quinta-feira, 30 de setembro de 2010

7 opções de financiamento para franquias

Apesar da taxa de mortalidade de uma franquia ser bastante baixa, o valor do investimento inicial costuma ser alto. De olho nesse mercado, alguns bancos oferecem linhas de crédito especiais para o setor.

Para a sócia diretora da Franchise Store, Filomena Garcia, os bancos privados estão começando a investir em áreas específicas para franquias em função do crescimento e do potencial do mercado. O setor deve crescer 18,7% neste ano em relação a 2009. Na quantidade de lojas houve um crescimento de 3,5%  no segundo trimestre e a expectativa para o terceiro trimestre é de um aumento de 5,6%.



Apesar de ainda pouco usado, a executiva lembra que usualmente esse crédito específico sai mais barato do que outro tipo de empréstimo. "Uma sugestão é financiar até 30% do investimento para abrir a unidade e entrar na operação com um capital de giro interessante", diz. Veja as condições de sete bancos nas próximas páginas.

BNDES

O BNDES empresta apenas por meio de outras instituições financeiras credenciadas e para projetos nacionais. Podem ser financiadas instalações novas e reformas, compra de máquinas ou equipamentos nacionais, informatização e publicidade para inauguração.

Além disso, uma parcela de capital de giro e a taxa de franquia podem ser financiadas em condições especiais dependendo do investimento. Existem duas opções oferecidas pelo banco. O BNDES Automático dá crédito a projetos com valor de até 10 milhões de reais, que pode ser renovado a cada 12 meses. Já o Finem é destinado a empreendimentos com valor igual ou superior a 10 milhões de reais.  A taxa de juros para o Finem, por exemplo, é o TJLP (taxa de juros de longo prazo), de 6% a.a., a remuneração básica do BNDES, de 0,9% a.a., a taxa de risco de crédito, que chega a 3,57% a.a. e a taxa cobrada pela instituição financeira que faz a intermediação.

Banco do Brasil

O BB franquia, programa do Banco do Brasil, é exclusivo para apoiar as empresas do segmento e oferece todos os produtos voltados para pessoas jurídicas, como linhas de empréstimos, financiamentos, investimentos, cartões, seguros e previdência. Algumas franqueadoras, como Arezzo, L´Occitane e MegaMatte, são parceiras do programa. Os empréstimos para capital de giro incluem, por exemplo, o BB Giro Rápido, com limite máximo de 120 mil reais e o BB Giro Empresa Flex, que tem custo entre 2,30% a 4,64% ao mês.

Entre os financiamentos para investimento, o BB oferece o BNDES Automático, o cartão BNDES e o PROGER Urbano Empresarial, que financia até 200 mil reais, com prazo de 72 meses e taxa de juros de 0,69% ao mês.

Banco do Nordeste

Desde o ano passado o banco tem uma estratégia de negócios exclusiva para franquias, o Nordeste Franquias. O financiamento conta com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, com juros a partir de 5,06% ao ano, prazos de até 12 anos e até quatro anos de carência.

O banco tem convênio com 87 franqueadores, entre eles 5àSec, Anna Pegova, Bebelu Sanduíches, City Shoes, Dr. Jardim, Eurodata e Fran´s Café. Em 2009, o banco liberou 1,7 bilhão de reais em créditos de curto e longo prazos para pequenas empresas. Para esse ano, a meta é oferecer 2,6 bilhões de reais em linhas de crédito para esse público.

Bradesco

A instituição oferece praticamente todos os serviços de pessoa jurídica para as franquias. Além de auxiliar o franqueador no controle e na ampliação da rede, o Bradesco tem dois tipos de crédito específicos para franqueados. O crédito para fluxo de caixa tem linhas para capital de giro, antecipação de recebíveis e o Compror franquias, para aquisição de mercadorias exclusivamente junto ao franqueador, por exemplo. Há outro pacote de linhas de crédito para financiar a taxa de franquia, a reforma ou ampliação, e outros bens.

Além do BNDES Automático e do Finame, é possível emprestar do cartão BNDES e através de leasing. No cartão BNDES a taxa de juros fica em torno de 0,97% ao mês.

Caixa Econômica Federal

O Caixa Franquias, programa da Caixa Econômica Federal, tem duas opções de linhas de crédito para implantação de franquias parceiras: o PROGER Investimento e o BNDES Automático. No primeiro, o banco financia até 400 mil reais, com taxa de TJLP+5%a.a, prazo de 48 meses e carência de até 6 meses.

No BNDES Automático a Caixa financia de 20% a 60% do investimento, dependendo da franquia, com valor máximo financiável de 10 milhões de reais, taxa TJLP+6,4%a.a e prazo de até 60 meses.

Foram contratados 133,8 milhões em crédito de janeiro a abril deste ano. Capital de giro, antecipação de receitas, financiamentos para investimentos, convênios e seguros são alguns serviços oferecidos pelo banco para quem já tem uma unidade em operação. Entre os franqueadores conveniados estão Bob’s, Casa do Pão de Queijo, Hering e Spoleto.

HSBC

O HSBC criou uma área específica para atender a demanda de franquias. Por enquanto, são quatro redes conveniadas: Bob´s, 5àSec, Subway e Wizard. Para os novos franqueados, será possível ter acesso a 60% do capital de giro inicial, com prazo de até 42 meses e seis meses de carência. As taxas de juros ficam abaixo de 2% ao mês. Outros serviços ainda devem ser disponibilizados, como antecipação de recebíveis. Em julho, o banco já tinha aumentado em  mais de R$ 3 bilhões as linhas de crédito para empresas com faturamento de até 20 milhões de reais.

Itaú Unibanco

No ano passado, o Itaú aumentou em 30% os clientes do segmento e em 39% a carteira de crédito oferecida para empresas desse setor. O Itaú Unibanco financia até 50% do total investido na abertura de uma nova unidade franqueada. O candidato deve dar como garantia os recebíveis do negócio ou o próprio patrimônio. Além de empréstimos para aquisição de franquias, equipamentos, estoque e financiamento do fluxo de caixa, o banco oferece linhas de repasse do BNDES, que podem ser usadas tanto na instalação da nova unidade quanto para a modernização, e o Compror Franquias, que ajuda a financiar os royalties ou produtos.

As taxas de juros não são divulgadas e variam conforme o relacionamento do cliente com o banco e as garantias oferecidas.

Fonte: Portal Exame (artigo escrito por Priscila Zuini)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

7 conselhos para não perder dinheiro no mercado


Quase todos os gestores de fundos de investimento têm o costume de se autoproclamarem conservadores ou cautelosos. É quase um código de conduta da função. Afinal, ninguém entregaria seu dinheiro a um profissional que promete investi-lo como um apostador de cassino. Mas poucos gestores possuem um discurso tão coerentemente cauteloso quanto Henry Gonzalez, sócio e chefe da área de investimentos da FRAM Capital, que administra cerca de 400 milhões de reais em 11 fundos. Em entrevista ao site EXAME, Gonzalez falou sobre seu estilo de investir. Os ensinamentos, no entanto, valem para qualquer investidor que tenha visão de longo prazo. Veja abaixo os principais trechos da conversa:

1 - Só troque a renda fixa pela bolsa se o potencial de ganho for alto. Eu só entro na bolsa se tiver a perspectiva de obter um retorno 5 pontos percentuais acima do que posso conseguir na renda fixa, onde o risco pode ser bem-calculado. No mercado acionário, qualquer investimento está sujeito a fortes oscilações. Se a bolsa cai 60% em um ano e um gestor entrega a seus clientes uma perda de só 50%, muita gente acha que ele fez seu trabalho direitinho. Eu acho que não. Acho que esse gestor deveria ter aconselhado o cliente a não investir em bolsa - mesmo que seu mandato só lhe permitisse comprar e vender ações. Pegando um caso bem real, hoje em dia é possível obter uma rentabilidade de 11% ao ano com títulos de renda fixa emitidos por empresas que apresentam boa capacidade de pagamento. Então eu só vou entrar na bolsa se achar que dá para ganhar ao menos 16% em um ano. Caso a expectativa de rendimento seja menor, eu fico de fora. E, especificamente neste momento, não estou muito otimista em relação a ganhar 16% com ações nos próximos 12 meses.

2 - Não tenha medo de perder uma oportunidade ou de parecer bobo. A maioria das pessoas que investe em bolsa parece ter muito mais medo de deixar uma oportunidade passar do que de perder dinheiro. Para mim, esses são investidores que têm medo de parecer bobos. Essas pessoas monitoram os fluxos de investimentos, sempre sabem onde está sendo aplicado o dinheiro e seguem esses movimentos de mercado quase que automaticamente. Quem investe dessa maneira é muitas vezes alertado que o pior pode estar para acontecer. Às vezes, os sinais do pior são visíveis. Quando justificava o excesso de crédito que levou à crise do subprime, o ex-presidente do Citigroup Charles Prince costumava dizer que "o banco dançaria enquanto a música estivesse tocando". Deu no que deu. O Citigroup quase quebrou.

Neste exato momento, tem muita gente comprando bolsa com a tese de que as empresas de países emergentes serão negociadas com um prêmio em relação às dos países desenvolvidos. A bolsa brasileira não está barata, mas os investidores justificam suas posições com o potencial de crescimento dos emergentes. O problema é que eu sempre desconfio dos cenários que parecem promissores demais para o Brasil. Desde a criação da Bovespa, as ações das empresas brasileiras nunca foram negociadas com prêmio em relação às americanas. Note que eu não estou dizendo que isso não possa acontecer. Só acredito que essa seja uma tese de investimento de risco elevado. Mas essa não é a percepção generalizada do mercado. A maioria das pessoas prefere comprar bolsa quando todo mundo enxerga tudo azul à frente. Foi assim em 2008. O pior momento para comprar a bolsa brasileira foi quando o país recebeu o grau de investimento das agências internacionais de rating. Muita gente entrou naquela época - e o mercado local nunca retomou aqueles patamares. Já o melhor momento para comprar bolsa foi logo que o Plano Collor foi anunciado em 1990. Mas ninguém parecia disposto a investir em ações nesse momento.

3 - Escolha muito bem a hora de tomar risco. Eu costumo comparar o investimento em certos ativos com um voo da Lloyd Aéreo Boliviano. Diante da necessidade de decidir entre comprar uma passagem de uma companhia aérea americana com uma boa reputação por 2.000 dólares e a de viajar o mesmo trecho em um avião da Lloyd por 1.000 dólares, muita gente não hesita em fazer a segunda opção. Para essas pessoas, o importante é economizar 1.000 dólares. Já em minha opinião, mesmo que o avião da Lloyd chegue intacto ao destino, a decisão correta seria a de comprar o bilhete de 2.000 dólares. Por quê? Porque esse é o tipo de risco que eu não quero correr. Então não vou me achar bobo por ter gastado mais que os outros. O que muitas vezes as pessoas não percebem é que existe a hora certa de tomar riscos. Quem investiu em imóveis há três anos em São Paulo ganhou muito dinheiro. Aquele era o momento certo de tomar risco, já que a possibilidade de perda era pequena e os preços ainda estavam muito baixos quando comparados aos de outros países. Não estou dizendo que quem investir agora não vai ganhar nada. Só não sei se o risco ainda vale a pena. O investimento em bolsa deve ser feito da mesma maneira.

