quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Sebrae lança cursos gratuitos a distância sobre Redes Sociais
Os novos cursos — e todas as opções de EAD do Sebrae-SP — são gratuitos e podem ser acessados pelo www.sebraesp.com.br/ead. Após a conclusão de cada curso, é emitido um certificado. O material didático é disponibilizado para download ou impressão.
"Os dois cursos focam no planejamento e na compreensão do conceito de sustentabilidade e rede social. É muito comum entre os pequenos negócios a adoção dessas práticas sem qualquer conhecimento e estratégia prévia", explica Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP.
Caetano informa que o curso de Sustentabilidade auxiliará o empreendedor a fazer um diagnóstico de seu negócio para identificar pontos que precisam ser trabalhados em prol da sustentabilidade.
No curso de Redes Sociais, ele acrescenta, a preocupação é demonstrar aos empresários que essas plataformas de relacionamento representam oportunidades, mas exigem planejamento.
Fonte: TI Inside
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Como ter um ambiente de trabalho produtivo
O ambiente de trabalho que estimula a produtividade deve:
Ser bonito e organizado
Ninguém se sente motivado a trabalhar em um local feio, sujo, bagunçado ou escuro demais. “A organização visual estimula a criatividade e a inovação”, afirma o especialista em produtividade da consultoria Triad PS Christian Barbosa.
Ser espaçoso
Quanto mais próximas umas das outras as pessoas estiverem, maior a chance de ocorrerem interrupções desnecessárias. “Uma baia próxima da outra pode gerar interferências e desviar a atenção de quem está tentando trabalhar com foco”, exemplifica a consultora em estratégia humana Andrea Piscitelli.
Ser silencioso
Não é que o local de trabalho deve parecer um templo budista ou ter o silêncio sepulcral de uma biblioteca. Mas conversas em excesso e pequenos ruídos podem atrapalhar bastante quem precisa de concentração para cumprir uma tarefa.
“Muitas vezes, as pessoas precisam ter melhores códigos de conduta nestes espaços, como por exemplo: deixar o celular no silencioso ou vibracall, falar num tom de voz moderado ao telefone e, inclusive, quando em conversas presenciais, tentar sair da célula para não atrapalhar os colegas”, afirma Andrea.
Ser clean
Muita informação distrai. “Ambientes muito poluídos visualmente desviam a atenção do olhar quase o tempo todo e, consequentemente, tiram o foco do que é prioridade”, diz Andrea. Mas isso não quer dizer que não é permitido sequer colocar um quadro na parede, ou uma planta em cima da mesa - nada de tão radical - afinal, os ambientes bonitos também estimulam a produtividade.
“Você tem todo o direito de personalizar a sua célula ou mesa, mas lembre-se que menos é mais! Escolha uma foto que te faz feliz, um acessório ou objeto que tenha a sua personalidade e, no mais, trabalhe com a área "limpa" de fatores que lhe distraem”, aconselha Andrea.
Ser “leve”
Pessoas que se respeitam trabalham mais felizes. “Quando o ambiente é leve e respeitoso, as pessoas produzem mais e melhor. E, ao contrário, um clima mais pesado e tenso pode causar perdas de até 20% da produtividade”, diz Andrea.
Ter um volume de interrupções controlado
É claro que, para que um time alcance o sucesso, é preciso que as pessoas se comuniquem bem - e comunicação gera interrupções. Mas se alguém é interrompido o tempo todo, acaba não conseguindo cumprir suas tarefas. Para evitar interrupções desnecessárias, Barbosa recomenda que o maior número de informações possível seja compartilhado e que os novos funcionários sejam devidamente treinados.
“Se o conteúdo está disponível e cada um sabe bem o que é preciso fazer, não há necessidade de os superiores pararem seu trabalho para delegar ou explicar tarefas”. Além disso, ele diz que ter processos e tarefas bem documentados também pode ajudar. “Assim, cada um pode fazer por si próprio”, afirma.
Ter um e-mail eficiente
“Mensagens desnecessárias, nas quais todo mundo é copiado e e-mails que ficam o tempo todo abertos criam um clima de ansiedade. Um volume de informação muito grande também compromete a produtividade”, afirma Barbosa.
