe no MIT e professor voluntário na Brookline, ali perto, para crianças talentosas, assim como desenvolveu um software para ensinar crianças com déficit de atenção. O que não sabe, ele pega em leituras e reflexões intermináveis: seu dom, como o de muitos professores, é a capacidade de resumir o que é complexo. "Parte da beleza do que ele faz é sua consistência", diz Gates. Sobre a capacidade de Khan de ensinar, Gates, que diz passar um tempo considerável ajudando seus três filhos a aprender o básico da matemática e da ciência, disse à Fortune: "Eu o invejo um pouco".

No verão de 2004, quando ainda morava em Boston, Khan soube que sua prima Nadia, aluna da sétima série em Nova Orleans, tinha dificuldades no curso de matemática para converter quilos. Ele concordou em ensiná-la remotamente. Usando o software Yahoo Doodle como um bloco de notas compartilhado, além de um telefone, Nadia melhorou tanto que Khan começou a trabalhar com seus irmãos, Ali e Arman. A notícia chegou a outros parentes e amigos. Khan escreveu geradores de problemas em linguagem JavaScript para manter um suprimento de exercícios práticos. Mas, entre seus treinos de futebol, o emprego e diversos fusos horários, ficou impossível coordenar tudo. "Comecei a gravar vídeos no YouTube para eles assistirem quando pudessem", lembra Khan. Outros usuários se sintonizaram e estava criado o projeto da Academia Khan.

Khan continuava trabalhando para o pequeno fundo de investimentos no qual havia entrado depois de Harvard, o Wohl Capital Management. Ele disse que tirou "menos de US$ 1 milhão" antes que o fundo sediado no Vale do Silício naufragasse, e por um breve período, em meados de 2008, criou seu próprio fundo, que não decolou realmente por causa da crise financeira ("Eu o chamei de Khan Capital", ele diz, "mas nunca foi muito além do Capital do Khan", brinca ele). Ele usou seu pé-de-meia para comprar uma casa com sua mulher, Umamia, que é bolsista em reumatologia na faculdade de medicina de Stanford, e também parte como reserva quando desistiu da carreira nos investimentos. Em um dia comum, ele grava algumas aulas, responde a posts de seus alunos, telefona para especialistas quando empaca na explicação de um conceito e examina indagações de potenciais investidores curiosos.

Ele afirma que não se interessa por monetarizar sua operação, cobrando matrículas ou vendendo anúncios. "Já tenho uma linda esposa, um filho hilário, duas motos e uma casa decente", declara em seu site. Mas isso não deteve as doações, sendo a mais notável a de John Doerr, o capitalista de risco do Vale do Silício, e de sua mulher, Ann. Há pouco tempo chegou pelo PayPal uma doação de US$ 10 mil para o site (um presente típico é de US$ 100). Khan mandou um e-mail para a doadora. Seu nome era Ann Doerr. Ele conhecia um John Doerr, mas pensou que fosse um nome comum. Mandou um e-mail de agradecimento e ela sugeriu um almoço. Quando se conheceram, Ann Doerr disse a Khan que não podia acreditar que a maior doação fora a dela. "Adoramos o que você está fazendo." Quando ele chegou em casa, encontrou uma mensagem de Ann: "Você tem US$ 100 mil no correio". Khan está usando esse dinheiro para pagar um salário para si mesmo. Mais tarde ele conheceu John Doerr e, de lá para cá, conta com o casal para conhecer outras pessoas no meio filantrópico.

Em julho, a academia recebeu mais US$ 100 mil - de John McCall Mac-Bain, um empresário canadense que fez fortuna no setor editorial. "Se eu tivesse US$ 1 milhão", diz Khan, "financiaria o desenvolvimento de software de conjuntos de problemas automatizados e traduções dos vídeos". Bill Gates, cuja fundação gasta US$ 700 milhões por ano em educação nos Estados Unidos, pretende conversar com Khan em breve.

Posted via email from Ramon E. Ritter

domingo, 17 de outubro de 2010

Lei sobre Crimes Digitais voltou a Tramitar na Câmara dos Deputados


O polêmico Projeto de Lei sobre crimes digitais (PL 84/99), mais conhecido pelo PL do Azeredo, em alusão ao senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor de um substitutivo que tornou a tipificação de uma série de crimes no mundo virtual ainda mais rigorosa durante a passagem pelo Senado, voltou a tramitar na Câmara dos deputados. Desde agosto, duas comissões _ a de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) _ já votaram a favor de sua aprovação. Mas na CCJC o relator, deputado Regis de Oliveira (PSC-SP), acrescentou novo substitutivo modificando a redação de muitos dos 21 artigos do Capítulo IV, que trata do Código Penal e em vários artigos polêmicos do capítulo V, entre outros.