4 - Procure sempre as empresas baratas. Em bolsa, o preço é muito mais importante do que a qualidade de uma empresa. Ninguém duvida da qualidade dos bancos brasileiros. Todos os sócios da FRAM Capital já trabalharam em algum momento no Santander. Alguns também conheceram por dentro outras instituições financeiras. Então sabemos como esses bancos são bem-administrados. Mas o que eu quero dizer é que isso não basta. Os grandes bancos são hoje negociados em bolsa por um valor equivalente a três vezes o patrimônio líquido. A rentabilidade dos bancos é muito boa quando comparada à das instituições estrangeiras. Tem banco que dá um retorno equivalente a 25% do patrimônio líquido, é difícil de achar isso fora do Brasil. O problema é que como o banco é negociado a três vezes o patrimônio em bolsa, o dividendo por ação não é tão interessante quanto parece e o potencial de valorização adicional desses papéis acaba sendo baixo. Outro exemplo é a Lojas Renner. É óbvio que a empresa vai se beneficiar do boom do consumo e da classe média brasileira. Mas eu não vou investir na Lojas Renner em um momento em que ela tem um valor de mercado que corresponde a um terço do da americana GAP [a maior varejista de roupas do mundo]. Muita coisa tem que sair conforme o esperado pelo mercado para que a Renner justifique esse valor. E talvez o risco de pagar para ver não valha a pena.

Neste momento, só vejo duas boas oportunidades na bolsa. No setor de telecomunicações, há preços interessantes [as ações da Brasil Telecom e da Oi estão entre as três maiores quedas do Ibovespa neste ano]. Dependendo de uma conclusão positiva da reorganização societária dessas empresas de telecom, há uma oportunidade de ganho com baixo risco de perda. Também olho com algum otimismo para o setor de energia, principalmente para as empresas que pagam bons dividendos, que foram um pouco esquecidas pelos investidores nos últimos meses. Mas eu não olho para fluxos na hora de investir. Eu vejo o risco de perder de dinheiro e o potencial de ganho e entro quando há uma assimetria.

5 - Não invista em setores historicamente problemáticos. Eu não tenho medo de parecer bobo por não tentar surfar no boom imobiliário brasileiro. No mundo inteiro, há muitas empresas de construção de casas populares. Mas nenhuma delas é centenária. Mesmo aquelas que muitos julgaram ser excelentes não resistiram em algum momento. Eu não estou dizendo que não dá para ganhar dinheiro com esse negócio. Mas acho que para um investidor de longo prazo, o risco elevado. A mesma coisa vale para as empresas aéreas. Na década de 60, havia um grande otimismo no mercado americano em relação a essas companhias. As projeções eram de que o setor aéreo dos EUA poderia crescer a taxas de 30% ou 40% ao ano por décadas. Ao final das contas, essas estimativas estavam certas e acabaram se concretizando. Mas, como investidor de longo prazo, praticamente ninguém ganhou dinheiro com as ações dessas empresas. Então esse é um negócio complicado. Exemplo semelhante são os frigoríficos brasileiros. E o mercado está comprando esses papéis por valores elevados neste momento.

6 - O Brasil é um ótimo lugar para investir em renda fixa. Não estou falando apenas dos juros altos. O Brasil já provou que é um pagador muito melhor do que as agências de rating dizem. Ninguém afirma que o Brasil é um pagador melhor que o México, mas eu acho que é. A sociedade brasileira já mostrou nos últimos anos que está disposta a honrar seus compromissos mesmo que para isso seja necessário cortar dinheiro da educação e da saúde. Olhe para a Grécia e veja se eles aceitam isso. Se o governo alemão não tivesse ajudado, os gregos não teriam reconquistado a confiança do mercado. E o juro pago hoje pelos títulos gregos não reflete esse risco. Os gestores parecem achar que haverá ajuda à Grécia sempre. Eu não invisto com base nesse tipo de tese cínica. Prefiro investir em renda fixa no Brasil, onde dá para obter ótimos retornos, principalmente com títulos longos de empresas médias.

7 - Não aposte na queda ininterrupta do dólar. Os preços cobrados por bens e serviços no Brasil já se assemelham ou superam os internacionais. Então até onde a moeda americana pode cair? Não estou dizendo que chegar a 1,60 real em algum momento, mas qual é o potencial de ganho que eu tenho para montar uma posição vendida em dólar? E qual é o risco de que em algum momento a moeda venha a reagir? Então eu não vejo uma grande oportunidade no câmbio. Acho que o dólar atingiu o fundo do poço em 2008 e 2009, nos dois momentos em que a quebra do Citigroup parecia uma ameaça real. Acho difícil que a moeda americana perca mais valor do que naquele momento. Na verdade, pensando no comportamento mundial do câmbio, acho que a tendência do dólar é para cima. Por esse motivo, também não vejo o investimento em commodities com muito otimismo. Historicamente, se o dólar se aprecia, as commodities caem, e vice-versa. Neste momento, até existe a tese de que a China vai comprar todas as commodities que outros países possam produzir, e os preços se mantêm altos. Mas eu que cheguei a negociar um barril de petróleo por 10 dólares quando trabalhei na tesouraria do Santander vejo riscos de perda nesse mercado que não consigo ignorar.

Fonte: Exame, por João Sandrini

Fiscalização eletrônica acaba com "jeitinho brasileiro" e aumento arrecadação de impostos

Os atuais sistemas de fiscalização do governo no Brasil são verdadeiros fiscais eletrônicos. Eles não deixam passar qualquer detalhe, deslize ou “esquecimento”, fazendo com que a fiscalização seja cada vez mais eficiente. E não apenas com o intuito de arrecadar impostos, taxas, tributos. O que poucas empresas tomaram ciência é que os sistemas de fiscalização vão muito além. Eles estão monitorando e coletando informações sobre o comportamento das companhias e cruzando dados em busca de fraudes ou operações ilícitas. 

O velho “jeitinho brasileiro”, portanto, está com seus dias contados. Não há mais espaço para processos manuais de controle nem para “conversas” com os fiscais. Estes estão sendo representados cada vez mais pela capacidade tecnológica do governo, que vem crescendo e se desenvolvendo aceleradamente, exigindo que empresas de médio e grande portes acompanhem essa evolução. E, pior, pode impor multas altíssimas aos desavisados. Portanto, ganhar esta competição é, na verdade, uma exigência com data marcada. De 1988 a 2005 foram geradas 183 mil novas leis, ou seja, 37 novas leis ou atos normativos por dia. Nessa época surgiram inúmeras empresas especializadas em soluções para as novas exigências. Práticas e processos que até recentemente não estavam na mira do Fisco passaram a ser previstos e monitorados. A ilegalidade está cada vez mais escassa. 

Processos como o SPED (Sistema Público de Escrituração Fiscal) e a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) tornam-se o espelho de detalhes para o Fisco observar e identificar o comportamento das empresas. As informações a serem prestadas sempre foram muitas. Mas agora esse número é ainda maior porque o governo busca saber a relação exata entre o que está sendo vendido, com o que está sendo comprado, se tudo está devidamente registrado na contabilidade quando comparada às movimentações de estoque/inventário, movimentações financeiras, fiscais, faturamento etc. Todos os dados das operações, quando cruzados, precisam estar de acordo com as exigências legais. Esse projeto de forma industrializada aumenta a arrecadação sem aumentar o imposto. O Estado sabe que aumentar os impostos é uma prática inviável, já que o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo (de quase 40%). 



Segundo dados da imprensa, em 2009 o total de impostos pagos alcançou R$ 1,1 trilhão no País, equivalente a 35% do Produto Interno Bruto (PIB). Nas últimas semanas, o impostômetro, ferramenta desenvolvida pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), passou a marca de R$ 500 bilhões no ano, 22 dias antes que a mesma marca em 2009. A previsão é que, até o fim de 2010, o total de impostos chegue a R$ 1,24 trilhão, 13% a mais que no ano passado e quase o dobro do crescimento do PIB em 2010, estimado em cerca de 7%. Com a redução do trabalho manual e conciliações visuais, hoje o Fisco atua em processos de inteligência, com regras pré-definidas de comparação e checagem. Cada informação é comparada com suas correspondentes em diferentes áreas da empresa. Por exemplo, o valor apurado do ICMS e informado pela empresa em sua escrituração é confrontado com o valor pago através da Guia de Pagamento. As informações de PIS/Cofins precisam estar íntegras quando apresentadas na Instrução Normativa 86/2001, DACON (Demonstrativo de Apurações das Contribuições Sociais), SPED Fiscal etc. Conferindo os registros, cruzando informações de estoque x contabilidade x inventário x produção, chegando ao detalhe de verificar toda a engenharia de produtos (insumos necessários ao produto final). Nada disso seria possível sem a automatização dos processos. 

Tudo começa com uma simples fiscalização. Mas as multas por inconsistências na arrecadação ou nos arquivos fiscais são exorbitantes. Podem até mesmo “quebrar” uma empresa. Um pequeno erro pode levar a consequências maiores devido à integração prevista entre os diversos órgãos fiscalizadores (Receita Federal, INSS, Banco Central, Susep, CVM, Secretarias da Fazenda, prefeituras etc.). As atenções da fiscalização recaem, em especial, sobre as grandes empresas. Fusões, aquisições ou mudanças importantes na operação das empresas estão na mira do “Big Brother fiscal”. E cada dia um novo grupo de empresas entra, ou melhor, é “intimada” a entrar no jogo. 

Unificar todos os processos fiscais parece simplificação. Mas, na verdade, o que existe agora é uma complexidade maior, um alto nível de exigências. Algumas empresas, que utilizam vários sistemas de gestão (os chamados ERPs), ao mesmo tempo, vão encontrar dificuldade para garantir a integridade e a centralização dos dados exigidos pelo Fisco. Longe, definitivamente, do nosso “jeitinho”, tudo agora deve ser e estar estruturado, de forma transparente. 

Fonte: TI Inside

Notícias sobre NF-e e SPED

Novo grupo de contribuintes vão emitir NF-e com certificação digital

A partir de sexta-feira, 1º de outubro, um novo grupo de empresas dos setores industrial, comércio atacadista e representação comercial serão obrigados a emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) com Certificação Digital. De acordo com Júlio Cosentino, vice-presidente da Certisign, a solicitação do certificado digital pode ser feita pela internet, mas a sua retirada e validação devem ser presenciais. Por esse motivo, os contribuintes devem se apressar para obter a certificação digital, que custa não mais do que R$ 400,00 e permite acesso a todos os serviços da Receita Federal disponíveis na internet, como acompanhamento da situação fiscal, obtenção de cópias de declarações, procurações eletrônicas, comprovantes de arrecadação, entre outros. 



