quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Sebrae lança cursos gratuitos a distância sobre Redes Sociais

O Sebrae incluiu em seu programa de educação a distância (EAD) os cursos de Redes Sociais e Sustentabilidade com conteúdo voltado exclusivamente para empresários de micro e pequenos negócios.

Os novos cursos — e todas as opções de EAD do Sebrae-SP — são gratuitos e podem ser acessados pelo www.sebraesp.com.br/ead. Após a conclusão de cada curso, é emitido um certificado. O material didático é disponibilizado para download ou impressão.

"Os dois cursos focam no planejamento e na compreensão do conceito de sustentabilidade e rede social. É muito comum entre os pequenos negócios a adoção dessas práticas sem qualquer conhecimento e estratégia prévia", explica Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP.

Caetano informa que o curso de Sustentabilidade auxiliará o empreendedor a fazer um diagnóstico de seu negócio para identificar pontos que precisam ser trabalhados em prol da sustentabilidade.

No curso de Redes Sociais, ele acrescenta, a preocupação é demonstrar aos empresários que essas plataformas de relacionamento representam oportunidades, mas exigem planejamento.

Fonte: TI Inside

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Como ter um ambiente de trabalho produtivo

Produzir muito, com qualidade e em pouco tempo. Qual a empresa que não gostaria de ter funcionários que consigam realizar com sucesso essa tarefa? Para alcançar o feito, porém, é preciso criar condições propícias: espaço físico, ferramentas e comportamento das pessoas têm influência direta nos resultados de uma organização.


O ambiente de trabalho que estimula a produtividade deve:

Ser bonito e organizado


Ninguém se sente motivado a trabalhar em um local feio, sujo, bagunçado ou escuro demais. “A organização visual estimula a criatividade e a inovação”, afirma o especialista em produtividade da consultoria Triad PS Christian Barbosa.

Ser espaçoso
Quanto mais próximas umas das outras as pessoas estiverem, maior a chance de ocorrerem interrupções desnecessárias. “Uma baia próxima da outra pode gerar interferências e desviar a atenção de quem está tentando trabalhar com foco”, exemplifica a consultora em estratégia humana Andrea Piscitelli.

Ser silencioso


Não é que o local de trabalho deve parecer um templo budista ou ter o silêncio sepulcral de uma biblioteca. Mas conversas em excesso e pequenos ruídos podem atrapalhar bastante quem precisa de concentração para cumprir uma tarefa.

“Muitas vezes, as pessoas precisam ter melhores códigos de conduta nestes espaços, como por exemplo: deixar o celular no silencioso ou vibracall, falar num tom de voz moderado ao telefone e, inclusive, quando em conversas presenciais, tentar sair da célula para não atrapalhar os colegas”, afirma Andrea.

Ser clean


Muita informação distrai. “Ambientes muito poluídos visualmente desviam a atenção do olhar quase o tempo todo e, consequentemente, tiram o foco do que é prioridade”, diz Andrea. Mas isso não quer dizer que não é permitido sequer colocar um quadro na parede, ou uma planta em cima da mesa - nada de tão radical - afinal, os ambientes bonitos também estimulam a produtividade.

“Você tem todo o direito de personalizar a sua célula ou mesa, mas lembre-se que menos é mais! Escolha uma foto que te faz feliz, um acessório ou objeto que tenha a sua personalidade e, no mais, trabalhe com a área "limpa" de fatores que lhe distraem”, aconselha Andrea.

Ser “leve”
Pessoas que se respeitam trabalham mais felizes. “Quando o ambiente é leve e respeitoso, as pessoas produzem mais e melhor. E, ao contrário, um clima mais pesado e tenso pode causar perdas de até 20% da produtividade”, diz Andrea.

Ter um volume de interrupções controlado


É claro que, para que um time alcance o sucesso, é preciso que as pessoas se comuniquem bem - e comunicação gera interrupções. Mas se alguém é interrompido o tempo todo, acaba não conseguindo cumprir suas tarefas. Para evitar interrupções desnecessárias, Barbosa recomenda que o maior número de informações possível seja compartilhado e que os novos funcionários sejam devidamente treinados.

“Se o conteúdo está disponível e cada um sabe bem o que é preciso fazer, não há necessidade de os superiores pararem seu trabalho para delegar ou explicar tarefas”. Além disso, ele diz que ter processos e tarefas bem documentados também pode ajudar. “Assim, cada um pode fazer por si próprio”, afirma.
Ter um e-mail eficiente

“Mensagens desnecessárias, nas quais todo mundo é copiado e e-mails que ficam o tempo todo abertos criam um clima de ansiedade. Um volume de informação muito grande também compromete a produtividade”, afirma Barbosa.

Não ter reuniões em excesso


Há problemas e situações em que só é possível chegar a uma solução se todos os envolvidos tomares decisões juntos. Reuniões demais, porém, não contribuem nada para a produtividade de uma equipe, muito pelo contrário. “Quando se reúnem demais, as pessoas acabam sem tempo para executar as suas tarefas. Sem contar aquelas reuniões em que não se chega a lugar nenhum”, diz Barbosa.

Proporcionar o uso eficiente da tecnologia


Não se trata de utilizar equipamentos ultramodernos, mas sim de ferramentas usadas no dia a dia. “São pequenas coisas que podem melhorar. Muitos programas do Windows, por exemplo, tem alguns macetes que quase ninguém conhece e que ‘fazem’ tempo”, conta Barbosa.

Ter um sistema de colaboração


Trata-se de uma ferramenta ou sistema que informe “o que cada um está fazendo e qual é o prazo em que a tarefa deve ser concluída, para que isso não precise ser feito no boca a boca”, explica Barbosa. 


Fonte: Exame

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Garantia de CDB e LCI passa de 70 mil para 250 mil reais

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) elevou, nesta terça-feira, seu limite de cobertura de 70 mil para 250 mil reais para cadernetas de poupança, depósitos à vista ou a prazo e outros títulos. É o caso de CDBs e Letras de Crédito Imobiliário (LCI). A cobertura também foi estendida às Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), antes excluída da lista de produtos cobertos.

Isso significa que, de agora em diante, quem tem dinheiro em conta corrente, caderneta de poupança, CDBs, LCIs ou LCAs de qualquer instituição financeira tem uma quantia muito maior garantida caso o banco passe por problemas financeiros.

Em outras palavras, se o banco quebrar, o FGC garante todo o dinheiro depositado nesses produtos financeiros em um limite de até 250 mil reais por CPF, por instituição financeira. Antes, se tivesse 200 mil reais aplicado em um CDB e o banco fosse à lona, o investidor só receberia de volta 70 mil reais.

Outra novidade implementada nesta tarde é que, antes, dependentes e beneficiários de contas conjuntas tinham direito à cobertura de 70 mil reais cada um (por CPF). Agora, contas conjuntas têm cobertura de 250 mil reais, independentemente de haver ou não dependentes, e a quantia deve ser dividida entre os titulares.

