Angels, ou investidores anjo, são profissionais experientes que têm capital disponível para investir em novos empreendimentos. Em troca desse capital, eles esperam um percentual da empresa investida - ou seja, quando se ganha um angel, ganha-se um sócio. Nos Estados Unidos, os primeiros angels de uma empresa são divertidamente chamados de 3 Fs: Family, Friends, and Fools (do Inglês família, amigos e trouxas).
Em outras palavras, são pessoas que cercam o empreendedor, ou pessoas de posse que ele conseguiu convencer a investirem em sua ideia. Claramente, nota-se que esse tipo de sócio vai agregar com muito pouco além do dinheiro.
Angels que têm experiência e networking na área de atuação da startup são os melhores, e a esse capital damos o nome de smart money - traduzindo, dinheiro inteligente. Isso acontece porque ao mesmo tempo em que ele aporta capital, aporta também conhecimento e aconselhamento suficiente para acelerar o crescimento da empresa investida.
No Brasil ainda existem pouquíssimos angels, mas esse número deve crescer ao longo de 2011 e 2012 em virtude do aumento das oportunidades de investimento em startups. Além de pessoas conhecidas que podem se transformar em investidores anjo, os grupos que irão investir entre R$ 50 mil e R$ 500 mil em projetos inovadores e com excelentes perspectivas de receita são:
- Gávea Angels, atuando no Rio de Janeiro e com um investimento recente na startup Descomplica
- Floripa Angels, baseado em Florianópolis e liderada por Marcelo Cazado, atualmente investidora do Bookess
- Jacard Investimentos, também em Santa Catarina liderada por Marcelo Amorim
- São Paulo Anjos, atuando em São Paulo e atualmente liderada por Cassio Spina>
- Bossanova Angels, sediada em São Paulo com escritório no Vale do Silício, liderada por Pierre Schurmann
Infelizmente, existem muitos poucos grupos como esses no Brasil - e poucos casos de sucesso. Existe inclusive a possibilidade de fundos maiores seguirem a tendência vista hoje nos EUA, em que VC's tradicionais criam aos poucos estratégias de investimento em empresas bem menores – chegando praticamente a atuar como angels. Assim, não se surpreenda se a DLM, Confrapar, Inseed, Astella e outros fundos de capital semente também comecem a aportar quantias menores em empresas nascentes.
Autor: Yuri Gitahy (investidor-anjo, conselheiro de empresas de tecnologia e fundador da Aceleradora, que apoia startups com gestão e capital semente)