Entre as principais modificações estão alterações significativas no artigo 22 do capítulo V, que trata da responsabilidade dos provedores de acesso no fornecimento de informações para apuração de crimes, que passa a responsabilizar também os prestadores de serviço de conteúdo (servidor webmail, homepage, etc) e a sugestão de que a obrigatoriedade da que a requisição judicial se aplique somente para dados sensíveis – a própria informação, e não quanto aos cadastros.

No texto do substitutivo, o deputado Regis de Oliveira justifica as modificações como forma do texto do projeto passar a "estar na mais perfeita consonância com o ordenamento jurídico vigente, proporcionando assim os meios necessários a criação da legislação necessária para o combate dos delitos perpetrados por meios eletrônicos", diante de novas condutas, como phishing scam e hoax, muito utilizados em ações de engenharia social relacionadas às fraudes bancárias e financeiras.

"Hoje são inúmeras as possibilidades de 'ganho fácil' para os criminosos digitais, principalmente porque, a maior parte de suas vítimas não são afetas ao uso adequado dos recursos computacionais que diariamente utilizam, tornando-se assim presa fácil numa batalha feroz travada numa arena digital", diz o texto do substitutivo

O deputado lembra ainda que as estatísticas revelam que o Brasil é o País com o maior número de “crackers” especialistas no mundo, sendo relevante o fato da imprensa anunciar que o Brasil é o país onde se dá o maior número de ataques a páginas Web, e isto acontece porque a sensação de impunidade leva o infrator à certeza que mesmo que seja apanhado, dificilmente será condenado, pois, não havendo leis específicas, a analogia não pode ser empregada no campo do direito penal.

E recomenda que o Brasil subscreva a Convenção de Budapeste, abarcando todas as hipóteses do que lá se contém (acesso ilegal, atentado à integridade dos dados, atentado à integridade do sistema, abuso de dispositivos, falsificação informática, fraude informática, pornografia infantil e infrações à propriedade intelectual e aos direitos conexos), incondicionalmente, inserindo-se imediatamente no sistema legal brasileiro as regras procedimentais lá previstas, com a possibilidade da busca e apreensão de dados informáticos, salvaguarda de informações etc..

Dessa forma, o deputado inclui no Capítulo IV o artigo 285-A, que trata do acesso mediante violação de segurança, rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, protegidos por expressa restrição de acesso, crime este punido com pena de reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Se o autor do crime se valer de nome falso ou da utilização de identidade de terceiros para a prática do crime, terá a pena é aumentada de sexta parte.

Segundo Regis de Oliveira, a redação deste artigo preenche lacuna e harmoniza-se com a Convenção de Budapeste. É a ‘invasão de domicílio eletrônico’ que o Direito Italiano contempla. Só que lá se inseriu um singelo parágrafo no artigo referente à invasão, equiparando o sistema informático a casa.

No artigo 22 do capítulo V, também em função da Convenção de Busdapeste, o deputado propõe que se atribua responsabilidade apenas aos provedores de acesso a um sistema informático, mas também aos prestadores de serviço de conteúdo (servidor webmail, homepage, etc). "Seria extremamente prejudicial às investigações de crimes cibernéticos tal lacuna em nosso ordenamento jurídico, pois na maioria dos casos investigados somente alcançamos os “dados de acesso” (tráfego) após as informações prestadas por fornecedores de serviço de conteúdo. (..)Deve ficar claro na legislação que os prestadores de serviço (acesso e conteúdo) devem adotar todos os esforços para possuírem os meios tecnológicos conhecidos para cumprimento das obrigações previstas no artigo 22, sob pena de esvaziamento desta disposição", diz o texto.

Significa que além do provedores, prestadores de serviço de conteúdo passariam a ser obrigados a manter em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de três anos, com o objetivo de provimento de investigação pública formalizada, os dados de endereçamento eletrônico da origem, destino, hora, data e a referência GMT da conexão efetuada por meio de rede de computadores e fornecê-los exclusivamente à autoridade investigatória e o Ministério Público mediante requisição.

Na justificativa Regis de Oliveira alega que "A requisição de informações cadastrais somente mediante requisição judicial é muito radical. A ordem judicial deve contemplar o próprio conteúdo da informação – o dado sensível e não a informação cadastral, como corolário do disposto no art.5º, XI, da CF.  Na vida prática, fora a rede, quando um ônibus atropela alguém e a respectiva placa é anotada, a Autoridade Policial não necessita solicitar ao Juiz de Direito que determine a remessa do dado cadastral (de quem dirigia o coletivo etc.).