Em nota divulgada à imprensa nesta tarde, o Conselho de Administração do FGC informou que “As modificações do Regulamento, as quais, entre outras, alteram o valor da garantia ordinária do FGC para R$ 250 mil, passarão a ser aplicadas a partir das futuras Intervenções ou Liquidações Extrajudiciais que porventura forem decretadas pelo Banco Central do Brasil”.

Isto é, quem investiu em bancos como Cruzeiro do Sul e BVA continuará com cobertura apenas até 70 mil reais.

Para especialistas em finanças pessoais, a novidade é muito boa para o investidor e também para os bancos médios. “Vejo essa decisão com bons olhos. É uma medida para trazer mais segurança e tranquilidade para o investidor”, observa o professor William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV.

A cobertura do FGC é válida para instituições financeiras de qualquer porte, mas para os bancos médios, trata-se da principal garantia dos clientes investidores.

Esses bancos são mais suscetíveis aos soluços do mercado que os bancos grandes, e por isso mesmo seus títulos (CDBs e LCIs, por exemplo) são mais rentáveis para o investidor. Com o aumento da cobertura do FGC, será mais fácil para esses bancos atrair investidores.


Fonte: Exame

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Estatais reforçam caixa do governo, mas fonte já dá sinais de se esgotar

Com a arrecadação de impostos crescendo em ritmo lento, o governo voltou a recorrer, no mês passado, aos recursos de suas empresas para reforçar o caixa.No entanto, esse expediente também dá sinais de exaustão: nos primeiro oito meses do ano, a receita com dividendos das estatais foi a menor para o período desde 2008. 


Dados preliminares apontam que o Tesouro Nacional recebeu R$ 4,8 bilhões das principais empresas federais em agosto, o maior montante mensal do ano -mas abaixo dos R$ 5,8 bilhões de agosto do ano passado. 

Ainda que o valor esteja sujeito a ajustes, o total do ano, em torno de R$ 12,6 bilhões, é bem inferior aos R$ 16,1 bilhões obtidos em 2012. 

Nas contas da própria área econômica, não há mais como extrair tanto dinheiro das estatais, até porque em empresas como Petrobras e Eletrobras, desgastadas pelo controle de tarifas, os lucros estão mais magros. 

O encolhimento dessa fonte de recursos torna mais difícil o cumprimento das metas fiscais fixadas para o ano, uma vez que a arrecadação tributária, embora em alta, ainda não apresenta os resultados esperados. 

Fonte: Folha

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Receita Federal pretende cobrar impostos sobre o lucro retroativo a 2008

A Receita Federal vai aplicar de forma retroativa a nova norma sobre o Regime Tributário de Transição (RTT). Com esse entendimento, o órgão poderá, com base na Instrução Normativa (IN) nº 1.397, cobrar impostos federais na distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio que não foram recolhidos desde 2008. A norma foi publicada na terça-feira no Diário Oficial da União (DOU).


Segundo antecipou o Valor, advogados especialistas em tributação que representam grandes empresas de capital aberto na Justiça já temiam que a norma fosse usada com esse objetivo e previam ações judiciais para questionar a instrução normativa.

A norma estabelece que estão isentos somente os dividendos pagos até o limite do lucro fiscal - aquele apurado de acordo com a regra vigente antes da alteração da Lei das Sociedades Anônimas, em 2007, pela Lei nº 11.638.

O problema atinge empresas que distribuem seus dividendos com base no lucro societário, calculado de acordo com as normas internacionais de contabilidade. Como geralmente esse lucro societário é maior do que o fiscal, o valor distribuído pode ultrapassar o limite de isenção.

Em vigor desde 2008, o RTT foi criado justamente para garantir neutralidade do ponto de vista fiscal, após a adoção das normas internacionais de contabilidade pelo Brasil. Dessa maneira, não poderia aumentar ou diminuir a arrecadação tributária.

De acordo com o subsecretário substituto de Tributação e do Contencioso da Receita Federal, Fernando Mombelli, a instrução normativa não foi feita com "intuito arrecadatório". "E tampouco temos previsão de, a curto prazo, fazer qualquer tipo de ação [força-tarefa]", disse Mombelli, acrescentando que "não há nenhuma majoração de impostos" com a nova IN".

A partir de agora, as empresas deverão apurar se distribuíram dividendos com a isenção de impostos acima do limite, segundo a instrução normativa, e informar a pessoa ou a empresa que recebeu o dinheiro para que faça uma eventual retificação. Se não for feita, multas e juros incidirão sobre o montante.

A instrução normativa atinge cerca de 600 empresas, segundo a Receita. São companhias de capital aberto e aquelas com faturamento anual superior a R$ 300 milhões e R$ 240 milhões ou mais em ativos. Mombelli não estimou, porém, o valor da possível arrecadação suplementar.

Para o subsecretário substituto de Fiscalização da Receita, Iágaro Martins, a instrução normativa não muda nada em relação aos balanços: "Só não estavam com duas contabilidades quem não estava fazendo corretamente", disse. Segundo ele, a Receita sempre esteve disponível para atender empresas com dúvidas sobre qual lucro deveria ser utilizado para a distribuição de dividendos com isenção, mas não foi procurada.

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), porém, considera um "retrocesso" a decisão da Receita de obrigar as empresas a ter duas contabilidades completas paralelas (e não apenas a reconciliação já existente, por meio do FCont), uma societária e outra fiscal. O posicionamento consta de comunicado assinado pelo presidente da entidade, Juarez Domingos Carneiro. Nele, o CFC pede a reabertura do diálogo com o Fisco "para completo reestudo do conteúdo da instrução normativa".

Fonte: artigo de Fernando Torres para o Valor Econômico

Ideologia Restritiva ao investimento privado gera custo de R$212 bilhões

Com o empresariado reticente diante do intervencionismo estatal, o governo é obrigado abrir os cofres para atrair investidores aos projetos de concessão de obras públicas. Contribuinte vai pagar a conta

A frustração na largada de uma nova fase do plano concessões na área de infraestrutura, com a absoluta ausência de interessados em um dos dois leilões de rodovias marcados para hoje, escancarou o alto preço pago pelo país em razão da ideologia restritiva ao investimento privado, manifestada pelo governo. Após reconhecer a incapacidade de tocar sozinho projetos inadiáveis, mas fixar tetos para ganhos dos futuros concessionários, o Planalto reviu editais e lançou mão de uma série de incentivos para garantir o sucesso das licitações que podem representar uma virada na economia.

O empenho do Tesouro, de bancos públicos e de fundos de pensão para convencer o empresariado a investir em estradas, portos, aeroportos e ferrovias, a despeito de indefinições contratuais e de riscos regulatórios e econômicos, já representa uma conta de R$ 212 bilhões a ser paga ao longo de 30 anos, concentrada nos cinco primeiros. Isso sem falar na garantia de financiamento de até 70% de dezenas de empreendimentos, que alcançam R$ 250 bilhões.