Não ter reuniões em excesso
Há problemas e situações em que só é possível chegar a uma solução se todos os envolvidos tomares decisões juntos. Reuniões demais, porém, não contribuem nada para a produtividade de uma equipe, muito pelo contrário. “Quando se reúnem demais, as pessoas acabam sem tempo para executar as suas tarefas. Sem contar aquelas reuniões em que não se chega a lugar nenhum”, diz Barbosa.
Proporcionar o uso eficiente da tecnologia
Não se trata de utilizar equipamentos ultramodernos, mas sim de ferramentas usadas no dia a dia. “São pequenas coisas que podem melhorar. Muitos programas do Windows, por exemplo, tem alguns macetes que quase ninguém conhece e que ‘fazem’ tempo”, conta Barbosa.
Ter um sistema de colaboração
Trata-se de uma ferramenta ou sistema que informe “o que cada um está fazendo e qual é o prazo em que a tarefa deve ser concluída, para que isso não precise ser feito no boca a boca”, explica Barbosa.
Fonte: Exame
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Garantia de CDB e LCI passa de 70 mil para 250 mil reais
Isso significa que, de agora em diante, quem tem dinheiro em conta corrente, caderneta de poupança, CDBs, LCIs ou LCAs de qualquer instituição financeira tem uma quantia muito maior garantida caso o banco passe por problemas financeiros.
Em outras palavras, se o banco quebrar, o FGC garante todo o dinheiro depositado nesses produtos financeiros em um limite de até 250 mil reais por CPF, por instituição financeira. Antes, se tivesse 200 mil reais aplicado em um CDB e o banco fosse à lona, o investidor só receberia de volta 70 mil reais.
Outra novidade implementada nesta tarde é que, antes, dependentes e beneficiários de contas conjuntas tinham direito à cobertura de 70 mil reais cada um (por CPF). Agora, contas conjuntas têm cobertura de 250 mil reais, independentemente de haver ou não dependentes, e a quantia deve ser dividida entre os titulares.
Em nota divulgada à imprensa nesta tarde, o Conselho de Administração do FGC informou que “As modificações do Regulamento, as quais, entre outras, alteram o valor da garantia ordinária do FGC para R$ 250 mil, passarão a ser aplicadas a partir das futuras Intervenções ou Liquidações Extrajudiciais que porventura forem decretadas pelo Banco Central do Brasil”.
Isto é, quem investiu em bancos como Cruzeiro do Sul e BVA continuará com cobertura apenas até 70 mil reais.
Para especialistas em finanças pessoais, a novidade é muito boa para o investidor e também para os bancos médios. “Vejo essa decisão com bons olhos. É uma medida para trazer mais segurança e tranquilidade para o investidor”, observa o professor William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV.
A cobertura do FGC é válida para instituições financeiras de qualquer porte, mas para os bancos médios, trata-se da principal garantia dos clientes investidores.
Esses bancos são mais suscetíveis aos soluços do mercado que os bancos grandes, e por isso mesmo seus títulos (CDBs e LCIs, por exemplo) são mais rentáveis para o investidor. Com o aumento da cobertura do FGC, será mais fácil para esses bancos atrair investidores.
Fonte: Exame
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Estatais reforçam caixa do governo, mas fonte já dá sinais de se esgotar
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Receita Federal pretende cobrar impostos sobre o lucro retroativo a 2008
Ideologia Restritiva ao investimento privado gera custo de R$212 bilhões
O empenho do Tesouro, de bancos públicos e de fundos de pensão para convencer o empresariado a investir em estradas, portos, aeroportos e ferrovias, a despeito de indefinições contratuais e de riscos regulatórios e econômicos, já representa uma conta de R$ 212 bilhões a ser paga ao longo de 30 anos, concentrada nos cinco primeiros. Isso sem falar na garantia de financiamento de até 70% de dezenas de empreendimentos, que alcançam R$ 250 bilhões.
Tudo isso, no entanto, parece ser insuficiente para estimular o investidor, mesmo com o doloroso processo de fatiamento do ousado pacote logístico, trecho por trecho, lote por lote. Para especialistas ouvidos pelo Correio, a maior parte desse custo bilionário vem da desconfiança em relação ao intervencionismo estatal. Não por acaso, o país caiu oito posições no último ranking de competitividade do World Economic Forum (WEF). A insegurança jurídica foi apontada como principal motivo da queda.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
70% dos brasileiros não tomam cuidado ao "emprestar o nome" para terceiros
A prática de "emprestar o nome" É mais comum entre os consumidores inadimplentes. Pelo menos 20% dos inadimplentes admitem ter o costume de emprestar o próprio nome a terceiros e, dentre esse percentual, 96% reconhecem que não se resguardam contra eventuais riscos de calote, uso indevido do nome ou a possibilidade de ficar com o nome negativado.