No Rio Grande do Sul, cerca de 10 mil contribuintes serão incluídas no sistema da NF-e, encerrando a terceira etapa do cronograma de adesão deste ano, informa Ricardo Englert, secretário da Fazenda. A próxima adesão será em dezembro, envolvendo contribuintes que realizam transações comerciais com o setor público, fazem saídas interestaduais e importações.

Outsourcing pode ser uma boa opção para cumprir as obrigações acessórias

A Escrituração Fiscal Digital (EFD) do PIS/Confins entrará em vigor a partir de janeiro do próximo ano, com muitos desafios para os contribuintes que terão atender a mais esta obrigação acessória. Mas a sua adoção será gradativa. O primeiro grupo incluído na obrigatoriedade é formado por empresas sujeitas ao acompanhamento econômico tributário diferenciado e as tributadas com base no Lucro Real. Em julho será a vez de outro lote de contribuintes tributados pelo Lucro Real. Já em 2012 serão incluídas as empresas do Lucro Presumido ou Arbitrado.

Para Marco Zanini, presidente da NFe do Brasil, do grupo TBA, um dos grandes desafios é compreensão das novas regras que entrarão em vigor. Muitas empresas de serviços, por exemplo, não possuem suas informações em meio eletrônico e podem sofrer penalidades do Fisco, afirma. Outro aspecto será a atenção aos prazos. Em janeiro, 10 mil empresas serão obrigadas a transmitir a EFD da PIS/Cofins. “Neste prazo é difícil compreender a complexidade desta normativa”, afirma Zanini, para quem, as empresas estão em um ritmo exaustivo com a implantação da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e dos outros dois módulos do Sistema Público de Escrituração Fiscal (SPED).

O executivo recomenda atenção redobrada no entendimento da legislação e na implantação de tecnologias que sustentem a elaboração do arquivo digital, garantindo o envio das informações corretas ao Fisco. Para auxiliar as empresas a adequarem-se à EFD do PIS/Cofins, a NFe do Brasil oferece a solução BPO Fiscal. A oferta é adequada para os contribuintes que estão determinados a fazer o outsourcing das atividades fiscais e contábeis.

Com tantas mudanças na legislação e níveis de tributos municipais, estaduais e federais diferenciados, muitas empresas terão problemas para gerenciar todos os processos fiscais eletrônicos, principalmente se tiverem filiais em localidades diferentes.

Escritórios de contabilidade podem ser excluídos do Simples Nacional

A Receita Federal está fazendo um levantamento das empresas de serviços contábeis enquadradas no Simples Nacional que não estão atendendo gratuitamente os trabalhadores informações que aderiram ao programa Empreendedor Individual. O Fisco pretende excluir as empresas do regime especial de tributação por desrespeito à Lei Complementar 128/08, que criou o programa Empreendedor Individual. A lei inclui os escritórios contábeis no Simples Nacional, mas exige como contrapartidas o atendimento gratuito: registro e a primeira declaração anual dos empreendedores individuais.



Tem crescido o número de reclamações sobre empresas de contabilidade que se negam ou dificultam o atendimento aos empreendedores individuais. Estima-se que mais de 31 empresas de contabilidade estão enquadradas no Simples Nacional. “Dentro do sistema, essas empresas têm pelo menos 30% a 40% de redução tributária”, diz Carlos Roberto Vitorino, diretor de tecnologias e negócios da Fenacon. Significa que o escritório de contabilidade tem muito a perder com a exclusão do Simples Nacional.

Para Bruno Quick, gerente de políticas públicas do Sebrae, o contador deve ter em mente que o atendimento ao empreendedor individual representa um investimento em futuros clientes. “Mas é preciso que a ação desse profissional vá além do mero atendimento burocrático e que ele se torne um orientador desses empreendedores”, afirma.

Linha PertoPrinter II 1F é homologada para uso em seis Estados

A Perto, fabricante de impressoras, estima comercializar entre 500 e 1.000 unidades por mês da PertoPrinter II 1 F, que foi certificada pela Cotepe (Comissão Técnica Permanente do ICMS), órgão responsável pela homologação de equipamentos fiscais no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.



A impressora fiscal contém modem de comunicação interno para transmissão de informações ao Fisco, além de capacidade de memória fiscal para até nove anos de uso. Outra característica é a alta velocidade de impressão, destaca Margô Neff, gerente nacional de automação comercial da empresa, acrescentando que o equipamentos é robusto e de fácil integração com qualquer solução preparada para uso do SCU (Set de Comandos Únicos).

A Perto projeta encerrar o exercício 2010 com faturamento de R$ 340 milhões, representando um crescimento de 26% em relação a 2009.

Mais da metade das empresas não tem certificado digital para emitir NF-e

A partir de 1º de outubro, um novo grupo de empresas de diversos ramos da atividade econômicas terão que emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), mas pouco mais da metade (56%) ainda não adquiriram a Certificação Digital, considerada a parte mais simples do processo de adesão às novas regras. A boa notícia, porém, é que o universo de contribuintes que já dispõem de Certificação Digital (44%) está bem acima do verificado em outros grupos que tiveram, no passado, que adotar a NF-e, revela Igor Ramos Rocha, presidente de Negócios de Identidade Digital da Serasa Experian.

Um dos motivos que podem ter favorecido esse aumento na adesão, comparativamente a movimentos anteriores é a repercussão positiva por parte das empresas já participantes da NF-e: 294 mil empresas, que respondem por cerca de 1,5 bilhão de NF-e autorizadas, movimentando quase R$ 32 trilhões em mercadorias, segundo dados do Ministério da Fazenda. A adesão à nova regra não se limita à simples transposição para o meio virtual do documento em papel. “A NF-e é um processo que necessita de adequação de sistemas, o que, dependendo do volume de notas e das características de cada empresa, pode demorar até meses”, salienta Rocha.

Segundo ele, a NF-e promove os especialistas chamam de desmaterialização de processos, ou seja, transforma em eletrônico um processo estruturado em papéis, “o que não significa apenas a eliminação do papel, mas uma revolução na logística do processo, incluindo transmissão eletrônica, o armazenamento”. Em Goiás, a emissão da NF-e passará a fazer parte da rotina de 7.588 contribuintes do ICMS a partir de 1º de outubro. Ao todo, serão incluídas na lista de obrigatoriedade mais de 249 novas atividades econômicas.

Entre elas, figuram serrarias, mineração, extrativismo, confecções, fabricantes de colchões, indústria de papel, comércio atacadista de tecidos, fabricação de conserva de legumes e outros vegetais, fabricantes de óleo de milho refinado, beneficiamento de arroz, fabricantes de esquadrias de madeira e de peças de madeira para instalações industriais e comerciais, fabricantes de absorventes higiênicos.

Mais 249 setores serão obrigados a emitir a NF-e a partir de outubro

Em outubro, mais um grupo de empresas de 249 ramos da atividade econômica será incluído na lista de obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). Com isso, o universo dos contribuintes que já aderiram à nova regra aumentará consideravelmente. Após outubro, o cronograma de adesões estabelecido pelo Fisco prevê o ingresso de outras empresas no mês de dezembro. Na lista constam as que realizam operações comerciais com órgãos da administração pública direta e indireta nas esferas municipal, estadual e federal.

Até o final do ano, a NF-e fará parte da realidade de empresas que desenvolvem atividade industrial, que atuam no comércio atacadista ou de distribuição, que fornecem mercadorias para clientes de outros Estados, que praticam operações de importação e exportação, e que fazem negócios com o governo. Especialistas alertam, porém, que grande parte dos administradores não está informada sobre a necessidade de adesão à NF-e. Muitas empresas passam a ser preocupar com o assunto quando já estão em situação irregular, aponta Richard Domingos, diretor executivo a Confirp Contabilidade.



Há também empresas que hesitam em implantar soluções de NF-e por achar que, com o procedimento, ficarão mais expostas ao controle do governo. “Esse medo é infundado, pois quem age com correção nas questões tributárias não deve ter nada a temer”, acrescenta Domingos. Sobre os custos, o executivo lembra que soluções de NF-e podem ser implantadas de forma gratuita. Mas ressalta a importância de investimentos em recursos tecnológicos para atender as exigências das novas regras. O contribuinte obrigado à emissão da NF-e tem prazo de 15 dias para inutilizar os formulários em papel (modelo 1 ou 1-A), os quais não poderão mais ser utilizados.

Sispro constata dificuldade das empresas em incluir o Livro CIAP na EFD

A inclusão do Livro CIAP (Controle do Crédito do ICMS do Ativo Permanente) na Escrituração Fiscal Digital (EFD), obrigatória a partir de janeiro do próximo ano é uma tarefa das mais difíceis para grande parte dos contribuintes. Consultores da Sispro Serviços e Tecnologia para Administração e Finanças constataram que muitas empresas de diversos segmentos estão com problemas na apuração de informações que precisam ser declaradas sobre os ativos de patrimônio, atualizados e enviados corretamente ao Fisco. As dificuldades surgem em decorrência da mudança de procedimentos. Antes das novas regras, as empresas não listavam em seus sistemas ou planilhas uma série de informações sobre ativo adquirido, como data de emissão e até mesmo o número da nota fiscal relacionada, por exemplo.

Como a inclusão desse tipo de informação passará a ser obrigatória, as empresas precisam dispor de muitos dados sobre o ativo para compor o Livro do CIAP. O levantamento de tais informações exige trabalho extra e até mesmo a necessidade de contratação de pessoal ou empresa especializada. “Está ocorrendo um grande volume de serviços”, constata Marli Vitória Ruaro, consultora da Sispro. Outra dificuldade, diz a consultora, é que algumas empresas possuem milhares de itens que precisam ser revisados antes de incluir um grande volume de dados no sistema ou planilha. Somente após a inclusão é possível gerar o Bloco G para validação final.

“Além desse trabalho, muitas companhias também necessitam adequar seus processos e sistemas para registrar as novas movimentações no legado e os novos créditos do ICMS”, acrescenta Marli. Para Lourival Vieira, diretor de marketing da Sispro, a nova obrigação acessória tem gerado um custo de implantação significativo, afetando o orçamento das empresas. “No caso das empresas de pequeno e médio porte, este impacto é ainda maior”, ressalta. Nesse cenário, avalia Vieira, levam vantagem as empresas que possuem ou estão implantando sistemas especialistas e abrangentes de controle patrimonial, adequados às novas regras.

Às empresas que ainda utilizam planilha ou sistemas rudimentares, a recomendação é para que resolvam a situação o mais rápido possível, evitando deixar para a última hora a adoção de ferramentas tecnológicas necessárias para colocar as obrigações em dia.
De acordo com Vieira, os custos deste atraso deverão ser muito maiores no futuro.

Fonte: TI Inside

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Usuários do Twitter poderão pagar para aparecer no ´Who to Follow´

Depois de começar a ganhar dinheiro promovendo tweets e trending topics, o Twitter arranjou uma terceira forma de obter receita: promovendo usuários. O serviço de "Promoted Accounts" deverá ser anunciado nesta quarta-feira (29) e funcionará como uma espécie de venda de seguidores, uma vez que os interessados receberão "followers" em troca de pagamento.