Tudo isso, no entanto, parece ser insuficiente para estimular o investidor, mesmo com o doloroso processo de fatiamento do ousado pacote logístico, trecho por trecho, lote por lote. Para especialistas ouvidos pelo Correio, a maior parte desse custo bilionário vem da desconfiança em relação ao intervencionismo estatal. Não por acaso, o país caiu oito posições no último ranking de competitividade do World Economic Forum (WEF). A insegurança jurídica foi apontada como principal motivo da queda.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

70% dos brasileiros não tomam cuidado ao "emprestar o nome" para terceiros

Sete em cada brasileiros não se previnem quando emprestam seu nome para terceiros realizarem compras. É o que revela um levantamento feito pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).

A prática de "emprestar o nome" É mais comum entre os consumidores inadimplentes. Pelo menos 20% dos inadimplentes admitem ter o costume de emprestar o próprio nome a terceiros e, dentre esse percentual, 96% reconhecem que não se resguardam contra eventuais riscos de calote, uso indevido do nome ou a possibilidade de ficar com o nome negativado.

Apenas 2% afirmaram que elaboram um contrato com o solicitante, 2% ficam com um cheque pré-datado e menos de 1% fazem uma nota promissória.

A mesma pergunta feita aos adimplentes. Estes consumidores são mais cautelosos, já que cerca de 9% emprestam o nome, sendo 69% não se resguardam com nenhuma garantia. Entre os que buscam, 15% firmam contrato entre as partes, 7% recebem um cheque pré-datado, 5% retém o documento do "tomador do nome" e 3% emitem uma nota promissória.
 
Familiares e amigos
 
O gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges, afirma que grande parte dos empréstimos de nome É feita para pessoas muito próximas, geralmente um familiar ou amigo e a proximidade da relação acaba sendo um dos fatores de constrangimento para a recusa do pedido.

Segundo a pesquisa, 45% dos entrevistados se sentiriam constrangidos em cobrar a divida atrasada de algum parente que lhes estivessem devendo. "O consumidor que acaba cedendo aos pedidos, precisa ter em mente que geralmente a pessoa que pede esse tipo de favor já tem o próprio nome com restrição, ou seja, ele já demonstra de antemão que tem dificuldade em pagar suas contas."

De acordo com Borges, as principais motivações para o empréstimo de nome são a restrição ao crédito - por estarem na lista de inadimplentes -, e dificuldades para obter financiamentos, devido a não comprovação de renda ou baixo limite de crédito.

O conselho do especialista É nunca emprestar o nome, mesmo que o autor do pedido seja algum parente próximo ou amigo íntimo. "Dizer "não" pode acabar com a amizade, mas se a pessoa diz "sim", corre o risco de perder não somente o amigo, mas também dinheiro e ficar com o nome sujo", finaliza Borges.
 
Fonte: InfoMoney

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

STF considera exagerada multa de 25%

Decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, reacendeu as esperanças de contribuintes que questionam multas aplicadas por falta de pagamento de tributos ou descumprimento de obrigações acessórias. Mello considerou inconstitucional a multa de 25% cobrada por Goiás de empresas que falsificam ou prestam informações erradas em notas fiscais do ICMS. Para ele, a pena é confiscatória.

"Os entes estatais não podem utilizar a extraordinária prerrogativa de que dispõem em matéria tributária para exigirem prestações pecuniárias de valor excessivo que comprometam, ou, até mesmo, aniquilem o patrimônio dos contribuintes", afirmou Mello na decisão.

De acordo com advogados, a orientação é precedente importante para discutir centenas de penalidades impostas pelos governos. A Receita Federal, por exemplo, exige multa de 150% em casos de simulação de operações.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Regras do Vale do Silício que nossas startups podem copiar

Investidores, empreendedores e boas ideias. O Vale do Silício, nos Estados Unidos, ficou conhecido por reunir em um mesmo local as condições ideias para que startups e inovadores pudessem se desenvolver. Com características muito particulares, não é simples reproduzir em outros cantos do mundo o mesmo ambiente. Mas, com apoio, é possível estabelecer ambientes favoráveis para o desenvolvimento de novos negócios.

Camila Farani, diretora da Gávea Angels e co-fundadora da Lab 22, tem investimento em startups no Brasil e no Vale e acredita que isso ajuda a entender como melhorar o mercado nacional. “Isso acaba dando uma riqueza muito grande e a gente consegue entender onde está o berço desse sistema, consegue fazer um cruzamento com nossos empreendedores”, indica.

Para Cassio Spina, investidor-anjo e fundador da Anjos do Brasil, a união de agentes importantes possibilitam tanta inovação e empreendedorismo. “O Vale do Silício é um ambiente hoje muito consolidado. Tem todos os agentes importantes muito conectados e bem desenvolvidos: o ambiente universitário de pesquisa, empresas de tecnologia de ponta que ajudam o potencial empreendedor a ter experiência profissional e o ambiente de investimento”, explica.

Veja quais regras vigoram no Vale do Silício que poderiam ser seguidas também no Brasil para ter um ambiente melhor para startups.

1. Entenda o empreendedorismo

Uma cultura empreendedora não nasce da noite para o dia, mas pode ir sendo desenvolvida aos poucos. “O americano estuda empreendedorismo nas bases, é um movimento de início. Isso gera alguma deficiência e atraso aos nossos empreendedores”, explica Camila.

Buscar capacitação, pesquisar e mapear o mercado são formas de se manter em contato com o empreendedorismo.

2. Busque oportunidades

O empreendedor do Vale está o tempo inteiro fazendo mapeamentos, entendendo onde pode melhorar e onde estão as grandes oportunidades. Esse é um fluxo contínuo, segundo Camila. “Eles estão sempre tentando entender onde eles teriam uma vantagem competitiva. Aqui [no Brasil], somos muito mais estimulados a copiar, adaptar, e não a entender qual é a vantagem competitiva. Diferenciação é tudo no negócio”, diz a investidora.

3. Valide sua ideia

Uma ideia não vale nada se não se provar útil e vantajosa para o seu público. “O que a gente vê lá é que o empreendedor tem um trabalho prévio antes de levar o projeto para o investidor ou para o mercado. É um trabalho de preparação do seu projeto”, indica Spina.

Esse processo não é apenas de planejamento, mas também de validação de suas hipóteses. “Eles têm muita validação perante o público potencial, vão atrás, conversam com muitos que atuam nesse mercado ou com clientes potenciais pata ter uma visão muito claro do que o mercado quer”, indica.