Por isso o deputado sugere que a requisição judicial seja exigida somente quanto ao dado sensível – a própria informação, e não quanto aos cadastros. E, no artigo seguinte, recomenda que a informação sensível somente é entregue mediante requisição judicial, mas que a sua manutenção possa ser feita pela Autoridade Policial e pelo Ministério Público, a fim de não se dilua, dada a volatilidade do dado informático.

Clique aqui para ver a íntegra do substitutivo no fim do documento.

Fonte: IDG Now

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Nota Fiscal Eletrônica: uma bomba que já começou a explodir

Faz algum tempo que trabalho com a NF-e e faço várias palestras por todo o Brasil nas quais sempre digo a mesma coisa: “Cuidado, não é só emitir o DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica). A emissão é o início de um enorme processo. Proteja a sua empresa”. Como funcionava antes da NF-e? Basicamente o processo se resumia a emitir a nota, enviar uma via para o contador, outra com a mercadoria e pronto. Essa cultura é tão forte nas empresas que o mesmo processo tem persistido mesmo com o advento da NF-e. Este é o início de todos os problemas. A legislação da NF-e é muito ampla, encadeada com outras regras, instruções, atos, protocolos e apenas uma pequena parte dela está sendo cumprida pelas empresas, em geral, de forma precária.

O anseio das empresas por vender e emitir a nota é tão grande que todo o resto fica de lado basicamente por duas razões: a primeira, porque a empresa, contadores e o fornecedor de sistemas de fato se atentaram somente à emissão. Além disso, todos desconhecem ou omitem os detalhes encadeados. Essa última razão é o grande combustível dessa bomba chamada NF-e, que cedo ou tarde vai explodir. As consequências disto já começaram a aparecer e, claro, de forma não agradável. Já vi empresas que descobriram estar emitindo incorretamente a NF-e há muito tempo, que vinham lesando os seus clientes com erros não intencionais, que vinham descumprindo e ignorando a lei sem saber, que estavam sendo lesadas, vitimadas por emissões fraudulentas ocasionadas em fornecedores que chegavam a cancelar as notas na calada da noite, entre dezenas de outros problemas típicos.

Nos últimos 60 dias fizemos uma pesquisa com cerca de 500 empresas em todo o Brasil. Apenas 5% delas sabiam que no dia 1º de janeiro de 2011 o modelo de emissão eletrônica mudaria por completo. A metade delas já estava quase preparada e a outra metade ainda não recebeu uma sinalização do fornecedor sobre o que deverá ser feito. Nenhuma empresa estava totalmente pronta, o que nos admira, visto que a norma foi publicada no Diário Oficial da União no inicio desde ano. Das empresas pesquisadas apenas 1% recebia, conferia e armazenava eletronicamente as notas enviadas por fornecedores, mas nenhuma verificava se a NF-e viria a ser cancelada dias depois. A pesquisa mostrou, ainda, que 53% das empresas só tinham uma forma de emissão do documento eletrônico, 12% possuíam duas formas, 6% contavam com três e 1,5% dispunham das quatro formas previstas na legislação. As demais não souberam informar.

Muitas dessas empresas vinham utilizando sistemas diversos de emissão de NF-e sem qualquer atualização há muito tempo porque o fornecedor desapareceu ou não informou que haveria atualizações necessárias. Houve casos também em que o sistema foi desenvolvido internamente e a equipe responsável desativada. Também percebemos que muitos fornecedores de sistemas sequer sabem da existência da NF-e 2.0, os poucos que sabem já avisaram os seus clientes que não atenderão essa nova demanda legal, por causa da complexidade técnica, deixando então os seus clientes desamparados. Observamos apenas um pequeno grupo de fabricantes de sistemas de NF-e que incluíram em suas atualizações as alterações da NF-e 2.0 ou que fizeram parcerias com outras empresas para manter os seus clientes no ar.

O resultado de tudo isso é que agora se fala em “Bug Fiscal do Milênio”. Em 1º de janeiro as empresas vão parar caso os seus sistemas não sejam atualizados. Aliás, não se trata de uma simples atualização: mais informações devem ser enviadas para a Secretaria da Fazenda, todo o modelo de comunicação foi melhorado, os endereços dos Estados mudarão e muitas outras regras entrarão em vigor. Para evitar surpresas é preciso buscar garantias com o seu atual fornecedor de sistemas de NF-e:

