Assim como uma pequena empresa tem grandes chances de morrer nos seus primeiros cinco anos, startups têm uma chance ainda maior de morrer nos cinco primeiros meses. Com toda essa incerteza, cumprir cada fase da forma correta é crucial para acelerar seu sucesso - ou ao menos um sinal para desistir da ideia o mais rápido possível, evitando gastar muito tempo e recursos com algo que não daria certo.
A evolução no tempo
Imagine uma reta do tempo. Quanto mais à esquerda, menor a evolução e valor de uma startup. Quanto mais ela avança para a direita, maiores são as chances do projeto.
A figura abaixo mostra as cinco fases iniciais do ciclo de definição do produto. Nela, os empreendedores trabalham para conseguir definir a primeira oferta do produto a ser colocado no mercado, e cumprem os seguintes passos:
- Ideia: a detecção da oportunidade, seja através de uma inovação ou de uma oferta ainda não trabalhada pelo mercado.
- Modelo de negócio: o processo ou fórmula pelo qual a startup cria, entrega e captura valor.
- Elevator pitch: um discurso curto que condensa claramente o que a startup pretende oferecer, e por que o produto é viável.
- Mockup: uma maquete bem simples que traduz visualmente a aparência do produto, ajudando a entendê-lo um pouco melhor.
- Protótipo: uma simulação de como o produto ou serviço irá funcionar quando estiver nas mãos do cliente.
- Minimum Viable Product (MVP): o produto mínimo viável - representa o produto mais simples pelo qual o cliente aceita pagar.
- Receita: nessa fase trabalha-se para incrementar o produto já pronto e aumentar a receita.
- Break-even: é o ponto onde as receitas se estabilizam e a startup deixa de dar prejuízo.
- Product-market fit: quando a startup encontra o mercado que demanda o produto em uma taxa até maior do que a startup consegue atender.
- Saída: nessa fase, o empreendedor vende sua startup parcialmente ou totalmente para uma grande empresa, ou abre seu capital na bolsa.
Autor: Yuri Gitahy é fundador da Aceleradora, que apoia startups com gestão e capital semente. Iniciou sua carreira na IBM, deu aulas pela Sun Microsystems, participou da criação da Internet brasileira na RNP, ajudou a implantar e lançar o BOL, foi gerente no UOL, sócio-diretor da Vetta e fundador da Krenak, uma consultoria de gestão de TI para grandes empresas. Desde 2007, atua também como conselheiro em startups de tecnologia.