sexta-feira, 20 de maio de 2011

Bancos iniciam compensação de cheques por imagem

A partir desta sexta-feira, 20, os cheques passarão a ser compensados digitalmente, o que deve reduzir o tempo de liberação do pagamento de um cheque de até 20 dias úteis, dependendo da localidade, para até dois dias, segundo informou nesta sexta-feira, 20, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A implantação da compensação digital irá substituir o procedimento físico. Os bancos precisarão apenas enviar a imagem digitalizada dos cheques recebidos para o Banco do Brasil, que é a executante do processo, para que o cheque seja compensado. Apesar de começar nesta sexta-feira, os bancos terão 60 dias para adaptação ao novo sistema.

Cheques-aljezur

Com a compensação digital, os cheques não serão mais transportados entre os bancos. Hoje, o banco que recebe um cheque envia o documento para a câmara de compensação do Banco do Brasil. O BB, por sua vez, faz o encaminhamento dos cheques às instituições financeiras de origem do documento para averiguação de saldo em conta corrente e conferência de assinatura, data, preenchimento de valor etc. Somente após esse procedimento é que a compensação é feita.

Segundo a Febraban, o processo de compensação por imagem eliminará o uso de mil rotas terrestre e de 50 aeronaves, que são utilizadas no transporte dos cheques. Além da redução de custos, a meta é que após 60 dias do início do projeto, o tempo de compensação seja de um dia para valores acima de R$ 300 e de dois dias para o valor de até R$ 299. Atualmente, esse prazo pode chegar até 20 dias em localidades mais afastadas.

A Febraban diz também que a compensação por imagem reduzirá as perdas decorrentes de clonagem e roubo de cheques – no ano passado esses eventos geraram prejuízo de R$ 1,2 bilhão para o varejo e de R$ 283 milhões para os bancos. A entidade não soube dizer em quanto deve ser reduzida a perda com clonagem e roubos. Já no que diz respeito aos custos com o transporte de cheques, a estimativa da Febraban é que, num primeiro momento, haja uma redução de R$ 100 milhões por ano.

No novo processo, o banco irá capturar as informações do cheque por meio de código de barras e imagem. Essas informações serão enviadas para o BB, em um único arquivo, que irá processá-lo e enviá-lo ao banco de origem. O cheque em papel ficará no primeiro banco, sem a necessidade de haver o transporte.

Fonte: TI Inside