1- Exija em contrato a garantia de entrega de todas as atualizações legais e técnicas. A NF-e 2.0 é basicamente uma atualização técnica e de implementação não tão rápida.
2- Exija o cumprimento de toda a legislação encadeada da NF-e, não somente a obediência ao Manual de Integração, o que quase 90% dos fabricantes fazem. Isso só atende uma pequena parte da legislação.
3- Se preocupe em enviar eletronicamente o XML para o seu cliente e disponibilizá-lo para download. Nove entre dez empresas não cumprem essa obrigação.
4- Receba eletronicamente as notas dos seus fornecedores, faça a conferência e verifique se ela foi cancelada. Ela ainda deve ser armazenada por no mínimo cinco anos. Praticamente ninguém faz isto.
5- Tenha certeza de estar emitindo eletronicamente caso esteja obrigado. Do contrario você está vendendo sem nota.
6- Verifique se o seu fornecedor é obrigado a emitir a NF-e para evitar comprar sem nota.
7- Existem quatro formas de emitir uma NF-e e todas devem estar disponíveis.
8- Há Estados com regras específicas que não podem ser ignoradas.
9- Negocie com o fornecedor de sistemas um acordo de nível de serviço (SLA) fiscal, com responsabilidade quanto à obediência da legislação, paradas de faturamento, notificações, fraudes, etc.

Se a bomba ainda não explodiu para você, faça algo antes que seja tarde demais. Chame o seu atual fornecedor de sistemas de NF-e e pressione-o a fazer com que você cumpra a lei, que a sua empresa não seja fraudada, que não vitime clientes com erros, que o seu faturamento não seja interrompido. Caso ele não consiga te ajudar, faça o que for preciso para se proteger. Lembre-se que não existe legal pela metade, ou se cumpre a lei ou não.

Fonte: TI Inside. Autor: José M. C. Barbosa, Presidente da MobiOn Tecnologia.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Google testa carros que dispensam o motorista

O Google está desenvolvendo um software para que os carros possam se locomover sem a necessidade de um motorista.

Para empreitada, a empresa contratou engenheiros da DARPA (Defense Advanced Research Projetcs Agency), entidade governamental que realiza pesquisas para fins militares e que organiza corridas com veículos autônomos. Um teste com o novo software foi realizado em seis Toyota Prius e um Audi TT, com resultados bem-sucedidos, uma vez que os sete veículos percorram 140 mil milhas.

Os carros usam uma combinação de câmeras de vídeo, sensores de radar e um telemetro guiado por laser, para analisar o tráfego e detectar pedestres. Enquanto isso, mapas detalhados permitem que o carro vá até o seu destino.



O software também ajusta automaticamente a velocidade do carro, de acordo com o limitepara a área que ele percorre. Além disso, os carros são sempre acompanhados por um condutor que pode assumir, se necessário.

"Atualmente, estamos trabalhando na segurança do carro e e na eficiência da condução. Nosso objetivo é ajudar a evitar acidentes de trânsito, proporcionando mais tempo às pessoas, além de reduzir as emissões de carbono por mudar fundamentalmente o uso do carro", afirmou o Google em um blog.

A gigante das buscas, disse que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1,2 milhão de vidas são perdidas a cada ano em acidentes automobilísticos pelo mundo.

"Acreditamos que nossa tecnologia tem o potencial de reduzir esse número, talvez até pela metade. Também estamos confiantes de que os carros de auto-condução vão transformar a partilha do automóvel, reduzindo significativamente o uso dos mesmos".

Fonte: PC World

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Agência abandona site e se muda para o Twitter


Seria possível ter um site inteiro dentro de uma rede social? Aqui no Brasil, isso já foi feito pela agência Africa - que transferiu todo o seu conteúdo para o Facebook -, mas a social media da vez é mesmo o Twitter, então por que não se mudar para lá? Foi justamente essa a ideia da agência argentina Kamchatka.

A Kamchatka criou uma conta no microblog e, em apenas dois tweets, resumiu tudo aquilo que geralmente contém nos sites. O primeiro post atua como se fossem botões, com tópicos no estilo “quem somos”, “cases” ou “contatos” e o segundo mostra um vídeo explicando como funciona a ideia.

A migração só foi possível graças ao novo Twitter, que permite a visualização de outros perfis na barra que se estende à direita da timeline. Cada tópico corresponde a uma nova conta, então quando a pessoa clica uma aba se abre e revela mais tópicos. O novo layout do microblog também possibilitou a visualização de mídia, então a agência pode publicar seus cases e o internauta consegue conferi-los sem ter de sair do Twitter.

Veja como acontece: 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Como funciona a Cobrança Judicial nos Condomínios


Inadimplência é sempre um assunto delicado e recorrente. Na maioria das vezes, o atraso das taxas condominiais acontece devido a um problema financeiro inesperado, como a perda do emprego. Porém, isto acaba gerando problemas nas contas do condomínio, que tem despesas fixas todo mês. Quando não existe acordo quanto ao pagamento, há várias maneiras legais de se cobrar uma dívida, seja de forma judicial ou extrajudicial.

