Para compra direta de ações, através de uma corretora, sugiro no mínimo R$ 10.000,00, sendo que o ideal são valores acima de R$ 20.000,00.
Por que isso? Normalmente os papéis de uma empresa são negociados em lotes de 100 ações (valores inferiores são comercializados no mercado fracionario). Assim, se você comprar um lote mínimo da Petrobrás (R$ 43,00 x 100) e outro da Vale do Rio Doce (R$ 56,00 x 100), somada 0,5% de corretagem, você já gastou R$ 9.950,00. Ou seja, você usou todo o seu dinheiro para comprar um lote mínimo de apenas 2 papéis.
Entretanto, se você verificar as carteiras sugeridas pelas corretoras, irá verificar que a indicação é nunca colocar mais de 15% em um único papel (o padrão é 5% a 10% em cada), para diluir o risco em caso de queda. Veja um exemplo de carteira sugerida pela Planner para o mês de fevereiro, para verificar o que falei.
Veja na matéria “Bolsa em Queda: O Que Fazer?” um exemplo da importância da distribuição de sua carteira em vários papéis.
Com a queda da bolsa da China, a Bovespa foi atrás e gerou perdas de 7,92%. Entretanto, enquanto que a Natura caia 13%, as ações da Brasil Telecom e da Telemar valorizaram 4,5% e 3,92% respectivamente. Ou seja uma carteira bem diluída pode amenizar consideravelmente suas perdas.
Além disso, é mais seguro você colocar uma parte de suas aplicações na Renda Fixa, que apesar de gerar ganhos bem menores, não sofre as oscilações típicas do mercado de capitais. Outra alternativa é aplicar no novo produto da Bovespa, o POP, onde o seu capital fica protegido de quedas maiores em troca de uma redução nos ganhos.
Pretendo publicar ainda nesse final de semana um artigo sobre as outras formas de aplicar em ações, como Fundos de Ações e Clubes de Investimento.