4. Não fuja de metas claras

Não é preciso ter metas para os próximos cinco anos, mas pelo menos um ano de objetivos bem definidos pode ser útil. “Pela cultura que ele vive, pela organização, o empreendedor tem metas muito claras. No mercado brasileiro, ele se perde nas metas. Quando está atribulado com vários outros assuntos e funções ele acaba se perdendo da parte estratégica”, diz Camila.

Focar naquilo que realmente é prioridade é essencial. Se não conseguir se dividir entre operação e estratégia, vale a pena ter alguém para equilibrar esta equação.

5. Tenha mentores

Prática muito comum lá fora, poucos brasileiros buscam mentores para suas startups. “Uma coisa muito comum quando vai começar, além de definir os cofundadores, é buscar mentores para o negócio que sejam complementares ao seu próprio conhecimento”, indica Spina. Vale procurar um ex-chefe, um colega ou mesmo um executivo mais experiente que esteja disposto a participar do projeto.

6. Seja dinâmico

Estar pronto para reagir em situações adversas depende de flexibilidade. “Em um mercado dinâmico, como o de tecnologia, seu negócio pode parecer sustentável hoje e ser obsoleto no outro dia. Os empresários do Vale se tornam flexíveis”, diz Camila. Para isso, ela explica que é preciso aceitar o ‘não’, interagir com as pessoas e criar um ambiente de trabalho onde as ideias vão ser sempre bem vindas.

7. Aprenda a conviver com o fracasso

Nos Estados Unidos, o fracasso em um projeto pode ser visto com bons olhos, como um sinal de experiência e aprendizado. No Brasil, os empreendedores ainda não convivem bem com isso. “O erro não te define, ele vai te refinar. O medo do fracasso não pode te impedir de tentar algo novo. Se as coisas não funcionarem, adapta, recarrega e tenta novamente”, define Camila.

Fonte: artigo de Priscila Zuini para a Exame

terça-feira, 20 de agosto de 2013

4 mitos sobre internet que os empreendedores ainda seguem

Cada vez mais promissor, o marketing digital pode fazer com que pequenas empresas atinjam um alcance enorme, sem gastar fortunas com publicidade. Mais democrático, os especialistas enxergam este como o meio de divulgação mais poderoso dos próximos anos. O problema é que, como quase tudo na internet, a informalidade e o jeitinho reinam.
Com isso, muitos empreendedores não dão a devida importância e acabam criando ações improvisadas, sem métricas nem objetivos bem definidos. Para acabar com os mitos sobre marketing digital, os especialistas Thiago Costa, professor de comunicação e mídias sociais da Faap, e André Siqueira, diretor de marketing e sócio-fundador da Resultados Digitais, falam sobre as principais ideias equivocadas sobre o assunto que muita gente ainda tem.
1. E-mail marketing sempre compensa
Durante muito tempo, os empresários fizeram um uso indiscriminado do e-mail marketing. Enviando mensagens a muita gente, sem objetivos nem métricas de resultado. Alguns defendem que a era desta ferramenta está quase no fim e pode não valer a pena investir. “Se a gente pensar, já temos uma geração que nem lê e-mail mais. Dependendo do seu público-alvo, não faz sentido ter esse tipo de atividade”, indica Costa. Alguns empresários, no entanto, ainda estão comprando listas de e-mails e enviando mensagens sem critérios.
Para Siqueira, a estratégia com e-mail marketing pode ser boa, desde que bem pensada. “A gente vê muita gente achando que não funciona mais, que as pessoas estão nas mídias sociais. A gente sempre acreditou em mídias sociais, mas o e-mail marketing ainda é uma mídia poderosíssima, com taxas de cliques mais de 10 vezes maior que as mídias sociais”, diz Siqueira. A conclusão é que a ferramenta pode ser boa, se o seu público quiser receber as mensagens e tiver afinidade com este tipo de comunicação. 
2. Sem dinheiro, não tem como ter presença online
Outro mito comum é de que as coisas só funcionam para empresas que investem muito dinheiro. É fato que o retorno pode ser proporcional ao investimento, mas é possível se destacar com estratégias bem elaboradas. “A gente ouve muito que o micro e pequeno tem dificuldade de orçamento, não tem dinheiro para fazer grandes ações, mas isso não significa que ele não vai poder fazer alguma coisa de forma profissional. Têm fornecedores no mercado que podem suprir necessidade de acordo com o recurso disponível”, explica Costa. 
Vale mais a pena incluir este investimento no planejamento da empresa do que deixar a tarefa nas mãos de alguém que supostamente entende do assunto, como um parente ou colega sem capacitação. “Tem que dedicar o mínimo de tempo e dinheiro pra fazer bem, nem que sejam ações pontuais. Para e pensa, ou vai jogar dinheiro fora e gerar uma demanda que não vai conseguir atender depois”, diz o professor. 
3. Na internet, tudo é de graça e rápido
Assim como é um equívoco pensar que toda estratégia de marketing digital custa caro, também não é verdade que o resultado acontece sem investimento. Mesmo investindo pouco, é preciso ainda investir tempo na produção de conteúdo relevante. “Aí se mistura um pouco o grátis com fácil, algumas empresas acham que por ter uma conta no Facebook já sabem fazer marketing digital. Existe um investimento em capacitação que é necessário. Se não for bem feito, não dá resultado. Se for bem feito, não é grátis”, indica Siqueira. 
4. O importante é fazer barulho online
Quando uma campanha ganha status de viral, muita gente é impactada e o retorno tende a ser bastante lucrativo para a empresa. O problema está em gerar todo este buzz sem ter capacidade de atender a demanda. “O empreendedor precisa ter consciência de que há uma possibilidade boa de gerar demanda grande e ver se ele está pronto para atendê-la”, diz Costa.
Segundo ele, não há nada pior do que dizer ao cliente que não pode solucionar sua necessidade por falta de estoque. “Isso acaba com a credibilidade”, afirma. Isso acontece também quando o empresário busca vaidade e volume ao invés de qualidade e resultado. “Não adianta ter um milhão de pessoas e só falar de besteira, cosias que não têm a ver com o negócio. É preciso construir resultados”, afirma Siqueira. 
Fonte: Exame

domingo, 4 de agosto de 2013

Fisco isenta sócio de serviços de IRPF

Os fiscais da Receita Federal devem considerar como isentos de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) os valores resultantes de distribuição de lucro das sociedades simples como escritórios ou consultorias de advocacia, contabilidade, arquitetura e economia. Assim, a sociedade não precisa fazer a retenção desses valores na fonte.

