
Com isso, a Petrobrás virou praticamente sinônimo de blue chip no Brasil e ainda é indicada por 10 em cada 10 analistas do mercado financeiro. E, entre os experts, é considerado um ativo seguro, onde o aplicador corre um risco muito pequeno de perder dinheiro.
Entretanto, em 2007 a situação mudou: cotada a R$ 49,50 no final de 2006, ela despencou para R$ 43,00 na primeira semana de janeiro e tem-se mantido nessa cotação.
A Bia, do Mercado e Malagueta, em seu artigo "Porque ainda se sugere a Petrobrás", questiona os motivos que fazem que, mesmo com essas "patinadas", os analistas continuem indicando os papéis da petrolífera.
O argumento dela é que a cotação do petróleo mais barata no mercado internacional e a crise da Bolívia estariam por trás da volatilidade fora do comum desses papéis. A Exame acrescentou a preocupação com o populismo do governo Lula, que pode obrigar a Petrobrás a usar parte considerável dos seus recursos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o que diminuiria a rentabilidade da empresa.

Dessa forma, para quem pensa no curto prazo, é uma opção arriscada, onde existe uma boa chance de se perder dinheiro. Para aqueles que pensam do médio e no longo prazo, continua sendo uma grande possibilidade de lucro razoável e (relativamente) seguro.
Em dezembro veremos se a Petrobrás ainda será a queridinha dos analistas ou se já atingiu o topo de sua valorização...
Em tempo: alguns analistas prevêem algumas oscilações para a primeira semana de março. Vale a pena ficar atento e a procura de boas oportunidades de compra.
Observação: artigo publicao originalmente no Salada de Bits, em 27/02/2007.