Na prática, as pessoas ou empresas que contratarem o serviço terão seus perfis exibidos na caixa "Who to Follow" ("Quem seguir") de outros usuários, aumentando as chances de agregar seguidores. As informações são do blog All Things Digital, do site do The Wall Street Journal, que já havia antecipado a criação do serviço em julho, ainda antes do lançamento do "Who to Follow".

Peter Kafka, autor do post, explica que o Twitter tentará fazer com que as "propagandas" de perfis sejam relevantes para os usuários, usando o mesmo algoritmo que já é usado para sugerir quem seguir. Em outras palavras, "se você não está interessado no LeBron James e ninguém que você segue no Twitter segue o LeBron James, então o Twitter não irá sugerir que você siga LeBron James, mesmo que ele ofereça uma pilha de dinheiro a eles".

Os preços não estão claros, mas podem ser anunciados nesta quarta-feira. Segundo Kafka, o serviço será apresentado pelo executivo-chefe de operações do Twitter, Dick Costolo, na conferência IAB MIXX na cidade norte-americana de Nova York. É provável que a cobrança seja feita de acordo com a quantidade de seguidores adquiridos ou de vezes que o perfil do contratante seja exibido no "Who to Follow" de outros usuários. O Twitter não comentou o assunto.

Após quatro anos funcionando como uma ferramenta sem retorno financeiro, o Twitter começou no último mês de abril a exibir "Promoted Tweets", mensagens pagas por anunciantes para aparecer entre as primeiras no mecanismo de busca. Em junho, o site passou a exibir termos pagos também na lista de Trending Topics, sempre com um selo ao lado que indica que o tópico é patrocinado.

Fonte: Portal Exame (Autor: Célio Yano)

Diferenças entre Votos Brancos e Nulos

Alguns meses antes das eleições de 2006, circulou na internet um boato de que elas seriam anuladas, no caso de mais da metade dos votos apurados serem votos nulos. O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, se apressou em deixar bem claro que isso não passava de boato.

Em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, da "Folha de S. Paulo", em 6 de setembro de 2006, o ministro declarou que não há lei que contenha essa regra e que ela também inexiste na Constituição. De fato, a Lei 9.504/97, que estabelece as normas para as eleições no país, deixa claro em seus artigos 2 e 5 que se contam somente os votos válidos, excluídos os brancos e nulos.



Por válidos, entendem-se aqueles dados aos candidatos regularmente inscritos no pleito. Vale a pena ressaltar, então, que a legislação em vigor igualou os votos brancos e nulos que, anteriormente, não eram a mesma coisa. Antes da vigência dessa lei, nas eleições proporcionais (para cargos no poder Legislativo), os votos brancos e nulos tinham significados e efeitos diferentes.

Voto branco e voto nulo

O voto em branco era uma espécie de "tanto faz" por parte do eleitor, que cedia seu voto aos candidatos que obtivessem maioria. Já o voto nulo era, na verdade, um voto de protesto. Significava que o eleitor não referendava a eleição por considerá-la ineficaz ou inexpressiva da sua vontade.

Por isso, o movimento estudantil fez uma campanha pelo voto nulo em 1970, num dos momentos mais violentos do regime militar que vigorava no país. A lógica por trás da campanha era a de que as eleições para cargos legislativos serviam apenas para dar uma aparência democrática à ditadura, que proibira, por outro lado, as eleições para os cargos executivos (presidente, governador e prefeitos das cidades grandes).

Naqueles tempos, portanto, o voto nulo não deixava de ser uma escolha política. Nesse sentido, as origens do voto nulo remontam ao movimento anarquista da virada dos séculos 19 e 20. Por alimentar o sonho de uma sociedade autogerida, que prescindida de Estado, o anarquismo considerava que votar nulo era uma forma de se recusar a entregar a própria liberdade nas mãos de um líder ou de qualquer autoridade.

Cacareco e macaco Tião

Por falar em anarquistas, vale lembrar que o espírito gozador do povo brasileiro costumava se manifestar com criatividade no momento da anulação dos votos. Em 1958, o hipopótamo Cacareco, recém adquirido pelo Zoológico paulista, foi a opção da maioria dos que optaram por anular o seu voto para vereador no município de São Paulo.

Da mesma maneira, em 1988, os integrantes do grupo Casseta & Planeta lançaram com relativo sucesso a candidatura do macaco Tião, do Zoológico do Rio de Janeiro, para prefeito da cidade. Hoje, com a urna eletrônica, esse tipo de deboche já não é possível. Quem quiser anular seu voto deve teclar um número inexistente - o que pode acontecer também por um erro na hora de manipular o teclado.

Fonte: UOL (Autor: Antonio Carlos Olivieri)

Você pode ser vítima de boatos na rede. Quer saber como vencê-los?

É comum ouvir em palestras, cursos, livros e artigos que a Web é um ambiente democrático. Essa tese, sustentada apenas pelo romantismo contido em si mesma, está simplesmente errada. A democracia parte do princípio de que há um líder eleito pela maioria e que tem o poder de governo sobre as massas. A Web, por sua vez, não só não tem líder como também é dotada de um conceito de lei tênue, que varia de acordo com locais e momentos.

Um regime sem liderança e com leis que dependem mais de interpretações subjetivas que de raciocínios lógicos é, por definição, anárquico. E é nessa anarquia que vive não só a Web, mas as ações de todas as empresas, inovadoras ou antiquadas, nas mídias sociais.



Vivendo sob regimes anárquicos

Entender como combater uma crise em mídias sociais depende de uma compreensão da anarquia em si. Um ambiente sem liderança é, por natureza, o que mais carrega disputas por essa mesma liderança. Ou seja: ao se enxergar em um local sem leis ou fronteiras e onde toda e qualquer pessoa possa pleitear o seu próprio pedestal, uma batalha travada por egos incansavelmente famintos explode de maneira instantânea.

Para conseguir o seu lugar ao sol, usuários os mais diversos brigam para construir as suas audiências – seja em blogs, Twitter, Facebook ou qualquer que seja a mídia social. Muitos buscam seguir as mesmas regras de convivência social a que estão acostumados no mundo físico, mas outros fazem de tudo para serem vistos (incluindo esticar verdades, semear mentiras e criar falsas polêmicas que, por sua vez, funcionam como geradores naturais de curiosidade e audiência). O que isso significa? Que, na rede, o mesmo público que a sua marca quer conquistar está atrás de visibilidade para as suas próprias opiniões e, em grande parte, não pensará duas vezes em atropelar você caso a sua empresa esteja no caminho da audiência buscada.

Como combater boatos?

O grande problema com mentiras polêmicas é que a vontade de um usuário normal em ser o primeiro a divulgar um suposto “furo” é tamanha que, até se descobrir que se trata de uma mentira, o mal já está feito e espalhado pelos quatro cantos da rede. Mas, de maneira geral, há alguns cuidados e boas práticas que, se seguidos, podem ajudar a “salvar” a marca de eventuais crises causadas por boatos ou mentiras.

1) Monitorar os efeitos

Por mais ofensivos que sejam, nem todos os boatos são danosos a uma marca. Há casos nos quais o criador do boato exagera a tal ponto que o efeito não passa de uma corrida aos sites, Twitters e páginas oficiais da marca para se checar a veracidade. Isso também significa que boatos podem gerar o efeito contrário ao planejado, levando audiência para a marca vítima que, em seus ambientes oficiais, terá meios práticos para expor as suas versões. Buzz negativo nem sempre tem efeitos negativos.

2) Intervir no momento certo

Quando uma marca é grande, é também natural que ela tenha números robustos de seguidores em seus ambientes sociais. Assim, é importante ter em mente que qualquer resposta dada a um boato terá como efeito inegável amplificar o mesmo boato. Isso quer dizer que, se um rumor estiver ainda em seus estágios iniciais, restrito a um grupo pequeno de pessoas, uma resposta oficial fará com que uma massa potencialmente imensa de usuários fique sabendo do caso. Às vezes, não falar nada é a melhor forma de evitar que um boato cresça.

3) Intervir no meio adequado

Nada de pensar em processos judiciais ou coisas do gênero. Mexer com o princípio anárquico da Web tem como resultado único gerar legiões de odiadores de sua marca. A resposta para eventuais mentiras deve ser dada sempre no mesmo meio em que ela se disseminou: se houver um grande número de pessoas “viralizando” um boato no Twitter, é no próprio Twitter que a marca deve responder; se for em um blog, é com comentários e posts em outros blogs que a réplica deve ser dada; e assim por diante.

4) Credibilidade é tudo

No final das contas, credibilidade é a maior moeda das mídias sociais. O usuário sempre terá uma escolha a fazer: acreditar nos boatos que ele ouviu de amigos ou na palavra oficial da marca – e nem sempre esta tem força suficiente para combater a massa de anônimos. Mas, ainda assim, há formas para confrontar boatos com grande eficácia, como pode ser visto a seguir.

O caso Danone – Argentina


Em 2008, uma série de posts e emails foram espalhados pela Argentina afirmando que uma bebida específica da Danone continha ingredientes que causavam graves problemas à saúde.

A reação da empresa foi uma das mais inesperadas e criativas que já se viu: ao invés de ficar apenas em respostas oficiais, ela lançou uma campanha inteira para comprovar o quão fácil era espalhar mentiras pela Internet.

A Danone criou uma aplicação batizada de “criador de rumores”, em que todo usuário poderia gerar uma notícia falsa sobre assuntos diversos. A aplicação funcionava como uma espécie de tutorial, ensinando-o a dar mais peso à mentira que estava gerando.

Em seguida, a mentira ia para um site falso, com o aspecto perfeito de um portal de conteúdo, deixando-a com ar mais sério e permitindo que ela fosse espalhada via Twitter, Facebook, MSN e email.

No final, os milhares de receptores das “notícias” eram informados de que elas foram criadas por amigos seus em uma ação da Danone que, então, convidava-os a se informarem sobre a verdade científica relacionada à sua bebida.

Em 30 dias, mais de 97 mil boatos foram criados pela aplicação, que ganhou também mídia espontânea local (Argentina) e mundial. A falsa notícia sobre os danos à saúde causados pela ingestão da bebida acabaram caindo no esquecimento, perdendo força para o ataque da Danone à credibilidade da Web como um todo.

O case pode ser visto até hoje no site da agência Sinus, responsável pela campanha. Um exemplo de que a melhor de todas as armas para se combater uma mentira na rede é, sem sombra de dúvidas, a criatividade.

Fonte: IDG Now - Planos & Ideias (Autor: Ricardo Almeida)

Com Brasil em alta, small e micro caps ainda podem trazer oportunidades

Em 2009, as small caps começaram a ganhar ainda mais destaque no mercado de capitais brasileiro. Enquanto o Ibovespa acumulou alta de 82,66% no ano, o índice que acompanha as empresas de menor capitalização, o SMLL, disparou 137,53%. Em 2010, não é diferente: até o fechamento de segunda-feira (27), as variações eram de 0,33% e 14,56%, na mesma ordem.