As sociedades simples são empresas de trabalho intelectual e o fruto desse trabalho é o capital dividido entre os chamados “sócios de serviços”. O entendimento pacificado, por iniciativa do próprio Fisco, está na Solução de Consulta Interna nº 12, de 2013. Ela servirá de orientação para os auditores do país.
Havia dúvida entre essas sociedades e entre fiscais - por haver entendimentos diversos a respeito - se deveria ser aplicada, nesse caso, a mesma regra de isenção dos dividendos. Havia a Solução de Consulta nº 116, de 2009, da 6ª Região Fiscal, entendendo que a isenção de IR sobre lucros ou dividendos só se aplicaria ao sócio de capital - aquela que aporta capital na sociedade, não só trabalho intelectual. Já a Solução de Consulta nº 26, de 2012, da 1ª Região Fiscal, dizia que a isenção também seria aplicável ao sócio de serviços.
Por meio da solução, o Fisco deixa claro que é válida a isenção sobre a distribuição de lucro contanto que de valor máximo equivalente ao lucro da empresa no mesmo exercício (ano). Somente sobre o pró-labore incide o IR e a contribuição previdenciária, com retenção na fonte do devido.
“Assim, se no contrato social da empresa houver previsão específica  do pró-labore, o demais é lucro que deve ser distribuído proporcionalmente, conforme a cota de cada sócio na sociedade”, afirma o advogado tributarista Eduardo Santiago, do Demarest Advogados. É comum que nesses contratos o pró-labore seja pré-definido como um valor mínimo para o recolhimento de impostos. Assim, só há reajuste quando o salário mínimo também é reajustado.

sábado, 3 de agosto de 2013

Startup estreia em São Paulo conceito de lavanderia 100% online

startup Elave oferece na capital paulista um modelo de lavanderia cujos serviços são fortemente baseados na Internet. O sistema permite consulta de preços, compra e agendamento online, pagamento com cartão de crédito e assinaturas mensais.
A nova empresa busca e entrega o material no local de moradia dos usuários, sem custo adicional, define 2 dias úteis para entrega das roupas e fornece sacola para armazenamento de roupa suja, segundo Ludmila Viana, fundadora da startup
A empreendedora informa que o serviço já conta com cerca de 800 clientes cadastrados oriundos dos bairros de Jabaquara, Saúde, Vila Mariana, Ipiranga, Santo Amaro, Paulista, Bela Vista, Consolação, Higienópolis, Moema, Itaim Bibi, Vila Olímpia, Vila Nova Conceição, Pinheiros, Perdizes, Barra Funda, Vila Leopoldina, Morumbi e Mooca.
“Tenho clientes que fazem suas compras de madrugada e até mesmo no final de semana. Curiosamente, domingo à noite é um dos melhores dias de venda”, diz a empresária. Segundo ela, muitas vezes o processo todo é resolvido com o porteiro do prédio ou lobby do hotel.
Fonte: TI Inside

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Para dar mais celeridade à análise dos processos do Imposto sobre transmissão Causa Mortis ou doação de bens e direitos (ITCD) e do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), a Secretaria de Fazenda do Distrito Federal (SEF/DF) desenvolveu nova ferramenta que permite a emissão do Documento de Arrecadação (DAR) dos impostos nos Cartórios de Notas.

De acordo com o gerente de Tributos Diretos da Subsecretaria de Receita, Heber Botelho, a Fazenda recebe em média 600 solicitações desse tipo por mês, e sem os processos o setor responsável (que conta com apenas oito servidores) poderá trabalhar outras pendências, dando mais agilidade às demandas.

“Ganha a SEF, o cartório e o contribuinte que, na maioria dos casos, não vão mais precisar nos procurar para protocolar os processos e recolher o tributo devido. Já os cartórios por não dependerem mais da nossa análise, que hoje tem prazo de, em média, 100 dias, e que com a nova ferramenta cairá para uma semana”, afirmou Botelho.

A inovação permite ainda o cálculo de qualquer percentual sobre a transação dos tributos citados (ITBI e ITCD) pelo tabelião, na abertura do processo, diferentemente de antes quando era permitida somente a cobrança de 100% do imposto no procedimento. A Fazenda não precisará mais ser procurada para análise do inventário, por exemplo.

Recadastramento dos cartórios

Para ter acesso ao sistema é necessário agendar o recadastramento (dos Cartórios de Notas), junto à Gerência de Tributos Diretos da Receita pelos telefones (61) 3312-8342 e 3312-8127, das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira. O treinamento será realizado no edifício sede da SEF (SBN Qd. 2, Bloco A, Ed. Vale do Rio Doce, 8° andar).

Segundo a Gerência de Tributos Diretos, os locais que já utilizam a ferramenta houve boa aceitação da mudança e não há registro de reclamações dos operadores.

Fonte: SEFAZ-DF

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Governo quer criar site para unificar registro de empresas

O governo quer unificar o registro de empresas no país e acabar com as inscrições estaduais e municipais que são exigidas de todo interessado em abrir um negócio.


A ideia faz parte do pacote de medidas elaborado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com o objetivo de reduzir a burocracia e melhorar o ambiente de negócios no Brasil.


Guilherme Afif Domingos, que comanda o 39º e mais recente ministério do governo Dilma Rousseff, disse à Folha que pretende colocar em funcionamento, um ano, um portal na internet que irá oferecer serviços e informações às empresas.


De forma a reduzir o tempo gasto para abrir um negócio, o ministro pretende concentrar nesse portal todo o processo de registro e legalização das empresas.
Pela internet, o empreendedor poderá solicitar a abertura do negócio, obter a permissão da prefeitura, o registro na Junta Comercial, a inscrição no CNPJ e licenças de funcionamento. A proposta já foi apresentada a Dilma.


Para que tudo isso ocorra, o governo federal terá que interligar os sistemas das juntas comerciais e da Receita Federal, além de municípios e órgãos estaduais de licenciamento de atividades, como bombeiros, vigilância sanitária e ambiente.


A medida valerá para empresas de qualquer porte, mas o foco principal da equipe de Afif é reduzir o peso da burocracia sobre os micro e pequenos empreendimentos.


O desenvolvimento do portal começou a ser discutido na semana passada com o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa ligada ao Ministério da Fazenda. A montagem do portal deve consumir oito meses e R$ 20 milhões.


"O grosso das pequenas e médias empresas estará atendido aqui e o Brasil conseguirá ficar entre os 30 países com bons ambientes para negócios", disse Afif. O Brasil ocupa atualmente a 130ª posição entre os 185 países do ranking do Banco Mundial sobre condições de negócios pelo mundo.

ENTRAVES

Além das dificuldades naturais de fazer esse tipo de interligação de sistemas, o histórico do governo federal em tirar do papel seus projetos é outro fator que joga contra o cronograma do ministro.

O pacote de R$ 133 bilhões em concessões de rodovias e ferrovias, lançado em agosto de 2012 como prioridade do Executivo, não andou no prazo estimado. Pelo cronograma inicial, os contratos dos empreendimentos que seriam repassados à iniciativa privada deveriam estar assinados em setembro deste ano. Nenhum trecho foi licitado até agora.


O marco regulatório para o setor de mineração levou cinco anos apenas para ser encaminhado ao Congresso. Não há data prevista para a aprovação das novas regras.