Apenas 2% afirmaram que elaboram um contrato com o solicitante, 2% ficam com um cheque pré-datado e menos de 1% fazem uma nota promissória.
A mesma pergunta feita aos adimplentes. Estes consumidores são mais cautelosos, já que cerca de 9% emprestam o nome, sendo 69% não se resguardam com nenhuma garantia. Entre os que buscam, 15% firmam contrato entre as partes, 7% recebem um cheque pré-datado, 5% retém o documento do "tomador do nome" e 3% emitem uma nota promissória.
Segundo a pesquisa, 45% dos entrevistados se sentiriam constrangidos em cobrar a divida atrasada de algum parente que lhes estivessem devendo. "O consumidor que acaba cedendo aos pedidos, precisa ter em mente que geralmente a pessoa que pede esse tipo de favor já tem o próprio nome com restrição, ou seja, ele já demonstra de antemão que tem dificuldade em pagar suas contas."
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
STF considera exagerada multa de 25%
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Regras do Vale do Silício que nossas startups podem copiar
Camila Farani, diretora da Gávea Angels e co-fundadora da Lab 22, tem investimento em startups no Brasil e no Vale e acredita que isso ajuda a entender como melhorar o mercado nacional. “Isso acaba dando uma riqueza muito grande e a gente consegue entender onde está o berço desse sistema, consegue fazer um cruzamento com nossos empreendedores”, indica.
Para Cassio Spina, investidor-anjo e fundador da Anjos do Brasil, a união de agentes importantes possibilitam tanta inovação e empreendedorismo. “O Vale do Silício é um ambiente hoje muito consolidado. Tem todos os agentes importantes muito conectados e bem desenvolvidos: o ambiente universitário de pesquisa, empresas de tecnologia de ponta que ajudam o potencial empreendedor a ter experiência profissional e o ambiente de investimento”, explica.
Veja quais regras vigoram no Vale do Silício que poderiam ser seguidas também no Brasil para ter um ambiente melhor para startups.
1. Entenda o empreendedorismo
Uma cultura empreendedora não nasce da noite para o dia, mas pode ir sendo desenvolvida aos poucos. “O americano estuda empreendedorismo nas bases, é um movimento de início. Isso gera alguma deficiência e atraso aos nossos empreendedores”, explica Camila.
Buscar capacitação, pesquisar e mapear o mercado são formas de se manter em contato com o empreendedorismo.
2. Busque oportunidades
O empreendedor do Vale está o tempo inteiro fazendo mapeamentos, entendendo onde pode melhorar e onde estão as grandes oportunidades. Esse é um fluxo contínuo, segundo Camila. “Eles estão sempre tentando entender onde eles teriam uma vantagem competitiva. Aqui [no Brasil], somos muito mais estimulados a copiar, adaptar, e não a entender qual é a vantagem competitiva. Diferenciação é tudo no negócio”, diz a investidora.
3. Valide sua ideia
Uma ideia não vale nada se não se provar útil e vantajosa para o seu público. “O que a gente vê lá é que o empreendedor tem um trabalho prévio antes de levar o projeto para o investidor ou para o mercado. É um trabalho de preparação do seu projeto”, indica Spina.
Esse processo não é apenas de planejamento, mas também de validação de suas hipóteses. “Eles têm muita validação perante o público potencial, vão atrás, conversam com muitos que atuam nesse mercado ou com clientes potenciais pata ter uma visão muito claro do que o mercado quer”, indica.
4. Não fuja de metas claras
Não é preciso ter metas para os próximos cinco anos, mas pelo menos um ano de objetivos bem definidos pode ser útil. “Pela cultura que ele vive, pela organização, o empreendedor tem metas muito claras. No mercado brasileiro, ele se perde nas metas. Quando está atribulado com vários outros assuntos e funções ele acaba se perdendo da parte estratégica”, diz Camila.
Focar naquilo que realmente é prioridade é essencial. Se não conseguir se dividir entre operação e estratégia, vale a pena ter alguém para equilibrar esta equação.