Apesar dessa alta, oportunidades não faltam entre as small ou micro caps, também conhecidas como ações de terceira linha. O termo não é o favorito dos gestores, já que sugere uma ação inferior, quando ela pode ser apenas uma empresa menor e menos conhecida do mercado.

Esse, aliás, é um dos fatores que acabam contando a favor desse tipo de papel – como as novidades não são tão públicas e não ficam no radar de tantos investidores, as oportunidades seriam maiores. Mas onde estariam, então, as oportunidades nas empresas menores? E quais são as tendências para esses papéis?



Antes de responder a estas questões, cabe dizer que há variações entre as gestores sobre o que é uma micro, small ou mid cap. “O universo de small caps no Brasil é um pouco diferente do universo normal de small caps que você tem em outros países”, explica Alexandre Silvério, superintendente executivo de gestão de fundos do Santander Asset Management.

Segundo ele, pela definição usada no País, empresas com capitalização de mercado “bastante importante” acabam sendo classificadas como small caps. “Acho que o conceito de small cap nos permite ter empresas muito saudáveis, com tamanho importante e com uma interessante capacidade de crescimento”, afirma.

Céu de brigadeiro

De modo geral, o mercado pinta um cenário positivo para as empresas de menor capitalização daqui para frente. Um dos motivos para isso é que a maioria delas tem exposição à economia brasileira – cujas perspectivas seguem extremamente otimistas para 2010 e para os próximos anos. Já a exposição ao cenário externo, que segue marcado por incertezas, é menor, amenizando assim os choques que vem de fora.

Segundo explica Rubens Monteiro, gerente de divisão de fundos de ações ativos da BB DTVM, como são empresas de crescimento, as small e micro caps precisam de um ambiente macroeconômico favorável. “Se você tem uma expectativa de crescimento forte, em função de consumo – de imóveis, de bens duráveis, de construção civil, etc – elas tendem a performar melhor do que as chamadas ‘carros-chefes’ da bolsa, que são as de commodities”.

“Quando você olha o Ibovespa, ele ainda é majoritariamente composto por empresas de commodities, que acabam dependendo mais da situação da economia mundial. Quando você desce a liquidez, você tem empresas mais expostas ao mercado interno – pequenas incorporadoras, varejistas, empresas de autopeças – mais ligadas ao mercado brasileiro”, completa Rodrigo Sancovsky, sócio da Fama Investimentos.

Exposição ao mercado interno é chave

Essas perspectivas positivas para o Brasil são base para as apostas dos quatro gestores nas small caps. Todos eles mencionaram setores como infraestrutura, logística e construção civil quando perguntados onde estariam as próximas oportunidades em ações de empresas de menor porte.

“Empresas que estão expostas ao varejo e à construção civil – que sejam bem administradas, claro, não basta estar no setor – têm potencial de crescimento enorme daqui para frente”, exemplifica Sancovsky.

Monteiro, da BB-DTVM, destaca ainda papéis de logística, transporte e concessões. “Você precisa de uma logística forte para essa expansão de produção, com portos, ferrovias, onde estamos muito aquém de onde devíamos”, explica. Ele aponta também as empresas aéreas e as companhias de agronegócio como potenciais escolhas, com a ressalva de que não haja gargalos, além do setor educacional. “Esses investimentos são necessários para um crescimento forte e consistente mais para frente. Com educação, vem saúde também”, diz.

“Ainda não temos uma grande construtora pesada com ações na bolsa – não de imóveis, mas de hidrelétricas, por exemplo. Como você vai ter um investimento muito grande daqui para frente, acredito que oportunidades muito interessantes aparecerão na bolsa”, completa o gestor.

“Eu me ateria a setores com dependência de crescimento de renda e de crédito vão ter sim um crescimento muito forte de liquidez e representatividade nos índices, e empresas que hoje são small caps muito possivelmente vão ganhar importância nas carteiras dos índices”, completa Silvério.

Possíveis destaques

Mas há alguma empresa que mereça atenção especial por seu potencial de se tornar uma small cap de luxo, ou até mesmo ascender ao patamar de mid ou large cap? “Você tem empresas que entraram no mercado para ser consolidadoras – então você investe em uma small cap pensando que no futuro ela vai ser uma consolidadora e vai aumentar seu valor de mercado até virar uma mid cap ou large cap”, explica Monteiro.

Um exemplo de micro cap que avançou no mercado é a Brasil Ecodiesel (ECOD3) que, atualmente, faz parte até mesmo do Ibovespa, reservado para as ações com maior liquidez. “A Ecodiesel é um caso muito interessante, ela ganhou bastante liquidez há algum tempo, devido especialmente às perspectivas para o setor”, explica Silvério.

Apesar da maioria dos gestores preferir não nomear papéis específicos, André Vainer, gestor de renda variável da XP Gestão de Recursos, oferece algumas opções. Entre as principais, Hering (HGTX3), Iochpe-Maxion (MYPK3), Cremer (CREM3), Tempo Assist (TEMP3) e Banco Pine (PINE4). “Essas duas últimas são as que mais chamam a nossa atenção hoje”, afirma.

Vale lembrar, contudo, que as empresas de menor capitalização trazem consigo duas questões importantes: primeiramente, são menos líquidas do que as empresas de maior porte, podendo ser mais difícil negociar seus ativos no mercado; além disso, como ressalta Monteiro, elas podem não ser a melhor opção para um investidor que busca dividendos, já que a tendência é que as empresas reinvistam esses proventos para crescer ao invés de distribuí-lo aos acionistas.

IPOs à vista?


Outro ponto apontado pelos gestores é a possível expansão do número de empresas listadas na bolsa, com destaque para o avanço das menores. “Esperamos que esse bom potencial de crescimento traga sim mais small caps para o bolsa. É um movimento natural dado o crescimento do País”, aponta Sancovsky.

Ele lembra que as cerca de 450 empresas listadas na bolsa brasileira não se comparam aos grandes mercados – como base de comparação, ele cita as bolsas da Mongólia (324 companhias) e Paquistão (653 empresas) como pares. Para Sancovsky, a abertura de capital ajuda a libertar as small caps da dependência de financiamento de bancos, com juros muito acima dos obtidos pela large caps com entidades como BNDES, por exemplo.

“Das empresas que cobrimos hoje, não vemos nenhuma com necessidade de fazer uma nova oferta de ações – seriam IPOs (Initial Public Offerings, ou abertura de capital)”, afirma Vainer, que também destaca que a bolsa brasileira tem um número muito baixo de ações listadas. “Pode não ser da magnitude vista em 2005 e 2006, vamos voltar a ver esse movimento de abertura de capital”, explica. Entretanto, para ele, o movimento será mais selecionado do que o já visto no País. “Há 4 anos, qualquer empresa que vinha ao mercado captava o calor que fosse, a níveis de valuation muito elevados. Acho que o movimento vai continuar sim, mas mais selecionado”, conclui o gestor da XP.

Mais do que o cenário macroeconômico positivo para o País, impulsionado pela ascensão das classes E e D para patamares mais elevados de consumo, Monteiro ressalta os investimentos esperados nos próximos anos como fator que pode trazer mais empresas à bolsa. “A expectativa é que o mercado de small caps aumente nos próximos 5 a 10 anos”, afirma.

Fonte: InfoMoney

6 erros no Facebook, Orkut e Twitter que podem custar seu emprego

Zelosas por sua imagem e segurança, as empresas estão cada vez mais de olho no que funcionários e candidatos publicam nas redes sociais.

Travis Megale está feliz com seu emprego. Usuário habitual do Facebook, ele sabe como usar o site de forma apropriada e o que não dizer nem publicar. Infelizmente, muitos usuários do Facebook não pensam assim – e as demissões causadas por comportamento inadequado na rede social parecem ganhar cada vez mais manchetes. Uma pesquisa recente da empresa de segurança de e-mail Proofpoint revelou que 7% das organizações já demitiram um empregado por causa de sua atividade em sites de mídia social. Outros 20% disseram que, por causa das redes sociais, empregados tiveram de ser advertidos. São estatísticas como essas que inspirou Megale a criar um grupo no Facebook, intitulado “Fired because of Facebook” (demitido por causa do Facebook).



“Sou professor de High School (equivalente ao Ensino Médio brasileiro) e, por isso, tenho de ter consciência sobre o que publico. Criei o grupo como um sinal de advertência para meus colegas”, disse Megale. “Pessoas com que trabalhei no passado fizeram comentários e publicaram fotos que facilmente poderiam ter causado minha demissão caso tivessem sido vistos pelas pessoas erradas. Minha esperança é que esta página ajude algumas pessoas a evitar erros no Facebook que, embora tolos, possam vir a ter um alto custo.”

Contos de terror

Em um esforço para aumentar a conscientização sobre o tema, o grupo convida os membros que perderam seus empregos por causa de algo que fizeram no Facebook a contarem suas histórias. E os contos sobre mancadas no Facebook que levaram à perda de um trabalho aparecem regularmente. Exemplos recentes postados no mural do grupo em um período de três dias incluem um membro que escreveu  “Demitido por postar ‘F*** them nuggets’ “ na página de um amigo. Eu fui gerente no McDonalds por três anos. Acabou!”

Outro membro escreveu: “Demitido por não ser ‘uma pessoa do calibre das que nós gostamos de contratar. O que você faz em sua vida pessoal reflete negativamente em nós como empresa”. É difícil fazer com que um empregado demitido se sinta melhor com isso, mas há razões para uma organização monitorar o comportamento de um funcionário nas redes sociais e tomar atitudes contra situações que julgar problemáticas.

Quando se trata de redes sociais, as questões levantadas pelas empresas tratam frequentemente de reputação e segurança – em especial, relacionadas à imagem da marca e à segurança de seus empregados. Quais são os comportamentos que um empregador poderia julgar prejudiciais nos perfis online de seus empregados? Eis seis erros que os usuários cometem em sites como Facebook e Twitter, e que poderiam servir de porta para o desemprego.

1::Postar comentários negativos sobre o trabalho ou a empresa

Pode parecer óbvio, mas para muitas pessoas não é. Alguns membros do Facebook sentem a necessidade de espalhar para amigos e parentes suas opniões sobre o trabalho ou sobre seus colegas de escritório, tudo sob a impressão de que seus perfis permanecem privados.

Mas não é sempre o caso, especialmente se o usuário não soube ativar a privacidade em suas configurações, apontou Tom Eston, do site Socialmediasecurity.com. Os usuários precisam estar mais conscientes não apenas sobre as configurações de privacidade, mas sobre guardar as opiniões relacionadas ao trabalho com eles mesmos. “Simplesmente não faça”, disse Eston. “Com frequência alguém publicará alguma coisa e depois pensará, dias depois, que talvez não devesse ter feito aquilo. Você não pode culpar a rede social por isso. As pessoas precisam assumir a responsabilidade pelo que publicam.”