Fonte: Folha 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

China planeja quadruplicar geração de energia solar até 2015

Segundo uma pesquisa da Agência Internacional de Energia (AIE), a produção de energia alternativa colocará o país à frente de Estados Unidos, Índia e Alemanha. Parece difícil acreditar que a China desbancará o país alemão, conhecido por bater recordes em produção sustentável, tendo abastecido com energia solar oito milhões de casas no ano passado. Entretanto, nos próximos dois anos a meta chinesa é quadruplicar sua capacidade solar para 35 gigawatts (GW).

Em comunicado, o país afirmou que o plano é adicionar uma capacidade de cerca de 10 gigawatts anualmente, de 2013 a 2015. Anteriormente, o objetivo era de 21 GW até 2015. A meta foi estabelecida pela State Grid, instituição que gerencia a distribuição de energia elétrica no país, e tem o apoio do Conselho de Estado, principal órgão do governo.
Nos últimos seis meses, a China instalou 40 novos parques solares, que somam ao todo 3 GW, o número já supera a Alemanha em grandes instalações fotovoltaicas.
Além do meio ambiente, o aumento da geração de energia solar beneficiará os produtores de painéis domésticos e os fabricantes de todo o mundo. O plano do governo já fez com aumentasse as ações das empresas chinesas do setor.
Há especialistas descrentes que afirmam que é preciso investir no financiamento para subsídios solares e infraestrutura para aproveitar esse tipo de energia. "Eu acho que a China pode aumentar a capacidade para 21 gigawatts, mas seria muito difícil chegar a 35”, afirmou Jason Cai, analista-chefe da consultoria Solarzoom, com sede em Xangai, à Reuters.
Fonte: CicloVivo

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O que acontece ao acionista quando a empresa fecha o capital