Quando não se chega a um acordo, o jeito é ir para a esfera judicial. Os trâmites processuais podem levar um ano ou mais, dependendo de cada caso, mas o pagamento da dívida sempre está assegurado, mesmo que seja necessária a venda do imóvel da família.
Os condôminos inadimplentes ficam sujeitos à cobrança judicial da dívida conforme previsão do artigo 275, inciso II “b” do Código de Processo Civil. A cobrança pode ocorrer logo após o primeiro mês de inadimplência, com a aplicação de multa de 2%, juros de 1% ao mês e correção monetária, ou o convencionado em cada condomínio.

Para o ingresso com a ação judicial de cobrança é necessário que o condomínio demonstre a situação de inadimplência do devedor. Também é necessário juntar a ata da Assembleia Geral de condôminos que aprovaram as despesas do período cobrado e outros documentos como ata de eleição do síndico e uma procuração do síndico para o advogado que representará o condomínio.

“A falta de pagamento das taxas condominiais afeta a todos em um condomínio. A solução exige eficiência administrativa e competência jurídica. Em último caso, protesto ou ação judicial”, destaca o advogado da CondoMais Advocacia de Goiânia, Victor Marcondes.

Execução

Marcondes esclarece ainda que para a execução judicial, o condomínio, representado pelo síndico ou administrador deve buscar advogados que possuam conhecimento aprofundado, com experiência comprovada, para particularizar os procedimentos, utilizando de ferramentas jurídicas eficazes que possam garantir o recebimento integral das taxas condominiais em um curto período.

Assim, há, em uma ação de cobrança de taxa condominial, duas fases distintas. Na primeira o advogado entra com o pedido, prossegue com a resposta do devedor, a instrução com a coleta de provas se necessário até a decisão do juiz (sentença judicial).

Na segunda fase, com base em uma sentença judicial condenatória, o Estado determinará o bloqueio de dinheiro em contas bancárias ou penhora de bens, avaliação e venda em hasta pública dos bens penhorados até a entrega da quantia devida ao credor.

“As taxas condominiais devem ser pagas pontualmente não apenas pelo medo do protesto ou da ação judicial, mas sim pela conscientização dos devedores do grande desequilíbrio financeiro causado nas contas do condomínio, que impede a continuidade de serviços essenciais e compromete a manutenção e segurança de todos os condôminos, inclusive do próprio devedor e seus familiares”, completa Marcondes.

Protesto em cartório
Muitos estados tem leis específicas que permitem que os síndicos e administradores protestem condôminos inadimplentes em cartório. O protesto é um dos recursos utilizados antes da cobrança judicial e pode resolver o problema.

Para o especialista em direito imobiliário do escritório Innocenti Advogados Associados, Plínio Ricardo Merlo Hypólito, o fato de o condômino ter o nome protestado implica na não necessidade de levar o caso à esfera judicial, já que o protesto bloqueia o crédito do devedor no mercado. “A possibilidade do protesto facilitou o recebimento das dívidas pelos condomínios, abrindo um caminho paralelo à tradicional ação de cobrança judicial. O receio de ter o nome protestado e, consequentemente, o crédito cancelado alertou os devedores”, aponta Plínio.

A solução de protesto tem se tornado popular no estado de São Paulo, onde os tribunais especiais cíveis não aceitam ações de cobranças dos condomínios. Nesse estado a cobrança tem que ser feita na justiça comum que é mais lenta.

Mas é preciso ter cuidado redobrado antes de protestar um condômino a fim de evitar que o condomínio tenha que indenizar o inadimplente por danos morais. Em primeiro lugar deve-se garantir que o que esta sendo cobrado esta correto e é inquestionável e depois, que a pessoa que esta sendo protestada é de fato o proprietário do imóvel. Mesmo com essas medidas, o condomínio corre riscos.

Acordos extrajudiciais
Os advogados dos condomínios podem buscar um acordo entre as partes envolvidas para evitar a ação judicial e, assim, economizar tempo e dinheiro para ambas. São os chamados acordos extrajudiciais.