Mesmo que você tenha ativado as configurações de privacidade do Facebook, lembre-se que as recentes reformulações do Facebook podem fazer com que as configurações voltem a ser públicas, tornando o conteúdo disponível para qualquer um até que o usuário vá lá e as mude.

Esse foi o caso com uma professora de Cohassett, Massachusetts (EUA), que foi demitida em agosto depois de publicar no Facebook que não imaginava trabalhar por mais um ano naquele distrito escolar. June Talvitie-Siple, que em um recado anterior havia chamado os estudantes de “sacos de germes”, não percebeu que suas configurações tinham sido tornadas públicas depois de uma mudança recente no Facebook. Ela serve como exemplo para que verifiquemos nossas configurações de privacidade com regularidade.

E há aqueles que seriam melhores se caíssem no esquecimento. Como a mulher que desabafou sobre o chefe em um post que já se tornou lenda na Internet. Infelizmente, seu chefe também era um amigo do Facebook e, por isso, podia ver facilmente seu perfil. A mulher atualizou seu status com uma mensagem que, em português, seria como: “Eu odeio meu trabalho! Meu chefe é um total pervertido, que sempre me faz fazer trabalhos de m***a apenas para me sacanear!”. Ao que o chefe respondeu: “Acho que você se esqueceu de que tinha me adicionado aqui” e terminou com “Não se importe de voltar aqui amanhã. E sim, é sério.”

2::Defendendo seu empregador em uma discussão online

Embora seja o oposto da mancada número um, esta também pode ser desastrosa, mesmo que você tenha as melhores intenções. Isso porque, mesmo que pense que o que está dizendo é correto, você não é um profissional de relações públicas, e o que você publicou pode ser errado ou até prejudicar a empresa. A gigante das redes Cisco Systems deixa claro, em sua política de mídias sociais, que os empregados não deverão se envolver em qualquer debate online sobre a empresa sem permissão específica.

“Quando um empregado vê algo negativo sobre a empresa, algumas vezes seu impulso é o de defender seu empregador, com o qual está perfeitamente satisfeito”, explicou Christopher Burgess, conselheiro sênior de segurança da Cisco. “Você não pode fazer isso com os 140 caracteres do Twitter. O que dizemos ao nosso pessoal é: deixe o pessoal de RP cuidar disso.”

3::Comentar questões privadas da empresa em fóruns públicos

Então sua empresa está para comprar outra e há rumores sobre demissões? Guarde essa informação para si. Publicar essa informação no Facebook ou no Twitter é quase tão ruim quanto falar à imprensa sobre o assunto. Mesmo que você pense estar falando apenas para pessoas próximas, não há como saber onde a informação irá parar, disse Eston. “Mesmo se pertencer a um contexto geral, certas informações que poderiam ser confidenciais para uma empresa nunca deveriam ser discutidas.”

4::Mudar de identidade e fingir ser outra pessoa

Você sempre quer ser honesto sobre quem é. Retomando a regra que trata de falar sobre sua empresa, Burgess explicou que a política da Cisco também proíbe os empregados de disfarçar seu nome ou identidade para se envolver em debates sobre a empresa. “A política estabelece claramente que o uso de um apelido (ou nome falso) é inaceitável”, disse. “Os empregados deveriam sempre deixar claro seu relacionamento com a empresa.”

5::Oferecer muita informação sobre sua vida pessoal e atividades de lazer

Eston, que costumava trabalhar com segurança em um grande banco, lembra-se de um caso em que muita informação no Twitter não apenas fez uma pessoa perder o emprego como a impediu de ser contratada. O banco estava fazendo uma verificação de antecedentes sobre uma candidata a vaga e descobriu mais do que gostaria de saber. “Ela tuitou sobre como esperava poder passar num teste de drogas, e a foto de seu perfil no Twitter a mostrava fumando maconha.”

6::Publicar fotos de gosto duvidoso

Talvez o maior exemplo deste tipo de mancada seja o caso envolvendo a líder de torcida americana Caitlyn Davis. Ela foi demitida da equipe de futebol americano New England Patriots depois que fotos no Facebook a mostraram empunhando uma caneta marcadora à frente de um homem aparentemente inconsciente, cuja pele estava coberta de desenhos e pichações - entre elas, duas suásticas.

As fotos e as informações pessoais que você publica podem não ser tão ofensivas, mas provavelmente é uma boa ideia mantê-las afastadas das redes sociais, assim como os comentários sobre sua vida pessoal que poderiam levar um empregador a fazer um julgamento negativo sobre você. Quando usa redes sociais, você quer mostrar sua melhor imagem. Da próxima vez que postar alguma coisa, pergunte a si mesmo se é algo que qualquer um possa ver.

Fonte: IDG Now! (Autor: Joan Goodchild)

Quer melhorar a posição de seu site nos motores de busca? Chame o linkbuilder

O trabalho de SEO (search engine optimization - otimização de sites para buscadores, em tradução livre do inglês) é de dar inveja a Hércules. Ele consiste em estudar, desenvolver e aplicar técnicas para aumentar a visibilidade do conteúdo de páginas na Internet. Assim, essas páginas tornam-se mais habilitadas a concorrer aos melhores posicionamentos em pesquisas nos mecanismos de busca. Uma dessas tarefas tem um nome especial: linkbuilding.

O linkbuilding é absolutamente crucial em projetos de otimização. A tarefa consiste em disseminar links (atalhos) do seu endereço na web em outras páginas e sites. Dessa forma, os mecanismos de busca têm maior referência sobre a confiabilidade do site. Com base nesses "votos" (em SEO fala-se que cada link equilvale a um voto) os mecanismos de busca podem priorizar determinadas URLs na hora de montar as SERPs (páginas de resultados) com as respostas às pesquisas feitas nos buscadores. Basicamente, quanto mais sites tiverem links apontando para um determinado endereço da web, maior sua relevância.

Linkbuilding não é a primeira tarefa em um processo de otimização de sites. É uma das últimas fases e costuma levar bastante tempo. Esse trabalho de networking digital não cessa e deve ser feito de maneira consistente. Isso, porque se um site, da noite para o dia, apresentar uma ocorrência muito grande de links, o fato despertará a atenção para mecanismos de busca que poderão investigar como essa disseminação aconteceu. Nem sempre uma explosão de links é a coisa mais positiva. Na perspectiva dos buscadores, às vezes, menos é mais. O marketing digital se encontra em uma fase em que empresas se especializaram em assumir essa tarefa de "relacionamento" entre sites. Durante o Uaiseo, evento que reuniu as comunidades de SEO e de links patrocinados em Belo Horizonte (MG), nos dias 25 e 26/9, Manuela Sanches, fundadora da empresa Enlink, apresentou a forma como o trabalho de linkbuilding é feito. Depois da palestra, o IDG Now! pode conversar com Manuela sobre o mercado de trabalho e outras características dessa ocupação-cerne do segmento de SEO.



Onde colocar os links

Dentro da enorme variedade de endereços da web, cada um serve para um target (uma audiência) específica e é lá que os links devem ser colocados. Os blogs deixaram de ser vistos como páginas de conteúdo pouco confiável e coisa de gente irresponsável. Então o trabalho de relacionamento com a blogosfera é parte essencial do linkbuilding. Apesar disso "...colocar links em blogs não ficou mais difícil. Sim, os blogueiros são seletivos, mas tudo depende da abordagem", diz Manuela, quando perguntada sobre essa camada da internet. Por parte dos clientes os blogs também são apreciados: "A maioria dos clientes não desdenha os blogs, não", diz Sanches.

Existe outro tipo de domínio que é altamente apreciado por linkbuilders. Trata-se de sites com domínio finalizado em .edu (sufixo reservado a instituições de ensino) e os .gov (de entidades governamentais). Os dois gozam de muita consideração por parte dos buscadores, como o Bing e o Google, pois são páginas "idôneas", em que um link só entra quando tem real relevância. Fato é que para posicionar um link em sites desse tipo a burocracia é grande, “às vezes, enorme”, diz a empresária que começou como linkbuilders em uma empresa de Curitiba chamada Mídia Digital. É comum que as empresas enviem requisições de links para esse sites e normalmente não se pede muito além disso. "Nós fazemos o contato e explicamos o motivo e qual é o enfoque da campanha, não especificamos exatamente em que parte dos sites o link deve ser colocado, isso fica a cargo dos webmasters”, diz Manuela.

Pago x não pago

Por se tratar de requisições, não é comum retribuir esses links. "Não é uma troca de links", diz Manuela. Além dessa prática de troca de atalhos ser mal vista pelos robôs de busca, muitas vezes não existe um interesse comum em ter um site apontando para o outro. O que existe é a compra ou a venda de links. "Já recebemos propostas de blogueiros que nos pediram até 500 reais para escrever uma resenha e implementar um link em seus blogs. Nesse caso o conteúdo e o atalho devem permanecer no site por um ano", diz.

Clientes

O elenco de clientes das empresas varia fortemente. "Ainda não atendemos políticos. Acho que isso seria um real desafio, mas é algo que gostaríamos de fazer um dia, justamente pela dificuldade", afirma Sanches, quando perguntada sobre esse trabalho com foco em política.

Carreira

Sobre mercado de trabalho, o IDG Now! conversou com o diretor de mídia e de projetos da empresa Mídia Digital, Willie Taminato. Willie descreve a carreira de um linkbuilder como algo até certo ponto penoso, pois a rotina é a mãe desse profissional. "Acho uma comparação um pouco desanimadora, mas é parecido com o trabalho de telemarketing, em que tudo se baseia em relacionamento. Não é simplesmente pedir o link e pronto", diz.

Na escalada profissional o linkbuilder passa obrigatoriamente pela função de linkbuilder júnior. Ele tem por atribuições a descoberta de links relevantes para o cliente, o envio de solicitações, pesquisa por palavras-chave, deve montar relatórios e seu trabalho tem metas que podem variar de cinco a 20 links por semana; tudo depende do cliente e do grau de dificuldade em conseguir essas recomendações virtuais. O salário não dá água na boca, quem quiser entrar para essa área pode ficar feliz se receber mil e quinhentos reais por mês. A boa notícia é que "Mercado de trabalho tem, e não é pequeno", afirma Taminato.

Ultrapassada essa fase muito operacional e repetitiva, o linkbuilder pode galgar a posição de coordenador de linkbuilding. Espera-se desse profissional, um poder de análise de relatórios aprofundado e o domínio de ferramentas que lhe auxiliem na gestão das planilhas para manter o controle sobre a disseminação dos links. Nesse estágio, um salário de até 4.500 reais é algo possível.

Willie menciona que existem empresas sediadas na índia que oferecem esse tipo de trabalho, mas não é muito interessante para o mercado brasileiro. "Essas organizações conseguem colocar links na internet e em sites qua têm pouca relevância para nosso mercado", finaliza. Para finalizar, Manuela Sanches cita fatores que são indispensáveis para quem quer iniciar sua carreira no segmento de SEO, começando por linkbuilding:

1. Ter um olhar mais voltado para o marketing do que para a tecnologia;
2. Ser adorador da redação;
3. Estar disposto a passar horas pesquisando a web na busca por sites relevantes;
4. Ter mente aberta para encarar uma diversidade de temas que vai desde lustra-móveis até calçados infantis;
5. Ser metódico suficiente para manter o ritmo e controle sobre sua atividades.

