Os minoritários da Petrobras poderão precisar desembolsar cerca de 90 bilhões de dólares para não serem diluídos na capitalização da estatal. O montante seria necessário caso o valor de 10 dólares por barril cedido pelo governo à Petrobras seja confirmado.
O jornal O Estado de S. Paulo indicou hoje que a consultoria Gaffney, Cline e Associates (GCA), contratada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), definiu o intervalo de preços entre US$ 10 e US$ 12 por barril, bem acima das expectativas do mercado (entre US$ 5 e US$ 7). As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) chegaram a cair 3,2%, cotadas a 30,49 reais. As ações preferenciais (PETR4) recuaram 3,5%, cotadas a 26,71 reais.

A avaliação da consultoria, que deve ser entregue ainda nesta quinta-feira (19), é considerada excessivamente alta em relação às estimativas do mercado e na comparação com o levantamento da consultoria DeGoyler and McNaughton, contratada pela Petrobras. O preço definido pela petrolífera estaria num intervalo de US$ 5 e US$ 6. A diferença nos dois preços pode pesar no bolso do investidores.
O analista Osmar Camilo, da corretora Socopa, explica que a confirmação do intervalo implica em maior injeção dos minoritários. "Mantendo constante a quantidade de barris da cessão onerosa em cinco bilhões de barris, a US$ 10 cada, o mercado teria que acompanhar o aumento de capital em, aproximadamente, US$ 90 bilhões para não ser diluído", diz o analista.
Camilo ressalta também os rumores de interferência política diante das incertezas envolvendo a capitalização. "A cúpula do governo estuda a possibilidade de adiar o processo para depois das eleições, para amenizar o impacto político. Se até pouco tempo o cronograma era uma certeza, agora é necessário ligar o sinal amarelo", complementa.
Fonte: Portal Exame
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