Nesta etapa entra em ação a diplomacia e o uso de ferramentas como cartas de notificações e plantões de cobrança, conciliação e mediação, centrais de atendimentos e equipes especializadas em cobranças.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

10 Maneiras Baratas de Divulgar Sua Empresa

Por Joanna L. Krotz *

Muitos donos de pequenos negócios pensam que a publicidade é como ir ao dentista: algo que você só precisa fazer a cada seis meses. Mas, quando a publicidade é contínua e focada, os negócios ficam mais fáceis. Se os possíveis clientes tiverem uma visão positiva dos seus produtos e da sua reputação antes de você ligar para eles ou antes de eles começarem a comprar, você tem muito mais chances de fechar uma venda.
Outra novidade a respeito da publicidade permanente é que ela não está presa a uma etiqueta de preço. Trata-se apenas de mandar a mensagem certa para a pessoa certa na hora certa.
Aqui estão dez ideais para fazer isso… Sem gastar muito.
1. Faça os clientes se sentirem especiais. Os clientes gostam de ser reconhecidos, especialmente nos dias de hoje, em que tudo é rápido e “pelo menor preço”. “Mesmo com empresas na internet, é possível prestar um bom atendimento ao cliente”, diz Denise McMillan, dona de uma loja on-line. McMillan inclui um pequeno sachê com cheiro de rosas em todas as sacolas de jóias ou lingerie que ela vende e também envia uma carta de agradecimento escrita à mão. “O sachê e a carta custam alguns centavos, mas acrescento algo especial à compra”, ela afirma.
2. Crie cartões que os clientes queiram guardar. A maioria dos cartões de visita é descartada algumas horas depois de uma reunião. Em vez de ter seu cartão jogado fora, crie um que as pessoas realmente usem, como um bloquinho de anotações com suas informações de contato em todas as páginas. O bloco de anotações é consultado quase todo dia, guardado por 30 dias, mais ou menos, e deixa uma lembrança forte.
3. Pare de atender clientes que não dão lucro. Se essa ideia lhe dá arrepios, pense melhor. Você caiu na mentira de aumentar as vendas em vez de alavancar os lucros. Se você parar de atender clientes que não dão lucro, você tem mais tempo e recursos para clientes que realmente podem ajudar sua empresa a crescer. “Provavelmente, 20% dos seus clientes estão contribuindo para de 150% a 200% do lucro anual total; 70% não dão lucro e 10% custam de 50% a 100% do seu lucro”, afirma o consultor Michael King. Analise bem os dados de lucratividade dos seus clientes e, depois, direcione serviços especiais e propagandas para aqueles que importam.
4. Crie uma lista de contatos por e-mail e mande cartas pelo correio. A maioria das empresas aproveita o poder dos e-mails e você também deve enviá-los. É muito econômico. Porém, já que o e-mail de marketing está em todos os lugares, você pode se destacar se enviar, de vez em quando, cartas pessoais pelo correio para clientes antigos e possíveis clientes. Apenas tenha certeza de que essas cartas trazem algo que os clientes querem ler, como uma análise de eventos recentes na sua área, ofertas especiais ou um agrado personalizado (um desconto na próxima compra, por exemplo). Essa correspondência tem que ter valor para quem lê, para refletir o valor dos seus produtos. Lembre: a melhor maneira de vender é divulgar.
5. Participe de feiras e conferências. Você pode criar rapidamente folders interessantes com informações de contato, encartes com novidades sobre produtos ou um pequeno site sobre um evento, tudo isso com o Microsoft Office Publisher. Saiba como fazer folder aqui.
6. Combine os negócios com prazer… E solidariedade. Realize um evento, festa ou conferência por uma causa que você apoie. Isso traz a possibilidade de conhecer várias pessoas e exibe suas habilidades de liderança.
7. Crie um destino. Uma livraria com uma cafeteria dentro. Uma loja de móveis com profissionais para cuidar dos filhos dos clientes. Por quê? Para que os clientes passem algum tempo lá. Uma manhã de domingo na livraria torna-se uma agradável rotina de fim de semana, em vez de somente uma compra. Roube essa ideia. E essa dica também vale para a internet. Usando a publicidade do tipo “pague por clique” (você só paga pela propaganda se algum usuário clicar no link para o seu site), você pode atrair público para eventos ou ofertas, observa o consultor Jay Lipe.
8. Torne-se um especialista on-line. Essa é uma estratégia de “amostra grátis” para conquistar negócios. Pesquise listas de discussão por e-mail e bate-papos on-line relevantes para sua empresa e seus clientes. Participe de vários deles publicando comentários para resolver problemas ou respondendo a perguntas. Pode ser necessário fazer isso durante um tempo. Mas a recompensa aparece na forma de clientes e indicações.
9. Flerte com a mídia local. Reportagens geram mais credibilidade do que a publicidade paga. Para receber a cobertura da mídia local, seja do jornal, da TV, de estações de rádio ou jornais de comércio, você precisa de uma notícia nova e na hora certa. Geralmente, vale a pena contratar um profissional de relações públicas ou assessoria de imprensa. Ele conseguirá espaço para as notícias, irá atrás dos representantes de veículos de comunicação e enviará comunicados para a imprensa falando sobre sua empresa. Normalmente, isso pode ser feito por um curto prazo ou de vez em quando.
10. Por fim, não deixe os clientes escaparem. Faça um esforço para trazê-los de volta. Custa muito menos trazer de volta um cliente insatisfeito ou que não aparece há muito tempo do que atrair um novo. Se você não vê um cliente há algum tempo, mande um e-mail personalizado (esse processo pode ser automatizado) perguntando se está tudo bem. Para um cliente que passou por uma situação ruim, use o telefone, reconheça a situação e pergunte se há algo que você possa fazer. Um desconto também é bom. Ser gentil com os clientes é a propaganda mais inteligente e barata que você pode fazer.
* Joanna L. Krotz é especialista em marketing e gerenciamento para pequenas empresas. Ela é gerente da editora Muse2Muse Productions, de Nova York.