5. Tenha mentores
Prática muito comum lá fora, poucos brasileiros buscam mentores para suas startups. “Uma coisa muito comum quando vai começar, além de definir os cofundadores, é buscar mentores para o negócio que sejam complementares ao seu próprio conhecimento”, indica Spina. Vale procurar um ex-chefe, um colega ou mesmo um executivo mais experiente que esteja disposto a participar do projeto.
6. Seja dinâmico
Estar pronto para reagir em situações adversas depende de flexibilidade. “Em um mercado dinâmico, como o de tecnologia, seu negócio pode parecer sustentável hoje e ser obsoleto no outro dia. Os empresários do Vale se tornam flexíveis”, diz Camila. Para isso, ela explica que é preciso aceitar o ‘não’, interagir com as pessoas e criar um ambiente de trabalho onde as ideias vão ser sempre bem vindas.
7. Aprenda a conviver com o fracasso
Nos Estados Unidos, o fracasso em um projeto pode ser visto com bons olhos, como um sinal de experiência e aprendizado. No Brasil, os empreendedores ainda não convivem bem com isso. “O erro não te define, ele vai te refinar. O medo do fracasso não pode te impedir de tentar algo novo. Se as coisas não funcionarem, adapta, recarrega e tenta novamente”, define Camila.
terça-feira, 20 de agosto de 2013
4 mitos sobre internet que os empreendedores ainda seguem
domingo, 4 de agosto de 2013
Fisco isenta sócio de serviços de IRPF
sábado, 3 de agosto de 2013
Startup estreia em São Paulo conceito de lavanderia 100% online
A nova empresa busca e entrega o material no local de moradia dos usuários, sem custo adicional, define 2 dias úteis para entrega das roupas e fornece sacola para armazenamento de roupa suja, segundo Ludmila Viana, fundadora da startup
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
De acordo com o gerente de Tributos Diretos da Subsecretaria de Receita, Heber Botelho, a Fazenda recebe em média 600 solicitações desse tipo por mês, e sem os processos o setor responsável (que conta com apenas oito servidores) poderá trabalhar outras pendências, dando mais agilidade às demandas.
“Ganha a SEF, o cartório e o contribuinte que, na maioria dos casos, não vão mais precisar nos procurar para protocolar os processos e recolher o tributo devido. Já os cartórios por não dependerem mais da nossa análise, que hoje tem prazo de, em média, 100 dias, e que com a nova ferramenta cairá para uma semana”, afirmou Botelho.
A inovação permite ainda o cálculo de qualquer percentual sobre a transação dos tributos citados (ITBI e ITCD) pelo tabelião, na abertura do processo, diferentemente de antes quando era permitida somente a cobrança de 100% do imposto no procedimento. A Fazenda não precisará mais ser procurada para análise do inventário, por exemplo.
Recadastramento dos cartórios
Para ter acesso ao sistema é necessário agendar o recadastramento (dos Cartórios de Notas), junto à Gerência de Tributos Diretos da Receita pelos telefones (61) 3312-8342 e 3312-8127, das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira. O treinamento será realizado no edifício sede da SEF (SBN Qd. 2, Bloco A, Ed. Vale do Rio Doce, 8° andar).
Segundo a Gerência de Tributos Diretos, os locais que já utilizam a ferramenta houve boa aceitação da mudança e não há registro de reclamações dos operadores.
Fonte: SEFAZ-DF
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Governo quer criar site para unificar registro de empresas
A ideia faz parte do pacote de medidas elaborado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com o objetivo de reduzir a burocracia e melhorar o ambiente de negócios no Brasil.
Guilherme Afif Domingos, que comanda o 39º e mais recente ministério do governo Dilma Rousseff, disse à Folha que pretende colocar em funcionamento, um ano, um portal na internet que irá oferecer serviços e informações às empresas.
De forma a reduzir o tempo gasto para abrir um negócio, o ministro pretende concentrar nesse portal todo o processo de registro e legalização das empresas.
Pela internet, o empreendedor poderá solicitar a abertura do negócio, obter a permissão da prefeitura, o registro na Junta Comercial, a inscrição no CNPJ e licenças de funcionamento. A proposta já foi apresentada a Dilma.
Para que tudo isso ocorra, o governo federal terá que interligar os sistemas das juntas comerciais e da Receita Federal, além de municípios e órgãos estaduais de licenciamento de atividades, como bombeiros, vigilância sanitária e ambiente.