Qualquer empresa listada em Bolsa pode decidir fechar o seu capital, por isso é importante que o investidor saiba o que pode ocorrer em uma situação dessas. Neste ano, sete empresas deixaram a Bolsa,entre elas a Amil. E no ano passado 27 empresas fecharam seu capital, incluindo companhias como a Camargo Côrrea.
Para realizar o fechamento de capital da empresa, o acionista controlador ou a própria companhia deve realizar a oferta pública de aquisição de ações (OPA), por meio da qual serão comprados os papéis dosacionistas minoritários, garantindo ao ofertante uma maior participação na empresa. 
De acordo com normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o preço justo, valor pelo qual as ações serão compradas pelo ofertante, deve ser definido por meio de um laudo de avaliação da companhia, que é feito por uma empresa com experiência comprovada na área.
O laudo que define o preço justo é feito com base em três critérios: o preço médio de cotação das ações nos últimos 12 meses; o valor econômico da companhia, calculado de acordo com indicadores como seu fluxo de caixa; e o valor do patrimônio líquido por ação da companhia.
Como o preço justo é formado por essas três variáveis, ele pode ser maior ou menor do que a cotação atual da ação na Bolsa. Uma ação cotada a 30 reais, por exemplo, pode ter um valor patrimonial de 20 reais, um valor econômico de 23 reais e o laudo de avaliação pode definir um valor de oferta de 25 reais pelos papéis.
Mas o preço da oferta também pode ser superior ao da sua cotação. Como o ofertante depende da aceitação dos acionistas para concluir a OPA, ele pode oferecer um valor acima do que foi definido no laudo e acima do valor de mercado da ação para garantir uma maior adesão dos investidores.
As empresas com capital aberto no Novo Mercado, no Nível 2 e no Bovespa Mais, devem, obrigatoriamente, fixar um valor de oferta superior ao valor econômico apurado no laudo de avaliação. Nos segmentos restantes, Nível 1 e Tradicional, a oferta mínima pelo valor econômico varia conforme o estatuto social da empresa. Cada segmento de listagem possui regras de governança corporativa próprias e toda empresa listada se enquadra em um deles, devendo se adequar às normas pertinentes a cada caso.
Procedimento para realização da OPA
O primeiro passo para a realização da OPA é a publicação do fato relevante sobre a realização da oferta. Em seguida, o pedido de fechamento do capital deve ser protocolado em um prazo 30 dias na CVM, que decidirá se a autorização será concedida ou não dentro de um novo prazo de 30 dias.
Depois de obter o registro na CVM, a OPA deve ser divulgada por meio de um edital em jornais de grande circulação em um prazo de 10 dias. Uma vez publicado o edital, a OPA pode ser realizada, dentro de um prazo mínimo de 30 dias e máximo de 45 dias, em um leilão na Bolsa. 
Cabe ao investidor credenciar, até a véspera do leilão, uma corretora para representá-lo no leilão, seja para concordar com o fechamento do capital ou discordar.
Caso mais de 10% dos acionistas não concordem com o valor proposto na OPA, em até 15 dias depois da publicação do edital eles devem se organizar para convocar uma assembleia, na qual eles deverão defender a falha na metodologia do laudo de avaliação para que o leilão seja adiado e uma nova avaliação seja feita por outra empresa.
Matheus Rossi, Diretor Jurídico do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), afirma que o acionista deve avaliar os critérios que foram usados para se chegar ao preço justo para concluir se deve ser feita uma nova avaliação. “O acionista deve decidir se vai aceitar ou não a oferta, ou se quer uma nova avaliação. É recomendável, por uma questão de governança, que o conselho de administração da empresa auxilie os minoritários a avaliar se os critérios utilizados pelo ofertante são razoáveis e se estão dentro da Lei”, diz. 
Caso uma nova avaliação ocorra e o valor final do novo laudo seja superior ao anteriormente proposto, passa a valer o preço mais alto. Mas, caso o novo valor seja inferior, permanece o preço da oferta anterior. Se for definido um novo valor mais alto do que o inicial, cabe ao ofertante, em um prazo de cinco dias, informar se manterá ou se desistirá da OPA.
A oferta também poderá ser suspensa se durante o leilão não houver a adesão de uma quantidade mínima de acionistas, que varia de acordo como estatuto social de cada empresa e seu segmento de listagem. No caso das ações do Novo Mercado, por exemplo, essa quantidade mínima é de dois terços dos minoritários.
Depois de realizado o leilão e obtida a quantidade mínima de adesões, o depósito do valor da venda das ações pelos acionistas que aceitaram a oferta é feito em até 15 dias.
Leilão
O investidor deve ficar muito atento para não perder a data de cadastramento da corretora no leilão. “Como a empresa vai ter autorização da CVM para tirar o papel de negociação após a OPA, se a pessoa perde o leilão ela sai muito prejudicada, porque a ação deixa de ser negociada em Bolsa e a empresa pagará o que quiser por ela”, explica Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos.
Os acionistas que não participaram do leilão de compra têm até três meses para procurar a empresa e receber o dinheiro, tomando como referência o preço das ações no dia do leilão. Passado esse período, a empresa não é mais obrigada a recomprar suas ações, que deixam de ser negociadas em Bolsa e passam a ser compradas e vendidas em mercado de Balcão Não Organizado
Segundo o diretor jurídico do IBGC, o investidor pode optar por manter as ações, mesmo depois de fechado o capital da empresa se acreditar no seu potencial, mas assim como Bittencourt ele alerta para os riscos: “O investidor fica sem liquidez, ou seja, ele não pode vender a ação a qualquer hora já que a empresa de capital fechado não tem mercado. Ele vai precisar procurar um interessado na ação se quiser vendê-la”, afirma Matheus Rossi.
O acionista que perder o prazo de recompra pode entrar em contato com a tesouraria da empresa e verificar se há o interesse de compra dos papéis. Em caso afirmativo, o preço será acordado entre as partes, podendo ou não ser o do dia do leilão, sem obrigatoriedade alguma de correção. No site da BM&F Bovespa é possível consultar quais empresas fecharam seu capital e o preço da ação no momento da OPA. 
Por que as empresas fecham o capital
Os motivos para a saída da empresa da Bolsa podem ser muito diversos e geralmente têm por trás uma estratégia bem pensada pelo ofertante.
O controlador pode considerar que as ações têm sido negociadas com um grande desconto e que é um bom momento para comprá-las por um preço baixo para aumentar sua participação na empresa. Em outros casos, a OPA pode ocorrer porque a empresa está passando por um processo de fusão. Ou ainda, a empresa pode querer fechar o capital porque existe algum projeto previsto que deve gerar bons resultados, e o controlador quer usufruir das sinergias sem dividi-las com os minoritários.
“Se a empresa tem um problema e vai investir tempo e capital para resolvê-lo, ela pode calcular que não vale a pena fazer todo esse esforço sozinha para dividir o resultado com os acionistas. Já que ela terá o esforço de qualquer forma, ela pode pensar em comprar a empresa, reerguê-la e pegar todo o lucro para ela”, diz Paulo Bittencourt.
Ele acrescenta que o fechamento de capital das empresas brasileiras está muito ligado à interpretação que elas têm sobre as vantagens da entrada na Bolsa. “No Brasil, a empresa quer abrir capital, mas quer ter toda certeza de que o controlador continuará todo-poderoso. Eles querem abrir a empresa apenas para divulgá-la e para ter acesso ao dinheiro que vai entrar. Já nos EUA, um mercado mais maduro, as empresas têm 30%, 40% das ações em Bolsa, e os empresários entendem que a empresa não é mais deles, mas que pode crescer ao se associar a outros grandes blocos de acionistas. Eles continuam administrando a empresa, já que são eles que entendem do negócio, mas passam a ter uma participação menor”, afirma Bittencourt. 
Fechamento de capital é vantajoso para o acionista? 
O diretor técnico da Apogeo avalia que antigamente, quando a legislação sobre o mercado de ações era mais branda, o fechamento de capital costumava ser muito prejudicial aos minoritários. Ele lembra casos em que o valor de oferta era muito baixo e chegava a valer algo como 10% do valor patrimonial da ação. “De lá para cá a legislação evoluiu muito e impôs uma série de regras para que seja pago um valor mais justo aos minoritários. Mas, o valor da oferta pode ser vantajoso ou desvantajoso, cada caso é um caso”, afirma Bittencourt.
Na oferta de fechamento do capital da Redecard feita pelo Itaú no ano passado, por exemplo, as ações foram compradas por 35 reais, um prêmio de 13% em relação à cotação do dia 6 de fevereiro, um dia antes do anúncio da oferta. 
Bittencourt também cita o caso de fechamento de capital da fabricante de computadores Dell. Depois que seu fundador Michael Dell realizou uma oferta de compra, um dos grandes investidores da empresa, Carl Icahn, resolveu oferecer um valor US$ 0,35 superior ao proposto por Dell. Outro caso no qual os investidores devem sair ganhando com o processo de fechamento de capital.
Por outro lado, as ofertas podem ocorrer em um momento de baixa da ação, já que o ofertante pode preferir aproveitar esse desconto, em vez de comprar as ações na alta. Nesse caso, se a maior parte dos acionistas aceitar a OPA e o valor de oferta for inferior à cotação da ação no mercado, o investidor pode se ver obrigado a vender as ações por um valor baixo para não ficar com os papéis depois que o capital for fechado. 
Como evitar prejuízos
Para evitar perdas decorrentes do fechamento de capital é importante que o investidor fique atento às movimentações da empresa e avalie os motivos do fechamento de capital, quando houver essa previsão. Ao perceber que haverá, por exemplo, algum tipo de disputa pelas ações, pode valer a pena manter a ação até o leilão. Mas caso o investidor considere que o laudo de avaliação da empresa poderá definir um valor abaixo de seu preço de mercado, vendê-la antes da OPA pode ser o melhor caminho. 
Observar o nível de free float da empresa também pode ser uma boa estratégia para evitar prejuízos. O free float corresponde à parcela de ações da empresa que se encontram em circulação na Bolsa. "Quanto menor o free float, menos interesse o controlador terá em relação aos minoritários, já que eles terão um poder de barganha menor em um eventual fechamento de capital da empresa. Por isso é importante que os minoritários acompanhem ofree float ao longo do tempo para observar o nível de concentração das ações", orienta o diretor técnico da Apogeo. 
Outros tipos de OPA
Além da OPA para cancelamento de registro, que ocorre quando a empresa tem o objetivo de sair da Bolsa, existem outros tipos de oferta pública, tais como: OPA por aumento de participação; OPA por alienação de controle; OPA voluntária; OPA para aquisição de controle de companhia aberta; e OPA concorrente.
Na semana passada, a Vigor anunciou que fará uma Oferta Pública Voluntária de Permuta de ações de Vigor por ações da JBS. Neste tipo de operação o ofertante realiza uma troca de ações, em vez de fazer o pagamento em dinheiro. No caso da Vigor, os acionistas receberão uma ação da JBS acrescida de R$ 0,010812573 por ação.
Fonte: artigo de  para Exame

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Vivemos uma bolha?

Uma das características das bolhas especulativas é que só é possível ter certeza de que elas ocorreram num momento: quando estouram. Enquanto elas estão se formando, é típico do ser humano encontrar as mais originais justificativas para a euforia. Na década de 90, o oba-oba em torno das recém-nascidas companhias de tecnologia era justificado por uma tal “nova economia digital”.

O que se dizia então era que a internet seria capaz de produzir milagres, como aproximar as pessoas e tornar o mundo mais pacífico. Naquela onda, não foi difícil convencer investidores a colocar fortunas em empresas mal saídas da garagem. Um punhado delas — como Google e Facebook — de fato aconteceu, mas milhares viraram pó.