Carta de Correção Eletrônica e o fim do papel

A mudança profunda de comportamento que já está transformando a Era Pós Industrial em passado recente – por mais que muita gente ainda pense e trabalhe sob a égide de fases até mesmo mais antigas – tem esbarrado em momentos decisivos para o inevitável desapego ao papel. Um deles, sem dúvida, é amplo processo que envolve o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), um de seus principais elementos.

Com a chegada da CC-e (Carta de Correção Eletrônica), a quebra de paradigmas relacionada à migração das manifestações escritas e orais – normalmente as preferidas do brasileiro – , para o mundo da comunicação digital, novamente se encontra em momento delicado. Uma nova ferramenta, que está sendo colocada pelo Fisco à disposição dos parceiros comerciais para a regularização de transações comerciais com erros técnicos de procedimento, tem gerado diversas dúvidas nos contribuintes, embora sua implantação como evento da NF-e 2.0 esteja prevista apenas para os próximos meses.

O que já se pode tomar como certo, porém, é que as regras de validação da CC-e, tal qual ocorre com toda NF-e, na verdade são sumárias e não garantem a plena conformidade fiscal tributária da operação. Ou seja, uma CC-e poderá muito bem ser aprovada, mesmo que promova na transação comercial em si modificações incompatíveis com a legislação. Isso deixa mais do que evidente que tentar fazer com a CC-e o que muitos fazem hoje em relação à Carta de Correção em papel, ou seja, alterando indiscriminadamente qualquer campo do documento fiscal, poderá ser um péssimo caminho a seguir, pois na “Era do Conhecimento” o conteúdo não muda, mas sim o meio e a velocidade em que a informação é gerada e transmitida. 



Vale então, mais uma vez, lembrar aos empresários e contadores: a NF-e e, consequentemente, uma Carta de Correção que eventualmente a retifique, não muda em nada as normas fiscais e tributárias vigentes, mas apenas e tão somente a velocidade na propagação de erros e acertos. Afinal, os dados contidos no XML expressam toda a inteligência (ou não) de um negócio nos âmbitos fiscal, tributário, tecnológico, logístico, jurídico e contábil.

Deve-se levar sempre em conta, por exemplo, a existência de regras claras para a correção de documentos fiscais, instituídas pelo Ajuste Sinief 1/2007, de 30 de março de 2007, por iniciativa do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), colegiado do qual participam todas as administrações tributárias estaduais. Publicado em 4 de abril do mesmo ano pelo Diário Oficial da União, o dispositivo alterou o Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais, criado pelo Convênio s/nº, de 15 de dezembro de 1970, admitindo a utilização de Carta de Correção para erros cometidos na emissão de um documento fiscal, desde que as irregularidades a ser corrigidas não se relacionem a variáveis determinantes do valor de impostos e contribuições a serem recolhidos, ou ainda, a emitente, destinatário, data de emissão ou saída.

Uma vez bem assimiladas em sua essência, seja no quase histórico suporte papel, seja na nova realidade eletrônica que nos cerca, mudanças assim representam um avanço na relação Fisco-contribuinte, ao coibir tentativas de fraude e tornar mais rápida a correção de erros que, uma vez deixados sob o tapete, manteriam até mesmo o mais bem intencionado dos contribuintes à mercê de um preocupante e a cada dia mais oneroso passivo fiscal.

Fonte: TI Inside

Mega Sistemas: demanda aquecida na faixa das pequenas empresas

Com 25 anos de atividades, sede na cidade paulista de Itu e uma rede de 20 parceiros comerciais, a Mega Sistemas tem registrado um bom desempenho no atendimento da faixa composta pelas pequenas empresas. Desde a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), em janeiro do ano passado, houve um crescimento de 60% na demanda de sua solução Mega Small Business, software de gestão integrada (ERP) destinada essa faixa do mercado. Atualmente, a Mega Sistemas tem na sua carteira mais de 2 mil clientes. 

