Na introdução do trabalho, ele e sua equipe explicam a motivação da pesquisa. “Um dos grandes desafios na ciência e da engenharia hoje é desenvolver tecnologias que melhorem a saúde de pessoas nas regiões mais pobres do globo”. Os pesquisadores descrevem como manipularam pequenas quantidades de fluidos (microfluidos) e de nanopartículas no dispositivo de diagnóstico de baixo custo chamado mChip.
Do tamanho de um cartão de credito, ele possui micro tubos de ensaio e reagentes químicos que fornecem um resultado final em menos de 15 minutos. Isso significa que a máquina não fornece uma contagem, ou análise, que precisa ser interpretada. Seus resultados são diretos. O chip foi criado em parceria com a empresa Claros Diagnostics Inc, e custa apenas US$ 1. Já o equipamento completo fica na faixa dos US$100. Como precisa de apenas uma gosta de sangue, o laboratório em chip pode ser usado para diagnosticar até mesmo recém-nascidos.
Nos últimos quatro anos, a equipe esteve em Ruanda, na África, realizando testes na população em parceria com três ONGs locais. O mChip conseguiu diagnosticar com sucesso a presença do HIV e do HIV combinado à sífilis. Os pesquisadores acreditam que o dispositivo possua grande potencial para revolucionar a medicina no mundo – especialmente na África, onde comunidades que não têm acesso a equipamentos mais sofisticados podem se beneficiar.
Além disso, o mChip pode ser adaptado a outros diagnósticos. Uma versão que detecta câncer de próstata, por exemplo, foi aprovada para uso na Europa no ano passado.
Fonte: Exame