Segundo o NYT, 95% dos funcionários da filial da Microsoft no país trabalham remotamente, em casa, pelo menos uma vez por semana e 25% ficam em casa por quatro dias na semana. Os encontros presenciais dependem dos grupos de trabalho. Enquanto alguns se reúnem duas vezes a cada sete dias, outros têm conversas pessoalmente uma vez por trimestre. Grande parte do trabalho é feito online, por meio de conferências.
Com menos pessoas no escritório, as empresas estão diminuindo seus espaços para funcionários, gerando uma economia de tempo no trânsito, combustível e papel. A Microsoft afirma que, em 2010, conseguiu cortar cerca de 900 toneladas de emissões de gás carbônico, devido ao trabalho flexível e de meio-período. Além disso, as empresas que dão a opção ao profissional de ficar menos tempo no escritório encontraram uma nova forma de reter talentos, que, antes, poderiam abandonar o cargo para ficar mais tempo com a família.
A vida familiar de homens e mulheres também é afetada positivamente com a adoção de trabalho em meio-período nas empresas. Na Holanda, a expressão “daddy day” (dia do papai) se tornou comum, já que muitos pais preferem reorganizar suas horas semanais de trabalho para tirar um dia de “folga” para ficar com seus filhos.
Na reportagem, o New York Times afirma que 23% dos homens holandeses reduziram sua carga horária para ter mais tempo para se dedicar à vida pessoal, enquanto na União Europeia e nos Estados Unidos esse número é 10%. Já a taxa dos que fazem o serviço de uma semana inteira em quatro dias é de 9%, na Holanda.
Entre as mulheres, a situação é ainda mais presente: 75% das holandesas trabalham atualmente em meio-período. Entre as da União Europeia, o número cai para 41% e nos Estados Unidos, para 23%. Esse quadro, no entanto, faz com que 70% das mulheres na Holanda ganhem menos do que um salário mínimo, tornando-as financeiramente dependentes. Mesmo assim, 96% delas não abririam mão do tempo com a família em troca de mais trabalho e, consequentemente, mais dinheiro.
Fonte: Exame