Esse avanço ocorre não obstante o fato de muitas empresas normalmente enfrentarem dificuldades por conta de orçamentos reduzidos para investir em tecnologia, observa Walmir Scaravelli, diretor comercial da Mega Sistemas. “Boa parte já percebeu que ter um bom ERP pode trazer ganhos substanciais”, diz. Segundo ele, no segmento das pequenas empresas, otimizar processos e evitar desperdícios pode ser determinante para o sucesso de um negócio. “Não se trata de custo, mas sim de investimento”, acrescenta. 

O executivo avalia que o processo de informatização do Fisco, no qual qualquer dado fiscal transmitido equivocadamente é facilmente identificado, gerando multas e sanções às companhias, tem sido um estímulo para que as empresas de pequeno porte busquem soluções tecnológicas. “Na maioria das vezes, as empresas não possuem uma estrutura contábil capaz de acompanhar as mudanças tributárias e, por isso, acabam incorrendo em erros que chegam a inviabilizar seus negócios”, ressalta. Composto por sete módulos (contábil, trabalhista, tributário, financeiro, patrimonial e controle de estoque e compras), o Mega Small Business é totalmente integrado às novas demandas criadas pelo SPED, afirma Scaravelli. 

Trata-se de uma evolução do sistema Omnium, comercializado desde 2000, só que para suprir a demanda de empresas que faturam até R$ 8 milhões por ano.

Fonte: TI Inside

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Incentivo fiscal para educação em TI

Oito meses se passaram desde que a Instrução Normativa nº. 986 - que funciona como um incentivo fiscal para a capacitação de profissionais na área de TI - entrou em vigência, e já podemos observar alguns desdobramentos dessa iniciativa. Para quem não se lembra como funciona este incentivo fiscal, ele permite que as empresas de Tecnologia da Informação (TI) ou Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), enquadradas no Lucro Real, possam excluir do seu lucro líquido os custos e despesas com capacitação de pessoal que atua no desenvolvimento de softwares. Isso significa que as despesas para treinamento de pessoal de desenvolvimento,em nível técnico, graduação e de pós-graduação possam ser abatidos do lucro da empresa antes da tributação do imposto devido - simples assim.

Outra vantagem trazida por esta norma é que o custeio de bolsa de estudo oferecida ao trabalhador que tenha vínculo empregatício com a empresa, também pode ser excluído, desde que o funcionário atue no desenvolvimento de softwares da empresa que será bene-ficiada. A exigência, neste caso, é que as instituições de educação sejam credenciadas e reconhecidas pelo Ministério da Educação ou por órgãos de educação estaduais ou municipais competentes. No caso dos cursos técnicos ou superiores, as unidades de ensino devem constar do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos ou do Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, elaborados pelo Ministério da Educação. As regras também valem para cursos a distância.

A contabilização das referidas despesas deve ser feita de forma individualizada, detalhando o gasto por funcionário e por instituição de ensino. E é exatamente neste ponto que as empresas de TI estão tendo problemas. Em virtude de uma norma de ordem cultural, normalmente a contabilidade das empresas brasileiras não atendem às recomendações internacionais - e mesmo nacionais - no que tange à contabilização de seus resultados. O que, via de regra, acarreta em discussões intermináveis com o Fisco. O incentivo fiscal contido na instrução normativa 986 tem dois aspectos sociais interessantes e imediatos: o primeiro deles é o apoio à capacitação profissional dos funcionários da empresa. E o segundo é a própria renúncia fiscal da União que reverte parte dos tributos devidos pelo contribuinte para a educação em uma área estratégica e que está em franco crescimento.

Não se sabe ainda ao certo o número de empresas que aderiram ao incentivo, já que a vigência da Portaria iniciou-se no ¬final de dezembro de 2009. Os impactos mais significativos devem ser sentidos até o final deste exercício. Contudo, já se tem notícias de empresas ¬fiscalizadas e que não contabilizaram de forma adequada os referidos gastos e, por tal motivo, sofreram alguma sanção administrativa. Apesar de ser um instrumento de incentivo muito interessante também do ponto de vista da relação empresa-colaborador, o fato é que se a empresa não for optante do Lucro Real e não estiver com a sua contabilidade organizada e bem estruturada, o tiro pode sair pela culatra, e a conta final pode sair bem salgada para a empresa.

Fonte: IT Web, por Luis Carlos Massoco *

* Luis Carlos Massoco (luis.carlos@massoco.adv.br) é advogado, especialista em Direito do Consumidor e Processo Civil e Mestre em Direito na Sociedade da Informação. Preside a Comissão de Direito na Sociedade da Informação da OAB-SP e escreve mensalmente em CRN Brasil.