Fonte: IDG Now! (Klaus Junginger)

Monitoramento de aplicações vira aliado dos departamentos de TI

Interrupções nos processos-chave de negócios e reclamações constantes dos usuários sobre tempo de resposta lento e usabilidade ruim das aplicações. Estas são as questões que mais causam dor de cabeça para os departamentos de TI das organizações, de acordo com estudo da consultoria Aberdeen Group. Uma situação que, segundo o levantamento, tem levado a uma crescente adoção de ferramentas focadas em monitorar como os usuários estão utilizando as aplicações corporativas.

Como resposta, existe hoje um grande investimento por parte da indústria em soluções voltadas a monitorar as aplicações da corporação, em especial, para garantir o desempenho adequado do sistemas. Ao medir a experiência do usuário, as empresas conseguem enxergar como uma aplicação se comporta na máquina do funcionário, permitindo que os profissionais de TI atuem de forma pró-ativa para solucionar problemas.

Ferramentas de monitoramento do usuário devem identificar o que acontece em máquinas cliente, além de tabular métricas como tempo de resposta, erros e outras informações de sessões. As opções disponíveis no mercado são muito variadas, com funcionalidades focadas em aplicações que interagem com redes externas, outras voltadas para o controle do software dentro da infraestrutura corporativa.



Segundo a Aberdeen, as empresas que conseguem fazer boas escolhas e aplicam bem essas ferramentas alcançam benefícios significativos. De acordo com pesquisa da consultoria, elas conseguem se antecipar a 53% de problemas nas aplicações antes de receber uma reclamação e percebem uma melhoria de 48% no tempo de correções de falhas no desempenho. Além disso, as companhias que utilizam esse tipo de ferramenta melhoraram a visibilidade sobre transações críticas para os negócios em 42% e reduziram o número total de reclamações dos usuários em 15%.

Para o analista de pesquisas da Aberdeen, Jeffrey Hill, as empresas com visibilidade sobre experiência do usuário ainda coletam dados valiosos para a construção de novas aplicações mais fáceis de usar e que requerem menos recursos para funcionar. “As métricas tradicionais não conseguem avaliar complexidade e usabilidade das ferramentas usadas na empresa”, afirma.

Benefício comprovado

A Universidade de Northwestern, localizada na região de Chicago (Estados Unidos), implementou ferramentas de monitoramento de usuários para detectar desempenho e disponibilidade dos dados relacionados às suas aplicações Web. A instituição queria criar uma visualização única sobre os serviços em tempo real, que abrangesse todo o campus. Com a adoção da ferramenta Coradiant, da TrueSight, a escola desenvolveu um painel de controle único para centralizar essa visualização.

Na estratégia da universidade, a ideia foi manter não só os profissionais de TI, mas todos os usuários informados sobre potenciais problemas de desempenho. Com isso, as pessoas podem programar suas tarefas para outro momento, sem ficarem frustradas com isso. “Pode não ser uma solução imediata para um determinado problema, mas é entendido como uma melhoria dos serviços para os usuários”, avalia a diretora da área de monitoramento de sistemas da Northwestern, Dana Nielsen.

Os dados coletados pela universidade são utilizados para determinar se há necessidades de redimensionamento de recursos ou atualizações nas aplicações que apresentam algum problema. “É também um grande aliado no planejamento e na definição do orçamento”, completa Dana.

Fonte: NetworkWorld/USA

Governo dos EUA estuda meios de 'grampear' web, diz jornal

O governo dos Estados Unidos estuda formas para controlar as comunicações feitas pela internet, por meio do uso de mecanismos como escuta ("grampo") e a quebra de sigilo. A justificativa do governo é poder fiscalizar suspeitos de crimes e terrorismo. Segundo o New York Times, a gestão do presidente Barack Obama iniciou uma campanha para estender seus poderes regulatórios para a internet, à medida que criminosos e terroristas se comunicam cada vez menos por telefone.

De acordo com o jornal, a polícia federal americana (FBI), o Departamento de Justiça (DOJ) e a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) estudam maneiras de fazer com que as empresas forneçam, quando solicitadas, os dados de conversas dos usuários. O grupo quer, inclusive, criar mecanismos legais para obrigar o fornecimento de informações que são arquivadas sob código de proteção, como é o caso da Research In Motion, fabricante do BlackBerry.



O jornal diz que o governo tem consciência do problema que pode criar para si e da oposição que sofrerá no Congresso Nacional, por isso que o plano só deve ser anunciado em meados do ano que vem. Segundo o New York Times, a atitude já vem sendo encarada por especialistas e parlamentares como autoritária e como uma busca por aumentar os poderes do governo por sobre a sociedade americana.

A conselheira-geral do FBI, Valerie Caproni, defende que a tentativa de regular e fiscalizar as comunicações na internet não implica em uma busca por mais poderes. Para ela, grampear as conversas de suspeitos feitas na internet significa apenas não deixar que o desenvolvimento tecnológico das comunicações limite as frentes de atuação dos órgãos de Justiça do país. Valerie, porém, contemporiza e afirma que, por enquanto, a grande preocupação do governo é criar um mecanismo regulatório que não viole os direitos de liberdade e privacidade dos usuários e não prejudique a inovação da web.

Fonte: TI Inside

Como escolher uma câmera digital

O mundo da fotografia digital está em constante evolução. Por exemplo, a "guerra dos megapixels" dos últimos anos é história: é difícil encontrar uma câmera nova com um sensor com menos de 10 Megapixels.

Em vez disso, estamos vendo um tipo diferente de batalha: os fabricantes estão tentando construir câmeras especializadas para diferentes tipos de fotógrafos. Entre câmeras cheias de recursos, modelos domésticos sofisticados, câmeras de bolso com zoom poderoso, máquinas híbridas para fotos e vídeos, compactas com lentes intercambiáveis e DSLRs cheias de recursos, o número de opções cresce e as coisas ficam cada vez mais confusas.

Estamos aqui para ajudar. Esse "Guia de Compra de Câmeras Digitais" irá ajudá-lo a decidir qual tipo de câmera comprar baseado no seu perfil de uso e nos recursos que realmente importam. Assim, você pode gastar seu suado dinheirinho sem medo de se arrepender depois.

Escolhendo a câmera digital correta

Se você está tendo dificuldades para saber qual câmera comprar, pode ficar tentado a tomar uma decisão baseada apenas na quantidade de megapixels anunciada. No entanto, a não ser que você pretenda fazer impressões enormes ou ampliar pequenos detalhes de uma imagem, os megapixels não significam muita coisa. Na verdade, megapixels “em excesso” podem levar a imagens menos nítidas e com mais ruído, a não ser que você esteja usando uma câmera com um sensor de imagem maior (como uma DSLR ou uma câmera Micro Four-Thirds).

Outros recursos normalmente são mais importantes, e eles dependem da qual finalidade para a qual a câmera. Por exemplo, uma câmera lenta que leva muito tempo entre as fotos é um "abacaxi" para fotógrafos de esportes ou ação. E uma DSLR grande e pesada que produz ótimas fotos pode passar mais tempo no seu armário do que na sua bolsa. Uma máquina sem controles manuais pode produzir imagens fabulosas à luz do dia, mas outras horríveis em situações mais desafiadoras.

SLR digital (DSLR - digital single-lens reflex)
Exemplos: Canon EOS 50 D, Nikon D5000

Pontos fortes: produz fotos e vídeos soberbos (incluindo situações com pouca luz); não possui atraso no disparo das fotos; várias opções de lentes intercambiáveis; controles manuais para exposição e foco; visor ótico pela lente. 

Pontos fracos: Custo alto; não é portátil; nem todas as DSLRs gravam vídeos; pode ser complexa e intimidante.

Se dinheiro não é um obstáculo e o desempenho é sua maior prioridade, fique com uma SLR. Elas produzem as melhores fotos e tem os melhores controles de imagem entre todos os tipos de câmeras digitais. A combinação de um sensor grande, lentes de alta qualidade intercambiáveis para atingir uma variedade de efeitos, excelente desempenho em ISO alto e condições de luz baixa e o rápido tempo de resposta do obturador faz com que seja a câmera perfeita para fotógrafos profissionais ou entusiastas. Uma DSLR também é o único tipo de câmera que te permite ajustar a imagem através da lente usando um visor ótico, o que garante que o que você está vendo é uma representação fiel do que será fotografado.

Nikon D5000 - 360px

Nikon D5000

Apesar da idéia de usar uma DSLR ser intimidadora para os usuários novatos, os modelos mais modernos possuem recursos parecidos com as máquinas digitais mais básicas e a possibilidade de compor as cenas usando o visor LCD, o que torna a adaptação mais fácil. Além de modos fáceis de usar como auto-exposição e modos de cena, você também tem espaço e meios para crescer como um fotógrafo em razão de toda a gama de controles manuais disponíveis.

A única real desvantagem de uma DSLR é o seu tamanho, que faz com ela seja uma câmera difícil de ser levada para qualquer lugar. O preço também é uma consideração importante, mesmo após você gastar um bom dinheiro apenas na câmera: lentes adicionais são essenciais para libertar todo o poder da sua DSLR, e elas normalmente possuem um custo alto. E se você está interessado em gravar vídeos,certifique-se de que o modelo que você quer tem suporte a este recurso, que ainda não é universal. Mas quando disponível, estas câmeras gravam ótimos vídeos em HD (alta definição).

Câmera compacta com lentes intercambiáveis (Micro Four-Thirds)
Exemplos: 

Olympus Pen E-P2, Panasonic Lumix GH1

Pontos fortes: Mais compacta do que uma DSLR; excelente qualidade de foto e vídeo; não tem atraso no disparo das fotos; opções variadas de lentes intercambiáveis; ajustes manuais de exposição e foco.

Pontos fracos: não possui visor ótico “através da lente”; pode ser cara; possui menos lentes disponíveis do que as DSLRs; apesar de menor, ainda é um pouco grande para o uso no dia-a-dia.

Se você pode viver sem um visor ótico, essas câmeras com lentes intercambiáveis oferecem a maioria dos recursos de uma DSLR, mas com um tamanho mais compacto: trazem um sensor grande, obturador mecânico rápido, lentes intercambiáveis, qualidade de imagem e vídeo superior em relação a uma máquina digital mais básica e controles manuais.

Lumix GH1 - 360px

Panasonic Lumix GH1

A falta de um visor ótico é uma consequência do tamanho menor dessas câmeras: ao eliminar a grande caixa de espelho que te permite focar sua foto através da lente, as fabricantes conseguiram tornar as câmeras mais compactas, e manter algumas características desejáveis dos modelos maiores..