A medida valerá para empresas de qualquer porte, mas o foco principal da equipe de Afif é reduzir o peso da burocracia sobre os micro e pequenos empreendimentos.
O desenvolvimento do portal começou a ser discutido na semana passada com o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa ligada ao Ministério da Fazenda. A montagem do portal deve consumir oito meses e R$ 20 milhões.
"O grosso das pequenas e médias empresas estará atendido aqui e o Brasil conseguirá ficar entre os 30 países com bons ambientes para negócios", disse Afif. O Brasil ocupa atualmente a 130ª posição entre os 185 países do ranking do Banco Mundial sobre condições de negócios pelo mundo.
ENTRAVES
Além das dificuldades naturais de fazer esse tipo de interligação de sistemas, o histórico do governo federal em tirar do papel seus projetos é outro fator que joga contra o cronograma do ministro.
O pacote de R$ 133 bilhões em concessões de rodovias e ferrovias, lançado em agosto de 2012 como prioridade do Executivo, não andou no prazo estimado. Pelo cronograma inicial, os contratos dos empreendimentos que seriam repassados à iniciativa privada deveriam estar assinados em setembro deste ano. Nenhum trecho foi licitado até agora.
O marco regulatório para o setor de mineração levou cinco anos apenas para ser encaminhado ao Congresso. Não há data prevista para a aprovação das novas regras.
Fonte: Folha
quarta-feira, 31 de julho de 2013
China planeja quadruplicar geração de energia solar até 2015
segunda-feira, 29 de julho de 2013
O que acontece ao acionista quando a empresa fecha o capital
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Vivemos uma bolha?
O que se dizia então era que a internet seria capaz de produzir milagres, como aproximar as pessoas e tornar o mundo mais pacífico. Naquela onda, não foi difícil convencer investidores a colocar fortunas em empresas mal saídas da garagem. Um punhado delas — como Google e Facebook — de fato aconteceu, mas milhares viraram pó.
E os investidores perderam bilhões de dólares quando a bolsa estourou, em 2000. Isso não impediu que o mundo voltasse rapidamente a acreditar em novos milagres. Pouco depois da bolha da internet, os americanos e os europeus embarcaram numa outra bolha, a imobiliária — que foi a origem da grave crise de 2008.
Há quem veja semelhanças entre o que ocorreu nos países desenvolvidos e o que está acontecendo no Brasil hoje. Como lá fora, os preços dos imóveis brasileiros, em quase todo lugar, estão subindo mais do que a renda, a inflação e qualquer outro indicador do mercado financeiro.
É bolha? Ou a alta é explicada por um conjunto de fatores positivos, como salários em alta, desemprego baixo e disponibilidade de crédito, depois de mais de uma década de dinheiro contado? Um estudo exclusivo da consultoria Bain&Company dá bons argumentos para quem não vê nada de anormal no mercado imobiliário brasileiro.
A pesquisa mapeou as principais características que marcaram a expansão do mercado imobiliário nos Estados Unidos, no Canadá e em cinco países europeus. O objetivo era identificar o que deu errado nos lugares em que houve uma bolha e como se comportaram os mercados “saudáveis” — e então mostrar qual dos cenários está mais próximo da realidade brasileira.
Foram analisados seis indicadores, como endividamento médio da população, acesso a financiamento e evolução dos preços. “Não adianta olhar a inadimplência, que só aumenta quando já existe um problema. Fomos atrás de números que mostram os problemas quando eles ainda estão se formando”, diz Rodolfo Spielmann, sócio da Bain e coordenador do estudo.
Ao analisar os indicadores em conjunto, a conclusão da consultoria é que não há bolha aqui. Mas há números vistos como “preocupantes” — que podem complicar a situação do mercado nos próximos anos.
Do lado positivo, a Bain destaca as condições do crédito imobiliário no Brasil. O volume de financiamentos cresceu de forma acelerada nos últimos oito anos: passou de 3 bilhões de dólares, em 2004, para quase 83 bilhões, em 2012. Ainda assim, representa apenas 6% do produto interno bruto, um dos menores percentuais do mundo.
Nos países que passaram por bolhas imobiliárias e fazem parte do estudo da Bain — Espanha, Estados Unidos, Irlanda, Portugal e Reino Unido —, a proporção média é de 76%. Além disso, os bancos brasileiros continuam rigorosos ao emprestar.