E os investidores perderam bilhões de dólares quando a bolsa estourou, em 2000. Isso não impediu que o mundo voltasse rapidamente a acreditar em novos milagres. Pouco depois da bolha da internet, os americanos e os europeus embarcaram numa outra bolha, a imobiliária — que foi a origem da grave crise de 2008.

Há quem veja semelhanças entre o que ocorreu nos países desenvolvidos e o que está acontecendo no Brasil hoje. Como lá fora, os preços dos imóveis brasileiros, em quase todo lugar, estão subindo mais do que a renda, a inflação e qualquer outro indicador do mercado financeiro.

É bolha? Ou a alta é explicada por um conjunto de fatores positivos, como salários em alta, desemprego baixo e disponibilidade de crédito, depois de mais de uma década de dinheiro contado? Um estudo exclusivo da consultoria Bain&Company dá bons argumentos para quem não vê nada de anormal no mercado imobiliá­rio brasileiro.

A pesquisa mapeou as principais características que marcaram a expansão do mercado imobiliário nos Estados Unidos, no Canadá e em cinco países europeus. O objetivo era identificar o que deu errado nos lugares em que houve uma bolha e como se comportaram os mercados “saudáveis” — e então mostrar qual dos cenários está mais próximo da realidade brasileira.

Foram analisados seis indicadores, como endividamento médio da população, acesso a financiamento e evolução dos preços. “Não adianta olhar a inadimplência, que só aumenta quando já existe um problema. Fomos atrás de números que mostram os problemas quando eles ainda estão se formando”, diz Rodolfo Spielmann, sócio da Bain e coordenador do estudo.

Ao analisar os indicadores em conjunto, a conclusão da consultoria é que não há bolha aqui. Mas há números vistos como “preocupantes” — que podem complicar a situação do mercado nos próximos anos.

Do lado positivo, a Bain destaca as condições do crédito imobiliário no Brasil. O volume de financiamentos cresceu de forma acelerada nos últimos oito anos: passou de 3 bilhões de dólares, em 2004, para quase 83 bilhões, em 2012. Ainda assim, representa apenas 6% do produto interno bruto, um dos menores percentuais do mundo.

Nos países que passaram por bolhas imobiliárias e fazem parte do estudo da Bain — Espanha, Estados Unidos, Irlanda, Portugal e Reino Unido —, a proporção média é de 76%. Além disso, os bancos brasileiros continuam rigorosos ao emprestar.

Exigem, em geral, uma entrada de quase 40% do valor do imóvel — lá fora, era comum que o cliente levasse 100% e um troco para reformar e decorar a nova casa — e oferecem prazos de pagamento do crédito inferiores a 30 anos (na Espanha, o prazo máximo chegou a 50 anos). 

O aspecto mais preocupante da pesquisa é justamente o que mais chama a atenção de quem está tentando comprar ou vender um imóvel: o aumento expressivo dos preços. Dados do Banco Central mostram que a alta média de 2003 para cá foi 108% superior ao aumento da renda da população.

Em nenhum dos países do levantamento da Bain houve uma valorização tão grande — os maiores percentuais foram os da Espanha e da Portugal, que ficaram abaixo de 80%. “Se analisado de forma isolada, esse número, realmente, é alarmante. Mas é preciso olhá-lo junto com outros indicadores e levar em conta o passado do Brasil”, diz Spielmann.

Entre o fim dos anos 80 e o começo dos anos 2000, o mercado imobiliário ficou praticamente parado no Brasil. A disponibilidade de crédito era baixíssima. Sem dinheiro, as incorporadoras construíam­ pouco, e quem queria comprar uma casa era obrigado a pagar quase tudo à vista, o que tornava a compra inviável  para muita gente. Como a demanda era pequena, os preços subiam pouco. 

A partir de 2004, a melhoria do arcabouço jurídico do crédito imobiliário levou os bancos a voltar a emprestar. Além disso, a queda dos juros barateou os financiamentos, o que inclui mais pessoas no time de potenciais compradores.

“A alta de preços nesse período foi, na verdade, uma correção”, diz Luiz Antonio França, diretor do banco Itaú. Numa comparação internacional, os imóveis aqui ainda não estão caros. O valor médio de um imóvel no Brasil corresponde a 5,1 vezes a renda anual média, metade do número dos países analisados no estudo da Bain.

O problema é o que acontecerá se os preços continuarem subindo. Outro levantamento, feito anualmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas em parceria com EXAME, mostra que a valorização dos imóveis continua, mas em ritmo menor do que no passado. De 2008 a 2011, os preços aumentaram à média anual de 20% a 30%.

Em 2012, a alta ficou abaixo de 15% — e, em algumas cidades, houve queda de preço. Mas vai continuar assim? Qual é a chance de os valores caí­rem em mais lugares? É possível que os imóveis voltem a valorizar como no passado? A Bain fez uma série de projeções para o mercado até 2017. O cenário mais provável é que os preços passem a subir menos do que a renda.

Demanda existe, mas, como os valores já aumentaram muito, o consumidor não tem mais tanto fôlegocomo no passado. Por isso, está mais cauteloso”, diz Sérgio Freire, presidente da corretora Brasil Brokers.

Além disso, os brasileiros estão muito mais endividados do que há cinco anos, o que reduz o espaço para novos financiamentos — em média, 22% da renda das famílias está comprometida com o pagamento de algum empréstimo, um patamar próximo ao dos países problemáticos que foram estudados. 

E se tudo der errado? Uma bolha se forma quando há financiamento acessível — é isso que permite que mais pessoas tenham condições de comprar, o que eleva os preços. Nos Estados Unidos, a euforia começou quando o Federal Reserve, banco central do país, cortou os juros para estimular a economia, e os bancos passaram a emprestar com taxas reduzidas.

Como a rentabilidade da renda fixa era baixa, os americanos usavam esse crédito barato para aplicar em imóveis. Contratavam o financiamento por 30 anos, para que as prestações não fossem altas, na esperança de revender a casa ou o apartamento com lucro meses depois. Em tese, nada de errado.

Aliás, o esquema deu certo por anos. Muitos investidores ganharam dinheiro e os bancos foram emprestando cada vez mais, só que para pessoas com menos condições financeiras para comprar. Em 2007, a inadimplência começou a subir e as fragilidades do modelo vieram à tona — nos Estados Unidos e também na Europa, que viveu um fenômeno semelhante.

Instituições financeiras tiveram de ser socorridas pelos governos até que, em setembro de 2008, o banco Lehman Brothers quebrou e detonou a fase mais aguda da crise internacional. O Brasil, evidentemente, está longe de passar por isso. Os juros por aqui são muito maiores do que lá fora. E não há sinais de que os bancos estejam dispostos a sair emprestando sem critério. Mais argumentos para a turma do “está tudo bem”.

Fonte: Exame.com