Um dos principais problemas é decidir qual dos muitos formatos de lentes intercambiáveis é o melhor, pois eles são incompatíveis entre si: Panasonic e Olympus usam o padrão Micro Four-Thirds; a NX10 da Samsung usa seu próprio formato NX; a série NEX da Sony usa o novo sistema E-Mount, e outras companhias estão prontas para lançar seus próprios formatos. E como esse é um tipo novo de câmera, não existem tantas opções de lentes para escolher. Existem adaptadores que permitem usar lentes de DSLRs com essas câmeras, mas eles normalmente possuem um preço salgado.

Megazoom (Câmeras com lentes fixas e zoom poderoso)
Exemplos: Canon Powershot SX20 IS, Casion Exilim EX-H20G

Pontos fortes: zoom ótico de longo alcance; controles manuais; normalmente possuem uma excelente estabilização de imagem; lentes melhores do que as câmeras digitais domésticas.

Pontos fracos: são maiores do que uma câmera doméstica; preço ligeiramente alto; não são muito menores do que uma câmera compacta com lentes intercambiáveis. 

As chamadas megazoom não te dão a mesma versatilidade de uma DSLR ou uma câmera compacta de lentes intercambiáveis, mas são as câmeras de lente fixa mais versáteis do mercado. Elas são chamadas de "megazoom" pois oferecem lentes com zoom ótico entre 20x e 30x, e normalmente produzem imagens impressionantes, seja em grande angular ou com zoom máximo.

Canon SX20 - 360px

Canon PowerShot SX20 IS

A maioria das megazooms também oferece controles manuais (parecidos com as DSLR) para abertura e obturador, assim como uma boa estabilização de imagem para ajudar a produção de fotos com zoom máximo. Por causa da versatilidade das suas lentes, elas são boas câmeras para fotografias de paisagem (conseguem capturar tanto panoramas quanto closes de detalhes distantes), de esportes (você pode sentar no meio do público e mesmo assim conseguir boas imagens da ação das partidas), e de animais (porque você realmente não deve chegar muito perto de um urso).

Apesar de uma megazoom ser menor do que uma DSLR, ela tem mais ou menos o mesmo tamanho dos modelos compactos com lentes intercambiáveis citados acima, e não caberá no seu bolso ou bolsa, por exemplo. Você provavelmente vai precisar de uma mochila ou bolsa de câmera para levá-la por aí.

Continue lendo para saber sobre Megazoom de bolso, câmeras domésticas avançadas e básicas, modelos resistentes e dicas de compra

Megazoom de bolso (Câmeras compactas com zoom poderoso)
Exemplos: Sony Cyber-Shot DSC-HX5V, Nikon Coolpix S8000 

Pontos fortes: alcance de zoom muito maior do que uma câmera de bolso; portátil e versátil; normalmente possui excelente estabilização de imagem; muitas delas possuem controles manuais.

Pontos fracos: algumas são um pouco grandes; são mais caras do que as câmeras digitais mais básicas; algumas não possuem controles manuais.

Se você é atraído pela versátil lente fixa de uma megazoom, mas está buscando algo um pouco mais portátil, uma megazoom "de bolso" é sua melhor opção. Essas câmeras compactas tem zoom ótico com alcance entre 10x e 15x, e apesar de serem definitivamente mais compactas do que uma megazoom tradicional ou uma DSLR, algumas delas não são pequenas o bastante para caber no bolso da sua calça, por exemplo. O bolso de uma jaqueta ou uma bolsa deve ser grande o bastante, no entanto.

Sony Cyber-Shot DSC-HX5V - 360px

Sony Cyber-shot DSC-HX5V

Apesar de algumas megazoom "de bolso" trazerem controles manuais, como abertura e obturador, nem todos os modelos estão equipados dessa maneira. Portanto, certifique-se de checar as especificações se você se importa com esses recursos. Essas câmeras normalmente possuem estabilização ótica de imagem ótica muito boa, o que facilita o uso com o zoom na aproximação máxima.

Câmeras domésticas avançadas (“point and shoot” com controles manuais)
Exemplos: Canon PowerShot S90; Canon PowerShot G11

Pontos fortes: melhor qualidade de imagem do que a maioria das câmeras de lente fixa; ajustes manuais de velocidade do obturador e abertura; são boas câmeras secundárias para donos de modelos DSLR, e uma boa ferramenta de aprendizado para fotógrafos iniciantes. 

Pontos fracos: mais caras do que os modelos domésticos mais básicos e podem ser mais complicadas de usar; menor alcance de zoom ótico.

Nem todas câmeras digitais domésticas conseguem atender ao grau de exigência de um profissional dono de uma DSLR, mas os modelo mais avançados dessas câmeras geralmente são os escolhidos por fotógrafos profissionais como uma câmera secundária e mais portátil. Essas máquinas possuem ajustes manuais de abertura, obturador e ISO, permitindo fotos mais refinadas do que seria possível com uma câmera doméstica básica.

Canon S90 - 360px

Canon PowerShot S90

Apesar de não terem o alcance de zoom de uma megazoom compacta, a qualidade de imagem normalmente é melhor; você não tem a distorção que aparece algumas vezes com o zoom no máximo. Essas câmeras também geralmente possuem aberturas maiores, por isso você consegue alcançar uma grande profundidade de campo e fotografar em velocidades do obturador maiores.

Câmeras domésticas (“point-and-shoot”) básicas

Pontos fortes: muito fáceis de usar; pequenas o bastante para caber no bolso da sua calça; normalmente possuem um grande número de modos de cena que selecionam automaticamente as configurações corretas para obter as melhores imagens de acordo com as condições do ambiente.

Pontos fracos: normalmente não possuem controles manuais; qualidade da imagem não é nada fora do comum, chegando a medíocre em condições de luz baixa; “excesso” de megapixels.

Uma câmera doméstica básica é uma escolha óbvia para qualquer pessoa que apenas quer ter uma câmera sempre em mãos; a maioria delas até grava vídeos em HD (em 720p) agora. A automação na câmera está ficando cada vez melhor, o significa que esses aparelhos basicamente funcionam sozinhos; você não tem controles manuais para fazer um ajuste fino em suas imagens, mas essas câmeras normalmente possuem modos automáticos muito bons e modos de cena que escolhem as configurações apropriadas para a sua fotografia.

Essas câmeras possuem sensores pequenos, por isso não caia na armadilha de comprar um modelo barato com uma contagem muito alta de megapixels. Ter mais megapixels em um sensor pequeno normalmente produz ruído nas imagens, especialmente quando você está fotografando com ISO mais alto em situações de pouca luz.

Apesar de não oferecem o mesmo alcance de zoom ótico que uma câmera mais cara, uma boa coisa para se ficar de olho em uma point-and-shoot básica é a cobertura grande-angular (idealmente por volta de 28mm). Isso é muito conveniente para fotos de grupo, auto retratos e fotografias de paisagem.

Câmeras domésticas resistentes
Exemplos: Panasonic Lumix DMC-TS2PU

Pontos fortes: imune à quedas, água, frio extremo e areia.

Pontos fracos: normalmente possuem menos recursos do que uma point-and-shoot comum; às vezes produzem imagens com menor qualidade.

Essas são câmeras sob medida para os entusiastas de esportes radicais, montanhistas, mergulhadores e os desajeitados de plantão. Há uma boa variedade de câmeras à prova d’água, de gelo, de queda e de poeira disponíveis no mercado, e elas são ótimas para tirar fotos de animais marítimos, levar para a praia ou até para uma possível viagem de snowboard ou esqui.

Lumix TS2PU - 360px

Panasonic Lumix DMC-TS2PU

Em razão de seus visuais únicos e conjuntos de recursos algumas vezes sem graça, essas câmeras não são a primeira escolha para o uso no dia-a-dia. A qualidade de imagem pode ser um pouco inconsistente também: elas são fortes, mas normalmente não têm os melhores ou maiores sensores de imagem. Mas são duráveis, e às vezes isso pode ser o mais importante.

Dicas de compras de câmeras digitais

Escolha os “megapixels” de acordo com seu uso: a maioria das câmeras domésticas oferece sensores de pelo menos 5 megapixels, o que é bastante para produzir impressões de 27x35cm. Câmeras com mais megapixels produzirão imagens impressas ainda maiores e permitirão que você amplie uma parte da imagem com menos probabilidade da impressão ficar borrada. Se você planeja imprimir fotos apenas em 10x15cm, não precisa fotografar na maior resolução da máquina - e como resultado poderá colocar mais imagens em seu cartão de memória.

Prefira pilhas recarregáveis e um carregador: pilhas/baterias descartáveis representam um custo maior com o passar do tempo. Algumas câmeras podem usar pilhas AA de qualquer tipo - descartável ou recarregável. Essa habilidade pode ser útil se as suas pilhas recarregáveis se esgotarem e você não quiser (ou não puder) esperar a recarga: pare na primeira farmácia, compre um par de pilhas alcalinas e continue fotografando!

Ignore o zoom digital: a maioria das câmeras oferece um zoom ótico de pelo menos 3X - e algumas chegam aos 30X. Mas algumas vezes as fabricantes anunciam um zoom total que inclui o zoom digital, que você deve desconsiderar: zoom digital produz imagens com qualidade inferior às produzidas com um zoom ótico.

Procure por um auxílio de foco sob pouca luz: muitas câmeras possuem lâmpadas auxiliares que as ajudam a focar em situações de pouca luz. Isso é algo importante na hora de tirar fotos internas.

Teste a câmera antes de comprar: algumas máquinas possuem comandos e menus que são mais fáceis de usar do que outras, e isso é algo que você só vai saber após um teste em mãos. Também avalie o tempo entre o apertar do disparador e o momento em que a câmera realmente tira a fotografia. Teste o zoom da lente - ele opera da maneira rápida e suave? Descubra o tempo que é preciso esperar para gravar as imagens. E também teste o visor LCD - à luz do dia se possível, com sol - para determinar o quão legível ele é.

Invista em um leitor de cartão de memória ou um dock para a câmera: um leitor de cartão de memória age como um HD externo plugado ao seu PC ou notebook, permitindo que você baixe as imagens diretamente do cartão de memória. Muitos notebooks mais novos possuem uma ou mais entradas de cartão de memória embutidas, assim como algumas impressoras jato de tinta. Algumas câmeras vêm com um dock ou oferecem um como uma opção, uma espécie de “berço” onde você simplesmente encaixa a câmera e ela se conecta ao PC. Alguns deles trazem um botão dedicado para descarregar as novas fotos em seu cartão de memória, e ttambém carregam a bateria da câmera.

Compre um segundo cartão de memória: se você tem um segundo cartão de memória, pode continuar fotografando enquanto baixa as imagens, em vez de precisar manter a câmera presa ao seu PC. Além disso, não precisará se preocupar tão cedo em ficar sem espaço (e perder sua foto perfeita).

Verifique no manual da câmera o tipo e a capacidade dos cartões de memória suportados, mas não precisa exagerar com um cartão de 16 GB ou mais. Um cartão de 2 GB, por exemplo, comporta mais de 300 imagens em uma câmera de 7 MP.

Fonte: PC World