Exigem, em geral, uma entrada de quase 40% do valor do imóvel — lá fora, era comum que o cliente levasse 100% e um troco para reformar e decorar a nova casa — e oferecem prazos de pagamento do crédito inferiores a 30 anos (na Espanha, o prazo máximo chegou a 50 anos).
O aspecto mais preocupante da pesquisa é justamente o que mais chama a atenção de quem está tentando comprar ou vender um imóvel: o aumento expressivo dos preços. Dados do Banco Central mostram que a alta média de 2003 para cá foi 108% superior ao aumento da renda da população.
Em nenhum dos países do levantamento da Bain houve uma valorização tão grande — os maiores percentuais foram os da Espanha e da Portugal, que ficaram abaixo de 80%. “Se analisado de forma isolada, esse número, realmente, é alarmante. Mas é preciso olhá-lo junto com outros indicadores e levar em conta o passado do Brasil”, diz Spielmann.
Entre o fim dos anos 80 e o começo dos anos 2000, o mercado imobiliário ficou praticamente parado no Brasil. A disponibilidade de crédito era baixíssima. Sem dinheiro, as incorporadoras construíam pouco, e quem queria comprar uma casa era obrigado a pagar quase tudo à vista, o que tornava a compra inviável para muita gente. Como a demanda era pequena, os preços subiam pouco.
A partir de 2004, a melhoria do arcabouço jurídico do crédito imobiliário levou os bancos a voltar a emprestar. Além disso, a queda dos juros barateou os financiamentos, o que inclui mais pessoas no time de potenciais compradores.
“A alta de preços nesse período foi, na verdade, uma correção”, diz Luiz Antonio França, diretor do banco Itaú. Numa comparação internacional, os imóveis aqui ainda não estão caros. O valor médio de um imóvel no Brasil corresponde a 5,1 vezes a renda anual média, metade do número dos países analisados no estudo da Bain.
O problema é o que acontecerá se os preços continuarem subindo. Outro levantamento, feito anualmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas em parceria com EXAME, mostra que a valorização dos imóveis continua, mas em ritmo menor do que no passado. De 2008 a 2011, os preços aumentaram à média anual de 20% a 30%.
Em 2012, a alta ficou abaixo de 15% — e, em algumas cidades, houve queda de preço. Mas vai continuar assim? Qual é a chance de os valores caírem em mais lugares? É possível que os imóveis voltem a valorizar como no passado? A Bain fez uma série de projeções para o mercado até 2017. O cenário mais provável é que os preços passem a subir menos do que a renda.
“Demanda existe, mas, como os valores já aumentaram muito, o consumidor não tem mais tanto fôlegocomo no passado. Por isso, está mais cauteloso”, diz Sérgio Freire, presidente da corretora Brasil Brokers.
Além disso, os brasileiros estão muito mais endividados do que há cinco anos, o que reduz o espaço para novos financiamentos — em média, 22% da renda das famílias está comprometida com o pagamento de algum empréstimo, um patamar próximo ao dos países problemáticos que foram estudados.
E se tudo der errado? Uma bolha se forma quando há financiamento acessível — é isso que permite que mais pessoas tenham condições de comprar, o que eleva os preços. Nos Estados Unidos, a euforia começou quando o Federal Reserve, banco central do país, cortou os juros para estimular a economia, e os bancos passaram a emprestar com taxas reduzidas.
Como a rentabilidade da renda fixa era baixa, os americanos usavam esse crédito barato para aplicar em imóveis. Contratavam o financiamento por 30 anos, para que as prestações não fossem altas, na esperança de revender a casa ou o apartamento com lucro meses depois. Em tese, nada de errado.
Aliás, o esquema deu certo por anos. Muitos investidores ganharam dinheiro e os bancos foram emprestando cada vez mais, só que para pessoas com menos condições financeiras para comprar. Em 2007, a inadimplência começou a subir e as fragilidades do modelo vieram à tona — nos Estados Unidos e também na Europa, que viveu um fenômeno semelhante.
Instituições financeiras tiveram de ser socorridas pelos governos até que, em setembro de 2008, o banco Lehman Brothers quebrou e detonou a fase mais aguda da crise internacional. O Brasil, evidentemente, está longe de passar por isso. Os juros por aqui são muito maiores do que lá fora. E não há sinais de que os bancos estejam dispostos a sair emprestando sem critério. Mais argumentos para a turma do “está tudo bem”.
Fonte: Exame.com